Sei sulla pagina 1di 7

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS/ UnU Porangatu

[GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA] 30 de junho de 2012

I. IDENTIFICAÇÃO
ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz de. Os “Maus costumes” de Foucault. IN: _______.
História: a arte de inventar o passado. Bauru: Edusc, 2007. p. 113-131.

II. APRESENTAÇÃO DO AUTOR


Durval Muniz de Albuquerque Júnior é graduado em História pela Universidade Estadual da
Paraíba (1982), mestre em História pela Universidade Estadual de Campinas (1988) e doutor
em História (1994) pela mesma instituição. Atualmente é colaborador da Universidade
Federal de Pernambuco, professor titular da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Tem experiência na área de História, com ênfase em Teoria e Filosofia da História, atuando
principalmente nos seguintes temas: gênero, nordeste, masculinidade, identidade, cultura,
biografia histórica e produção de subjetividade. Faz, neste momento, estágio de pós-
doutorado junto a Universidade de Coimbra, Portugal.

III. ESTRUTURA
[OBRAS E VIDAS DE FOUCAULT] .............................................................................................................. 1
[A ESTÉTICA DA EXISTÊNCIA DE/EM FOUCAULT] .................................................................................... 3
[A ARQUEOLOGIA DOS COSTUMES ou historicidade do termo costumes] ............................................ 3
[A HISTÓRIA DOS COSTUMES DE/EM FOUCAULT] .................................................................................. 5

IV. APRESENTAÇÃO DO TEXTO1

[OBRAS E VIDAS DE FOUCAULT]

 biografia/personalidade/crises existenciais/sexualidade  busca do conhecimento de si:


psicanálise, psiquiatria (p.113);

 uso político/pessoal/acadêmico do riso (p.114);

 vitimado pela peste do século em 1984 (AIDS)  ataque de riso ao perceber a ascensão
de uma identidade sexual gay  sexo/violência/fantasias insensatas/saunas: anonimato

1
NOTA: na produção deste fichamento, todas as notas de rodapé referem-se às reflexões para além do texto
fichado, contudo nele inspiradas. São de inteira e única responsabilidade do autor, Euzebio Fernandes de
Carvalho, professor de Didáticas, Práticas e Estágios em História, da UEG/UnU Porangatu, mestre em história
(PPGH/UFG/Goiânia, 2008)

AUTORIA: Prof. MS. Euzebio Fernandes de Carvalho | 1


(62) 8498 1822 (Oi) / 8200 1143 (Tm) / 9142 7799 (Cl) / 9920 1789 (Vv)
euzebiocarvalho@gmail.com
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS/ UnU Porangatu
[GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA] 30 de junho de 2012

(EUA) x reconhecimento (Fr)  a doença precisou a existência homoafetiva e suas relações


sociais; positivou e deu corpo político ao impreciso (p.114);

 duas descrições: 1º § da p. 113 (“apreendidos na grade de um discurso moral”) e o 1º §


da p. 114  (os sentidos) da recolha de detalhes da trajetória de vida constrói o sujeito 
p/ Foucault, o indivíduo/identidade é uma sucessão de máscaras, um múltiplo (p.115), “um
quebra-cabeças recheado de inexatidões” (p.116) [daí, portanto, a recolha feita por
Albuquerque e a necessidade de um conhecimento complexo nas Ciências Humanas] 
função social do discurso: separar o nome de autor do nome próprio (p.116);

 estratégia de disciplinarização/normatização: “exposição excessiva da vida privada


[Orkut, Facebook, relações sociais etc], curiosidade em torno de como se pratica o sexo,
necessidade de definir uma identidade sexual, de se definir uma sexualidade, de colocar o
‘desejo’ para falar, essa idéia de que é na cama que se revela a ‘verdade do homem’”
(p.116);

 uso de argumentos morais para desqualificar o pensamento foucaultiano  ele


escreveu/viveu contra a possibilidade desse discurso moral (p.116)  a erótica/eros singular
e a sua maneira de fazer filosofia estão ligadas [tese do autor?]  escreveu sobre suas
experiências, problematizou-as e procurou desconstruí-las [um projeto de ação no mundo
social, escolar, familiar, afetivo, sexual?];

