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Curitiba
2020
Ficha Catalográfica elaborada pela Editora Fael.
FAEL
2. Educação ambiental | 23
3. Sustentabilidade | 33
4. Cultura e diversidade | 41
5. Educação e cidadania | 63
7. Libras | 93
Referências | 109
Carta ao Aluno
Prezado(a) aluno(a),
A vida em sociedade no século XXI nos pede uma nova
maneira de encarar nossas relações com o outro e com o trabalho,
como também exige das empresas novas posturas, mais respon-
sáveis e cuidadosas.
Mais do que palavras de ordem ou inspiração para leis,
termos como sustentabilidade, cidadania, inclusão e respeito à
diversidade são anseios presentes entre todas as pessoas.
Neste livro, você vai encontrar reflexões e análises impor-
tantes acerca de assuntos que compõem uma das partes mais sen-
síveis do nosso país. São conteúdos que discutem nossa história,
e também o que se deseja para uma nação democrática, equili-
brada e justa.
Educação Cidadã, Diversidade e Meio Ambiente
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Responsabilidade
social e ética
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Responsabilidade social e ética
Todos esses dados e processos, no entanto, precisam estar sistemati-
zados em bancos de dados digitais e manejados em softwares adequados
- isso aciona a área do conhecimento relacionada à Gestão de Tecnologia
e Informação. Uma visão baseada na responsabilidade social refere-se à
divulgação dos dados para a criação de uma comunicação efetiva com os
públicos. Essa comunicação precisa ser feita internamente, para deixar
setores inteirados das atividades correntes e que estão por vir; e externa-
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Educação Cidadã, Diversidade e Meio Ambiente
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Responsabilidade social e ética
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Educação Cidadã, Diversidade e Meio Ambiente
1. Socialização
A socialização é o processo de conversão do conhecimento
tácito de um indivíduo para o conhecimento tácito de outro indi-
víduo. Ensinar uma criança a andar de bicicleta, demonstrando
os fundamentos básicos do processo e auxiliando a experiência
é um processo de socialização.
O diálogo cara a cara e o compartilhamento de experiências são
formas de realizar a socialização. Em ambientes institucionais,
reuniões de equipe e brainstorming (reuniões de lançamento de
ideias e troca de conhecimentos) podem ser boas maneiras de
proporcionar a socialização empresarial.
2. Externalização
O processo de externalização é a conversão do conhecimento
tácito para o explícito. A descrição, a contação de histórias ou
criação de obras narrativas (como filmes ou metáforas) são ferra-
mentas dessa conversão, assim como a representação simbólica
por imagens ou esquemas também podem dar conta do recado.
Ensinar modelos de conduta entre colegas de trabalho, por exem-
plo, pode ser um processo bastante abstrato aos olhos de quem
recebe as informações. Por isso, elaborar um manual lúdico com
exemplos de situações problemáticas e maneira de lidar com
isso ou simplesmente formas de ser mais gentil no dia a dia é um
exemplo de externalização.
3. Combinação
A troca de conhecimentos explícitos recebe o nome de combina-
ção. Se você sabe o passo a passo necessário para executar um
determinado software, por exemplo, e cria uma lista dos itens
que precisam ser feitos para isso, tem-se aí um processo de com-
binação de conhecimento.
Em nível mais pessoal, a combinação pode ser feita por meio de
diálogos, reflexões e discussões sobre a questão. Dois profissio-
nais de tecnologia da informação podem reunir-se para conversar
sobre os métodos que usam para fazer o processo de execução
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Responsabilidade social e ética
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Educação Cidadã, Diversidade e Meio Ambiente
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Responsabilidade social e ética
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de Prática e Times de do Conhecimento
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SISTEMAS
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Responsabilidade social e ética
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Responsabilidade social e ética
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Educação Cidadã, Diversidade e Meio Ambiente
A construção de um modelo cognitivo integra: a história pessoal e
comunitária com conceitos e significados; a formação dos conjuntos de
relações que definem formas de pensar, agir e se comportar diante das
diferentes relações que se estabelecem diariamente com as coisas, os
outros, o mundo, os objetos. Consequentemente, esse modelo influencia
as possibilidades que a empresa tem ao decidir implantar programas de
responsabilidade social.
O que isso significa na prática? Que, ao pensar nas ações de respon-
sabilidade que irá implantar, o gestor deve entender o modelo cognitivo da
comunidade em que os projetos irão acontecer.
