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COMISSÃO ORGANIZADORA
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A TRAJETÓRIA DO SINDICATO DOS METALÚRGICOS DE
CRICIÚMA 1965 – 2018
Fernando Debrida Martins, João Henrique Zanelatto
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COOPERATIVAS DE SANTA CATARINA: ARQUITETURA DE
HANS BROOS E PAISAGISMO DE KOITI MORI E KLARA
KAISER
Guido Paulo Kaestner Neto
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ENTRE A LEI E OS DIREITOS: AS EXPERIÊNCIAS DOS
TRABALHADORES ACIDENTADOS NA MINERAÇÃO EM
CRICIÚMA, 1943-1950
Bruno Mandelli
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O CEDOC/UNESC E A INDÚSTRIA CARBONÍFERA:
EXPERIÊNCIAS DE AÇÕES EDUCATIVAS COM ESCOLAS DA
REDE PÚBLICA DE CRICIÚMA/SC
Nathália Pereira Cabral, Tiago Da Silva Coelho
O presente trabalho tem como objetivo suscitar reflexões a partir de oficinas educativas
promovidas pelo Centro de Memória e Documentação da Universidade do Extremo Sul
Catarinense – CEDOC/UNESC, no decorrer do ano de 2016. Por meio dos laboratórios de
Educação para o Patrimônio e Laboratório de História, Imagem e Som, o CEDOC ofertou a
oficina Indústria Carbonífera em Criciúma: trabalho, cidade e operários/as. Utilizamos como
referencial teórico: Gadotti (2005), Hagemeyer (2012), Mauad e Lopes (2012), Menezes
(2002), Ribeiro e Torre (2012) e Stephanou (2014). A atividade objetivava oportunizar aos
alunos e alunas da rede municipal de ensino de Criciúma, conhecer o acervo do CEDOC e
refletir sobre a indústria carbonífera e seus impactos na cidade. Estabelecendo um diálogo
entre universidade e educação básica foram realizados sete (07) encontros, atingindo 133
alunos/as e, cerca de 30 professores e professoras atuantes nas áreas de História,
Informática e Artes. A proposta visava relacionar os conteúdos e atividades desenvolvidas
pelos/as professores/as em sala de aula, com materiais disponíveis no acervo no Centro de
Memória, propiciando reflexões sobre o trabalho nas minas de carvão, sobre o patrimônio
industrial da cidade, gênero e infância. A oficina foi dívida em duas etapas; a primeira
utilizamos como recurso fotografias e audiovisuais, demonstrando aos alunos/as as
modificações na urbe e diferentes processos históricos. Na segunda parte, os/as
estudantes tiveram contato com o processo básico de higienização documental, refletindo
sobre a importância da preservação. Por último, foi aplicado um questionário com os/as
alunos/as como forma de perceber seus olhares e interpretação sobre a oficina. O acervo
documental apresentado, nos permitiu outros olhares e interpretações sobre a memória do
trabalho/a e dos trabalhadores/as, especialmente por parte dos educandos/as que
participaram do projeto.