 gesto biográfico: prática de saber e poder que objetiva criar a figura do indivíduo  faz
parte da estratégia de memorização dos sujeitos, de sua constituição a serviço de interesses
de um dado momento (1º § p.116)  com a Modernidade, emerge no Ocidente, um
dispositivo de verdade constituído por estratégias (escritura ou ação) regidas por
interesse/tensão/luta do qual são índices a construção da biografia de alguém (escrita
biográfica/indivíduo/sujeito/identidade); a atribuição de autoria (noção de autor); noção de
obra, estão relacionadas a uma questão mais ampla: como o singular é inscrito em formas
de linguagem? Que estratégias presidem essa inscrição?  a biografização da vida e da
própria escritura é um procedimento relacionado ao trabalho de cisciplinarização do próprio
corpo (p.116-7)  nem sempre se escreveram biografias, nem sempre se considerou que
uma vida tinha uma verdade a contar, a revelar  “o procedimento biográfico faz parte do
processo de internalização da própria idéia de ‘eu’ no Ocidente, a idéia de que temos uma
verdade interior, uma essência, um segredo que pode ser apanhado, flagrado aos poucos,
em cada atitude nossa, em cada marca que deixamos no mundo”  biografar é apresentar
um sujeito absoluto em lugar de um sujeito possível (p.117)

 a recusa biográfica: abertura de um espaço de discussão onde a crítica do que somos e do


que fizeram de nós emerge como um problema histórico (p.117)

 para Derrida, a biografia não é um meio de unir vida e obra; o texto biográfico apenas
dramatiza a distância entre vida e obra. “A biografia é apenas um gênero literário que
instaura uma figura de leitura desta relação e que permanentemente reescreve seus dois
pólos, produzindo vidas e obras diferenciadas” (p.117);

AUTORIA: Prof. MS. Euzebio Fernandes de Carvalho | 2


(62) 8498 1822 (Oi) / 8200 1143 (Tm) / 9142 7799 (Cl) / 9920 1789 (Vv)
euzebiocarvalho@gmail.com
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS/ UnU Porangatu
[GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA] 30 de junho de 2012

 isto contradiz a proposta de Albuquerque Jr. ao aproximar vida e obra de Foucault


(recentrar o sujeito)? Não, porque a noção de erótica utilizada e a escolha dos detalhes traça
apenas uma possível imagem do sujeito Foucault;

[A ESTÉTICA DA EXISTÊNCIA DE/EM FOUCAULT]

 a historicidade da sexualidade que compartilhamos historicamente, inscrevem o desejo


numa tradição confessional, colocam no cerne de nosso Eros uma cadeia de significante, que
nos leva a necessidade incessante de interpretar nossos desejos mais escondidos (“ânsia do
divã”, filme Felicidade, de Todd Solondz)  pressuposto freudiano segundo o qual nosso
desejo está em tudo que dizemos ou fazemos  vivemos um período histórico para o qual
nosso desejo é um dispositivo central da sexualidade (p.118);

 a estética da existência de Foucault: queria contribuir para a mudança dos costumes, dos
usos, dos hábitos, dos códigos, mas, principalmente, das formas de pensamento que
informaram nossas práticas eróticas  a verdade não é para ser revelada, descoberta, mas
vivida (vida de autoria de si mesmo): como seres eróticos, o mais glorioso e heróico das
pessoas é o nítido prazer de suas atividades; em vez de falar de sexo, devemos praticá-lo,
das formas mais variadas e prazerosas  arte da conduta centrada na coincidência entre o
dizer e o fazer  devemos procurar não só um dizer verdadeiro, mas um ser verdadeiro
(sujeito de um saber e um poder sobre si próprio: cuidar, controlar, escrever a si é fazer da
vida uma obra de arte, que exige PERMENTENTE cumprimento) (p.118);

 devemos resistir às tecnologias modernas de produção da subjetividade do indivíduo 


para viver o que pensamos e o que dizemos devemos enfrentar criticamente as regras e os
costumes que nos são impostos (p.119);

 o pensamento de Foucault é uma opção teórico-metodológica fértil para o campo da


história dos costumes;

 nova erótica: nova forma de atividade, que substitua a simples obediência a um código
moral pela elaboração de uma ética sobre como se transformar num determinado tipo de
pessoa (p.119);

[A ARQUEOLOGIA DOS COSTUMES ou historicidade do termo costumes]

 Antiguidade: costumes era tanto uma particularidade quanto uma característica/hábito


geral de um povo (sinônimo de feitos, atividades, hábitos)  práticas concernentes ao
privado;

