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Diretrizes para Análise de Projetos de Acessibilidade em Calçadas:

Nova norma acessibilidade 9050/2015.

Devido às mudanças na norma de Acessibilidade a Edificações, Mobiliário, Espaços e


Equipamentos Urbanos – NBR 9050/2015 –, foi elaborado o seguinte roteiro para auxiliar as
análises dos projetos de pavimentação, calçamento e demais espaços urbanos.

Observação Inicial:
A NBR 9050/2015 estabelece os critérios que, se atendidos, garantem acessibilidade
para edificações e equipamentos urbanos. A Norma “visa proporcionar a utilização de maneira
autônoma, independente e segura do ambiente, edificações, mobiliário, equipamentos urbanos
e elementos à maior quantidade possível de pessoas, independentemente de idade, estatura
ou limitação de mobilidade ou percepção”.

Com essa observação, propõe-se o seguinte procedimento para a análise dos projetos
encaminhados ao PARANACIDADE.

Primeiramente, devem-se verificar as condições físicas do sítio. Em caso de “condição


ou conjunto de condições físicas ou legais que possam impedir a adaptação de edificações,
mobiliário, equipamentos ou elementos à acessibilidade” (p. 4), existe o caráter de
impraticabilidade de adaptação e utilização da norma. Essas condições de impraticabilidade
serão expostas a seguir.

A norma deve ser utilizada nas vias que permitam rota acessível, definidas como:
Trajeto contínuo, desobstruído e sinalizado, que conecte os ambientes externos ou internos de
espaços e edificações, e que possa ser utilizado de forma autônoma e segura por todas as
pessoas, inclusive aquelas com deficiência e mobilidade reduzida. A rota acessível pode incorporar
estacionamentos, calçadas rebaixadas, faixas de travessia de pedestres, pisos, corredores,
escadas e rampas, entre outros (p. 5)

Inclinações:
A primeira condição a ser analisada é a inclinação longitudinal das vias. Conforme
estabelece a norma, a inclinação longitudinal da faixa livre (passeio) das calçadas ou das vias
exclusivas de pedestres deve sempre acompanhar a inclinação das vias lindeiras (p. 74). Toda
“inclinação da superfície de piso, longitudinal ao sentido de caminhamento, com declividade
igual ou superior a 5%” (p. 5) é considerada rampa e como tal, deve obedecer às
especificações do item 6.6 Rampas (p.58).

De maneira geral, rotas com inclinação longitudinal inferior a 5% não são consideradas
rampas e se encontram na característica de rotas acessíveis (as outras considerações para
essa característica serão apresentadas adiante). Nesses casos, a norma recomenda que seja
prevista área de descanso, fora da faixa de circulação, a cada 50m para vias com 3% de
inclinação e a cada 30m para vias com inclinação entre 3% e 5%. A área de descanso deve
estar junto à via de circulação e ser dimensionada para permitir manobra de cadeira de rodas –
no mínimo 1,2m x 1,5m.

Ressalta-se que para os passeios serem considerados rotas acessíveis, sem maiores
intervenções, eles devem possuir inclinação longitudinal inferior a 5% e transversal inferior a
3%. A norma é evasiva com relação à implantação de rampas e faixas elevadas nos passeios
com inclinações iguais ou superiores a 5%. No entanto, por inferência, consideramos esses
passeios com característica de rampa rota inacessível. Para intervenções no sentido de torná-
los acessíveis em conformidade com a Norma, são necessárias obras para implantação de
rampas (com inclinação e áreas de descanso, guias, guarda-corpo e corrimãos, em
conformidade com o item 6.6). Nos casos em que sejam impraticáveis essas adequações, os
passeios não poderão ser considerados acessíveis pela Norma.

A norma não exige que essas vias sejam acessíveis, ela estabelece os critérios para
garantir a acessibilidade. A exigência pela condição de acessibilidade está presente nas
legislações municipais e nos critérios de elegibilidade do PARANACIDADE.

Observação:
Em decorrência da baixa inclinação de 5% como critério de acessibilidade e a
impraticabilidade de adequar os passeios com os equipamentos das rampas, propõe-se utilizar
o critério de inclinação inferior a 8,33% (1:12) para a inclusão de rampas ou travessias
elevadas nas esquinas e demais pontos de travessias de pedestres. Essa condição não
garante acessibilidade global, mas é uma medida de bom-senso na execução.
Todas as calçadas com inclinação superior a 8,33% são impraticáveis para a
acessibilidade e não precisam de rampas. Porém, ressalta-se que a análise deve ser criteriosa
para levantar todas essas condições satisfatoriamente para retirar rampas dos projetos.
Passeios com inclinação longitudinal inferior a 5% (NBR 9050-15) e 8,33% (critério
PARANACIDADE):
Os passeios devem seguir a inclinação das vias. Os passeios devem possuir no
mínimo 1,20m de largura para serem consideradas rotas acessíveis. O padrão do
PARANACIDADE é de 1,50m e deve ser utilizado sempre que possível, desde que legislação
municipal não exija largura mínima superior. Em casos de exceção, a largura mínima não pode
ser inferior a 1,2m.
Quando houver obstáculos na área de circulação, a largura mínima de passagem deve
ser de 80cm para obstáculos inferiores a 40cm de extensão e de 90cm para obstáculos
maiores.

