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CULTURA: O MUNDO QUE CRIAMO PARA APRENDER A VIVER

Carlos Rodrigues Brandão


O mundo que criamos...
Meu corpo é a natureza de que sou parte transformada no ser de uma pessoa: eu. Refletida
nas águas calmas e límpidas de um pequeno lago, a natureza devolver a ela a sua imagem. Ela se vê
através de meu corpo e cabe a nós – ela e eu – sabermos distinguir o que faz inteiramente parte de
alguma dimensão de seu domínio de existência no planeta Terra e no Universo, e o que já é,
também, parte e partilha de uma dimensão de vida. Pois quando os meus olhos me vêem refletido
nas águas claras do lago, é ainda o mundo natural quem revela a si mesmo através de um de seus
seres. Mas nem tanto, porque, ser humano, não consigo, como os outros animais com quem
comparto o mistério de “estar vivo” aqui e agora, ver sem perceber, e perceber sem pensar. E a ideia
de que de mim me faço ao meu ver refletido já pertence a um outro domínio do Mundo que
comparto com a pequenina ave que porventura vem ao mesmo lago, e do galho de uma árvore se
olha e ao lago, como eu. Como eu? Entrevistos por um instante pelos nossos olhos, nossos corpos
pertencem ao plano natural dos sinais. São o que são, como a água e o fogo, ou são o que de si
mesmos dão a ver quem os vê, como vê. Mas o que eu penso do que vejo salta do sinal ao signo e
dele ao símbolo. E exige de mim o que dispensa na ave, requer palavras, códigos complexos de
sentidos e de significados, uma linguagem articulada por meio na qual em mim e para os meus
outros a sensação e o sentimento aspiram ganhar sentido. E até mais do que isto. Eu me vejo como
um ser da natureza, mas que penso como um sujeito da cultura. Como um alguém que pertence
também ao mundo que a espécie humana criou para aprender a viver.
De repente ave voa e vai embora, muito mais e muito menos sábia do que eu. Quem saberá?
Ela retorna ao seu ninho como um ser que habita um absoluto presente e nada sabe e nem pensa,
ainda e nunca, a respeito de sua própria morte. E quando ela chegar, a ave de súbito fecha os olhos,
cai do galho e volta à terra, sem saber e sem pensar de onde veio e para onde vai. Eu não. Eu
carrego a minha morte a cada instante, porque vida a vivê-lo. Carrego na antevisão de qualquer dia,
amanhã, a minha morte, assim como levo leva pela vida afora a experiência humana da Vida, e a
minha vida na memória carregada de nomes e de cenas, de cenários e de símbolos, de palavras e
frases. De tessituras sempre inacabadas onde se entrelaçam gestos e seus arremedos de
sensibilidades, sentidos e de significados gravados nos genes que me habitam, no corpo que eu
habito e, imagino, no espírito onde acredito que esteja à parte mais etérea e – quem sabe? – imortal,
de uma pessoa chamada Carlos.
No espírito ou, simplesmente, nisso a que damos o nome de memória e que, para alguns, não
é mais do que uma alquimia de nervos, conexões no cérebro e alguns aminoácidos articulados
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durante algum tempo entre as energias e matérias efêmera dos seres que somos. Mas que outros
acreditam ser uma das dimensões para além da matéria e dos seus limites. Ali, onde os fios da Vida
transformados em memórias, em palavras, em gestos de sentimentos recobertos do desejo da
mensagem, recriam a cada instante o mundo que entre nós inventamos desde que somos seres
humanos, e com este estranho nome: cultura. Cultura, uma palavra universal, mas um conceito
científico nem sempre aceito por todos os que tentam decifrar o que os meus processos e conteúdos
querem significar, e que misteriosamente existe tanto fora de nós, em qualquer dia de nosso
cotidiano, quanto dentro de nós, seres obrigados a aprender, desde crianças e pela vida afora, a
compreender as suas várias gramáticas e a “falar” as suas várias linguagens. Várias, porque bem
sabemos que esta com que nos escrevemos uns aos outros, em uma língua qualquer dentre as
milhares que ainda habitam nossos mundos, é apenas uma entre tantas outras.
Tal como outros seres vivos com quem compartimos a mesma casa, o planeta Terra, fomos
criados com as mesmas partículas ínfimas e com as mesmas combinações de matérias e de energias
que movem a Vida e os astros de Universo. Algo do que há nas estrelas pulsa também em nós. Algo
que, como o vento, sustenta o vôo dos pássaros, em uma outra dimensão da existência impele o vôo
de nossas ideias, isto é, dos nossos afetos tornados os nossos pensamentos.
