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Wim Malao
APO
CALIPSE
relESCJS
CRISTO
Um comentário para a nossa época
90001-970 • PORTO AI.I.GRF RS * Brazil _ Toni-: (51) 12 1 1 COSO • F.»X (51) 32-19-73M5
publicado pela
Editora "Grosse Freude",
Zurique/Sufça
“Mat, A mela-nolte, ouviu*»* um grito: Ba o noivo! aai ao aau encontro" (Mt 25.6).
A “Obra Missionária Chamada da Meia-Noite" 6 uma mlssáo sem fins lucrativos, que crá
em toda a Bíblia como infalível e eterna Palavra de Deus (2 Pe 1 21). Sua tarefa 6 alcançar
todo o mundo com a mensagem de salvação em Je9us Cristo e aprofundar os cristãos no
conhecimento da Palavra de Deus, preparando-os para a volta do Senhor.
Indice página
A sétima trombeta
"O sétimo anjo tocou a trombeta, e houve no céu grandes vozes,
dizendo: O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu
Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos. E os vinte e quatro
anciãos que se encontram sentados nos seus tronos, diante de
Deus, prostraram-se sobre os seus rostos e adoraram a Deus,
dizendo: Graças te damos, Senhor Deus, Todo-podero-so, que és e
que eras, porque assumiste o teu grande poder e passaste a reinar.
Na verdade, as nações se enfureceram; chegou, porém, a tua ira, e
o tempo determinado para serem julgados os mortos, para se dar o
galardão aos teus servos, os profetas, aos santos e aos que temem
o teu nome, assim aos pequenos como aos grandes, e para
destruires os que destroem a terra. Abriu-se, então o santuário de
Deus, que se acha no céu, e foi vista a arca da aliança no seu
santuário, e sobrevieram relâmpagos, vozes, trovões, terremoto e
grande saraivada.
Viu-se grande sinal no céu, a saber, uma mulher vestida do sol com
a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça,
que, achando-se grávida, grita com as dores do parto, sofrendo
tormentos para dar à luz. Viu-se também outro sinal no céu, e eis
um dragão, grande, vermelho, com sete cabeças, dez chifres e, nas
cabeças, sete diademas. A sua cauda arrasta a terça parte das
estrelas do céu, as quais lançou para a terra; e o dragão se deteve
em frente da mulher que estava para dar à luz. a fim de lhe devorar
o filho quando nascesse. Nasceu-lhe, pois, um filho varão, que há
de reger todas as nações, com cetro de ferro. E o seu filho foi
arrebatado para Deus até ao seu trono" (Ap 11.15-12.5).
que virá ’'. eles dizem:' ..porque assumiste o teu grande poder e
passaste a reinar." Por que eles se interrompem aqui? Porque no
tempo da sétima trombeta já começou o (uturo do Senhor' Então ele
já terá assumido a sua herança! Realiza-se aqui algo maravilhoso:
enquanto os vinte e quatro anciãos coroados, ou seja, os
representantes da Igreja glorificada, s.e perdem na adoração e
assim mergulham no ser do Deus eterno, eles vêem acontecer o
que ainda é futuro na terra. Pois ainda é exercido na terra o domínio
anticristão, mas no céu eles já vêem como presente aquilo que é
dito no capítulo 11.18: "Na verdade, as nações se enfureceram;
chegou, porém, a tua ira. e o tempo determinado para serem
julgados os mortos, para se dar o galardão aos teus servos, os
profetas, aos santos e aos que temem o teu nome, assim aos
pequenos como aos grandes, e para destrui-res os que destroem a
terra. "Eles vêem, portanto, o ódio dos povos contra o Senhor e seu
Ungido e contra Sião, contra Israel, e vêem a ira de Deus e o Juizo
Final diante do grande trono branco. Tudo isso também João vê
como que antecipadamente, pois o juízo diante do grande trono
branco acontecerá após o Milênio. Os vinte e quatro anciãos e João
vêem a bem-aventurança e o galardão para três categorias de
crentes: 1 — os profetas, seus servos. 2 — os santos. 3 — os que
temem o Seu nome Mas eles vêem também a destruição para
aqueles que destroem a terra, ou seja, para aquelas pessoas que
são a causa da destruição da terra. Sempre existem alguns — até
mesmo dentro da Igreja de Jesus — que se encarregam de fazer
progredir a destruição, prestando-se a ser estações de passagem
do pecado. Mas se estamos em Jesus, somos estações finais do
pecado — no sentido de que levamos tudo para o santuário e não o
tocamos mais.
"... e foi vista a arca da aliança no seu santuário" (v. 19b). Aqui
aparece pela primeira vez no Apocalipse o grande tema que domina
os meios de comunicação em nossos dias: o povo de Israel! Pois
ela é a expressão visível da aliança de Deus com Israel. Todas as
alianças de Deus com seu povo Israel, todas as suas solenes
promessas, estão no fundo contidas nessa arca da aliança. Apesar
da destruição de Jerusalém, aparentemente a arca da aliança
terrena continuou existindo ainda por longo tempo. Os livros
apócrifos náo são a Palavra de Deus. mas em parte são bastante
interessantes historicamente. Em 2 Macabeus 2.48, por exemplo,
está escrito que o profeta Jeremias, em virtude de uma ordem de
Deus, determinou que a arca da aliança deveria ser escondida por
aqueles que seriam levados para o cativeiro babilônico, e que isso
foi feito. De modo que ela não teria sofrido dano por ocasião da
destruição de Jerusalém. Mas mais confiáveis são as informações
da Palavra inspirada de Deus. que diz a respeito em Jeremias 3.16:
"Sucederá que, quando vos multi-plicardes e vos tornardes
fecundos na terra, então, diz o Senhor, nunca mais se exclamará: A
arca da aliança do Senhor! ela não lhes virá à mente, não se
lembrarão dela nem dela sentirão falta; e não se fará outra. ” Mas o
modelo celestial original permanece, como permanecem as
promessas de Deus! Nem uma de suas promessas envelheceu ou
tornou-se inválida, nem para nós nem para Israel. Por isso, aparece
no final dos tempos a eterna arca da aliança. E com isso explicamos
também o reaparecimento de Israel, com o objetivo divino de que
Israel se converta e seja glorifiçado! Sabemos do Plano de
Salvação, que a arca da aliança sempre era acompanhada da glória
e do poder de Deus. Desse modo, as águas do Jordão retrocederam
quando os sacerdotes o atravessaram, e Israel pôde entrar em Ca-
naã. Na presença da arca da aliança, os muros de Jericó
cairam com enorme estrondo. Os filisteus, que profanaram a arca
da aliança, querendo roubá-la de Israel, foram violentamente
castigados. Mas milhares e milhares de israelitas estavam seguros
e eram abençoados quando estavam com a arca da aliança. Aqui no
versículo 19 ela torna-se agora visível no céu, como confirmação da
imutável fidelidade da aliança de Deus com seu duramente afligido
povo de Israel. Pois justamente então Israel esta-
tentou devorá-lo. Ele não queria permitir que Jesus Cristo subisse
ao céu como Triunfador sobre ele, o príncipe das trevas e da morte.
Com grande esforço e grandiosa ira, Satanás queria evitar isso a
qualquer custo. Enquanto a mulher se contorcia em dores de parto
— isso é Israel no juízo e na dispersão—ele já se deteve diante
dela. Pois ele sabia que Jesus nasceria na plenitude do tempo.
