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previstos na presente Lei, reserva à entidade registadora o O carácter dinâmico do Sector do Turismo, como criador de
direito de não efectuar o registo. emprego, potenciador da igualdade do género, factor de combate
4. Sempre que os documentos o permitam, deve ser pri- à pobreza, captador de divisas e difusor da imagem do País no
vilegiado o tratamento do Bilhete de Identidade do cidadão exterior, entre outros, impõe ao Executivo a necessidade de
e, em consequência, a sua inscrição na BDIC. criação de condições para o seu desenvolvimento sustentável.
ARTIGO 69.º
Efectivamente o País dispõe de recursos turísticos, culturais,
(Cartão do eleitor) históricos e naturais, que o colocam numa situação privilegiada
1. No acto do registo presencial é entregue ao cidadão um e competitiva no mercado turístico regional e internacional.
cartão de eleitor comprovativo do seu registo, devidamente Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo, nos
autenticado pela entidade registadora e no qual constam termos das disposições combinadas da alínea b) do artigo 161.º
obrigatoriamente os seguintes elementos: e da alínea d) do n.º 2 do artigo 166.º, ambos da Constituição
da República de Angola, a seguinte:
a) Fotografia;
b) Número de registo;
c) Nome completo; LEI DO TURISMO
d) Data e local de nascimento;
e) Sexo; CAPÍTULO I
f) Assinatura e/ou impressão digital. Disposições Gerais
2. Compete ao Executivo aprovar o modelo de cartão ARTIGO 1.º
de eleitor. (Objecto)
agrícolas cultivadas ou em pousio, florestas, locais de pesca, utilizando serviços logísticos para faci-
de importância cultural, pastagens, fontes de água, litar a prática destes desportos num contexto de
áreas de caças e de expansão; conservação e sustentabilidade da vida silvestre;
e) «Consumidor de produtos e serviços turísticos», q) «Turismo de habitação», actividade desenvolvida
pessoa que, não reunindo a qualidade de turista, através do recurso a estabelecimentos de natureza
utiliza serviços e facilidades turísticas; familiar instalados em imóveis antigos particulares
f) «Ecoturismo», segmento da actividade turística que que, pelo seu valor arquitectónico, histórico ou
utiliza de forma sustentável o património natural e artístico, sejam representativos de uma determi-
cultural, incentiva a sua conservação, promovendo nada época, tais como palácios e solares, podendo
o bem-estar das populações envolvidas; localizar -se em espaços rurais ou urbanos;
g) «Empreendimentos turísticos», estabelecimentos r) «Turismo rural», actividade prestadora de serviços
que se destinam a prestar serviços de alojamento a turistas, dispondo para o seu funcionamento de
temporário, restauração ou animação de turis- um adequado conjunto de instalações, estruturas,
tas, dispondo para o seu funcionamento de um equipamentos e serviços complementares, tendo
conjunto de estruturas, equipamentos e serviços em vista a oferta de um produto turístico completo
complementares; e diversificado no espaço rural;
h) «Fornecedor de produtos e serviços turísticos», s) «Turismo de natureza», actividade prestadora de
pessoa singular ou colectiva que fornece ou serviços de alojamento a turistas em áreas clas-
presta serviços para os turistas como sua fonte sificadas ou noutras áreas com valores naturais,
de rendimento; dispondo para o seu funcionamento de um adequado
i) «Oferta turística», conjunto de produtos e serviços conjunto de instalações, estruturas, equipamentos
turísticos existente num núcleo turístico, baseado e serviços complementares relacionados com a
nos seus recursos e infra-estruturas; animação ambiental, a visitação de áreas naturais,
j) «Operadores turísticos», agente de turismo que o desporto de natureza e a interpretação ambiental;
organiza e se especializa na combinação de bens t) «Turista», pessoa que passa pelo menos uma noite,
e serviços turísticos num pacote adquirido aos num local que não seja o da sua residência habitual
respectivos produtores e que os vende na sua rede e a sua deslocação não tenha como motivação o
de distribuição ou agência de viagens; exercício de actividade profissional remunerada
k) «Produto turístico», conjunto de bens, atractivos no local visitado;
e serviços prestados ao turista, designadamente u) «Utilidade turística», qualidade atribuída aos empreen-
transporte, alojamento, alimentação, actividades dimentos de carácter turístico que satisfaçam os
de lazer, fauna bravia, paisagens, locais e sítios princípios e requisitos a definir pelo Presidente da
de valores históricos; República, enquanto Titular do Poder Executivo.
l) «Recursos turísticos», os bens que pelas suas carac- ARTIGO 4.º
(Princípios gerais)
terísticas naturais, culturais ou recreativas tenham
capacidade de motivar visita e fruição turísticas; São princípios gerais de políticas públicas de turismo:
m) «Restauração e bebidas», actividade destinada a a) O princípio da sustentabilidade;
proporcionar, mediante remuneração, refeições e/ b) O princípio da transversalidade;
ou bebidas, podendo oferecer no mesmo espaço, c) O princípio da competitividade.
