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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - UFBA

FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS - FFCH


SUPERINTENDÊNCIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – SEAD
NÚCLEO DE ESTUDOS INTERDISCIPLINARES SOBRE A MULHER - NEIM
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS

Disciplina: Estado, Sociedade e Direitos Humanos


Docente: Márcia Barreiros
Discente: Luci Elza Nascimento
Polo: Camaçari

Resenha Crítica

HEILBORN, M. L., ARAÚJO, L., BARRETO, Temas e questões: o surgimento da cidadania:


módulo IV (orgs.). In: Estado, sociedade e cidadania: O direito como instrumento de
transformação social. CEPESC; Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres, 2010.

HEILBORN, M. L., ARAÚJO, L., BARRETO, A. Gestão de Políticas Públicas em Gênero e


Raça/GPP – GeR: módulo IV (orgs.). In: Estado, sociedade e cidadania: O direito como
instrumento de transformação social. CEPESC; Secretaria de Políticas Públicas para as
Mulheres, 2010.

Maria Luiza Heilborn autora dos textos: Temas e questões: o surgimento da cidadania e O
nascimento do direito e o desenvolvimento da sociedade, que está dividido em duas partes: do
Antigo Egito à Roma Imperial, do Brasil Colônia aos dias atuais, apresentado no Módulo IV
do Curso de Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça (GPP-GeR) tevepor objetivo
instrumentalizar gestores para intervenção nos processos de concepção, elaboração,
implementação, monitoramento e avaliação dos programas e ações, de forma a assegurar a
transversalidade e a intersetorialidade de gênero e raça nas políticas públicas.

Maria Luiiza Heilborn é Historiadora, Mestre e Doutora em Antropologia Social pelo Programa
de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional/UFRJ (PPGAS/MN/UFRJ).
pós-doutora pelo Institut National d'Études Démographiques (INED), França. Professora
Associada do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro
(IMS/UERJ). Sua atuação privilegia estudos sobre gênero, sexualidade, família e juventude,
agora dedica-se ao tema do suicídio e dos limites da vida.

Heilborn delineia que a existência da cidadania tem como marco a Revolução Francesa que
define a existência de uma nova classe, a burguesia que para se manter em tal posição precisa
lutar, a qual está vinculada aos princípios de igualdade, liberdade e fraternidade.

Assim sendo, liberdade, igualdade e fraternidade tiveram um caráter inicial vinculado aos
interesses daquela classe que dirigiu a Revolução Francesa, bem como as revoluções da Idade
Moderna (séculos XV a XVIII): a burguesia.

E na Idade Moderna estas premissas se traduz na distribuição de poderes políticos em três partes
independentes e equivalentes: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Esses três poderes
devem interagir de forma equilibrada para que o jogo democrático-republicano possa ser levado
a cabo.

A chamada burocracia estatal do Estado Moderno, o fundamento do poder passa a ser o povo
que dá margem ao fenômeno político chamado de Revolução Industrial que marca a entrada da
humanidade naquilo que denominamos história contemporânea.

Na Idade Contemporânea surge uma nova classe o proletariado e mudanças sociais e


econômicas que fraternidade, igualdade e liberdade formais e a desigualdade e carência de
direitos reais da massa proletária passam a ter visibilidade.

Na medida que estes trabalhadores passam a lutar por seus direitos: ao voto, o direito à
organização sindical, a limitação da jornada de trabalho, o direito às férias, percebe-se que a
cidadania moderna e a sua real limitação na sociedade burguesa capitalista A busca pela
efetivação dos direitos resultou na constituição de uma força política que os motivou a disputar
o poder de Estado, e isto se deu através de diferentes formas de contestação seja pela Comuna
de Paris, a derrota do nazi fascismo na Segunda Guerra Mundial, a Revolução Russa, o festival
de Woodstock, (EUA), a Revolta da Juventude Francesa de maio de 1968, o movimento Black
Power, Revolução Cultural Maoísta e a Revolução Cubana.
Estes movimentos fazem com que o mundo capitalista passe a considerar a nova realidade de
direitos e cidadania, que motiva a conquista de direitos civis para trabalhadores, sobre a posse
da terra e direitos às mulheres que antes não existiam, criação de uma rede de serviços públicos
e de proteção social, como o sistema de educação e saúde públicas e o seguro-desemprego,
incorporação de significativos setores das camadas médias a um novo patamar de consumo e
de escolaridade, somado à entrada definitiva da mulher no mercado de trabalho, provocou a
contestação, por parte de setores jovens dessas camadas, ao modelo de sociedade consumista e
ao modelo da família patriarcal tradicional.

Assim, todos estes movimentos sociais permitiram que fosse forjado canais institucionais para
viabilizar uma gestão democrática e participativa, surgem novas perspectivas de organização
do Estado e tais perspectivas apresentadas se devem a formação de diferentes grupos humanos
que que através de diferentes ferramentas permitiram o nascimento e a evolução do direito, as
noções, os conceitos que consolidam o Direito como instrumento para transformação social.

No texto seguinte, O nascimento do direito e o desenvolvimento da sociedade, Heilborn


apresenta como se deu esta transformação social, a princípio do Egito Antigo à Roma Imperial
interstício de tempo em que o poder pertencia a poucos, e que grupos hoje consideradas
minorias (negros, mulheres) nesta época não tinham direitos sobre eles mesmos. O Direito surge
instrumento para atender um público específico, como forma de organização proteção daqueles
que detinha mais bens acumulados pelo trabalho escravo realizado por outros.

E mesmo decorrido tanto tempo, é fato que o direito abrange diferentes necessidades da
sociedade atual e ser imprescindível para manutenção da ordem e das coisas, o que demonstra
que sua evolução está associada à evolução de toda uma sociedade e seu nascimento se dá a
partir do interesse de uma classe, no geral, a dominante em detrimento de outra, visando definir
regras que proporcionem a defesa e conservação deste poder.

No percurso histórico do nascimento dos direitos sociais no Brasil há a presença marcante de


Portugal desde o descobrimento até a proclamação da nossa independência. A diretrizes do que
temos hoje foi traçada com a elaboração da Constituição Brasileira 1889 e desde então foram
promulgadas seis Constituições.
È importante destacar que todas ela há a clara representação do contexto econômico, social e
político de cada época. Mesmo após vinte longos anos de ditadura deu-se partida à
redemocratização. Partidos políticos, movimentos populares impeliram para o processo que
culminou na Constituição de 1988, promulgada como a Constituição Cidadã, cujo modelo
democrático, o Estado deixa de apenas garantir a igualdade e as liberdades formais, e passa a
ser uma ferramenta no enfrentamento dos problemas sociais.

O que se observa neste contexto é que cidadania se dá como o nascimento de direitos e estes,
como exposto, foram construídos com a participação das pessoas e estas manifestações
demonstram se extremamente importante para garantia de direitos daqueles que sempre foram
excluídos (mulheres, negros, povos e comunidades tradicionais, idosos, crianças, LGBT...). É
a cobrança por uma postura dialógica e democrática que se amplia direitos e que sejam
elaboradas leis que atendam às especificidades daqueles grupos a que se destina.

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