Aspectos de Projeto:

A NBR 9050/15 estabelece proteção contra queda ao longo de rotas acessíveis (item
4.3.7). De acordo com a norma:
Devem ser previstas proteções laterais ao longo de rotas acessíveis, para impedir que
pessoas sofram ferimentos em decorrência de quedas.
Quando uma rota acessível, em nível ou inclinada, é delimitada em um ou ambos os
lados por uma superfície que se incline para baixo com desnível igual ou inferior a 0,60 m,
composta por plano inclinado com proporções de inclinação maior ou igual a 1:2, deve ser
adotada uma das seguintes medidas de proteção:
a) implantação de uma margem lateral plana com pelo menos 0,60 m de largura antes
do início do trecho inclinado, com piso diferenciado quanto ao contraste tátil e visual de
no mínimo 30 pontos, aferidos pelo valor da luz refletida (LRV), conforme 5.2.9.1.1 e
conforme indicação A da Figura 01; ou
b) proteção vertical de no mínimo 0,15 m de altura, com a superfície de topo com
contraste visual de no mínimo 30 pontos, medidos em LRV, conforme 5.2.9.1.1, em
relação ao piso do caminho ou rota, conforme indicação B da Figura 10.

Quando rotas acessíveis, rampas, terraços, caminhos elevados ou plataformas sem


vedações laterais forem delimitados em um ou ambos os lados por superfície que se incline
para baixo com desnível superior a 0,60 m, deve ser prevista a instalação de proteção lateral
com no mínimo as características de guarda-corpo, conforme indicação C da Figura 01.
Figura 01: proteção em rotas acessíveis

Modelos de Rampas e travessias:


Para as travessias de pedestres, foram previstos 6 modelos que podem ser utilizados. A
definição do tipo do modelo depende das condições do sítio.

MODELO 01: TRAVESSIA ELEVADA


Em vias estreitas, com passeio de 120 cm, nas quais é impossibilitada a implantação de
rampas, a norma estabelece a implantação de faixas elevadas e piso tátil conforme a figura XX.
O padrão da travessia elevada deve seguir as diretrizes da Resolução n° 495, de 5 de Junho
de 2014.
Figura 02 – Travessia Elevada em vias estreitas com passeio de 1,2m

MODELO 02: RAMPA EM CALÇADA ESTENDIDA


Em vias largas, com passeio de 120 cm, a implantação de rampa deve ser feita em
calçada estendida para manter a largura de 120cm livre de circulação e piso tátil conforme a
figura 03.

Figura 03 – Rampa em calçada estendida


MODELO 03: RAMPA EM CALÇADA ESTENDIDA – MEIO DE QUADRA
Em vias largas, com passeio de 120 cm, a implantação de rampa deve ser feita em
calçada estendida para manter a largura de 120 cm livre de circulação e piso tátil conforme a
figura 04. A extensão pode ser realizada sobre faixas de estacionamento ou canteiro.

Figura 04 – Rampa em calçada estendida – meio de quadra

MODELO 04: RAMPA EM CALÇADA LARGA


Em vias largas, com passeio de no mínimo 300 cm, a implantação de rampa deve ser
feita de modo a manter a largura de 120 cm livre de circulação e piso tátil conforme a figura 05.

Figura 05 – Rampa em calçada de larga superior a 300 cm


MODELO 05: RAMPA EM CALÇADA LARGA COM CANTEIRO
Em vias largas, com passeio de no mínimo 300 cm, a implantação de rampa pode ser
feita na largura da faixa, sem as abas laterais, confinada entre canteiros, mantendo a largura
de 120 cm livre de circulação e piso tátil conforme a figura 06.

Figura 06 – Rampa em calçada com obstáculos próximos às bordas

MODELO 06: RAMPA EM CALÇADA DE 150 CM


Em vias estreitas, com passeio de 150 cm, a implantação de rampa pode ser feita no
sentido do passeio, com piso tátil conforme a figura 07.

Figura 07 – Rampa em calçada de largura igual a 150cm ou superior


Piso tátil:
Não há especificações sobre largura de piso tátil. A orientação é manter as
especificações da NBR 9050/2004. Nas rampas, manter a distância mínima de 50cm do piso
de alerta até a via de circulação.
Para obstáculos na área de circulação, utilizar piso tátil de alerta para todos os casos
que excetuarem as condições presentes na figura 08:

Figura 08 – Mobiliário em rota acessível

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