 Medievo: costume é substituído por costumes (procedimentos, comportamentos que são


prescritos do ponto de vista moral, que se impõem aos indivíduos do grupo e são
transmitidos pelas gerações)  a tomada de poder do cristianismo sobre o cotidiano
provoca o deslocamento de sentidos do termo costumes: o que antes interessava a própria

AUTORIA: Prof. MS. Euzebio Fernandes de Carvalho | 3


(62) 8498 1822 (Oi) / 8200 1143 (Tm) / 9142 7799 (Cl) / 9920 1789 (Vv)
euzebiocarvalho@gmail.com
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS/ UnU Porangatu
[GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA] 30 de junho de 2012

família e devia ficar escondido no interior dos lares agora deve passar pela navalha da
linguagem (deve ser confessado)  aquele que confidencia é ao mesmo tempo o que fala e
de quem se fala) (p.119);

 séc. 16/início 17: costumes passam a preocupar o Estado  emersão da “polícia dos
costumes” (objetificação dos “maus costumes”)  gestão sistematizada do cotidiano das
pessoas  momento de emersão da noção de natureza humana  o costume se torna
“natural”  cada povo definirá seus costumes como os naturais/justos/bons e
desqualificará os costumes diferentes como bárbaros/exóticos/estranhos/maléficos 2  no
séc. 18 o dispositivo das nacionalidades associa costumes com espírito nacional (p.121);

 em Voltaire (1756), os costumes revelam o espírito de uma época e de um povo  a idéia


de civilização que emerge com a sociedade de corte vai exigir um progressivo refinamento
dos costumes e a observância de códigos cada vez mais rígidos de comportamento que
devem ser generalizados por toda a nação  a história se torna um saber a inculcar o que
seriam os bons/verdadeiros/autênticos costumes nacionais (não se interessaria pela simples
seqüência dos acontecimentos). Para Voltaire, a história se volta para o espírito dos
tempos/nações (p.121)  a história é explicada por leis: a nossa natureza essencial
explicaria todos os fatos humanos;

 no séc. 19, os costumes serão integrados no discurso historiográfico como parte do


processo civilizatório  costumes são fatos de civilização (como dos fatos técnicos, das
idéias religiosas e dos conhecimentos científicos)  conceito de civilização expressava a
consciência que o Ocidente tinha de si mesmo. Por meio dele, a sociedade ocidental
moderna julgou-se superior às demais, consideradas “primitivas” ou “incivilizadas”  a
história dos costumes deixa de ser a procura do entendimento do “espírito dos tempos e das
nações” para ser a descrição do que constitui o caráter de orgulho/de superioridade dos
ocidentais (p.122);

 no séc. 20, Nobert Elias (O processo civilizador, 1939) a partir de questões colocadas pelo
presente, marcado pela crise da civilização européia, no período entre guerra, o autor
avaliará o caminho seguido pela “civilização dos costumes”  potencialidades da obra: Elias
mostra o desenvolvimento dos modos de conduta: não existe atitude natural no homem.
Todos os nossos comportamentos são frutos de acondicionamentos e adestramentos3 
Elias vê de forma positiva (diferente de Foucault) a ênfase crescente da sociedade moderna
nos aspectos ligados ao privado/intimidade  limites: Elias está preso a uma visão

2
Procedimento presente nas mitologias étnicas ameríndias. Seria este comportamento um universal
antropológico?
3
Pensar esta idéia a partir das sexualidades desviantes: se o acondicionamento/adestramento das pessoas
fosse absoluto, como seria explicada a diversidade de práticas sexuais? Há que se pensar sobre as margens
possíveis às pessoas que possibilitam uma “negociação”.

AUTORIA: Prof. MS. Euzebio Fernandes de Carvalho | 4


(62) 8498 1822 (Oi) / 8200 1143 (Tm) / 9142 7799 (Cl) / 9920 1789 (Vv)
euzebiocarvalho@gmail.com
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS/ UnU Porangatu
[GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA] 30 de junho de 2012

evolucionista dos costumes, como se o processo civilizatório fosse inevitável (esquece que
este processo exigiu/exige torturas físicas e psíquicas4);