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O PATRIMÔNIO ORGANIZATIVO DA CLASSE TRABALHADORA
ATRAVÉS DOS CAMINHOS OPERÁRIOS EM PORTO ALEGRE
Frederico Duarte Bartz
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Patrimônio Industrial, arquitetura
e preservação
AS INDUSTRIAS E AS TRANSFORMAÇÕES NO DISTRITO DE
CARAVAGGIO
José Luiz Ronconi
O Distrito de Caravaggio no município de Nova Veneza teve sua fundação por imigrantes
italianos em 1891 por ocasião da criação da Colonia Nova Veneza. Os imigrantes em sua
maioria tinham como profissão a agricultura, mas em Caravaggio não encontraram as
terras com fertilidade que permitisse tal atividade. Com o passar dos anos foi inevitável a
busca por alternativas que garantissem o sustento de suas numerosas famílias. A atividade
industrial foi a alternativa e a industria metalmecânica como fornecedor de implementos
agrícolas foi o setor que obteve maior exito no primeiro momento. Posteriormente o setor
madeireiro, especialmente de esquadrias de madeira foi adquirindo relevância. E a partir
dos anos 70 surgiu o setor de calçados, que no inicio dos anos 90 com a atividade
exportação, aparecia como a maior oferta de empregos do distrito. Com as mudanças de
politica econômica e cambial a partir da metade dos anos 90, quase todas as fábricas de
calçados paralisaram suas atividades. Hoje o setor de calçados encontra-se
completamente extinto no distrito. A industria madeireira seguiu relativamente estável sem
muita evolução, apesar das transformações tecnológicas da construção civil e oferta de
outros materiais mais eficientes sob vários aspectos. Baseada no consumo de madeiras
provenientes da amazônia, vive momentos de instabilidade pelos altos custos da matéria
prima. O setor metalúrgico passa por relativa crise, com certo grau de desemprego e
dificuldades financeiras nas empresas. Direcionadas para a linha automotiva, sofrem
também com a concorrência dos grandes conglomerados do setor. As edificações das
industrias de calçados (todas passaram por processo de falência) encontram-se algumas
com novos usos e outras simplesmente fechadas. As industrias metalúrgicas, por questões
ambientais, se deslocaram para um distrito industrial e seus pavilhões no centro
encontram-se abandonados. O quadro que se tem é de uma comunidade que passou por
várias transformações, viveu vários ciclos de atividades econômicas e de oferta de
trabalho. Hoje o distrito de Caravaggio convive ainda com vários prédios industriais dentro
do seu perímetro. Alguns subutilizados, outros adaptados para novas atividades e outros
em completo abandono. Por suas grandes escalas se comparados com o tamanho da zona
urbana, impactam visualmente a paisagem urbana, sem nenhuma perspectiva de
integração no traçado urbano da pequena comunidade.
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FERROVIA DO TRIGO: PATRIMÔNIO E TURISMO
Renan Pezzi
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O RAMAL DE ITARARÉ: CONTRIBUIÇÕES PARA A HISTÓRIA
DO RAMAL ENTRE SÃO PAULO E OS ESTADOS DO SUL DA
ESTRADA DE FERRO SOROCABANA
Igor Matheus Santana Chaves, Matheus Jasper
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REFLEXÕES SOBRE A PROPOSTA DE TOMBAMENTO DA
CERVEJARIA ANTARCTICA EM JOINVILLE AOS OLHOS DA
CIDADE DOCUMENTO
Tiago Castano Moraes
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Patrimônio Industrial, arte e
representações audiovisuais
O PATRIMÔNIO INDUSTRIAL NO SUL DE SANTA CATARINA
SOB AS LENTES DE WILLIAM GERICKE: IMBITUBA,
URUSSANGA E CRICIÚMA
Isadora Farias Espindola
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Patrimônio Industrial, meio
ambiente e paisagem cultural
A PAISAGEM CULTURAL COMO INSTRUMENTO DE RECONHECIMENTO
DO PATRIMÔNIO CARBONÍFERO CATARINENSE
Gustavo Rogerio de Lucca, Margareth de Castro Afeche Pimenta
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ESTRUTURAS CARBONÍFERAS E PATRIMÔNIO CULTURAL EM
SANTA CATARINA NO FINAL DO SÉCULO XIX E INÍCIO DO XX.