espectáculos de variedades ou dança; ARTIGO 5.º
n) «Transporte turístico», actividade devidamente (Princípio da sustentabilidade)
entre outros, que fazem parte da biodiversidade e dos recursos ARTIGO 17.º
(Interesse e utilidade turística)
naturais do País, favorecendo e promovendo a realização de
estudos de impacto ambiental. 1. O Departamento Ministerial que tutela o Sector de
3. As autoridades públicas do Sector do Turismo devem Hotelaria e Turismo pode, sem prejuízo das competências
realizar o inventário e o cadastro dos recursos turísticos da atribuídas por lei a outras entidades, declarar de Interesse
sua competência, devendo este processo ser permanente e Turístico, nos termos a estabelecer em diploma específico,
contínuo, nas suas componentes de identificação, manutenção os estabelecimentos, projectos e outras actividades de índole
e preservação dos activos turísticos nacionais. económica, cultural, ambiental e de animação que, pela sua
4. O ordenamento do território, a concepção urbanística ou localização e pelas características do serviço prestado e das
arquitectónica e o modo de exploração dos empreendimentos
suas instalações, constituam um relevante apoio ao turismo ou
turísticos, devem ser considerados como requisitos relevantes
motivo de atracção turística das zonas em que se encontram.
para a qualidade da actividade turística e são determinantes
tanto para assegurar a estabilidade geológica e biofísica, como 2. Podem ser declarados de Utilidade Turística, os
o enquadramento sociocultural e o equilíbrio do desenvolvi- empreendimentos turísticos que satisfaçam os princípios e os
mento económico. requisitos estabelecidos em diploma específico.
5. A concepção urbanística ou arquitectónica do ordenamento
CAPÍTULO IV
turístico do território angolano é regulada em lei própria. Qualificação da Oferta, Formação
ARTIGO 13.º e Marketing Turístico
(Áreas de interesse e potencial turístico)
ARTIGO 18.º
1. São consideradas áreas de interesse e potencial turístico, (Qualificação da oferta turística)
as áreas que pelas características relevantes dos seus recursos
A qualificação da oferta dos produtos e destinos turísticos
naturais, culturais e valor histórico, são capazes de originar
nacionais tem por objecto aumentar a competitividade da oferta
correntes turísticas nacionais e internacionais.
2. As áreas de interesse turístico são criadas e aprovadas pelo turística nacional, relativamente a mercados concorrentes e
Presidente da República, enquanto Titular do Poder Executivo. deve orientar-se por:
3. Do diploma de criação das áreas de interesse e potencial a) Instalação de projectos turísticos de qualidade em
turístico deve constar as coordenadas geográficas e a definição zonas especialmente vocacionadas para a activi-
precisa do seu perímetro, as normas reguladoras da respectiva dade turística, nos termos dos instrumentos de
ocupação e afectação ao interesse turístico, sem prejuízo da gestão territorial em vigor;
demais legislação igualmente aplicável. b) Definição e implementação dos procedimentos de
ARTIGO 14.º licenciamento de infra-estruturas, estabelecimen-
(Pólos e regiões de turismo)
tos, empreendimentos, empresas e actividades
Os pólos e regiões de turismo são criados por diploma
que contribuam para o desenvolvimento de uma
próprio, do qual constam, além dos elementos mencionados
oferta turística de qualidade;
no n.º 3 do artigo anterior, a definição dos órgãos de gestão,
suas atribuições e competências, bem como a relação com os c) Dinamizar os produtos turísticos em função da evo-
demais órgãos da Administração Pública. lução da procura e das características distintas dos
ARTIGO 15.° diferentes destinos;
(Turismo rural) d) Adoptar soluções que incentivem a inovação e a
O turismo nas áreas rurais deve ser focalizado na rea- criatividade;
bilitação e construção de infra-estruturas e na promoção de e) Valorizar os serviços como elementos diferenciado-
investimentos, respeitando o ambiente e os valores culturais res da oferta turística, incentivando a adopção de
das comunidades locais, assegurando para tanto o envolvimento mecanismos de certificação.
das mesmas no processo.
ARTIGO 19.º
ARTIGO 16.º (Formação e qualificação dos recursos humanos)
(Areas de protecção)
1. A formação turística nos seus diversos níveis de ensino
1. Podem se desenvolver actividades de turismo da natureza,
é objecto de definição de uma Estratégia e um Sistema de
cinegético, mergulho recreativo e outras actividades sustentáveis,
Formação orientados para a capacitação e integração da socie-
no âmbito do turismo ecológico, nas áreas classificadas em
legislação especial, como de protecção ambiental. dade civil nas funções relacionadas com a actividade turística.