 os Annales recuperam os costumes como um campo privilegiado para os estudos


históricos  pesquisas históricas das estruturas de longa duração que consideram os
diferentes aspectos dos acontecimentos históricos, aos quais se podem aplicar diferentes
métodos e técnicas de pesquisa, bem como diferentes enfoques teóricos  por meio da
história dos costumes (mentalidades) a história revelará as camadas mais profundas da
sociedade articulando vida material e vida espiritual (p.124)  um obscuro camponês que
melhora a técnica do essartage torna-se tão importante quanto um general que ganhou uma
importante batalha (p.124);
 Costumes: conjunto de práticas e discursos que se repetem regularmente; formam uma
tradição transmitida ao longo do tempo  visão evolucionista/processual da história5  ao
se acumular, aperfeiçoar, os costumes garantem a continuidade de uma cultura
(popular/elite/nacional)  os costumes apóiam o mito das origens (o estado atual de uma
dada coisa é atribuída a uma misteriosa evolução desde uma origem)  sendo
semelhança/permanência os costumes garantiriam a inteligibilidade e a racionalidade do
processo histórico (tornam as pessoas mais previsíveis e menos contingentes)  por meio
da análise dos costumes chegar-se-ia à natureza/essência humana (para além das
diferenças, descobre-se as continuidades, as permanências)  costume atribui identidade a
um povo/classe/grupo (p.125);
 problemas que a obra/vida de Foucault defrontar-se-á:  os princípios
generalizáveis/universalizáveis dos costumes como os que dispõem sobre a verdade, a
moralidade, a justiça e o bem são condições necessárias para se fazer o julgamento moral e
fundamentar a ação política6  o bem e o mal, o humano e o desumano, a verdade e o erro,
o justo e o injusto devem ser definidos não de acordo com os costumes mutáveis e
contingentes, mas por princípios fixos e universais Foucault buscará dar uma resposta
diferenciada a isto (p.125)

[A HISTÓRIA DOS COSTUMES DE/EM FOUCAULT]

 A reflexão foucaultiana sobre os costumes é uma reflexão ética (questão da ética) e não
moral (questão de um código de moral)  costume = conjunto de prescrições e proibições

4
A heteronormatização é um exemplo de tortura psicológica/adestramento/condicionamento.
5
Estranho o autor utilizar o termo evolucionista como sinônimo de processual. Penso que eles guardam muitas
diferenças. A concepção evolucionista carrega um juízo de valor ao hierarquizar e submeter o passado ao
presente. Isto não, necessariamente, acontece com a concepção processual da história.
6
Para além destas duas situações, os universais antropológicos são necessários para quê? Por que eles são
importantes para a teoria rüseniana da história?

AUTORIA: Prof. MS. Euzebio Fernandes de Carvalho | 5


(62) 8498 1822 (Oi) / 8200 1143 (Tm) / 9142 7799 (Cl) / 9920 1789 (Vv)
euzebiocarvalho@gmail.com
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS/ UnU Porangatu
[GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA] 30 de junho de 2012

imposto7 a uma sociedade/grupo/indivíduo  mediante que práticas os indivíduos foram


incitados a adquirir uma natureza moral?  o costume não é imposto completamente a um
indivíduo, não é sempre semelhante a si mesmo. Ao contrário, está sempre em mutação,
pela atuação ética, da liberdade dos indivíduos  a reflexão de Foucault volta-se menos p/
as continuidades (forma rotineira das relações entre as pessoas) que p/ as rupturas
(momentos de instauração da diferença, ultrapassagem dos códigos, de suas fronteiras e
limites; abertura a novas maneiras, invenção de novas relações) (p.125);
 (a liberdade): o momento do novo não se dá numa ocasião espetacular de revolução,
nem se dá por uma libertação do eu/desejo/sexualidade. O novo é prática
constante/cotidiana/luta ininterrupta/revolta permanente contra o que querem fazer de
você: nunca terminamos de fazer a liberdade  a liberdade é uma prática; liberdade é
aquilo que precisa ser exercido; a garantia da liberdade é exercê-la  não é assegurada
pelas leis/instituições (passíveis de serem invertidas)  ser livre é questionar qualquer coisa,
é exercer um ceticismo permanente e não estar conforme alguma coisa (p.126);
 o saber histórico sobre os costumes devem mostrar a possibilidade dos costumes serem
diferentes do que são, à medida que foram diferentes um dia  deve abrir a possibilidade
de interromper, rejeitar ou inverter as formas socialmente aceitas/dadas (tacitamente
aceitas como verdadeiras, justas, normais, evidentes, boas)
 costumes não é um objeto natural, mas uma construção histórica e social que precisa ser
descrita (p.127);
 A responsabilidade da história crítica é lutar com sua própria identidade historicamente
construída, de pôr em questão permanente os seus próprios fundamentos e pressupostos e
os fundamentos e pressupostos da sociedade que toma como objeto (p.127);
 Mais do que descrever continuidades e totalidades, a história deve problematizá-las,
descrever suas fissuras/rachaduras/silêncios/desabamentos/ruínas  diferente da memória
(que tenta garantir a perenidade dos costumes), a história quer garantir a possibilidade de
novos costumes, abertura de novos possíveis  a história dos costumes feita por Foucault
quer mostrar que a revolta, além de possível e criativa, instaura a diferença em nível de
regras de produção dos sujeitos  em vez de garantir a perenidade de um sujeito/a
identidade, o costume é o momento de sua construção histórica, é uma de suas matérias de
formação (p.127);
 na primeira fase, Foucault analisa o momento de normalização e disciplinarização dos
costumes  preocupa-se com a exclusão  indagação contrária a da sociologia de
Durkheim: mediante que sistema de exclusão/de qual divisão/jogo de negação e rejeição
pode uma sociedade começar a funcionar?  toda vez que nos afirmamos como bons,
normais, racionais excluímos o anormal, irracional e perigoso em nós  ao nomear os bons
costumes, definimos os maus costumes e os banimos para as margens do social (p.127);