Paulo Sérgio Osório
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GALPÕES DA MEMÓRIA: DENTRO DELES UMA PAISAGEM
ESSOMERICQ
Alessandra Tereza Mansur Silva, Roberta Barros Meira, João Carlos
Ferreira Melo Júnior
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PAISAGENS DO PATRIMÔNIO INDUSTRIAL TÊXTIL: BRASIL X
PORTUGAL
Bernardo Brasil Bielschowsky, Margareth de Castro Afeche Pimenta,
Francisco da Silva Costa
O Vale do Ave em Portugal e o Vale do Itajaí no Brasil são compostos por um conjunto de
municípios que constituem um modelo de território mais disperso, estruturados a partir dos
rios Ave e Itajaí-Açú, respectivamente, e caracterizados por padrões de urbanização e
industrialização particulares, ambos com destaque para a indústria têxtil, onde houve a
coexistência da casa, da indústria e da pequena exploração agrícola, que lhe conferem
singularidades específicas em seus países. É a partir dessas relações entre o patrimônio
industrial e o patrimônio hidráulico com o território e a sociedade, acrescentados da
conscientização patrimonial e da atuação das autarquias e sociedade civil, que foi realizado
um estudo comparado para apontar possíveis afinidades e diferenças entre o Vale do Ave
em Portugal e o Vale do Itajaí no Brasil. Esta pesquisa, realizada em Portugal, teve como
objeto revelar a importância das paisagens enquanto patrimônio cultural ainda vigente, pois
são reveladoras das especificidades dos lugares, tomando em conta seu estado de
conservação e contexto em que se inserem. A importância do estudo comparado está na
possibilidade de se criar um olhar de contraposição sobre as realidades brasileiras e
portuguesas, onde é possível perceber a falta de valorização das paisagens e
especificidades dos lugares em função de um excessivo processo de renovação urbana no
primeiro caso, enquanto do outro lado é possível perceber a valorização do seu legado
patrimonial nos processos de reabilitação urbana. A paisagem no Vale do Itajaí revela os
diversos processos de ruptura, pois revela a lógica especulativa atual do período pós-
desindustrialização, com complexos industriais abandonados ou degradados sendo
sucateados ou substituídos, enquanto a paisagem no Vale do Ave revela muito mais um
processo de continuidade desses bens patrimoniais, através da valorização e da
reconversão desses espaços pós-desindustrialização em elementos chave de
potencialidade para a dinâmica urbana da vida contemporânea.
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PATRIMÔNIO INDUSTRIAL SUCROALCOOLEIRO, PAISAGENS
CULTURAIS E OS RECURSOS HÍDRICOS: CONFLITOS
SOCIOAMBIENTAIS NA LOCALIDADE DO DISTRITO DE SANTO
EDUARDO
Mayara Silva, Simonne Teixeira
O presente trabalho busca realizar uma leitura da paisagem cultural do Distrito de Santo Eduardo a
partir do empreendimento do Patrimônio Industrial sucroalcooleiro e sua relação com o ambiente
natural. Para tanto, será discutido sobre a relação existente entre os conceitos de Patrimônio
industrial, recursos hídricos e a paisagem, bem como a importância da água como elemento
constituinte das mesmas, de importância cultural para determinada sociedade, além da sua
importância vital. Para tanto, o patrimônio industrial, aqui representado pelas usinas de cana-de-
açúcar, está associado aos resquícios do modo de produzir de uma determinada sociedade,
constituindo seu valor cultural, histórico e tecnológico. Assim, como um componente de
documentação de suma importância para a compreensão de uma determinada história, o
patrimônio industrial possibilita o entendimento acerca das mudanças sociais, econômicas e
culturais ocorridas ao longo do tempo, permitindo ao indivíduo o direito à cidadania e inserção na
sociedade a partir do conhecimento e propagação de sua cultura. Ou seja, considera-se o
patrimônio industrial como um elemento que permite compreender os processos de transformação
de conformação do espaço na qual a população se insere, projetando-se nas paisagens. Assim
sendo, entende-se a existência de uma relação estreita entre o patrimônio industrial e a paisagem
cultural, esta última podendo ser entendida como um produto gerado a partir da apropriação e
transformação do homem no que tange a natureza e seu espaço, plasmando traços culturais na
mesma. Neste sentido, entendendo os recursos hídricos como um elemento integrante das
paisagens culturais, se faz necessário discutir a relação entre o empreendimento industrial
sucroalcooleiro enquanto agente de política de desenvolvimento econômico, muito presente no
contexto brasileiro desde a sua formação, que, voltando-se para a exportação, geram conflitos
socioambientais, visto que se insere no ambiente natural, apropriando-se de seus recursos, bem
como dos rios. Como metodologia, o trabalho contará com revisão bibliográfica, pesquisas em
documentos e em materiais disponíveis no arquivo público. Portanto, como resultados, é sabido
que o patrimônio industrial açucareiro aponta para o engendramento de conflitos, culminando,
muitas vezes, em reordenamentos espaciais, nos quais envolve a população inserida no contexto e
os empresários, com seus projetos de apropriação do espaço natural e suas potencialidades, uma
vez entendido a relevância do recurso hídrico para uma empresa agrícola. No entanto, inserido
nesse cenário produtivo, a localidade de Santo Eduardo, situada ao norte do Município de Campos
dos Goytacazes, no estado do Rio de Janeiro, sofreu um reordenamento espacial por meio de
conflitos socioambientais gerados a partir da implantação da usina de cana-de-açúcar Santa Maria,
cujos resultados circundam na perda de território do distrito, tendo em vista a insatisfação da
população face ao despejo dos resíduos da usina no Ribeirão Santo Eduardo, afluente do Rio
Itabapoana.