2. O turismo nas Áreas de Protecção deve participar na 2. A formação dos recursos humanos no Sector do Turismo
preservação, conservação e auto-sustentação dos ecossistemas, deve centrar-se na qualificação profissional, disseminando
dos habitats e das espécies da referida área. uma cultura de serviço que garanta uma elevada satisfação
I SÉRIE – N.º 87 – DE 15 DE JUNHO DE 2015 2509
dos turistas, sem prejuízo da criação de condições objectivas e) Criação de representações turísticas no exterior,
para efectivação de instituições de ensino vocacionadas para através de escritórios de turismo, nos potenciais
a actividade do sector. mercados emissores de turistas.
3. O sistema de formação dos recursos humanos do Sector ARTIGO 21.º
(Informação turística)
do Turismo assenta nos seguintes vectores:
a) Qualificação progressiva da oferta formativa, através 1. A informação turística visa promover o desenvolvimento
de parcerias que integrem sistemas formativos de de uma rede nacional de informação turística que garanta a
referência internacional; qualidade e um nível homogéneo da informação prestada
b) Aproximação crescente da formação em hotelaria ao turista, independentemente do ponto em que é solicitada.
e turismo ao mercado empregador, por via da 2. Os pontos de informação nacionais, provinciais, muni-
adaptação curricular à evolução das necessidades cipais e comunais, devem evoluir para um funcionamento em
da oferta e da adequação da oferta formativa à rede, recorrendo progressivamente à utilização de ferramentas
evolução técnico-profissional do sector; tecnológicas para o registo e divulgação dos conteúdos,
c) Parcerias com o sector empresarial para o desenvol- privilegiando a maior interacção possível com os turistas.
vimento de projectos de formação em contexto 3. Compete às entidades públicas centrais, provinciais,
real de trabalho; municipais e comunais, bem como o sector privado, a produção
d) Aumento da capacidade de formação nos estabeleci- de conteúdos informativos e a sua disponibilização aos turistas.
mentos de ensino em função do desenvolvimento 4. São definidos em diploma próprio, as normas de
turístico das diversas Províncias, Municípios e adaptação e harmonização da sinalização rodoviária e da
Comunas. sinalética turística, enquanto instrumento essencial para a
4. Os princípios e os requisitos do sistema de formação satisfação dos turistas.
mencionado no número anterior são definidos em diploma ARTIGO 22.º
(Conhecimento e investigação)
específico para o efeito.
ARTIGO 20.º
A investigação, pesquisa e análise de informações do
(Marketing turístico) Sector da Hotelaria e Turismo, engloba os seguintes aspectos:
1. O marketing turístico tem como objectivos principais, a) Recolha, implementação, sistematização e intercâm-
o crescimento das receitas turísticas e dos demais indicadores bio de dados estatísticos;
da actividade do sector, tanto por um enfoque nos mercados b) Recolha e tratamento das informações relativas ao
exercício da actividade e aos empreendimentos
emissores tradicionais, como na progressiva diversificação
turísticos;
de mercados emissores e no aumento do peso do mercado
c) A análise e divulgação dos dados estatísticos;
interno no consumo turístico.
d) A pesquisa de novos modelos de actividades turís-
2. A promoção turística deve ser desenvolvida em torno
ticas adaptados à realidade do País.
dos seguintes vectores:
ARTIGO 23.º
a) Reforço das acessibilidades e facilitação da mobilidade (Apoio ao investimento)
dos cidadãos nacionais e estrangeiros, através do Os agentes públicos do turismo têm a incumbência de
estabelecimento e aprofundamento de parcerias promover, nomeadamente através de parcerias com as insti-
com as entidades ligadas de forma intersectorial; tuições financeiras, o aumento e a diversificação de linhas de
b) Captação de eventos, reuniões e congressos nacionais incentivo e financiamento para a actividade turística e para
e internacionais, de acordo com o estabelecido no o estímulo ao desenvolvimento, em particular das Micro,
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo; Pequenas e Médias Empresas e do tecido empresarial nacional,
c) Progressiva participação do sector privado no processo privilegiando, a inovação, a qualificação e a sustentabilidade.
de decisão e financiamento da promoção turística, ARTIGO 24.º
(Fiscalização)
através da profissionalização das estruturas com
O Serviço de Inspecção do Sector do Turismo, a nível
responsabilidades na promoção externa;
central e local é a entidade responsável pelo controlo e pela
d) Posicionamento da marca Angola, baseado em fiscalização das actividades turísticas e dos agentes turísticos,
factores distintivos sólidos que sustentem uma assegurando o cumprimento da legislação aplicável ao sector
comunicação eficaz e adequada aos segmentos bem como, a aplicação de uma estratégia de inspecção actuante
preferenciais da procura; e eficaz que garanta a qualidade dos serviços prestados.