Para entender isso, o gestor deve considerar, segundo Silva (2013),
as seguintes variáveis:
2 Variáveis culturais: a cultura nem sempre é levada em considera-
ção, pois a legislação não privilegia projetos nessa área;
2 Variáveis ambientais: o gestor deve questionar qual é variável
capaz de realmente provocar impactos ambientais;
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Responsabilidade social e ética
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Educação Cidadã, Diversidade e Meio Ambiente
Para refletir...
Julgamentos de Nuremberg
Figura 4 - Memorial dos Julgamentos de Nuremberg, Alemanha.
Fonte: Shutterstock.com/chrisdorney
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Educação ambiental
Essa percepção pode parecer óbvia, mas não é observada com essa
clareza no pensamento da sociedade de modo geral. Faltam ainda elemen-
tos informacionais, educacionais e de comportamento para garantir que
essa visão seja compartilhada coletivamente e colocada em prática.
As consequências desse tipo de comportamento, no entanto, já são
visíveis há algum tempo. A noção de que o uso indiscriminado dos recur-
sos planeta pode afetar a vida terrestre em proporções difíceis de imaginar
tem crescido e, com ela, os primeiros passos da educação ambiental no
Brasil e no mundo.
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Educação ambiental
meio ambiente e suas relações com o ser humano. A conferência foi essen-
cial para o estabelecimento de uma visão coerente com o contexto obser-
vado e com o papel da sociedade nele. A Declaração de Estocolmo, fruto
do evento, tem como primeira proclamação:
“O homem é ao mesmo tempo obra e construtor do meio ambiente
que o cerca, o qual lhe dá sustento material e lhe oferece opor-
tunidade para desenvolver-se intelectual, moral, social e espiri-
tualmente. Em larga e tortuosa evolução da raça humana neste
planeta chegou-se a uma etapa em que, graças à rápida aceleração
da ciência e da tecnologia, o homem adquiriu o poder de trans-
formar, de inúmeras maneiras e em uma escala sem precedentes,
tudo que o cerca. Os dois aspectos do meio ambiente humano, o
natural e o artificial, são essenciais para o bem-estar do homem
e para o gozo dos direitos humanos fundamentais, inclusive o
direito à vida mesma.”
(Extraído de: http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Meio-
-Ambiente/declaracao-de-estocolmo-sobre-o-ambiente-humano.html)
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Educação Cidadã, Diversidade e Meio Ambiente
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Educação ambiental
Agenda 21
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Educação Cidadã, Diversidade e Meio Ambiente
Em 2009, a cidade de Copenhague (Dinamarca) sediou a Conferência
sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas (COP 15). Pela primeira vez,
participaram os 193 países do mundo. A assinatura de acordos e protocolos
aconteceu, mas as metas estabelecidas foram vistas por muitos como modes-
tas e limitadas. A discussão do tema também pareceu fraca diante dos exem-
plos anteriores e os avanços não foram tão bem sucedidos quanto o esperado.
COP
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Educação ambiental
Figura 1 - Conferências
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Educação ambiental
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Sustentabilidade
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Sustentabilidade
3.2 Caracterização da
sustentabilidade empresarial
Para as empresas, ter atitudes sustentáveis não é apenas uma postura
adequada em relação à sociedade, mas também uma necessidade do ponto
de vista de sucesso do negócio. Os consumidores estão cada vez mais aten-
tos a posturas empresariais em relação a destinação correta de resíduos,
contratação de mão de obra por valores justos e ações que gerem benefício
à sociedade. Assim, acabam preferindo comprar produtos de marcas que
sigam um comportamento sustentável. Marcas que destoem dessas ati-
tudes podem até ser boicotadas ou receber severas críticas (mídias, redes
sociais), causando grande prejuízo à sua reputação e credibilidade.
Os gestores devem ter isso em mente.
Para que se possa caracterizar a sustentabilidade como fenômeno
social, econômico e ambiental, é necessário ter uma compreensão integral
desta em termos do que ocorre (investigação); do que fazer (intervenção);
e dos resultados atingidos (avaliação).
Então, é preciso olhar para um problema e efetuar os passos acima
com base nas atividades que minha equipe realiza? Errado! Não se con-
segue desenvolver uma ação sustentável de maneira individual, porque
ela é ampla e complexa. Por isso, a iniciativa não pode ser de apenas um
departamento da empresa, mas sim partir de uma diretriz da alta direção e
envolver a empresa de maneira integral.
Por exemplo: o departamento de marketing não consegue manter uma
campanha de destinação inteligente de resíduos se o setor administrativo
não reservar verbas para a compra de lixeiras de coleta seletiva, ou se os
processos internos exigirem o arquivamento de documentos impressos.
Ou seja, o planejamento da ação exige a consideração de todos os
departamentos da empresa. Isso pode parecer complexo, mas é na verdade
uma grande vantagem!