Somente assim podemos compreender as coisas terríveis que Israel
já teve que passar antes do nascimento de Jesus. Pensemos
somente na perseguição sob Antioco Epifâ-nio, que edificou um altar
de Zeus no templo e atormentou os filhos de Israel, assassinando
muitos deles. Ou pensemos nos cativeiros assírio e babilônico, etc
Isso foi assim até ao nascimento de Jesus. E quando ele nasceu —
como foi quase impossível para Maria e José chegar a Belém ainda
antes do nascimento! E quando finalmente estavam lá, não acharam
lugar na hospedaria. Deus permitiu tudo isso. mas atrás estava
Satanás, que queria destruir a vida em formação. Após o
nascimento houve a fuga para o Egito e mais tarde a perseguição
pelas autoridades religiosas. Justamente antes de Qólgota, Satanás
realizou mais uma vez um ataque em grande escala contra Jesus,
pretendendo matá-lo no Getsêmani. Ali o Senhor Jesus já estava
em agonia; ele suava sangue. Muitos acham que Jesus ficou com
medo com vistas a Gólgota, tendo exclamado por isso: "Pai, tudo te
é possível; passa de mim este cálice; contudo, não seja o que
eu quero, e, sim, o que tu queres"(Mc 14.35). Mas tal
interpretação desonra nosso Senhor. No Getsêmani ele não ficou
com medo de Gólgota, mas clamou e chorou porque o diabo estava
a ponto de matá-lo ali mesmo, sem que aparentemente Deus o
impedisse. Deus colocava seu Filho à prova pela última vez. E então
Jesus em sua aflição disse aos seus discípulos que dormiam: “Não
pudestes vigiar ao menos uma hora comigo? Minha alma está
entristecida até a morte!" Mas ele submeteu-se à vontade do seu
Pai: ‘‘Pai, se é da tua vontade que eu não realize minha obra na
cruz de Gólgota e não possa reconciliar o mundo contigo, se é da
tua vontade que eu tenha que sucumbir justamente diante do alvo,
eu me submeto. Mas se não é da tua vontade, passa de mim este
cálice Mas não seja feita a minha vontade, mas sim a tua! ” E então
veio um anjo do céu e o fortaleceu (Lc 22.43; Hb 5.7). Ele foi
"obediente ató à morte", isso é Getsêmani. “e morte de cruz",
isso é Gólgota (Fp 2.8). O Filho de Deus venceu Satanás através de
completa obediência na fé. Por isso
Disso concluímos que essa peleja já começa no Inicio da Tribulaçáo, ou seia, no inicio dos
sete anos, atingindo seu climax no inicio de segunda metade da Tri-bulaçáo.
meio à luta contra esses poderes das trevas nos lugares celestiais,
pois esses ainda não toram expulsos de lá: "porque a nossa luta
não é contra o sangue e a carne, e, sim, contra os principados e
potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra
as forças espirituais do mal, nas regiões celestes" (Et 6.12). Esses
não foram, portanto, lançados no abismo, se bem que lá também há
muitos deles, mas encontram-se "nas regiões celestes", como diz o
final do versículo bíblico acima citado (compare o terceiro capitulo
deste volume). Mas quando ocorrer o arrebatamento da Igreja, o
dragão e os seus anjos não têm mais lugar ali, pois a Igreja
triunfante passa apressadamen-te pelas regiões celestes ao
encontro do Senhor. Essa é a razão desse alto grito do grande e
forte arcanjo Miguel no momento em que o Senhor Jesus voltar para
arrebatar os seus. Já em tempos remotos, Miguel pelejou contra
Satanás por ocasião de uma mudança decisiva na história de Israel.
Um dos irmãos físicos do Senhor, Judas, relata a respeito: "Contudo
o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo, e disputava a
respeito do corpo de Moisés, não se atreveu a proferir juízo
infamatório contra ele; pelo contrário, disse: o Senhor te repreenda"
(Jd9).Isso aconteceu quando Israel se encontrava na fronteira da
Terra Prometida por ocasião do seu primeiro retorno e Moisés
morreu. Portanto, tratava-se de Israel. Numa nova mudança de
rumo na história de Israel, por ocasião do seu segundo retorno à
terra dos pais, Satanás agarrou-se novamente ao mais elevado
representante de Israel. Em Zacarias 3 lemos que o sumo sacerdote
Josué estava diante do anjo do Senhor, diante da face do
Senhor. Mas Satanás encontrava-se do seu lado, para resistir-lhe.
Conforme meu entendimento, o anjo do Senhor, do qual se fala
aqui, é Miguel. Ele repreende Satanás e diz: "O Senhor te
repreende, ó Satanás, sim o Senhor que escolheu Jerusalém te
repreende; não é este um tição tirado do fogo?"(Zc 3.2). Também
nesse caso tratava-se de Israel e Jerusalém. Em todos os lugares
onde houve e há peleja por Jerusalém e Israel, também em
nossos dias, Miguel está presente lutando e combatendo por Israel.
Pois no mundo invisível acontecem muitas coisas, pois há mais
coisas que não vemos, do que coisas que vemos! Por isso é tão
importante que através de Jesus estejamos completamente a
limpo com o Deus invisível, pois de outro modo os poderes das
trevas tém direitos sobre nós. Que terrível, quando uma pessoa não
segue completamente o caminho após o Cordelrol Através de col-
Retornemos mais uma vez a Daniel 10.0 príncipe angélico que foi
ao encontro de Daniel, mas foi impedido por três semanas, ficou
muito agradecido pelo auxílio de Miguel (Dn 10.13), pois era preciso
comunicar a Daniel, que estava orando, o que aconteceria com
Israel (Dn 10.21). Conforme o testemunho desse príncipe angélico,
provavelmente tratava-se de Gabriel, Miguel veio em seu auxílio,
expulsando os poderes das trevas que o impediam. Mas no cerne
do Apocalipse, trata-se do mais grandioso cumprimento de profecia
bíblica: do atendimento à oração de nosso Senhor Jesus: "Venha o
teu reino, seja feita a tua vontade tanto no céu como sobre a terra".
Essa grandiosa luta que, como já dissemos, começa imediatamente
após o arrebatamento, não é um símbolo como, por exemplo, a
mulher é um símbolo, um grande sinal. Não, neste caso temos algo
bem real; uma das etapas principais da vitória já alcançada do poder
da luz sobre o poder das trevas. Mas devemos sempre observar a
alternância dos atacados: da Igreja a Israel: do povo celestial para o
povo de Deus terreno que ficou para trás. Pois após o
arrebatamento da Igreja, a cólera de Satanás volta-se contra Israel
A última fuga do povo judeu, eternamente em fuga, acontece,
portanto, depois que Satanás e seus anjos forem lançados sobre a
terra:
' ‘Por isso, festejai ó céus, e vós, os que neles habitais. Ai da terra e
do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande
cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta. Quando, pois, o dragão
se viu atirado para a terra, perseguiu a mulher que dera à luz o
filho varão; e foram dadas à mulher as duas asas da grande
águia, para que voasse até ao deserto, ao seu lugar, ai onde é
sustentada, durante um tempo, tempos e metade de um tempo, fora
da vista da serpente" (cap. 12.12-14). A Igreja foi arrebatada
e agora, na segunda metade da Grande Tribulação, Israel é
extremamente ameaçado. Pois ainda luta por Israel um príncipe
angélico e não o próprio Senhor. Ainda não está dito, como em Êxo-
do 14.14: "O Senhor pelejará por vós, e vós vos calareis. ” Mas que
também o príncipe angélico é poderoso, prova o versículo 8 do
nosso texto, pois de Satanás e seus anjos está dito: "todavia, não
prevaleceram; nem se achou no céu o lugar deles." Por mais
violenta que seja a luta, a luz sempre vence as trevas! Este também
é, aliás, o segredo da vitória no dia-a-dia: anda continuamente na
luz, entào terás vitória e experimentarás o poder do sangue de
Jesus, que torna Satanás impotente! Quando sofres derrotas e és
dominado pelo inimigo, entáo isso acontece porque te retiraste para
a escuridão. O Senhor lamenta através de João: "... os homens
amaram mais as trevas do que a luz"(Jo 3.19). Aqui em Apocalipse
12 vemos como o reino das trevas defende-se desesperadamente.
Mas ele é vencido. Ele não pode continuar nas regiões celestes,
onde pôde manter-se durante tanto tempo sob a permissão de Deus
— para aprovação da Igreja de Jesus na terra. Pois, como
dissemos, após o arrebata-mento os poderes das trevas não têm
mais nada a procurar ali. Aí temos, aliás, também uma das muitas
provas de que a Igreja de Jesus será arrebatada antes da Grande
Tribulação. Quando o diabo e seus anjos estiverem na terra, a Igreja
de Jesus não poderá mais estar lá, pois de outro modo algo não
estaria certo com relação a Efésios 6 12 Pois lá está escrito com
quem nós como Igreja de Jesus aqui na terra temos que lutar: "...