Não somos intrusos no Mundo ou uma fração da Natureza rebelde a ela. Somos a própria
múltipla e infinita experiência do mundo natural realizada como uma forma especial da Vida: a vida
humana. Da mesma maneira como boa parte dos animais, somos corpos dotados da capacidade de
reagirem ao ambiente em que vivem e onde reproduzem, enquanto isto é possível a vida individual
e coletiva de sua espécie. De se locomoverem nele em função de mensagens que captam através dos
sentidos e também de atos por meio dos quais deixam a sua marca momentânea em seu mundo. Um
colibri faz isto. Nós também. Alguns macacos da Amazônia que, mais felizes do nós, saltam de
galho em galho na floresta, enquanto arrastamos pelo chão um corpo que precisou de alguns
milhões de anos para aprender a se equilibrar precariamente sobre duas penas, são biologicamente
diferentes de nós em apenas algo inferior a 3% da composição da arquitetura das cadeias de DNA.
No entanto há nesta mínima porcentagem toda a diferença.
Mas será ela tão grande assim?
Faz alguns anos Claude Lévi-Strauss, um conhecido antropólogo europeu que se iniciou
como pesquisador de campo entre povos indígenas do Brasil-Central, foi convidado pela
Assembléia Francesa a escrever algo para um repensar o conceito e a ideia de liberdade, tal como
eles estão há alguns séculos na Constituição da França. Num texto de resposta que veio depois a ser
publicado em um livro, ele começa dizendo que não teria nada a acrescentar, caso o conceito e os
seus preceitos devessem permanecer no âmbito do contrato social. Mas logo a seguir ele aproveita a
ocasião para perguntar aos franceses e a todos nós, se não seria este o momento de realizarmos uma
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reviravolta corajosa de identidade, com todas as suas conseqüências. Ao invés de continuarmos a
nos definir como “seres mortais” ou como “sujeitos sociais”, não teria chegado a hora de nos
identificarmos como “seres da Vida”? Não é este atributo o mais radical, o mais verdadeiro e
também o mais generoso em nós e entre nós e tudo o mais que habita: vida?
Se isto for verdade e se isto for possível, então o que era antes um reconhecimento de
desigualdades dado pela disjunção entre nós, seres humanos e todos os outros seres da Vida, passa a
ser um sinal de conjunção entre seres irmanados em uma igualdade essencial, e apenas diferentes
dentro das infinitas alternativas que a Vida abre e faz existir.
E entre nós, seres da natureza alçados ao mundo da cultura que nós próprios criamos, deve
existir, entre todas, uma diferença ainda mais essencial. Com uma enorme variedade de vivências
disto, em todos os outros seres vivos podemos supor que existem formas de uma consciência reflexa
da relação entre o ser e o seu mundo. Eles sentem, eles percebem, eles lembram, eles sabem, eles
agem. Nós também. Mas nós tivemos que aprender a entrelaçar cada uma dessas coisas com todas
as outras, de tal maneira que precisamos fazer um enorme esforço para conseguirmos viver cada
uma delas em sua vez, sem a presença do poder das outras. Como é bom sentir sem pensar. Mas
como é difícil!
Abra um livro de “técnicas de meditação” e você verá como isso verdadeiro. O que se
sugere ali – sobretudo nos mais budistas e nos mais tibetanos – é um enorme esforço de anos e anos
de “treinamento da mente”. E para que? Para que ela aprenda a deixar de fazer o que aprendeu
antes, ao longo dos anos e anos de interações e estudos: pensar com palavras, refletir com ideias.
Que aquele que medita saiba treinar-se para varrer de dentro das próprias mente todas as memórias,
os pensamentos, as imagens e, mais do que tudo, os desejos do corpo e do espírito. Isto é, toda a
ilusão do que não existe, a não ser que se queira seguir iludido em pensar que “isto” que parece que
existe de fato, existe fora de nós. Para que, então, a mente descubra no vazio do nada do agora um
paraíso perdido chamado: absoluto presente. Um tempo único, porque é vivido fora do tempo. Um
momento irrepetível sem resquício algum da maldição de vivermos sempre atrelados a uma vida em
três tempos: o passado, o presente (o único que de fato existe, dirão lamas tibetanos e alguns físicos
quânticos) e o futuro. Ou seja, todo um aprendizado que pode durar uma vida inteira para virmos a
adquirir a sabedorias que sonha alcançar o eremita solitário, e com a qual, sem esforço algum, já
nasce o pássaro com quem estivemos na beira de um lago algumas linhas acima, e que nos espera
de novo algumas outras, abaixo.
Como não somos esses seres de frágil perfeição natural, aprendemos a viver dentro de algo
mais do que apenas o viver e o sentir. Assim, nós nos sentimos sentindo, como os outros seres da
Vida também. Mas nós nos pensamos sabendo e nos sabemos pensando. E sabemos que sentimos e
nos sentimos tomados desta ou daquela emoção porque aprendemos a nos saber sabendo. Passamos
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da consciência reflexa que compartimos com o colibri e o chimpanzé, à consciência reflexiva, que
acrescente um “me” e um “mim” a um “eu”, e que é em nós o sinal e o símbolo da habitante de um
mundo onde a própria natureza é vista e é compreendida como e através de símbolos e de
significados. Que é uma árvore para você? O que é uma ave?
