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RESUMO
INTRODUÇÃO
A busca por um estilo de vida mais saudável, longe das mazelas oriundas do
sedentarismo, nos mostra um novo conceito em nossa sociedade, a prática da
atividade física. Devido ao avanço das pesquisas e uma maior informação, os
benefícios que a atividade física trás atinge um número elevado de pessoas por todo
o mundo, levando-as a procurar instituições onde esta prática seja possível.
O treinamento resistido é uma modalidade de atividade física que está se
tornando muito praticado e conhecido por pessoas de diferentes faixas etárias
devido aos benefícios que esse tipo de exercício físico pode proporcionar
(BRANDON et al., 2004; DE VITO et al., 2003). O Colégio Americano de Medicina do
Esporte (2000) indica que a manutenção e o aprimoramento da força muscular
podem trazer benefícios fisiológicos durante toda a vida do praticante. O treinamento
resistido tem sido recomendado visto que pode ser utilizado tanto na reabilitação
como na prevenção de lesões, além de auxiliar no tratamento de algumas doenças
*
Graduando do Curso de Licenciatura em Educação Física - UEPA
* *
Docente do Curso de Educação Física na UEPA; Mestre em Motricidade Humana
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1. MARCO TEÓRICO
1.1 ESTUDO ANATÔMICO DO JOELHO
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Entende-se por sinovial qualquer estrutura que são formados por ligamentos e cápsulas que
juntas formam um compartimento fechado, no qual é encontrado o liquido sinovial (TORTORA, 2007;
MIRANDA, 2008).
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Ligamentos são faixas de tecido que possuem bastante resistência, conectam as
extremidades ósseas. Possuem uma grande gama de receptores nervosos sensitivos que
perceberem a velocidade, o movimento, a posição da articulação e eventuais estiramentos ou dores
(KAEMPF, 2008).
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responsável por fornecer o suporte a todo o corpo, vale ressaltar que tais estruturas
se completam mesmo sendo independentes uma da outra.
A utilização do exercício com pesos é considerada essencial para o
desenvolvimento e na manutenção de um esqueleto sadio (SANTARÉM, 1998). As
cartilagens articulares, discos intervertebrais, ligamentos e tendões são estruturas
cujas integridades são importantes para a boa função musculoesquelética, que
através do exercício resistido consegue ser estimulada de maneira eficiente e
segura (GRAVES, 2001; POLLOCK, 1996).
Bompa (2000) indica que antes de se estimular a força em praticantes de
musculação deveria ser realizado por parte do profissional o desenvolvimento da
flexibilidade articular, a fim de promover o fortalecimento das estruturas que
posteriormente serão utilizadas. Colaborando com esta afirmação, Fleck e Kraemer
(1999) ressaltam que se deve estimular toda amplitude do movimento a fim de se
conseguir um maior ganho de força articular.
Os exercícios resistidos, quando desempenhados adequadamente são
extremamente seguros, com taxas muito baixas de lesão, se comparados com a
maioria dos outros esportes e atividades recreativas (REEVES et al., 1988 apud
SIMÃO, 2004, p. 28).
Em idosos que praticam exercício com pesos, os benefícios decorrentes já são
amplamente discutidos e comprovados pela literatura cientifica tais como a
diminuição da sarcopenia (perda da massa muscular), melhora das funções vitais
como andar e sentar (GRAVES, 2001; JACOB FILHO, 1998; HURLEY, 2000). Em
indivíduos que apresentam algum tipo de cardiopatia em geral, os benefícios do
exercício físico se baseiam no aumento da massa muscular. Com esse aumento a
musculatura tende a realizar a atividade com menos fibras musculares, diminuindo o
reflexo dos ergoceptores que aumentam a pressão arterial e a frequência cardíaca
(FEATHERSTONE, 1993). Com o aumento da massa muscular, aumenta-se também
a força diminuindo o estresse cardiorespiratorio.
Em estudos realizados Graves (2001) e Carpenter (1996), comprovaram que
as dores articulares de origem degenerativa ou inflamatória com a prática do
exercício resistido eram bastante beneficiadas, explica-se ainda que com o aumento
da força muscular as articulações tendem a se estabilizar, devido a maior quantidade
do tecido conjuntivo, aumentando consideravelmente a capacidade do músculo em
suportar e absorver as forças internas, diminuindo a tensão sobre as articulações.
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1.3 O AGACHAMENTO
2 MATERIAL E METÓDOS
Foi realizada neste estudo uma análise de conteúdo, este tipo de análise é
utilizado no tratamento de dados que visa identificar o que vem sendo dito acerca de
determinado tema, Moraes (1999, p. 32) assim o descreve:
Minayo (1992, p. 68) nos atenta para uma análise de dados eficiente deve o
investigador ultrapassar obstáculos, dos quais vale destacar:
Diante do que foi exposto, a escolha por este tipo de analise de dados solicitou
ao investigador um maior critério na leitura dos artigos selecionados, buscando
sempre a imparcialidade, para uma conclusão ética e segura.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
do joelho em relação à linha dos pés, com o joelho passando a linha dos pés foi
verificado um aumento considerável na articulação patelofemural, sugerindo um
possível aparecimento de lesões com a adoção de tal procedimento.
Com base nesse conceito, muitos autores acreditam estar ai a não utilização
do agachamento profundo, a tensão produzida tanto nos ligamentos quanto nas
articulações, em contradição com este achado, Escamilla (2001), conceitua que não
existem estudos esclarecedores que comprovem o quanto de tensão estas
estruturas podem suportar.
Muitos pesquisadores discutem o “agachamento profundo” como fator de
influência direta na estabilidade do joelho, supostamente sua utilização afetaria
negativamente as estruturas do joelho (RASCH, 1989). Contrapondo tal opinião
Chandler (1989) realizou um estudo de oito semanas com cem estudantes
universitários de ambos os sexos utilizando meio-agachamento e agachamentos
profundos, para medição da estabilidade foi utilizado um artrômetro durante nove
testes de estabilidade. Como conclusão do estudo o autor cita que não foram
encontrados indícios de instabilidade no joelho em nenhum dos dois grupos que
realizaram os agachamentos em comparação aos que não utilizavam nenhum dos
tipos de agachamento. Ainda verificaram-se os efeitos do agachamento em longo
prazo como parte integrante no treinamento de levantadores olímpicos, para isso
foram estudados vinte e sete atletas de levantamento e conclui que a utilização do
agachamento profundo não causavam efeitos negativos na estabilidade do joelho.
Um estudo mais recente, realizado por Stanica (2006) confirmou as
informações obtidas por Chandler em 1989, foram estudados 20 atletas da seleção
brasileira e do Rio de janeiro de levantamento de pesos, no qual frequentemente
utilizavam o agachamento profundo e concluiu não haver incidência de graves
lesões no tendão patelar.
CONCLUSÃO
ABSTRACT
The aim of this study was to critically analyze the scientific production on the
prescription of the squat for strengthening of structures that make up the knee. To
this end, we carried out a review of the literature with a qualitative and exploratory
approach through a survey and selection of products by searching for keywords:
deep squat, knee and knee strengthening of the acquis concerning the issue at major
banks and theses dissertations. In this content analysis found that there is strong
controversy between the authors' idea about the application of deep squat, without
sufficient scientific support to indicate against the use of this exercise to strengthen
the knee. It is however that for this purpose, in addition to previous experience and
training musculoskeletal health, their use may be beneficial if the observed biological
limits.
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