7
Não desconsiderar a margem de negociação possível a todo indivíduo, no interior de uma sociedade, classe,
grupo social.

AUTORIA: Prof. MS. Euzebio Fernandes de Carvalho | 6


(62) 8498 1822 (Oi) / 8200 1143 (Tm) / 9142 7799 (Cl) / 9920 1789 (Vv)
euzebiocarvalho@gmail.com
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS/ UnU Porangatu
[GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA] 30 de junho de 2012

 na segunda fase, suas análises se deslocam da sujeição da tecnologia de produção dos


sujeitos, de corpos dóceis e discursos verdadeiros para o momento da
subjetivação/construção de espaços de liberdade (em que os sujeitos constituem a si
mesmos)/práticas que resistem/deformam os códigos  a liberdade é garantida pelo
questionamento permanente de nossa identificação dada como certa ou natural  a
liberdade está em pôr em risco de transformação e mutação as individualidades e as
sociedades, tal como estão constituídas  nenhuma determinação histórica é absoluta, mas
está sujeita a interrupção (p.128);
 para ser livres precisamos ser capazes de questionar as maneiras como nossa história nos
define  a história dos costumes, ao mostrar o caráter transitório destas
definições/identidades, mostra-nos a possibilidade de outras definições  a prática
historiográfica, transformar-se-ia numa prática de liberdade, ao criar condições de
possibilidade de outras formas de ação e de pensamento, com relação que o historiador
mantém consigo e c/ os outros, no presente e no futuro (p.128);
 Foucault encaminhou em sua vida, em forma de prática, o que estava presente em seus
pensamentos  para ele, Filosofia não era somente a amizade pelo saber/conhecimento,
mas uma possibilidade capaz de instaurar novas8 formas de amizade, de amor, de afetos, de
sentimentos  seu pensamento é uma arma para a (des)construção de novos objetos
historiográficos (p.129);

Porangatu, 30 de junho de 2012.

8
Assim, a homossexualidade torna-se totalmente uma possibilidade, disponível a qualquer pessoa desde que
ela se permita, por meio da reflexão, a novas experiências. Seria os costumes e a cultura do indivíduo que
necessitaria ser superada por meio da reflexão. Este pensamento elimina do espaço de interepretação da
homossexualidade qualquer elemento que não seja cultural. Ao mesmo tempo, transfere para a cognição, para
a reflexão filosófica, para a crítica histórica aos costumes, a possibilidade da experiência homossexual. Isto,
claramente, submete o desejo e a sexualidade a racionalidade manifesta, retirando dela tudo o que há de
incontrolável, de inconsciente, de subjetivo e quiçá, de biológico.

AUTORIA: Prof. MS. Euzebio Fernandes de Carvalho | 7


(62) 8498 1822 (Oi) / 8200 1143 (Tm) / 9142 7799 (Cl) / 9920 1789 (Vv)
euzebiocarvalho@gmail.com

Potrebbero piacerti anche