Voltemos ao nosso pássaro.
Sabemos que um pássaro voa com um par de asas, e nós com o inacabável das nossas ideias.
Por isso ele voa com as asas com que nasceu e nós voamos com os aviões (e as asas delta, e os
ultraleves, e os planadores e as espaçonaves) que inventamos. Vimos como depois do ciclo de sua
vida, no momento exato da morte ela fecha os olhos, sente o coração parar de bater, cai e volta à
terra. Nós, humanos, nos cercamos de ritos e de palavras. Lembramos uma vez ainda a vida vivida,
falamos a nós mesmos, aos nossos e as Deus, dizemos despedidas e preces. E, ao cerrar os olhos, o
quem ou o quê de nós deixa o corpo dado também à terra e vai para onde? Por quê? Mas voltemos à
Vida.
Se somos mais iguais do que imaginamos em quase tudo aos outros seres vivos com quem
compartimos a Terra, somos diferentes em uma outra coisa: eles vivem no mundo de natureza em
que lhes é dado o viver. Nós precisamos criar e recriar o nosso. Eles adaptam o corpo e os sistema
de vida ao ambiente natural e, depois, até mesmo e nós próprios, porque somos lentos em adaptar o
corpo e a vida aos padrões da Natureza. Nós e nossos corpos feitos de argila e de sangue, feitos de
minerais, de matéria orgânica e também do gesto do amor dos pais e do sopro do espírito, somos,
como o mundo onde vivemos, a Natureza. Os panos com que nos cobrimos, transformando o
algodão ou o pelo dos carneiros, a comida que antes de comermos a acender, são porções do todo da
natureza transformada não apenas em coisas de utilidade, mas eu seres de sentimento, de sentido, de
significado e de sociabilidade. Logo, em um momento de uma cultura.
Ao contrário dos outros animais, surgimos no mundo como uma espécie disposta a viver em
todos os ambientes do planeta e a comer de tudo o que seja digerível em nossos corpos. Somos
praticamente a única espécie onívoro-oportunista, e é assim que alguns paleontólogos nos definem.
Em princípio podemos e desejamos comer tudo o que encontramos. Mas com algumas diferenças
notáveis. Pois aprendemos com o passar dos anos a lidar com os seres da natureza, transformados
em dieta alimentar, não só como algo bom para comer, mas como alguma coisa boa para pensar.
Aprendemos, primeiro, a transformar o que ingerimos, e o fogo teve aí um lugar essencial. Todos os
bichos comem cru, fresco ou apodrecido. Nós criamos escolhas e processamos o cru para ser
também o cozido, o assado, o frito e assim por diante. Aprendemos com o tempo – e cada cultura
humana faz isto segundo os seus termos e de acordo com os padrões de sua própria lógica do sentir,
do pensar e do agir – a lidar com os alimentos naturais como entidades de um profundo valor
simbólico. Assim, em um almoço entre amigos comemos a comida quente e boa à volta da mesa,
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enquanto trocamos entre nós as mensagens. Sentimentos, evocações, ideias e valores de vida que
nos dizemos um aos outros através do que comemos. Através do modo como comemos e através do
que criamos como preceitos de códigos de normas, como a rotina de todos os dias, como a
celebração única num ano ou na vida, em volta da mesa em que nos reunimos para saciar a fome
dos nossos corpos, e para dar respostas à fome de símbolos e de sentidos de afeto e vida que
transformam ritualmente uma “comida” em uma “refeição” e uma refeição em uma “festa”. Triste é
comer só, mesmo quando a comida é boa, e a bebida amarga é doce, quando entre amigos queridos.
Pois afora o que fazem durante breve tempo algumas mães animais com os seus filhotes,
somos a única espécie que junta porções comestíveis da natureza e leva o alimento para outras
pessoas. Somos os únicos que, por felicidade ou por desgraça, aprendemos a fazer de fragmentos do
meio ambiente transformado em alimento, uma porção de coisas entrelaçadas e, de vez em quando,
contraditórias, quando “isto” poderia ser uma coisa só. Pois tal como os panos com que nos
cobrimos ou as casas onde nos abrigamos e reunimos, bens de uso, bens de troca, cenário de
interações, símbolos, palavras e mensagens.