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Educação Cidadã, Diversidade e Meio Ambiente
Os Processos da Ciência
(A Racionalidade)
I - Investigação II - Intervenção
CAMPO INTERDISCIPLINAR
CAMPO INTERDISCIPLINAR
Avaliação
Crítica de Resultados Crítica de Resultados
Teoria e Metodologia
Constatações Alterações
no Fenômeno no Fenômeno
Relatório
Execução
Investigações Intervenções
Teoria e Metodologia
CAMPO DISCIPLINAR
CAMPO DISCIPLINAR
Técnicas e Técnicas
Instrumentos e Instrumentos
Plano de Atuação
Planejamento
Estratégias Estratégicas
Teoria e Metodologia
Hipóteses Hipóteses
de Pesquisa de Trabalho
Equação
Elaboração
Problema Problema
Teoria e Instrumentos
CAMPO INTERDISCIPLINAR
Observação
Demarcação Demarcação
Instrumentos
Descrição Descrição
Fenômeno
Conjunto de ocorrências
objetivas ou transcendentes
ao sujeito que investiga
Para que isso seja possível, é preciso começar com uma avaliação
interna da empresa. É essencial considerar a estrutura organizacional da
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Sustentabilidade
3.3 Na prática
Uma vez feita a análise interna, é hora de começar a definir as ações
concretas que serão realizadas. Para quem vai começar a implantar algo, a
dica é verificar uma ideia que pode ser implantada e usá-la como base para
planejar sua aplicação de fato.
Por exemplo: uma empresa decide implantar uma política de papel
zero, para eliminar totalmente seus impressos e reduzir o consumo de
papel. A ideia é ótima, mas quais as etapas necessárias para sua realiza-
ção? É preciso um trabalho de digitalização de arquivos -- isso seria viá-
vel? Qual o procedimento com contratos e correspondências recebidas?
Arquivos antigos também serão digitalizados?
Perceba que essas questões são apenas algumas das que precisam
ser feitas, mas ilustram bem a maneira como exigem a integração dos
trabalhos.
O gestor é a pessoa que deve compreender todos os setores e ativida-
des da empresa. Por isso, ele deve atribuir a cada equipe as suas funções.
Não se pode esperar que um funcionário identifique sozinho como suas
ações impactam outras áreas; isso foge de sua formação e é impossível de
ser feito sem comunicação. Por isso, é preciso explicar a cada segmento
de onde vem os processos que realizam e para onde vão, deixando claro o
fluxo produtivo e seu significado.
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Sustentabilidade
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Cultura e diversidade
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Cultura e diversidade
2 Sobre isso ler o texto de Guacira Lopes Louro, “Gênero, história e educação: construção
e desconstrução” da revista Educação e Realidade, v. 20, n. 2, Porto Alegre, 1995.
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Cultura e diversidade
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Cultura e diversidade
Por outro lado, somente a existência das leis não está sendo sufi-
ciente para promover a igualdade das relações étnico-raciais no Brasil.
Pelo menos é o que apontam os indicadores de raça/etnia e sexo, divulga-
dos pelo IBGE. O que esses indicadores mostram é que ainda há um longo
caminho a ser percorrido para que essas populações marginalizadas sejam
compostas por cidadãos plenos de direitos (LOPES, 2009).
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Cultura e diversidade
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A proteção às terras indígenas é outro ponto em questão. A maior
parte das terras ocupadas atualmente está na região amazônica, que é alvo
de disputas de poder e território intensas e violentas.
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Cultura e diversidade
Saiba mais
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Educação e cidadania
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Educação e cidadania
Os direitos humanos são fundamentados por leis, mas não se restrin-
gem a esse aspecto. A igualdade entre todos condena a discriminação, por
exemplo, mesmo que não haja leis específicas para isso em todos os países.
Perceba, assim que se constituem três esferas de atuação: a familiar
ou pessoal, a pública e a institucional, que diz respeito ao governo oficial
e a seus relativos órgãos.
Em qual delas o indivíduo deve ser exercer sua cidadania? Em todas!
A vida pessoal não é descolada da cidadania. Ela exige ações e condutas
diárias, cujas decisões são pessoais. No entanto, elas afetam a todos os que estão
ao redor. Furar uma fila, por exemplo, é uma ação negativa e que prejudica aos
demais cidadãos, mas que não é um crime ou motivo de exclusão social.
A maneira como uma pessoa se relaciona com colegas de trabalho e
vizinhos, por exemplo, já abrange a esfera social. Agir sem preconceitos e
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Educação e cidadania
Você sabia?