contra os principados epotestades... ‘' E então também está dito
onde eles se encontram: "... nas regiões celestes". Mas depois do
arreba-tamento eles não estarão mais lá, mas terão sido lançados
sobre a terra pelo arcanjo. Através da vitória de Miguel e dos
seus anjos, acontece na terra uma invasão do inferno, ou seja, dos
lugares celestes até então habitados por Satanás e seus anjos. Um
sinal negativo da iminência do arrebatamento é que já sentimos as
dores preliminares dessa invasão de poderes das trevas. Não está o
mundo atual mais e mais endemoninhado? Também a ameaça à
mulher. Israel, assume formas cada vez mais assustadoras. Mas
tudo isso é somente o prelúdio dos próprios acontecimentos
vestes nâo envelheceram (Dt 8.4). Assim será nesses mil duzentos
e sessenta dias no deserto anticristão. Oue maravilhoso, que a
duração é informada com exatidão. Isso mostra que Deus conta
exatamente os dias e as lágrimas do duramente afligido Israel no
tempo de provação e proteção! Trata-se do período em que é dada
á besta uma boca para proferir arrogâncias e blasfêmias (cap. 13.5),
e em que os gentios pisarão a cidade santa. No capítulo 11.2 está
dito que esse prazo é de quarenta e dois meses. João descreve o
mesmo período com "um tempo, tempos, e metade de um tempo"
(cap. 12.14); um tempo para experimentar o Senhor e sua presença
diante da face do inimigo: "e foram dadas á mulher as duas asas da
grande águia, para que voasse até ao deserto, ao seu lugar, ai onde
é sustentada durante um tempo, tempos, e metade de um tempo,
fora da vista da serpente. ’' Esse sustento durante os mil duzentos e
sessenta dias é o maior cumprimento do Salmo 23.5: "Preparas-me
uma mesa na presença dos meus adversários." Esse é o periodo de
que fala Daniel 7.25: "Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará
os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e os
santos lhe serão entregues nas mãos, por um tempo, dois tempos e
metade dum tempo. "Também Daniel 12.7 fala a respeito:
"Ouvio homem vestido de linho, que estava sobre as águas do rio,
quando levantou a mão direita e a esquerda ao céu, e jurou por
aquele que vive etemamente, que isso seria depois de um
tempo, dois tempos e metade de um tempo. E quando se acabar a
destruição do poder do povo santo estas cousas todas se
cumprirão. " Pois encontramos o fim da destruição do poder do
povo santo, o fim da sua dispersão, em Mateus 24, onde o Senhor
diz: "Logo em seguida à tributação daqueles dias, o sol
escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do
firmamento e os poderes dos céus serão abalados. Então aparecerá
no céu o sinal do Filho do homem; todos os povos da terra se
lamentarão e verão o Filho do homem vindo sobre as nuvens do céu
com poder e muita glória. E ele enviará os seus anjos, com
grande clangor de trombeta, os quais reunirão os seus escolhidos,
dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus" (vv. 29-
31). Então será completada a reunião de Israel por anjos
com trombetas, que arrebatarão os milhões de judeus das
nações para Israel. E isso que Daniel 12.7b afirma: "... quando se
acabar a destruição do poder do povo santo estas cousas todas
se cumprirão." Daniel e João evitaram determinar os anos. certa-
No versículo 14 está dito que a mulher recebe asas. Que asas sâo
essas? Aí temos que retroceder novamente ao tempo
da peregrinação de Israel no deserto. Precisamos sempre comparar
a Bíblia com a Bíblia, pois a Bíblia fornece comentário para a Bíblia.
O Senhor diz em Exodo 19.4: "Tendes visto o que fiz aos egípcios,
como vos levei sobre asas de águias, e vos cheguei a mim." E o
mesmo em Deuteronômio 32.11-12. "Como a águia desperta a sua
ninhada e voeja sobre os seus filhotes, estende as suas asas, e,
tomando-os, os leva sobre elas, assim só o Senhor o guiou, e não
havia com ele deus estranho." As mesmas asas aparecem
novamente nos tempos finais, para proteger e guardar Israel no
tempo de maior aflição e perseguição. Trata-se do milagre divino da
proteção. O pequeno profeta Habacu-que, igualmente viu essa
maravilhosa proteção "no meio dos anos" (Ed. Rev. e Corr.), isto é,
no meio da Tribulação: "Tenho ouvido, ó Senhor, as tuas
declarações, e me sinto alarmado; aviva a tua obra, ó Senhor, no
decorrer dos anos, e no decurso dos anos faze-a conhecida; na tua
ira, lembra-te da misericórdia. Deus vem de Temã, e do monte de
Parã vem o Santo. A sua glória cobre os céus, e a terra se enche do
seu louvor" (Hc 3.2-3). Deus fará isso no meio dos anos, três anos e
meio e três anos e meio, quando a tribulação estiver grande. É dito
frequentemente que a mulher em luga representaria os crentes
dentre Israel. Mas esse não deve ser o caso, porque de acordo com
Apocalipse 12.1, a mulher representa todo o Israel. De modo que
repentinamente não se pode tratar somente de uma seleção dentre
Israel. Todo o Israel é perseguido pelo dragão, e todo o Israel
será salvo. Como alguns dentre as nações ajudaram a alguns
judeus durante o tempo do nazismo, escondendo-os ou
possibilitando seu ocultamento, assim todo o Israel será guardado
de maneira maravilhosa durante os mil duzentos e sessenta dias.
enquanto está sendo perseguido pelo dragão, ou seja, pelo
anticristo Pois esse tempo será tão terrível, que eles contarão os
dias. Também o versículo 17 prova que a mulher continua
representando todo o Israel: "Irou-se o dragão contra a mulher e foi
pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os
mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus.'' Depois que
a mulher lhe escapou, ele volta-se contra os “restantes da sua
descen-
A Edição Revisla e Corrigida não tem o versículo 18 do capitulo 12, ediz no capitulo 13.1 "E
eu pus-me sobre a areia do mar. " Como é sabido, no decorrer dos séculos foram
encontrados vários manuscritos do Novo Testamento, possibilitando traduções mais exatas
Na minha opinião, as revisOes mais recentes utilizam manuscritos do texto original mais
confiáveis, e mostram que não foi João. e sim o dragão que se pôs em pé sobre a areia do
mar "E odragio parou sobre a areia do mar" (cap. 12.18. Versa o da IBB, de Acordo com os
Melhores Textos em Hebraico e Grego) Essas traduções parecem tanto mais
evidentes, porque em nenhuma parte do Apocalipse João muda sua posição celestial
por iniciativa própria. Ele o fez somente por ordem expressa do Senhor ou de um anjo
Desse modo, lhe é dito, por exemplo, no capitulo 4.1: "Sobepara aqui...", no capitulo 10 8:
"Vai..", no capítulo 111: "Oispõe-te...". ou no capitulo 17 3 "Transportou-me o anjo, em
espirito.. "Conseqüentemente, quem está sobre a areia do mar é Satanás.
A revelação do anticristo
A visão de Amnagedom
A sexta taça da cólera
0 desdobramento do império romano-anticrístão
JESUS
1
O Professor |udeu Pmchas Lapide, que esiuda o Novo Testamento em base científica,
afirmou, entre outros, o seguinte em uma palestra " portanto, tudo aquilo que está escrito
no Novo Testamenio foi vivido à maneira judaica e transmitido em hebraico ou aramaico. E
toda a teologia original do cristianismo foi única e exclusivamente fruto do solo judeu E o
que descobre o judeu que lê o Novo Testamento através dos Ocuios hebraicos9 O que
aparece, se ele retira com muito cuidado, através de todos os pontos de interrogação da
ciência, as cascas gregas posteriores, é. uma luz de Israel. Jesus, que com impaciência
messiânica e aguda e febril esperança, aguardava a redenção de Israel e que com
grande probabilidade chegou ã compreensão de si mesmo como Messias ao final de
sua vida "
A revelação do anticristo
“Vi emergir do mar uma besta, que tinha dez chifres e sete cabeças
e, sobre os chifres, dez diademas e, sobre as cabeças, nomes de
blasfêmia. A besta que vi era semelhante a leopardo, com pés como
de urso, e boca como boca de leão. E deu-lhe o dragão o seu poder,
o seu trono e grande autoridade. Então vi uma de suas cabeças
como golpeada de morte, mas essa fenda mortal foi curada; e toda
a terra se maravilhou, seguindo a besta, e adoraram o dragão
porque deu a sua autoridade à besta; também adoraram a besta,
dizendo: Quem é semelhante à besta? quem pode pelejar contra
ela? Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogãncias e blasfêmias, e
autoridade para agir quarenta e dois meses; e abriu a sua boca em
blasfêmias contra Deus, para lhe difamar o nome e difamar o
tabemáculo, a saber, os que habitam no céu Foi-lhe dado também
que pelejasse contra os santos e os vencesse. Deu-se-lhe ainda
autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação; e adorá-la-ão
todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram
escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto, desde a
fundação do mundo. Se alguém tem ouvidos, ouça. Se alguém leva
para cativeiro, para cativeiro vai. Se alguém matar à espada,
necessário é que seja morto à espada. Aqui está a perseverança e a
fidelidade dos santos. Vi ainda outra besta emergir da terra; possuia
dois chifres, parecendo cordeiro, mas falava como dragão. Exerce
toda a autoridade da primeira besta na sua presença Faz com que
a terra e os seus habitantes adorem a primeira besta, cuja
ferida mortal fora curada. Também opera grandes sinais, de
maneira que até fogo do céu faz descer à terra, diante dos homens.