E algo semelhante acabamos realizando conosco mesmos. Pois sendo, como todos os outros
seres vivos, sujeitos da natureza, acabamos nos tornando uma forma da natureza que se transforma
ao aprender a viver. Sem cessar e sem exceção, entre todas as comunidades humanas do passado e
de agora, transformados seres do mundo de natureza: e unidades de uma espécie: indivíduos, em
sujeitos do mundo da cultura: pessoas. Em seres de direitos e de deveres e, portanto, agente
culturais e atores sócias. Somos uma pessoa em um duplo sentido. Ao conviverem conosco em
cenários da cultura, como uma família nuclear, uma parentela, um grupo de idade ou de interesses,
uma escola, ao longo dos sucessivos círculos dos seus ciclos de vida os nossos filhos e as nossas
filhas aprendem, pouco a pouco, a internalizarem não somente “coisas” aos pedaços, como
habilidades, condutas, saberes e valores. Eles aprendem a realizar interações e integrações cada vez
mais complexas de e entre tudo isto. Assim sendo, um indivíduo humanos é uma pessoa social
quando integra e possui dentro dele uma experiência tornada individual do ser cultural de seu
próprio mundo de vida cotidiana.
E eles são pessoas humanas (mas o “humano” aqui é redundante) porque ao viverem em
seus mundos sociais, saem continuamente de si mesmos e desejam ou se obrigam a interagir com
outras pessoas em mundos sempre culturalmente estabelecidos. Em diferentes canários de trocas e
de reciprocidades cujos atores, autores, sobre as leis da natureza que fazem de nós e dos animais,
machos e fêmeas, pensam, criam e administram regras sócias que nos transformam em maridos e
esposas, em irmãos e primos, sobrinhos, filhos e afilhadas. Eis a razão pela qual alguns estudiosos
da pessoa humana e da cultura consideram esta obrigação criativa de construção social de sistemas

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de atribuição de sentido e de orientação das condutas interativas entre categorias de pessoas, como o
momento fundados da própria cultura.
A Vida e a consciência da vida são o que ela própria ou um deus nos ofertaram. A cultura e
o que fazemos dela, nela e, em e entre nós, através dela. Vida. A cultura é o que devolvemos a Deus
ou à vida como a nossa parte do mistério de uma criação de quem somos bem mais os persistentes
inventores do que aqueles que vieram assistir ao que fizeram antes de havermos chegado. Os outros
seres vivos do mundo são que são. Nós somos aquilo que nos fizemos e fazemos ser. Somos o que
criamos para efemeramente nos perpetuarmos e transformarmos a cada instante. Tudo aquilo que
criamos q partir do que nos é dado, quando tomamos as coisas da natureza e as recriamos como os
objetos e os utensílios da vida social representa uma das múltiplas dimensões daquilo que, em uma
outra, chamamos de: cultura. O que fazemos quando inventamos os mundos em que vivemos: a
família, o parentesco, poder de estado, a religião, a arte, a educação e a ciência, pode ser pensando e
vivido com uma outra dimensão.
Ao emergimos com a nossa consciência reflexiva – e nossas inteligências múltiplas – do
signo e do ato ao símbolo e ao significado, logo, ao gesto, descobrimos que o importante não é tanto
o que transformamos materialmente da natureza. O que importa é a nossa capacidade e também a
nossa fatalidade de atribuirmos significados múltiplos e transformáveis ao que fazemos, ao que
criamos, aos modos sociais pelos quais fazemos e criamos e, finalmente, a nós mesmos significado.
Pois para a ave que pousa num galho da árvore, a árvore é o galho do pouso, é a sombra, o abrigo, a
referência no espaço e o fruto. Para nós ela é tudo isto e é bem mais. É um nome, uma lembrança,
uma tecnologia de cultivo e de aproveitamento. É uma imagem carregada de afetos, o objeto da tela
de um pintor, um poema, uma possível morada de um deus ou, quem sabe? Uma divindade que por
um instante divide com um povo indígena uma fração de seu mundo.
Eis porque em termos bastante atuais, falamos que a cultura está mais no quê no como nós
nos trocamos mensagens e nos dizemos palavras e ideias entre nós, para nós e a nosso respeito, do
que no que fazemos em e sobre o nosso mundo, ao nos organizarmos socialmente para viver nele e
transformá-lo. Eis um belo sentido da ideia da nossa própria liberdade. Ao levarmos a vida do
reflexo à reflexão e do conhecimento à consciência, nós acrescentamos ao mundo o dom gratuito do
espírito. Com ele, nós nos tornamos senhores do sentido e criadores de uma vida regida não pela
fatalidade biológica da espécie, como entre nossos irmãos animais, mas pelo poder de escolha
crescentemente livre de nossos próprios símbolos, de nossos tantos modos de vida, de nossas
múltiplas identidades e das buscas de aprendizado de sentimentos e de significados a serem dados à
teia de “tudo isto”.

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REFERÊNCIA

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. A educação como cultura. São Paulo: Mercado das Letras, 2002.

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