2510 DIÁRIO DA REPÚBLICA
2. Além dos deveres estabelecidos no número anterior, turísticos conforme a lei e obter respostas opor-
os fornecedores de produtos e serviços turísticos devem, tunas e adequadas;
em especial: f) Usufruir dos produtos e serviços turísticos em boas
a) Prestar exclusivamente, serviços para os quais foram condições de manutenção, conservação, higiene
autorizados, fazendo-o sem discriminação, em e limpeza;
razão da nacionalidade, condição social, raça, g) Obter a devida informação para a prevenção de
sexo, origem étnica, religião ou filiação política; acidentes e doenças contagiosas.
b) Delimitar as zonas para fumadores e não fumadores,
ARTIGO 33.º
de acordo com a legislação em vigor; (Deveres)
c) Adequar os estabelecimentos turísticos e seus equi- Os turistas e os consumidores de produtos e serviços
pamentos ao uso de pessoas com mobilidade turísticos têm os seguintes deveres:
condicionada;
a) Respeitar e cumprir a Constituição da República de
d) Apresentar na forma e prazo estabelecidos pelo Depar-
Angola e a lei;
tamento Ministerial que superintende o Sector da
b) Respeitar o património natural, histórico e cultural
Hotelaria e Turismo, as informações e documentos
das comunidades, assim como os seus costumes,
referentes ao exercício da sua actividade.
crenças e comportamentos;
ARTIGO 29.º
(Exercício de actividade)
c) Usufruir dos serviços, produtos e recursos turísticos
com respeito pelo ambiente, tradições nacionais
O exercício das actividades turísticas, estabelecidas em
e os costumes locais;
conformidade com a presente Lei, depende do prévio licencia-
d) Pagar as taxas devidas pelos serviços de que usufruem.
mento dos serviços competentes do Departamento Ministerial
que superintende o Sector da Hotelaria e Turismo. CAPÍTULO VII
ARTIGO 30.º Recursos Financeiros
(Taxas)
ARTIGO 34.º
O licenciamento está sujeito ao pagamento de taxas, que (Suporte financeiro)
devem ser fixadas e actualizadas através de Decreto Executivo 1. O suporte financeiro ao turismo é viabilizado através dos
Conjunto aprovado pelos Ministros que superintendem os seguintes mecanismos operacionais de canalização de recursos:
Sectores das Finanças e da Hotelaria e Turismo. a) O Orçamento Geral do Estado, pela inscrição de
ARTIGO 31.º verbas do OGE para o turismo;
(Entidades representativas do sector privado na área do turismo)
b) O percentual das receitas provenientes dos impostos,
As associações empresariais, profissionais e sindicais da taxas e multas a serem consideradas para efeitos de
área do turismo constituem parceiros fundamentais na definição fomento do sector, aprovadas em diploma próprio;
e prossecução das políticas públicas de turismo. c) As linhas de crédito de instituições financeiras des-
CAPÍTULO VI tinadas ao Sector do Turismo;
Direitos e Deveres do Turista d) Os recursos financeiros provenientes de outras entida-
des públicas e privadas, nacionais e internacionais;
ARTIGO 32.º
(Direitos) e) Outros mecanismos estabelecidas por lei.
Sem prejuízo dos demais direitos reconhecidos no ordena- 2. O fomento do sector, os seus princípios e requisitos são
mento jurídico angolano, o turista e o consumidor de produtos definidos em diploma específico para o efeito.
e serviços turísticos têm em especial, os seguintes direitos: ARTIGO 35.º
(Incentivos fiscais)
a) Obter informação prévia, objectiva, exacta e completa
sobre todas e cada uma das condições, preços e No âmbito da Política Nacional do Turismo deve ser promovida
facilidades que lhe oferecem os fornecedores de a adopção de medidas de política fiscal, que nomeadamente:
produtos e serviços turísticos; a) Contribuam para o maior desenvolvimento das
b) Beneficiar de produtos e serviços turísticos nas actividades económicas que integram o Sector
condições e preços convencionados; do Turismo;
c) Obter os documentos que comprovam os termos exac- b) Estimulem o consumo turístico interno e a desloca-
tos da sua contratação e preços convencionados; ção turística dos angolanos em território nacional;
d) Gozar de tranquilidade, privacidade e segurança c) Fomentem a criação do emprego estável e promovam
pessoal e dos seus bens; a qualificação técnico-profissional;
e) Formular denúncias e reclamações inerentes ao d) Contribuam para a criação de legislação sobre incen-
fornecimento de produtos e prestação de serviços tivos fiscais para o fomento do investimento no
Sector do Turismo.
2512 DIÁRIO DA REPÚBLICA