Seduz os que habitam sobre a terra por causa dos sinais que lhe
foi dado executar diante da besta, dizendo aos que habitam sobre
a terra que façam uma imagem à besta, àquela que, ferida à
espada, sobreviveu, e lhe foi dado comunicar fôlego à imagem
da besta, para que, não só a imagem falasse, como ainda
fizesse morrer quantos não adorassem a imagem da besta. A todos,
os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os
escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão
direita, ou sobre a fronte, para que ninguém possa comprar ou
vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta, ou o
número
Que trecho terrível! Mas aquele que renasceu pela graça do Senhor,
escapará de tudo isso! Pois tudo isso acontecerá após o
arrebatamento da Igreja de Jesus. Mas ai daqueles que então ainda
estiverem sobre a terra!
Isso vale também para tua vida. Nunca imagina que estás
completamente à mercê do inimigo! Ele somente pode ir até onde
Deus o permite! Através das tribulações és provado quanto
à medida em que exerces a vitória de Jesus em teu dia-a-dia. “Bem-
aventurado o homem que suporta com perseverança a provação;
porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a
qual o Senhor prometeu aos que o amam” (Tg 1.12).
1.0 impulso satânico de imitação, que é tão forte que até a morte do
Cordeiro é imitada.
"Se alguém leva para cativeiro, para cativeiro vai. Se alguém matar
à espada, necessário é que seja morto à espada"(v. 10). Conforme
meu entendimento, essa palavra é uma advertência para a multidão
inumerável que se tornou crente durante a Grande Tribulação e será
tentada a organizar resistência contra a besta, lutando
possivelmente até com a espada contra ela. Mas isso não pode ser.
Esse versículo diz muito claramente que tipo de mentalidade eles
devem mostrar. E eles sabem que seu martírio é inevitável. Eles se
revestirão então da mentalidade do Cordeiro, que foi levado ao
matadouro — a Gólgota. "Aquiestá a perseverança e a fidelidade
dos santos" (v. 10b). Essaéatual-mente a mentalidade mostrada por
muitos dos nossos irmãos que são violentamente perseguidos no
Oriente. Mas quão pouco nós. que estamos livres de perseguições,
mostramos essa mentalidade, essa perseverança e essa fidelidade
dos santos! Mas a Escritura adverte que somente reinaremos se
com ele perseve-rarmos (comp. 2 Tm 2.12). Também nisso Israel é
um exemplo para nós, pois na dispersão entre as nações, os judeus
deixaram matar-se como cordeiros. Mas desde que se encontra
novamente na terra dos pais como nação, Israel luta como um leão.
3
Se bem que João descreve as duas bestas uma após a outra, elas
aparecem juntas. Pois tanto o versículo 4, onde se fala da adoração.
como também os versículos 12 e 15, mostram o que o falso profeta
pretende conseguir a qualquer custo: a adoração do an-ticristo.
Esse espírito, que procede de Satanás, já se torna mais e mais
perceptível em nossos dias, na adoração das coisas materiais, da
técnica, etc Somos protegidos da adoração inconsciente — pois
existe também adoração inconsciente — do espírito anticristão,
quando nos firmamos interiormente na adoração de Deus e do
Cordeiro. Muitos não conseguem orar, porque não adoram o
Cordeiro e sim algo terreno. Será essa a razão porque não
consegues orar com perseverança? Se conservamos o testemunho
de Jesus Cristo exteriormente, então somos guardados também
interiormente. A doutrina do anticristo pode ser claramente definida
adoração do anticristo e dessa forma
"... egoístas,
avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes
aos pais, 6
ingratos,
irreverentes,
desafeiçoados,
implacáveis,
caluniadores,
cruéis,
João tinha essa visão do Cordeiro. Pois ele teve que digerir coisas
terríveis, porque aquilo que ele tinha visto — toda a maneira
sanguinária do anticristo, mandando executar milhões de crentes —
não podia deixá-lo sem marcas. De modo que ele exclama
profundamente emocionado: "Olhei, e eis o Cordeiro."
lúdio: "Ouvi uma voz do céu como voz de muitas águas, como voz
de grande trovão; também a voz que ouvi era como de harpistas
quando tangem as suas harpas"(V. 2). Observa que nessa palavra
bíblica aparece três vezes a palavrinha "como”: "... como voz de
muitas águas. "Não indica isso o rio de bênção que Jesus
prometeu? Ele disse: "Quem crerem mim, comodiza Escritura, do
seu interior fluirão rios de água viva''(Jo 7.38). "... como voz de
grande trovão." Não é isso a santidade e justiça de Deus? A justiça
de Deus diz “sim" aos cento e quarenta e quatro mil de Israel. "...
também a voz que ouvi era como de harpistas quando tangem as
suas harpas. ’' Que maravilhoso: trovão e agradável música de
harpas — aqui beijam-se a justiça e a paz (comp. SI 85.10).
sus em Mateus 24.14: "E será pregado este evangelho do reine por
todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então virá o
fim."
1 Pedro 5.11: "A ele seja o domínio, pelos séculos dos séculos.' ’
Apocalipse 1.6: "... para o seu Deus e pai, a ele a glória e o domínio
pelos séculos dos séculos."
Apocalipse 1.18: "estive morto, mas eis que estou vivo pelos
séculos dos séculos..."
nhor está pronto para voltar e estabelecer seu remo. como está
escrito no versículo 14. Mas a voz celestial anuncia-lhes que
ganharão muitissimo através do martírio. Temos que ver essa
afirmação, "bem-aventurados os mortos que desde agora
morrem no Senhor", também com relação a Apocalipse 20.4. Lá
está escrito que também os mortos por causa do testemunho na
Grande Tribulação viverão com Cristo e reinarão durante mil anos, o
que é sua recompensa: "Vi também tronos, e nestes sentaram-se
aqueles aos quais foi dada autoridade para julgar. Vi ainda as almas
dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por
causa da palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a besta,
nem tão pouco a sua imagem, e não receberam a marca na fronte e
na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos" (cap.
20.4). O Espírito Santo dá seu "amém” a respeito: "Sim, diz o
Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras
os acompanham" (v. 13b). O Espírito Santo geme com os santos
que passam por sofrimentos e tribulações, e se alegra pela sua
salvação e glorificação. Ele foi testemunha da sua perseverante
fidelidade, ele conhecia o trabalho da sua alma. O trabalho em
oração realizado pelos homens crentes durante a Grande Tribulação
será muito intenso, pois de outro modo não poderiam testemunhar
de Jesus até à morte. Pois para eles realmente importa, aquilo que
nós dizemos muitas vezes superficialmente: "Ganhar almas para o
Cordeiro até a morte.' ’ Que as afirmações do versículo 13 valem
especialmente para os santos da Grande Tribulação, é
provado pelas palavras "desde agora": "Bem-aventurados os
mortos que desde agora morrem no Senhor." Há uma promessa
especial para aqueles que lavam suas vestiduras no sangue do
Cordeiro durante a Grande Tribulação. Seu morrer no Senhor
tem por conseqüência coroamento e grande honra. Através do
seu martírio eles se tornam participantes de algo muito melhor
do que se continuassem com vida. Na volta do Senhor em
grande poder e glória, eles participarão da primeira ressurreição
"Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo é aquele
que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda
morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de
Deus e de Cristo, e reinarão com ele os mil anos" (Ap 20.5b-6)
Temos aqui diante de nós duas etapas da primeira ressurreição (há
várias etapas, compare o comentário sobre Apocalipse 20 5-6
no Volume IV): 1 — por ocasião do arrebatamento e 2 — imediata-
1
Isso não quer dizer que durante a realização do Plano de Salvação. Satanás não tenha
muitas vezes falado e agido diretamente Isso especiaimente com relação ao Filho de Deus,
ao qual tentou em pessoa (Mt 4) Ou pensemos no confronto com o arcanjo Miguel, com o
qual contendeu por causa do corpo de Moisés, como está escrito em Judas 9 Igualmente,
quando entrou de maneira atrevida até no santuário interior, para resistir ao sumo
sacerdote Josué (Zc 3) Mas de modo geral. Satanás depende de médiuns, especialmente
de doistipos como em Daniel, através de principes ou poderosos ou então em e através de
homens (comp Dn 10.13; Et 6 12; At 5 3)
2
Também B Keller, em seu livro "0 Apocalipse de João", segue essa linha ediz " será
possível reconhecer em qual das sele cabeças João deve ler visto a lerida mortal curada-7
Bem. ao menos a característica básica da besta (semelhante a leopardo, tanto em
Apocalipse 13 como Daniel 7 6) aponta para o terceiro império cilado por Daniel. que
aparece na quarta e quinta cabeças da besta E em 2 Tessalonicenses 2 4 Paulo descreve
o anticristo neotestamentário exatamente com as mesmas palavras que sáo utilizadas em
Daniel 11 36 para descrever Antíoco Epilânio no Antigo Testamento Já ali. na descrição de
Paulo, o anticristo dá a mnpressáo de ser Antíoco Epilàmo ressuscitado dentre os mortos
Isso combina perleitamente com a descrição do aparecimento do anticristo que Paulo
laz trés vezes nesse 2° capitulo da sua Segunda Epístola aos Tessalonicenses. versículos
1 -12. talando em revelação, o que de qualquer modo sigmlica que se torna visível algo que
já existia no mundo invisível De modo semelhante como em Lucas 17 30 também a
gloriosa volta de Cristo do além para este mundo é descn -ta como sua manifestação. '
3
A respeito escrevi em nosso tornai mensal "Chamada da Meia-Noite" de levereiro/82, na
página 12
Os nomes dos discípulos, como também os nossos, nào loram escritos no livro da vida
somente por ocasião da conversão, mas já constavam nele antes da fundação do mundo.