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Patrimônio Industrial, museus e
acervos documentais
A CONSTITUIÇÃO DA CULTURA DO PATRIMÔNIO INDUSTRIAL:
O ESPAÇO DE MEMÓRIA MARCOPOLO
Ana Paula de Almeida, Eliana Rela
Considerando que a temática do patrimônio industrial está ligada principalmente ao setor privado, a
sua discussão envolve elementos de natureza econômica e financeira, favorecendo assim que a
conservação e a preservação do patrimônio industrial, encontre alguns desafios junto ao setor
privado, dentre eles podemos elencar o fato de não se manterem ações permanentes dentro
dessas indústrias, que tratem sobre a cultura do patrimônio industrial, pois as empresas, não
reconhecem seus objetos, máquinas, ferramentas, processos produtivos entre outros vestígios
como fonte de pesquisa para a compreensão da história do trabalho, das técnicas empregadas,
assim como das transformações sociais e da própria história da indústria. Consequentemente
essas empresas, não identificam suas memórias como parte integrante da identidade individual e
coletiva de uma determinada comunidade, que as suas memórias, que os lugares onde estão ou
deixaram de estar, que seus documentos carregam a história do lugar e das pessoas que viveram
aquele passado. As empresas não se vêm conectadas com as relações estabelecidas entre
pessoas, empresas e a sociedade, que suas mudanças e permanências estão interligadas a um
contexto maior, que são as cidades onde estão inseridas e sua ligação com os variados setores da
sociedade. Dessa forma as indústrias precisam compreender que seus vestígios possuem valor
histórico, tecnológico, social, arquitetônico e científico e por isso necessitam de medidas de
conservação e preservação permanente, assim como constante análise sobre os seus testemunhos
do patrimônio industrial, para que os mesmos dialoguem com a sociedade e possam ser
valorizados. Diante do quadro apresentado, um exemplo de sucesso é a encarroçadora de ônibus
Marcopolo S.A com a criação do Espaço Memória Marcopolo Valter Gomes Pinto. O Espaço teve o
início de sua constituição no ano de 1997, com o objetivo de encontrar e organizar fontes para as
comemorações de seu cinquentenário, que ocorreu no ano de 1999. O acervo foi reunido com
doações de documentos mantidos por alguns setores da empresa e, também, conjuntos de
documentos acondicionados em arquivos de metais, caixas identificados em diferentes espaços
das instalações da indústria. Com os achados e doações foi possível organizar fotografias, material
publicitário em diferentes suportes, periódicos produzidos pela empresa entre outros. Com o
advento das comemorações dos 50 anos da empresa foram realizadas entrevistas com
funcionários com mais de 25 anos de atuação e fundadores constituindo um banco de história oral.
A organização possibilitou a difusão cultural por meio de diferentes produtos, como o livro contando
a trajetória da empresa, documentários, mostra fotográfica. Nesses 20 anos de existência o acervo
ocupou diferentes espaços até conquistar uma sede própria. Atualmente desenvolve ações como:
Programa de Visitas Guiadas na exposição permanente, para escolas, universidades, turistas e
clientes; Integração de novos colaboradores; Exposições temporárias para público interno;
Pesquisas para acadêmicos, busólogos, assim como suporte para ações pontuais e estratégicas da
corporação; Manutenção e organização constante do acervo documental; Programa de
preservação e conservação do acervo que atualmente conta com aproximadamente 100 mil itens.
