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DE MATERIAIS METÁLICOS 2
Fabiano Dienstmann
Lucimari Levandoski
“Temperabilidade dos Aços comuns SAE 1045 x Aços ligados SAE 4340.”
São Leopoldo
2016
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 5
2 OBJETIVOS ..................................................................................................... 6
3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL................................................................10
4 RESULTADOS ............................................................................................... .14
5 CONCLUSÃO ................................................................................................ .15
6 REFERÊNCIAS .............................................................................................. .16
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1 INTRODUÇÃO
3
Figura 1. Ensaio Jominy esquemático: (a) Ensaio; (b) Curva de Dureza x Distância.
O aço SAE 1045 (médio teor de carbono) utilizado no ensaio, é um aço para
beneficiamento com temperabilidade baixa, ou seja, baixa penetração de dureza na
seção transversal, não se recomendando seu uso para seções superiores a 60 mm.
Possui uma boa relação entre resistência mecânica e resistência à fratura. É
utilizado em geral com durezas de 180 a 300 HB. Para grandes seções utilizar o
tratamento térmico de normalização. É utilizado na fabricação de componentes de
uso geral onde seja necessária uma resistência mecânica superior a dos aços de
baixo carbono convencionais. Aplicado principalmente em eixos em geral, pinos,
cilindros, ferrolho, parafusos, grampos, braçadeiras, pinças, cilindros, pregos,
colunas, entre outros. A tabela 1 abaixo apresenta a composição química do aço
SAE 1045.
Aço C Si Mg P S Cr Ni Mo
SAE 0,43 %- 0,15%- 0,30%- 0,03% 0,05% - - -
- - -
1045 0,50 % 0,35% 0,60% máx máx
Tabela 1: Composição química do aço SAE 1045.
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E o aço SAE 4340 (médio teor de carbono), também utilizado no ensaio, é
um aço para beneficiamento com elevada temperabilidade, ligado ao cromo-níquel-
molibdênio, utilizado na fabricação de diferentes componentes mecânicos, inclusive
com seções espessas, quando se deseja uma combinação de resistência mecânica
média e resistência à fratura. Também possui elevada resistência à fadiga, é
aplicado em componentes para sistemas mecânicos, principalmente estruturais,
onde se necessita uma homogeneidade de dureza ao longo da seção transversal
em pequenas ou grandes seções. Suas principais aplicações são: eixos,
engrenagens, engrenagens planetárias, colunas, mangas e cilindros. O aço SAE
4340 deve ser realizado na temperatura mínima de 900ºC e máxima de 1220ºC. A
tabela 2 abaixo apresenta a composição química do aço SAE 4340.
Aço C Si Mg P S Cr Ni Mo
SAE 0,38%- 0,15%- 0,60%- 0,03% 0,04% 0,70%- 1,65%- 0,20%-
4340 0,43% 0,35% 0,80% máx máx 0,90% 2,00% 0,30%
Tabela 2: Composição química do aço SAE 4340.
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2 OBJETIVOS
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3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
A aula prática foi iniciada pelo laboratorista que já havia preparado os corpos
de prova dos aços SAE 1045 e do SAE 4340, conforme a norma ASTM A 255,
que foram utilizados no ensaio de Temperabilidade Jominy. Os corpos de prova
foram colocados em um forno Mufla (Brasimet), numa temperatura na faixa de
900ºC, durante um período de 30 minutos, para ocorrer o processo de
transformação do aço, chamada temperatura de austenitização, quando é
formada a austenita que é o ponto de partida para vários tratamentos térmicos.
Após esse período os corpos de prova foram retirados do forno, com o auxílio de
luvas e de uma tenaz, pelo próprio laboratorista, e colocados, um de cada vez,
no dispositivo Jominy, para ocorrer o TT de têmpera, onde receberam um jato
de água, de um tubo de 10 mm de diâmetro colocado pouco abaixo de sua
base, regulado a uma pressão correspondente a altura livre de 65 mm, durante
aproximadamente 15 minutos, que foi o tempo necessário para o resfriamento
total do corpo de prova.
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Imagem 1: Corpos de prova com corte transversal de aço SAE 1045 e de aço SAE 4340.
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Imagem 3: Ensaio de Temperabilidade Jominy com um corpo de prova após saída do forno mufla.