Pois Deus "deseja que iodos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento
da verdade " (1 Tm 2.4). Um perdido, porém, que reieitou Jesus Cristo conscientemente, ê
apagado do livro da vida Também dos vencedores o Senhor não diz que seu nome será
escrito, mas "... de modo nenhum apagarei o seu nome do livro da vida "(Ap 3 5)
Portanto, o procedimento é lustamenteo contrário o homem está inscrito no livro da vida;
mas seu nome é apagado quando ele passa ao largo de Jesus Cristo
A visão de Amnagedom
"Olhei, e eis uma nuvem branca, e sentado sobre a nuvem um
semelhante a filho de homem, tendo na cabeça uma coroa de ouro,
e na mão uma foice afiada. Outro anjo saiu do santuário, gritando
em grande voz para aquele que se achava sentado sobre a nuvem:
Toma a tua foice e ceifa, pois chegou a hora de ceifar, visto que a
seara da terra já secou. E aquele que estava sentado sobre a
nuvem passou a sua foice sobre a terra, e a terra foi ceifada. Então
saiu do santuário, que se encontra no céu, outro anjo, tendo ele
mesmo também uma foice afiada. Saiu ainda do altar outro anjo,
aquele que tem a autoridade sobre o fogo, e falou em grande voz ao
que tem a foice afiada, e ajunta os cachos da videira da terra,
porquanto as suas uvas estão amadurecidas. Então o anjo passou a
sua foice na terra e vindimou a videira da terra, e lançou-a no
grande lagar da cólera de Deus. E o lagar foi pisado fora da cidade,
e correu sangue do lagar até aos freios dos cavalos, numa extensão
de mil e seiscentos estádios" (Ap 14.14-20).
João tenta agora descrever essa nova visão, o indescritível que ele
vê, ou seja: a glória do Senhor que está voltando! Pois
quem poderia descrever Jesus Cristo, que virá como é — pois nós
o veremos como ele é! — em toda a sua glória e majestade?
Por isso João vê primeiro o seu poder em movimentação, e não a
ele mesmo: "Olhei, e eis uma nuvem branca, e sentado sobre a
nuvem um semelhante a filho de homem... "Ele está assentado
sobre uma nuvem branca, que o traz de volta para a terra em velo-
Mas não disse o Senhor Jesus de si mesmo em João 15.1, que ele
é a' 'videira verdadeira"? Como pode então Israel ser a videira, se
Jesus Cristo o é? Esse é justamente o fato maravilhoso, pois
exatamente esse fato duplo mostra a identificação do Senhor com
seus irmãos segundo a carne! O mesmo acontece com o nome
"servo”, que é aplicado tanto ao Senhor como também a Israel. Em
Isaías 41.8 está escrito: “Mas tu, ó Israel, servo meu, tu Jacô, a
quem elegi, descendente de Abraão, meu amigo..." Isso refere-se
claramente a Israel. Em Isaías 42.1 lemos, entretanto: "Eis aqui o
meu servo, a quem sustenho; o meu escolhido, em quem a minha
alma se compraz; pus sobre ele o meu Espirito..." Com a mesma
evidência, essas palavras referem-se a Jesus Cristo — portanto,
novamente essa identificação de Israel com o Senhor Jesus Cristo.
Que profunda tragédia é que eles ainda são exteriormente tão
separados!
"Vi no céu outro sinal..." (v. 1). Lembramos que João já viu dois
sinais: primeiro ele viu um sinal no céu: uma mulher vestida do sol
com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça,
etc. (cap. 12.1 ss). Então ele viu um segundo sinal: o dragão
vermelho, o diabo (cap. 12.3). Aqui ele vê agora um terceiro sinal,
do qual diz que é "grande e admirável". É esclarecedor que no
Plano de Salvação fala-se freqüentemente de três sinais: Moisés
recebeu três sinais da sua vocação; Gideão recebeu três sinais para
que sua fé fosse fortalecida; Saul recebeu três diferentes sinais
quando foi ungido rei. Em Mateus 24, o Senhor Jesus falou de três
sinais que indicarão sua volta: 1. O sinal do Filho do homem no céu.
2.0 sinal da figueira 3 O sinal do tempo
mar de vidro" (v. 2). Aqui temos novamente um símbolo, pois não se
trata de um mar de verdade, mas de algo que parece como que um
mar de vidro. Essa parábola nos faz lembrar do capitulo 4.6, onde
está escrito: "Há diante do trono um como que mar de vidro,
semelhante ao cristal. "Como um mar estende-se diante do trono de
Deus a superfície do céu, ou seja, o mundo das nações. Em
Apocalipse 4.6 ele é descrito como mar completamente
transparente, que se mantém calmo, pois um "mar de vidro” indica
uma massa compacta. Além disso, mostra-se que ele é atravessado
pela luz, como o cristal. O mar de vidro, o mar dos povos, apesar
das suas inquietações e guerras, tem que calar-se diante da face de
Deus (Is 41.1). Ele. o Eterno, já vê o mar dos povos, como
permanecerá sempre no futuro — quando o Senhor tiver voltado
para o estabelecimento do seu reino milenar — em elevada paz e
profunda tranqüilidade (Hc 2.20; Sf 1.7; Zc 2.13).
Mais uma vez muda o ângulo visual de João: ele recebe outra visão.
Ele vê a origem dos juízos de Deus e a última onda de juízos sobre
esta terra. Abre-se agora a parte interior do céu, o santuário; o
centro da habitação de Deus: "Depois destas cousas olhei, e abriu-
se no céu o santuário do tabernáculo do testemunho"(v. 5). Pela
primeira vez João fala do "santuário do tabernáculo do testemunho".
Se bem que no capitulo 11.19 ele já viu o céu aberto e no santuário
a arca da aliança com Israel, mas aqui trata-se do "santuário do
tabernáculo do testemunho". O que é isso? Quando o Deus
Onipotente deu a Moisés sobre o monte a incumbência de construir
o tabernáculo e seus utensílios, ele mesmo utilizou três vezes a
expressão "testemunho” (Êx 25.16,21,22). Nessa arca revestida de
ouro, foram então guardadas as tábuas em que Deus escreveu sua
sagrada Lei. Agora torna-se visível para João esse testemunho
divino. O céu abre-se e o testemunho, a Lei de Deus, volta-se contra
uma humanidade que rejeitou esses "testemunhos" da vontade de
Deus, e os últimos juízos de Deus derramam-se sobre ela. O
tabernáculo do testemunho é aberto, para derramar a cólera de
Deus sobre a humanidade culpada. Poderíamos formulá-lo também
assim: poderes invisíveis da eternidade estão transformando-se na
terra em grandiosos fatos de juízo.