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MAESA: PELA CRIAÇÃO DE UM MUSEU DA METALURGIA EM
CAXIAS DO SUL/RS
Luiza Horn Iotti
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MAPEAMENTO DOS MUSEUS FERROVIÁRIOS BRASILEIROS:
ASPECTOS HISTÓRICOS, INSTRUMENTOS LEGAIS E
INICIATIVAS ISOLADAS
Alice Bemvenuti
A comunicação proposta apresenta aspectos relacionados à história dos museus e da museologia
por meio da trajetória dos museus ferroviários brasileiros. A história da ferrovia se confunde com
aspectos da história das instituições museológicas ferroviárias. Na coleta e sistematização de
dados para a pesquisa, foi possível identificar questões importante com relação aos fatos
históricos, aspectos econômicos, políticos e culturais que compreendem ao mesmo tempo o
universo de instauração da ferrovia brasileira e os posteriores esvaziamentos a partir dos
desdobramentos da erradicação, liquidação e extinção da mesma, a destinação de seus bens
patrimoniais, os programas e ferramentas de preservação, salvaguarda e a criação das instituições
museais. Períodos que perpassam diferentes governos, avanços tecnológicos que impulsionam
novas concepções de mundo e geram mudanças significativas que refletem o País, são questões
que fazem parte da discussão desta pesquisa. Faz-se necessário, portanto, identificar e distinguir
da trajetória da ferrovia a história das instituições museológicas, a fim de compreendê-las
separadamente. Comparando documentos históricos e informações orais, identifica-se dados
relacionados ao patrimônio industrial ferroviário e as políticas de preservação em um percurso que
inicia na década de 1960 com ações isoladas em diferentes estados, com a criação de museus
ferroviários, passando pelos programas de preservação da história ferroviária fomentados pelo
governo brasileiro por meio do Ministério dos Transportes, e posteriormente como também as
diversas iniciativas impulsionadas por associações de amigos, ferroviários e ex-ferroviários,
organizações diversas e prefeituras municipais. A comunicação é parte da pesquisa desenvolvida
para mestrado intitulado Gestão de museu: comunicação e público – estudo sobre o Museu do
Trem, São Leopoldo, RS (2009-2012), defendida no Programa de Pós-Graduação Interunidades
em Museologia na Universidade de São Paulo, que se propõem a discutir gestão de museu com
ênfase na subárea da comunicação e público, a luz de teóricos do campo da museologia, da
administração e da educação, com estudo de caso do Museu do Trem de São Leopoldo.
Apresenta, portanto, um panorama geral dos museus ferroviários no Brasil, com um relato histórico
das iniciativas de criação destes museus, com dados da atuação do PRESERVE/PRESERFE
remontados através de entrevistas, além da discussão em torno dos mecanismos de proteção do
patrimônio industrial ferroviário. Neste contexto, são mapeadas as instituições museais ferroviárias
no Brasil, com ênfase no Rio Grande do Sul, apresentando a trajetória histórica e cronológica do
Museu do Trem de São Leopoldo. A investigação passa por análise quantitativa e qualitativa de
aspectos da realidade empírica, encerrando com a reflexão sobre as contribuições desta
experiência para a prática da gestão em museus, comunicação e público.