Art. 179. A inviolabilidade dos Direitos Civis, e Politicos dos Cidadãos Brazi-
leiros, que tem por base a liberdade, a segurança individual, e a propriedade, é
garantida pela Constituição do Imperio, pela maneira seguinte.
[...]
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Educação e cidadania
Dica cultural
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Políticas públicas
para a inclusão
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Políticas públicas para a inclusão
Isso significa que a lei brasileira garante de modo geral que todas as
pessoas devem ter acesso adequado aos seus direitos.
A Constituição também aponta para a obrigatoriedade do Estado em
oferecer atendimento educacional especializado (AEE) gratuito e prefe-
rencialmente na rede regular de ensino.
Isso implica na necessidade de trazer alunos com deficiências ou difi-
culdades de aprendizado para a sala de aula regular. Em 1994, a Portaria
MEC nº 1.793 estabeleceu que aspectos éticos, políticos e educacionais da
integração da pessoa com deficiência deveriam fazer parte do currículo de
cursos de Pedagogia, Psicologia e Licenciaturas em geral. Ou seja, inicia-
-se um processo de preparação do professor para lidar com alunos com
necessidades educacionais especiais.
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Políticas públicas para a inclusão
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Políticas públicas para a inclusão
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Resoluções 7 e 11 (2012)
As resoluções 7 e 11, divulgadas em 2012, criaram o centro-dia, uni-
dades do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) dedicadas a atendi-
mento para pessoas com deficiência e familiares. A ideia do projeto é criar
ambientes de suporte e acolhimento a esses grupos, facilitando as rotinas
diárias ao mesmo tempo em que favorecem a criação de vínculos sociais
e grupos de apoio.
Nesse serviço também são prestados orientação e apoio, inclusive no
domicílio, aos cuidadores familiares, incentivando a autonomia da pessoa
com deficiência e de seu cuidador familiar e, ainda, sua inclusão social.
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Políticas públicas para a inclusão
Note que o texto fala ainda sobre alunos com altas habilidades/super-
dotação, ou seja, capacidade de aprendizado acima da média. O atendi-
mento a estudantes que se encaixem nessa categoria tornou-se, assim,
também gratuito e obrigatório.
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Você sabia?
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Políticas públicas para a inclusão
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Dica cultural
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Políticas públicas para a inclusão
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mos ao outro que podemos demonstrar o que somos, mesmo que venha-
mos a errar. Assim, podemos perguntar, solicitar ajuda, dizer que não
entendemos o que nos foi explicado, avisar que não conseguimos fazer o
que nos foi ensinado.
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Libras
Língua e linguagem
Embora essas respostas tenham seu valor, elas não vão ao ponto
central. E o ponto central é que, sem uma língua, não podería-
mos formular nosso pensamento. Você já se deu conta de que
pensa em português? Sonha em português? Organiza-se logo de
manhã com respeito ao que terá de fazer durante o dia, falando
consigo mesmo em português? E mesmo quando quer aprender
uma língua estrangeira, sai por aí tentando pensar só nessa lín-
gua, como um bom modo de dominá-la.
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Libras
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), existem 9,7 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência
auditiva. Isso significa que quase 10 milhões de pessoas em nosso país
vivem dificuldades de comunicação todos os dias em decorrência da falta
de conscientização em relação ao tema e da falta de iniciativas que tratem
dessa situação.
Se pensarmos em nossas próprias vivências e experiências, consegui-
mos perceber com muita clareza que a sociedade não possui muitos meca-
nismos de facilitar o acesso das pessoas surdas. Quantas pessoas dominam
Libras? Quantos lugares públicos (escolas, cinemas, teatros) contam com
tradução para Libras em seu cotidiano?
Tendo como base o cenário atual em que vivemos, faremos um breve
contexto histórico para explicar melhor a trajetória da deficiência auditiva
ao longo do tempo.
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Libras
tagonistas nessas análises, como de fato são. Afinal de contas, não se pode
pensar no bem estar de um determinado grupo com os referenciais de outro.
Esse olhar para o surdo como uma pessoa diferente acaba com a
concepção de deficiente auditivo, anteriormente impregnada nos meios
sociais e educacionais. Pensando na surdez como uma característica e não
como um problema, elimina-se a necessidade de efetuar um processo de
reabilitação e integração.
De acordo com essa concepção de diferença (ao invés de deficiência),
não há necessidade de inserção das pessoas, pois todos já fazem parte da
sociedade, somos apenas mais uma figura no cenário da diversidade social
– racial, religiosa, sexual, financeira, política, de gênero, etc.
7.2 Terminologia
É preciso dar uma atenção especial a maneira como nos referimos às
pessoas surdas. O que é correto, deficiência auditiva ou surdez?