Das profundezas do santuário saem sete anjos: "e os sete anjos que
tinham os sete flagelos saíram do santuário, vestidos de linho puro e
resplandecente, 6 cingidos ao peito com cintas de ouro" (v. 6). As
vestes dos anjos fazem surgir a pergunta, se trata-se de anjos-
sacerdotes. Mas isso é impossível, pois o Senhor não instituiu anjos
e sim homens, homens da tribo de Levi,
' ‘Então um dos quatro seres viventes deu aos sete anjos sete taças
de ouro, cheias da cólera de Deus, que vive pelos séculos dos
séculos. O santuário se encheu de fumaça, procedente da glória de
Deus e do seu poder, e ninguém podia penetrar no santuário,
enquanto não se cumprissem os sete flagelos dos sete anjos" (vv. 7-
8). Vimos nas explicações sobre o quarto capítulo (Volume I, pág
105ss) que os quatro seres viventes representam a jurisdição de
Deus. Deus vive de eternidade em eternidade, e sua cólera não
pode ser apagada sem o sacrifício substituto do Cordeiro de Deus.
Se lemos que o santuário se "encheu de fumaça, procedente da
glória de Deus e do seu poder", de maneira que “ninguém podia
penetrar no santuário", isso nos faz lembrar a consagração do
tabernáculo terreno. Em Êxodo 40 34-35 lemos que até Moisés, que
tinha visto a Deus face a face. não podia entrar na tenda da
congregação por causa da nuvem da glória de Deus. E quando mais
tarde foi consagrado o templo de Salomão, está escrito em 2
Crônicas 7, que a nuvem da glória do Senhor encheu a sua casa, de
modo que os sacerdotes não podiam entrar nela por causa dessa
glória do Senhor. Mas em Apocalipse 15 temos diante de nós o dia
da explosão da cólera de Deus. "O santuário se encheu de fumaça,
procedente da glória de Deus e do seu poder, e ninguém podia
penetrar no santuário. ” Poderia-se dizer: não se trata somente da
cólera, mas da cólera final de Deus, que aqui se descarrega: "...
ninguém podia penetrar no santuário, enquanto não se cumprissem
os sete flagelos dos sete anjos." Portanto, durante esses últimos
juízos, ninguém mais podia entrar no templo. Isso significa concreta-
mente: ninguém mais pode arrepender-se, ninguém mais
pode implorar por graça e exclamar: "Senhor, salva-me.” Por
isso: Hoje, se ouvires a sua voz, não endurece teu coração! Pois
hoje ainda podes implorar por graça. Hoje o santuário no céu
ainda não está fechado. Pelo contrário, pois em Hebreus 10.19-20
está escrito: "Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no
Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho
que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne." Aproxima-
te. porque em breve virá o momento em que esse santuário
será fechado pela glória do Senhor, de modo que ninguém
poderá mais entrar.
Introdução
"Ouvi, vinda do santuário, uma grande voz, dizendo aos sete an-ios:
Ide, e derramai pela terra as sete taças da cólera de Deus" (Ap
16.1).
lor..."
Apesar dos sete juízos dos selos e os sete juízos das trombetas já
terem sido terríveis as sete taças da cólera o são muito mais,
pois englobam a cólera completa de Deus, que não pode mais ser
impedida e derrama-se sobre a terra. O que as distingue das sete
trombetas, é o fato de que os sete anjos recebem uma ordem
conjunta. Simplesmente está dito: "Ide, e derramai pela terra as sete
taças da cólera de Deus", enquanto que nos capítulos 8 e 9 tem-se
a impressão que cada um dos sete anjos com as trombetas recebeu
uma ordem pessoal como, por exemplo, cada um dos quatro
cavalos no capítulo 6 recebeu a ordem de ir ou de vir. Mas aqui no
capítulo 16, uma única, alta ordem dá início às últimas pragas:
"Ide..." Eles devem ir, e um após o outro derramar as taças sobre a
terra. É como uma invasão. Chama a atenção que as primeiras
quatro taças da cólera correspondem exatamente aos efeitos das
primeiras quatro trombetas descritas no capitulo 8, obedecendo
também à mesma ordem. Façamos uma comparação com o
capítulo 8:
Assim foi também com o quarto juízo das trombetas (cap. 8.12).
todo ser vivente que havia no mar." Uma grande parte da cria-
"O quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe dado
queimar os homens com fogo. Com efeito, os homens se
queimaram com o intenso calor, e blasfemaram o nome de Deus
que tem a autoridade sobre estes flagelos, e nem se
arrependeram para lhe darem glória" (Ap 16.8-9).
Que então o sol causará tão terrível calor sobre a terra, prova ao
mesmo tempo algo maravilhoso: o Deus eterno mantém toda
a criação em suas fortes mãos. Mas quando o Senhor afasta
somente por um momento suas mãos que dirigem e
guardam, acontece o mais terrível juízo. Vejamos alguns fatos: todo
o Universo está exatamente balanceado, de modo que tudo
funciona com empolgante exatidão. Para que possa mesmo haver
vida na terra, devem ser cumpridas inúmeras condiçóes. Elas
são sincronizadas com tanta exatidão, que de modo nenhum
podem estar coordenadas por acaso. Quem tem uma idéia de
ciências naturais, sabe que no Equador a Terra gira em torno do seu
próprio eixo a uma velocidade de 1.600 km/h. Se ela o fizesse
somente com 160 km/h, nossos dias e nossas noites seriam
dez vezes mais longos do que agora. O calor solar em um dia tão
longo queimaria a vegetação; o que eventualmente
sobrevivesse, morreria de frio na longa noite. Que graça Deus, o
Senhor, nos concede através da sua exatidão matemática, fazendo
esquentar e esfriar sua criação — e com isso também a nós. O
próprio Sol, a fonte da nossa vida terrena, tem uma temperatura
superficial de aproximadamente 6.000° centígrados, e nossa Terra
es-
1
Segundo dados do serviço de saúde dos EUA. aumenta contmuamente o nú mero de
interrupções da gravidez legais nos Estados Unidos Desse modo. no anode 1979 foram
realizados mais de 1,2 milhões (')de abortos Isso significa, que para cada três crianças que
nascem, uma é morta Uma firma de ' containers' da California encontrou em um dos seus
"containers''. que lhe foi devolvido por uma clinica. 530 corpos de bebês abortados Os
corpos, que pesavam em média 1,5 quilos, tinham sido conservados em lormaldeído Junto
aos fetos encontravam-se os documenios de internação com os nomes das mâes e
outros dados médicos A policia de Los Angeles iniciou investigações."
A sexta taça da cólera
' 'Naquele dia procurarei destruir todas as nações que vierem contra
Jerusalém." E em Zacarias 14 2 lemos: "Porque eu ajun-tarei todas
as nações para a peleja contra Jerusalém; e a cidade será tomada,
e as casas serão saqueadas, e as mulheres forçadas; metade da
cidade sairá para o cativeiro, mas o restante do povo não será
expulso da cidade. "No capítulo 3 12, Joel diz que ‘ 'os povos se
levantarão e seguirão para o vale de Josafá'' Também essa
designação do vale é tanto local como típica: pois' 'Josafá" significa
"O Senhor julga” O vale de Josafá é idêntico a Armagedom, trata-se
do vale onde o Senhor julgará. Em Joel 3.14 lemos a respeito do'
‘vale da decisão'' (outras traduções dizem "vale do juízo''). Existem
ainda outras expressões A Sagrada Escritura é sempre muito exata
na utilização de nomes Os mesmos não significam nem demais nem
de menos. Por isso os nomes bíblicos são um grande auxílio para a
explicação de passagens bíblicas onde aparecem. No estudo da luta
do rei Josafá contra os filhos de Moabe e Amom e os do monte Seir,
quando Josafá recebeu a notícia de que grande multidão vinha
contra Jerusalém (2 Cr 20), vemos, por exemplo, que essa luta em
suas características bem especiais, assemelha-se totalmente à
de Armagedom. Pois também em 2 Crônicas 20 falhou toda a
capacidade guerreira humana. Mas Josafá começou a buscar o
Senhor e apregoou um jejum. O Senhor lhe deu ouvidos e
animou Josafá através do profeta. "... Não temais, nem vos
assusteis por causa desta grande multidão... Neste encontro não
tereis de pelejar; tomai posição, ficai parados, e vede o salvamento
que o Senhor vos dará, ó Judá e Jerusalém. Não temais nem vos
assusteis; amanhã saí-lhes ao encontro, porque o Senhor é con-
vosco. Então Josafá se prostrou com o rosto em terra; e todo o Judá
e os moradores de Jerusalém também se prostraram perante o
Senhor, e o adoraram"(2 Cr 20.15b, 17-18). O que aconteceu? ‘
‘Pela manhã cedo se levantaram e saíram ao deserto de Tecoa; ao
saírem eles, pôs-se Josafá em pé. e disse: Ouvi-me, ó Judá, e vós,
moradores de Jerusalém! Crede no Senhor vosso Deus, e estareis
seguros; crede nos seus profetas, e prospera-reis. Aconselhou-se
com o povo, e ordenou cantores para o Senhor, que, vestidos de
ornamentos sagrados, e marchando à
Por mais terrível que seja Armagedom, citamos mais uma vez as
palavras de Deus a respeito: ' 'Eu, porém constitui o meu Rei sobre
o meu santo monte Siâo." Nas duas palavras "Eu, porém" está
contida a resposta de Deus sobre Armagedom. Lá o orgulho do
homem terá atingido seu clímax, e entào terá chegado o momento
de Deus para desmascarar a Satanás e seus espíritos da mentira.