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MUSEU DE TERRITÓRIO DE GALÓPOLIS: UMA ESTRATÉGIA
PARA A PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO INDUSTRIAL E
IDENTIDADE LOCAL
Geovana Erlo
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O ACERVO EMPRESA BORTOLUZZI: UMA ANÁLISE A PARTIR
DA PERSPECTIVA DO ARQUIVO E DA DOCUMENTAÇÃO
Nathália Pereira Cabral, Michele Gonçalves Cardoso
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O CEDOC E A PRESERVAÇÃO DOS DOCUMENTOS DAS
ATIVIDADES CARBONÍFERAS DE SANTA CATARINA
Marli de Oliveira Costa, Alessandra de Oliveira Tristão, Juliano da
Silva Fabri
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PATRIMÔNIO INDUSTRIAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE
PELOTAS/RS: LEVANTAMENTO DA PRODUÇÃO DE
CONHECIMENTO SOBRE O ACERVO
Francisca Ferreira Michelon, Ana María Sosa González
O objetivo da comunicação é apresentar o levantamento de pesquisas e trabalhos acadêmicos
produzidos no âmbito da Universidade Federal de Pelotas, sobre o acervo edificado fabril e temas a
ele vinculados, que se encontra como patrimônio desta instituição. O levantamento ocorreu como
etapa do projeto de pesquisa coordenado pela segunda autora, de título “Memória, identidade e
patrimônio industrial adquirido pela UFPel” e está publicado no livro "Patrimônio Industrial da
UFPel", organizado pela primeira autora durante o ano em curso. A UFPel possui cinco ex-fábricas
que compõem o referido acervo da Instituição, localizadas em diferentes pontos da cidade. Os
complexos foram adquiridos em um prazo relativamente curto e sem planejamento de uso. As
modificações foram acontecendo em concordância com a necessidade de uso ou ainda não
aconteceram. O estudo no qual ocorre o projeto e deriva-se o livro argumenta que havia uma ideia
imanente, uma percepção de possibilidades e um fluxo de oportunidades que levaram os gestores
a adquirir esses bens. Havia motivos para a ideia imanente, os quais surgiram da aproximação da
universidade com a cidade e do modo como se deu este movimento. Muito possivelmente, se
tivesse ocorrido o planejamento estudado e calculado para a expansão da Universidade, a
aquisição desses bens não teria sido feita. Há vários fatores relacionados, um deles é a própria
trajetória da cidade, que hoje tem o seu conjunto histórico designado como patrimônio nacional. A
Arquiteta Márcia Sant’Anna, relatora dos dois processos: tombamento do Conjunto Histórico de
Pelotas e registro da Tradição Doceira de Pelotas e antiga Pelotas (Arroio do Padre, Capão do
Leão, Morro Redondo e Turuçu), justificou o seu parecer favorável levando em conta a importância
da paisagem urbana deste conjunto que expressa as relações entre o “ambiente natural e social
pré-existente”. Advogamos, portanto, que a ideia imanente reporta à paisagem de uma cidade
industrial em um território produtivo, marcado pela força de trabalho operária e que a universidade
foi influenciada por este fator. Observamos a origem desta ideia no projeto da professora Ester
Gutierrez, denominado Universidade na Cidade, datado de 1986. No período, vários cursos da
UFPel migravam do Campus Capão do Leão para o centro da cidade. Não havia, então, prédios
que os abrigassem. O projeto sugeria que o extenso complexo da antiga fábrica de Fiação e
Tecidos Pelotense, localizado na região portuária, fosse utilizado como campus para os cursos sem
sede. Assim, o levantamento dos estudos e publicações já realizados sobre estas ex-fábricas
adquiridas pela UFPel, evidencia o interesse acadêmico sobre este patrimônio. Apresenta-se o
método empregado para o levantamento e a listagem das publicações encontradas. Não se trata de
uma listagem definitiva, mas ela já indica dados sobre os quais é possível inferir o interesse geral
sobre determinados bens. Sabemos que os dados que compõem a informação de cada fábrica não
totaliza o que se gostaria de conhecer sobre essas. Destacamos que a importância desta produção
bibliográfica está em constituir reação à invisibilidade sobre este patrimônio, que acaba por instituir
o desconhecimento a indiferença e o abandono.