Quando dizemos “deficiência auditiva” estamos nos referindo ao seu
aspecto clínico. Para um médico otorrinolaringologista, que se encarrega
de cuidar da saúde dos ouvidos, esse termo seria adequado. Além disso,
chamar alguém de “deficiente auditivo” é somente uma maneira de defini-
-lo por uma única característica, de reduzi-lo a esse aspecto, e isso não é
algo que se busca em uma sociedade inclusiva.
Mais do que isso, vimos há pouco que não se vê mais a surdez como
uma deficiência e sim como uma diferença. Por isso, a terminologia cor-
reta a ser utilizada é “surdo” ou “pessoa surda”.
O termo surdo-mudo também é um termo incorreto. Muitas pessoas
surdas falam, o que por si só já torna a terminologia inadequada. Além
disso, os surdos que não falam não o fazem justamente porque não ouvem.
A mudez é uma outra deficiência -- não um termo aplicado a todas as pes-
soas que não ouvem.
Também não é correto dizer “surdos” e “normais”. Essa terminologia
reflete uma visão que não é mais compatível com a sociedade em que
vivemos. O correto é utilizar o termo “ouvinte”.
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Surdo Ouvinte
7.3 Comunicação
As pessoas não sabem o que significa realmente ser surdo e, na
maioria das vezes, tentam falar mais lentamente ou buscam um papel
para escrever, na esperança de conseguir estabelecer uma comunicação.
Porém, o desejável seria que essas pessoas pudessem responder da mesma
forma, ou seja, com os sinais da Libras.
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A criança coda, embora frequente desde cedo espaços em que encon-
tra semelhanças com outras crianças também filhas de pais surdos, precisa
também encarar um outro ambiente: a escola.
Como as escolas não incorporam ainda essa perspectiva, os alunos
logo vivenciam outra realidade. Professores e alunos dificilmente enten-
dem a cultura em que eles foram criados, o que gera um distanciamento
inicial. Outra dificuldade é a comunicação com os pais. Na maioria das
vezes, utiliza-se a criança como tradutor, mas nem sempre isso é possível -
reuniões de pais ou eventos sociais, por exemplo, costumam ser situações
em que a criança não pode estar presente.
Também existe a situação em que os pais são ouvintes e o filho é
surdo. O ideal, nesse caso, é que todas as interações aconteçam por Libras.
Mesmo que os pais falem verbalmente junto com os gestos, eles devem
ensinar as ações e atividades para os filhos em Libras.
Assim, é possível pensar que a aquisição da linguagem, em seu pro-
cesso, ocorre do mesmo modo em crianças surdas e ouvintes. Talvez isso
aconteça de modo bilíngue, caso os pais ensinem português.
Grande parte das pessoas ouvintes tem dificuldades de entender o
processo de ensino de Libras para crianças. Para facilitar essa concepção,
é preciso considerar que a aquisição da linguagem acontece de modo natu-
ral. O contato com uma língua é suficiente para que as crianças aprendam;
com mais ou menos estímulos, elas aprendem a falar somente ouvindo os
outros. O mesmo irá acontecer com as crianças surdas, que irão reproduzir
as sinalizações que verem.
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ral e estados, e a participação das famílias e da comunidade, mediante pro-
gramas e ações de assistência técnica e financeira, visando à mobilização
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Educação Cidadã, Diversidade e Meio Ambiente
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Educação Cidadã, Diversidade e Meio Ambiente
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A compreensão de assuntos relacionados a cidadania, inclusão e respeito à
diversidade e à sustentabilidade permite ampliar e integrar o conhecimento, a
fim de levar a uma reflexão sobre as práticas sociais.
É necessário que as empresas desenvolvam uma postura mais responsável e
cuidadosa em relação ao meio ambiente, inserindo a responsabilidade social
em suas ações.
O grande desafio do século XXI é a sustentabilidade; logo, a compreensão
do discente sobre a tríade ambiental, econômica e social se faz indispensável
para a busca do desenvolvimento sustentável.
Conhecer a herança histórica da formação do povo brasileiro é um convite para
mergulhar na cultura de valorização da diversidade e da igualdade social.
Todo e qualquer cidadão merece respeito. Por isso, os pertencentes a grupos
minoritários precisam de políticas públicas para alcançar uma condição ótima
de igualdade social e inclusão.
As discussões e reflexões geradas nessa obra podem inspirar o acadêmico
para a construção de uma sociedade com mais qualidade de vida, respeito
às pessoas e ao meio ambiente e busca coletiva de soluções para os proble-
mas cotidianos.