Então será solucionada para sempre a questão do domínio mundial
e Deus será justificado aos olhos de todos os seres viventes.
Cumprir-se-á a palavra do profeta Zacarias no capítulo 14.9: “O
Senhor será rei sobre toda a terra; naquele dia um só será o Senhor,
e um só será o seu nome.'' Então se calará o riso do homem e
começará o tempo de Deus rir. Pois a pedra — que Deus
transformou em pedra angular, mas que foi rejeitada pelos homens,
como está escrito no Salmo 118.22 — esmiuçará entào a obstinada
imagem das nações, que já Nabucodonosor viu em seu sonho
(comp. Dn 2). Deus dá seu tempo a todos — também a ti ele dá
tempo. Aparentemente podes fazer o que queres: podes rebelar-te
contra ele; podes rejeitar seu Filho Jesus Cristo — ele te deixa, pois
deixa que tudo amadureça para juízo. Ele deixa também que
Satanás, a besta e o falso profeta ajam livremente: ele permite a
livre ação dos espíritos imundos. Dessa maneira os homens não
têm desculpa. Também Satanás não terá motivos para acusar a
Deus, de que o restringiu em seu esforço de ganhar os homens para
si. Deus deixou Satanás agir livremente para tentar a Jó. Mas
quando então todos os povos estiverem reunidos para a peleja
naquele grande dia do Deus Todo-Poderoso, a paciência de Deus
terá acabado e acontecerá o último confronto entre o Cordeiro e a
serpente, entre Cristo e o anti-cristo, entre Deus e Satanás. Então a
vitória de Jesus obtida na cruz do Gólgota será exercida plenamente
contra todos os poderes das trevas Então Israel terá "Shalom”, isto
é, paz O que encontramos agora individualmente em pessoas em
poder e maldade, aparecerá aglomerado em Armagedom: todos os
poderes humanos e demoníacos estarão ali reunidos, ou seja: o
dragão, a besta, o falso profeta, os reis da terra, os espíritos
imundos. Eles marcharão para Armagedom com os mais terríveis
armamentos e os inventos mais desenvolvidos do espirito humano
— por exemplo, a bomba de nêutrons ou armas bacteriológicas e
outras armas terríveis. Lá se revelará a soma de toda a
capacidade humana. Deus permite que se chegue a esse clímax;
ele cala-se Mas então acabará definitivamente seu tempo de
silêncio. Cum-
‘ "Então derramou o sétimo anjo a sua taça pelo ar. e saiu grande
voz do santuário, do lado do trono, dizendo: Feito está. E
sobrevieram relâmpagos, vozes e trovões, e ocorreu grande
terremoto, como nunca houve igual desde que há gente sobre a
terra; tal foi o terremoto, forte e grande. E a grande cidade se dividiu
em três partes, e caíram as cidades das nações. E lembrou-se
Deus da grande Babilônia para dar-lhe o cálice do vinho do furor
da sua ira. Toda ilha fugiu, e os montes não foram achados;
também desabou do céu sobre os homens grande saraivada, com
pedras que pesavam cerca de um talento; e, por causa do flagelo da
chuva de pedras, os homens blasfemaram de Deus, porquanto o
seu flagelo era sobremodo grande " (Ap 16.17-21).
1 ‘As águas que viste, onde a meretriz está assentada, são povos,
existe uma igreja que leva o nome da cidade que ao mesmo tempo
lhe serve de trono?' ‘A mulher que viste é a grande cidade que
domina sobre os reis da terra" (v. 18). Isso é RomaI Mas não
se deve ver somente a igreja romana! Não, pois ao mesmo
tempo vemos como a igreja protestante (ou reformada), em seus
diferentes matizes, é cada vez menos capaz de resistir ao poder
de Roma. Pelo contrário, através do Conselho Mundial de
Igrejas ela aproxima-se cada vez mais. Realmente, a igreja mundial
unida toma formas cada vez mais claras. Mas ela é a mulher,
a grande Babilônia. Tanto mais precioso é que percebe-se um des-
pertamento espiritual justamente entre as pessoas católico-ro-
manas: muitos católicos perguntam hoje pela verdade e chegam a
Jesus. Disso resulta uma terrível contradição, sendo que dentro da
Igreja Católica — cuja doutrina é mentirosa — surge um grandioso
anseio de alguns pela verdade. Enquanto isso, nas igrejas
protestantes, reunidas em seus diversos matizes no Conselho
Mundial de Igrejas, que pensam ter a verdade, verifica-se um claro
desvio, ou seja, o afastamento de membros de Jesus Cristo. De
modo que, aqueles católicos que amam seu Salvador, são nossos
irmãos e irmãs em Jesus Cristo, e estão mais próximos de nós do
que os protestantes modernos e apóstatas. O que dizemos de
Roma vale, portanto, para o sistema, para a doutrina, mas não para
as ovelhas dentro dessa igreja, que procuram a Jesus e querem
seguí-lo. A essas dizemos: "Fugi de Babilônia, para não morrerdes
em suas maldades.” Deixem-me frisar: falo do cada vez mais forte
catolicismo político e da politização do Conselho Mundial de Igrejas.
Ambas as coisas andam juntas e são um anúncio de Armagedom
Pode-se vê-lo também da seguinte maneira: Armagedom lança suas
sombras diante de si! Pois. enquanto por um lado a Igreja Católica
perde cada vez mais em substância religiosa, por outro lado ela
ganha em força política e expansão. Pois onde existe uma igreja
que tanto aproveitou e aproveita a “política oportunista", adaptando-
se a qualquer forma de governo, como ela9 Mas não somente isso
A igreja romana tirou dos crentes o cálice de agradecimento e ao
invés disso deu-lhes o cálice das abominações ela substituiu o
sacrifício de Gólgota pelo sacrifício sem sangue da hóstia na missa
Ela colocou Maria, que foi repreendida por Jesus quando quis
imiscuir-se em sua obra (Jo 2), como rainha do céu em lugar do
único Intercessor e Mediador, etc. Não nos enganemos, apesar da
igreja romana não ser ainda membro do Conselho Mun-
dial de Igrejas: apesar disso ela será cada vez mais o fator
dominante desse bloco religioso Pois conforme a palavra profética,
segundo a qual a mulher receberá enorme poder político, devemos
esperar que a igreja romana, inclusive o Conselho Mundial de
Igrejas, experimentarão grandioso progresso, Esse fato em si é
abalador Consternados, porém, ficam os crentes que são obrigados
a assistir como a maioria da Igreja de Jesus não reconhe ce esse
terrível desenvolvimento, mas já segue o caminho dí mistura —
agora em nova lorma sob o lema de unificação ‘ evangelical'’. A
mulher, a grande meretriz, é também a cidade de Babilônia: “A
mulher que viste é a grande cidade que domina sobre os reis da
terra" (v. 18). A cidade de Babilônia é citada sete vezes no
Apocalipse, ou seja, em 14.8; 17.18; duas vezes em 18.10; 18.16;
18.19 e 18.21. Babilônia, a mulher imoral, é suficientemente
caracterizada pela própria interpretação dada no Apocalipse, pois
está assentada sobre sete montes (v. 9) e está embriagada com o
sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus (v.