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PATRIMÔNIO INDUSTRIAL, MUSEU E INFORMAÇÃO: UM
ESTUDO DE CASO NO MUSEU DO IMIGRANTE CÔNEGO
MIGUEL GIACCA
Leonardo Hermes Lemos, Cezar Karpinski
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PIONEIRISMO, TRABALHO E ETNICIDADE: UMA ANÁLISE NO
PROCESSO DE REELABORAÇÃO DO PROJETO “INDÚSTRIAS
FAMILIARES DOS IMIGRANTES”
Jennifer Constantino dos Santos, Michele Gonçalves Cardoso
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PRATICA DE AÇÃO EDUCATIVA NO MEMORIAL CASA DO
AGENTE FERROVIÁRIO MÁRIO GHISI, CRICIUMA
Cinthia Franco de oliveira Teodoro, Fernanda Crotti Biava, Michele
Gonçalves Cardoso
O trabalho foi realizado para a disciplina de Estágio IV do curso de História no ano 2019 no
primeiro semestre. A ação foi desenvolvida no “Memorial Casa do Agente Ferroviário Mário
Ghisi”, um importante espaço de memória da cidade localizado em Criciúma, tendo como
público alvo, turmas do fundamental I da Escola de Ensino Fundamental Professor
Lapagesse. Atuação foi desenvolvida no dia 28 de maio de 2019, o principal objetivo,
envolver por meio da aplicação dos sentidos (audição, tato e visão) a temática da Infância
e a Mineração em Criciúma em meados de 1920 a 1960, trazendo indagações e reflexões
sobre suas realidades e cotidiano. Para isso, foi realizado umas etapas e, em cada
momento, houve o estímulo de um dos sentidos. Com as réplicas dos brinquedos,
questionamos as diferentes infâncias. Havendo apresentação de fotografias da região
carbonífera, utilização de sons, estimulando a audição e a emoção. No final, cada criança
recebeu um post-it e nele escreveram o que crianças do passado poderiam ter sentido com
relação a seus cotidianos, tais post-it foram anexados em um dos desenhos apresentados
(feliz, triste, normal) anexados no percurso. Como resultado, podemos observar o quanto
as crianças compreenderam sobre os assuntos abordados. E percebemos a importância de
um memorial e principalmente de um memorial que se remeta a história do trabalho e dos
trabalhadores da ferrovia da Tereza Cristina.
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PROPOSTA DE PRESERVAÇÃO DA MEMÓRIA FABRIL DO
ANTIGO LANIFÍCIO LANEIRA BRASILEIRA S.A – PELOTAS/RS
Jossana Peil Coelho, Francisca Ferreira Michelon
O antigo lanifício Laneira Brasileira S.A, que funcionava na cidade de Pelotas / RS,
atualmente seu espaço fabril é de propriedade da Universidade Federal de Pelotas
(UFPel), que possui uma proposta de reciclagem e requalificação. A Laneira foi
representativa para o bairro onde foi instalada, o bairro Fragata, contribuindo para o seu
desenvolvimento, tanto econômico quanto espacial, sendo importante vetor para atual
paisagem do local. Instalada em 1949, funcionava com o beneficiamento e comercio de lã,
ao longo dos anos foi expandindo seu espaço fabril e sua produção, até a década de 1990
quando entra em declínio, chegando a desativar alguns setores, e encerrando suas
atividades em 2003 por falência. A UFPel adquire o imóvel em 2010, e após três anos
desenvolve o projeto arquitetônico intitulado Laneira Casa dos Museus, mesmo ano que é
considerado bem patrimonial do município, sendo incluído no Inventário do Patrimônio
Cultural de Pelotas. Neste projeto é previsto a implantação do Memorial da Laneira, que
tem por objetivo ser um espaço da preservação e valorização da memória da fábrica e do
trabalho. Para isso, pesquisa-se o espaço fabril, considerando-o como um patrimônio
industrial, e que possui potencialidade para a sua musealização, assim busca identificar
extramuros da fábrica as memórias do local através de bens móveis que podem contribuir
tanto com a história da fábrica e com a sua musealização. Esses bens móveis estão em
diferentes locais com diferentes proprietários, que em conjunto com o imóvel fabril formam
um acervo que a partir de um inventário único de todo o conjunto, pode muito contribuir
para a conservação, a valorização e também a divulgação da Laneira, contribuindo para as
memórias do espaço que se sugere, o memorial.
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