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Imagem 5: Equipamento Durômetro Rockwell C utilizado no ensaio de dureza.
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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
57,7 0 59,6 0
56,2 2 48,4 2
56,5 4 43,9 4
56,1 6 30,2 6
55,3 8 28,2 8
54,7 10 28,1 10
53,4 12 26,7 12
51,9 14 24,7 14
49,8 16 23,7 16
47,4 18 23,7 18
45,8 20 22,3 20
44,9 22 23,5 22
43,6 24 21,5 24
42,3 26 19,9 26
41,4 28 19,7 28
40 30 20,4 30
40,7 32 19 32
37,9 34 17,3 34
39,4 36 16,8 36
38,8 38 16,2 38
39,3 40 15,3 40
37,6 45 Tabela 4: Resultados do ensaio do aço SAE 1045.
37,3 50
35,8 55
36,4 60
35,9 65
36,9 70
Tabela 3: Resultados do ensaio do aço SAE 4340.
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Com esses resultados, conseguimos construir as curvas de temperabilidade
destes dois materiais, conforme mostra o gráfico 1 abaixo:
70 Temperabilidade Jominy
D
60
u
r 50
e
z 40
a
30 AÇO SAE 4340
(
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 45 50 55 60 65 70
Profundidade Jominy (mm)
Gráfico 1: Resultado do ensaio de temperabilidade Jominy ( Dureza x Profundidade) de aços SAE 1020 x SAE 4340.
Através deste gráfico podemos observar que a dureza média cai de acordo
com a profundidade do corpo de prova, isto porque quanto mais se aprofunda o
material, mais lenta se torna a taxa de resfriamento e como consequência diminui a
formação de martensita e aumenta a formação de ferrita e cementita. Podemos
perceber também que o aço SAE 4340 mesmo sendo um aço de menor
concentração de carbono que o SAE 1045, tem maior temperabilidade, portanto
mantém seus níveis de dureza relativamente altos enquanto comparado ao longo
da seção resfriada, isso se deve ao fato de que o SAE 4340 possui em sua
composição elementos de liga (Mn, Mo, Cr, Ni) que aumentam a temperabilidade
dos materiais, pois funcionam como elementos estabilizadores, retardando as
curvas de formação de ferrita e bainita. A partir disso concluímos que a
temperabilidade dos aços é afetada pelo teor de carbono em sua composição, mas
o fator que mais influi na temperabilidade do material é a adição de elementos de
liga. É possível visualizar visualizar a mudança da microestrutura de a cordo com a
teperabilidade nas imagens de 6 a 15 a seguir.
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Imagem
Imagem 6: Microestrutura aço SAE 1045 2mm da borda Imagem 11: Microestrutura aço SAE 4340 2mm da borda
Imagem 7: Microestrutura aço SAE 1045 6mm da borda Imagem 12: Microestrutura aço SAE 4340 6mm da borda
Imagem 8: Microestrutura aço SAE 1045 10mm da borda Imagem 13: Microestrutura aço SAE 4340 10mm da borda
Imagem 9: Microestrutura aço SAE 1045 18mm da borda Imagem 14: Microestrutura aço SAE 4340 18mm da borda
Imagem 10: Microestrutura aço SAE 1045 60mm da borda Imagem 15: Microestrutura aço SAE 4340 60mm da borda
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Através das imagens metalográficas contidas na página 13 foi possível
visualizar a alteração da microestrutura ao longo da superfície das mostras de aço
SAE 1045 e SAE 4340, onde é possível observar a presença predominante de
martensita em suas microestruturas até determinada profundidade das amostras,
até o ponto em que se observa a presença de bainita onde a profundidade da
têmpera “termina”. Essa profundidade de têmpera foi comprovada através de
ensaio de dureza ao longo da amostra conforme citado anteriormente.
É possível também confrontar os valores de dureza medidos com a microestrutura
apresentada, pois o valor de dureza muda significativamente quando ocorre a
mudança da microestrutura. A mudança mais significativa foi observada na
microestrutura do aço SAE 1045, onde foi possível verificar a mudança de sua
microestrutura em uma pequena profundidade da peça, diferente da microestrutura
da amostra de aço SAE 4340 onde a configuração microestrutural se manteve em
uma profundidade superior.
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5 CONCLUSÃO
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6 REFERÊNCIAS
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