6). Por isso, todos os mterpretadores da Escritura, que não se
entregaram a explicações alegóricas, disseram unanimemente
desde o princípio da cristandade. através de todos os séculos e em
todas as confissões: a mulher. Babilônia, é uma figura da cidade de
Roma, e Roma é o Império Romano. Até que ponto ela se refere
exclusivamente a Roma, as opiniões divergem. Os católicos e
alguns racionalistas entendem que se trata da antiga Roma pagã. A
igreja evangélica ensina que se trata da Roma que se tornou mais
tarde cristã, ou seja, da Roma papal . As razões para a última
opinião são: 1 Não se pode tratar da antiga Roma, pois a profecia
do Apocalipse não foi cumprida nela. 2. A Roma que tornou-se mais
tarde cristã, desde o seu desvio do Evangelho (eu repito) tem todas
as características que o Apocalipse atribui a Babilônia Trata-se
ainda da antiga cidade de sete colinas que domina o mundo,
somente que agora estende seus braços mais longe que a antiga
domínadora mundial pagã. Todo o mundo, assim ensina-se em
Roma, é destinado à igreja cristã: Roma é a igreja-mãe, mestra e
regente de toda a igreja cristã. Roma exige obediência completa não
somente em assuntos espirituais, mas indiretamente também em
assuntos mundanos (Ap 17.18). Roma nunca desistiu desse objetivo
final. Nàoé por acaso que o amável papa viaja por todo o mundo. De
acordo com a palavra profética, ainda assistiremos no futuro a um
grandioso avanço de Roma. Isso acontece em conjunto com a umfi-
1
Ainda me recordo do dia 10 de maio de 1940 na Holanda de repente chegaram os alemães
— veio ainda diante de mim os, naquela época, grandes aviões aos nossos olhos e os pára
quedistas Os holandeses toram impotentes Se bem que eles lutaram homem contra
homem, isso de nada adiantou, pois a supremacia era excessiva O país loi literalmente
atropelado, e depois de cinco dias tudo tinha acabado
0 desdobramento do império romano-
anticrístão
' '0 anjo, porém, me disse: Por que te admiraste? Dir-te-ei o mistério
da mulher e da besta que tem as sete cabeças e os dez chifres, e
que leva a mulher: A besta que viste, era e não é, está para emergir
do abismo, e caminha para a destruição. E aqueles que habitam
sobre a terra, cujos nomes não foram escritos no livro da vida desde
a fundação do mundo, se admirarão, vendo a besta que era e não é,
mas aparecerá. Aqui está o sentido, que tem sabedoria: As sete
cabeças são sete montes, nos quais a mulher está sentada. São
também sete reis, dos quais caíram cinco, um existe, e o outro ainda
não chegou: e, quando chegar, tem de durar pouco. E a besta que
era e não é, também é ele, o oitavo rei, e procede dos sete, e
caminha para a destruição. Os dez chifres que viste são dez reis, os
quais ainda não receberam reino, mas recebem autoridade como
reis, com a besta, durante uma hora. Têm estes um so pensamento,
e oferecem à besta o poder e a autoridade que possuem. Pelejarão
eles contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, pois é o Senhor dos
senhores e o Rei dos reis: vencerão também os chamados, eleitos e
fiéis que se acham com ele. Falou-me ainda: As águas que viste,
onde a me-retriz está assentada, são povos, multidões, nações e
línguas. Os dez chifres que viste e a besta, esses odiarão a
meretriz, e a farão devastada e despojada, e lhe comerão as carnes,
e a consumirão no fogo. Porque em seus corações incutiu Deus
que realizem o seu pensamento, o executem àumae dêem à besta
o reino que possuem, até que se cumpram as palavras de Deus.
A mulher que viste é a grande cidade que domina sobre os reis
da terra" (Ap 17.7-18).
Deus: "... até que se cumpram as palavras de Deus" (v. 17). Disso
faz parte o desdobramento do império mundial descrito nos
versículos anteriores. Um anjo explica ao espantado João, que não
consegue compreender a visão em sua forma compacta e terrivel, o
que significa tudo aquilo que viu: "A mulher que viste é a grande
cidade que domina sobre os reis da terra"(v. 18). Isso é, como já
vimos no capitulo anterior, o império mundial de Roma com o
anticristo na liderança, que é o grande adversário de Deus. O que é
na verdade a essência desse último império mundial? Somente
podemos entender isso quando retornamos à sua origem. Pois ela
tem algo misterioso na sua fronte: "Na sua fronte achava-se escrito
um nome. mistério: BABILÔNIA, A GRANDE, A MÃE DAS
MERETRIZES E DAS ABOMINAÇÕES DA TERRA" (v. 5). A origem
de Babilônia, ou seja.de Babel, encontra-se no passado cinzento.
Na Bíblia ela é cilada pela primeira vez apôs o dilúvio em Gênesis
10.8-10: "Cuxe gerou a Ninrode, o qual começou a ser poderoso na
terra. Foi valente caçador diante do Senhor; dai dizer-se: Como
Ninrode. poderoso caçador diante do Senhor. O principio do seu
reino foi Babel. ..’’Em Gênesis 11 temos então a união dos povos,
da humanidade, com o objetivo de construir em Babel uma torre
cujo lope chegasse aos céus. Ninrode foi, portanto, o fundador do
império babilônico Qual era sua origem’’ Ele era um neto de Cão.
Mas Cão foi o filho que Noé amaldiçoou. O império de Ninrode foi
"Bab-el ”, o que significa ’ ‘porta dos deuses" — ou seja, idolatria no
lugar de culto verdadeiro; Satanás no lugar de Deus Ninrode era
inspirado satanicamente. “Bab-el" não era consagrada ao Deus de
Noé, Sem e Jafé. É esclarecedor como o Targum de Jerusalém
traduz Gênesis 10 8-9: "Ninrode foi o mais poderoso rebelde
contra Jeová que jamais existiu no mundo. ” O Targum de Jerusalém
é uma versão muito antiga do texto hebraico para a língua aramaí-
ca e era utilizado especialmente pelos velhos rabinos nas
sinagogas. Nessa versão explica-se que Ninrode era poderoso
em pecar diante da face de Deus; que caçava homens (por isso a
designação "caçador"), instigando-os a abandonarem o conselho de
Sem, o filho crente de Noé, e a segui-lo. O significado hebraico de
"Babel” é outro, ou seja, "confusão", porque Deus terminou com os
esforços blasfemos da humanidade de então sob a liderança de
Ninrode. Esclarecedor é o motivo da construção dessa torre: os
homens queriam tornar célebre o seu nome! Além disso. eles
também não queriam mais espalhar-se por toda a terra.
da raia. rate sèo. corra tado LMo. restore (ou «ata antes
dotam lormae da governo Si quatãcmãmomoo a ra naquate
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Sate «au trono a grands aut dar o aau rmra a grar agsa
Katoaamania na i nvai am rama da Satar dau à terra am dja
saa que meamo os vãos n( maré «ababota do ante dados nos
pet da mag
O primeiro sinal que nos leva a crer que o anticristo já está entre
nós, é o falso profetismo mundial com todas as suas
variações: desde a ‘ ‘teologia ” moderna, que prega que " Deus está
morto", até ao ensino de que a alma ‘dorme’' após a morte Em
nossos dias, esse falso profetismo grita cada vez mais alto. Em
palavras concretas o falso profetismo representado no
protestantismo ganha em poder religioso
“Os dez chifres que viste são dez reis, os quais ainda não
receberam reino, mas recebem autoridade como reis, com a besta,
durante uma hora. Têm estes um só pensamento, e oferecem
à besta o poder e a autoridade que possuem. Porque em seus
corações incutiu Deus que realizem o seu pensamento, o executem
à uma e dêem à besta o reino que possuem, até que se cumpram
as palavras de Deus" (cap. 17.12-13, 17). Por duas vezes é utilizada
aqui a palavra "pensamento”. Realiza-se, portanto, uma união
sobrenatural, sinistra, uma concentração de poder mundial como
nunca antes existiu, em cuja liderança estará a besta. Mas seu
tempo é limitado! “Durante uma hora”, dizover-sículo 12. Os dez
reis, os vassalos da besta, são portanto administradores do Império
Romano e têm “um só pensamento" (v. 13). Os contrastes políticos,
ideológicos, racistas e culturais serão então deixados de lado. Os
governantes do organismo formado pelas dez formas de Estado são
todos unidos em seu ódio contra o Cordeiro. Pode-se compará-lo
com a unidade das na-çOes árabes: se bem que são cronicamente
desunidas entre si. elas são unidas em seu ódio contra o povo de
Israel; contra o po-
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artigos sobre as profecias e seu cumprimento em nossos dias, além de análises bíblicas
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Escreva-nos se você tiver perguntas dc noiurezo ospmiual, se Be. quiser saber mais sobro a salvação ern Cristo Josus, desejar exemplares de amostra
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CRISTO
Cartas de leitores a respeito dos volumes anteriores:
Mateus 25.6
A.E. de Portugal: “Tenho estado a ler o “Apocalipse de Jesus Cristo”
de Wim Malgo. recebendo conforto, iluminação e ajuda espiritual de
todos os tipos, e a todos os níveis, como nunca recebi em nenhum
comentário ao Apocalipse."
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