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1º CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” - ESPECIALIZAÇÃO EM

DIREITO CONSTITUCIONAL APLICADO


Módulo 3 – Direito Processual Civil e Penal na Ordem Constitucional
Tema 07 – Sistema Sumular e de Precedentes

Palestrante – Dr. Eduardo Pellegrini de Arruda Alvim

Seminário: 03/12/2019

Palestra: 05/12/2019

QUESTÕES:

1. O CPC/2015 trouxe um novo sistema de precedentes, pelo qual, juízes e


tribunais devem seguir, de forma vinculante, dentre outras decisões, os
enunciados de Súmula do STF e do STJ. Diante disso, os enunciados de Súmula
editados e aprovados anteriormente ao advento do CPC/2015 também se tornam
vinculantes? Existem diferenças entre o enunciado de Súmula e do enunciado de
Súmula vinculante? A aprovação do enunciado de Súmula, a partir do CPC/2015
deve necessariamente seguir o rito previsto no artigo 103-A, da CF? Se negativa
a resposta, o CPC tornou inóqua a disposição constitucional? Isso é
juridicamente possível? Qual o fundamento legal para estabelecer que a decisão
de mérito do Recurso Extraordinário julgado após reconhecida repercussão geral
é precedente vinculante?
Respostas:

a) Depende. Enunciados de súmulas vinculantes que já existiam antes da vigência ao


CPC/2015 continuam vinculantes; Os que não tinham força vinculante não se tornam depois do
CPC/2015. Serão obrigatoriamente vinculantes se se tratar de matéria de controle concentrado
(art. 927, I, CPC/2015).

b) A súmula vinculante é um mecanismo constitucional de uniformização da jurisprudência do


Supremo Tribunal Federal que possui força normativa sobre os órgãos do Poder Judiciário,
bem como sobre toda a administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e
municipal. Já um enunciado de súmula nada mais é do que o resumo da jurisprudência
predominante e pacífica de determinado tribunal, a fim de facilitar a atividade judicial
simplificando interpretações para casos semelhantes. Mas, em que pese uma súmula
expressar o entendimento majoritário de um tribunal sobre determinada matéria, isso não
garante que o referido entendimento deverá ser aplicado de forma absoluta pelo Poder
Judiciário em casos similares. Tampouco garante que a Administração Pública não possa
praticar atos administrativos contrários a esse posicionamento. Lado outro, uma súmula com
efeito vinculante impõe força cogente sobre todos os seus destinatários, no caso os órgãos do
Poder Judiciário e toda a Administração Pública. No âmbito da Suprema Corte, comparando as
duas espécies, o ministro Celso de Mello analisa que a “súmula comum” é uma mera síntese
de decisões do STF sobre normas, ao passo que as súmulas vinculantes são “normas de
decisão”, ou seja, têm poder normativo.

c) Não, o referido rito deve ser observado apenas na elaboração das súmulas vinculantes.

d) Não, o CPC/2015 não tem força para alterar a CF, isso seria juridicamente impossível, pois
uma norma constitucional só pode ser alterada através de uma Emenda Constitucional.
e) O fundamento legal está na subseção I e II, do capítulo VI, do CPC/2015 que trata das
disposições gerais do recurso extraordinário e do seu julgamento, devendo ser analisado no
caso concreto.

2. Aplicando a técnica de superação do precedente, overruling, uma tese de


julgamento que configure um precedente vinculante pode ser superado por outra
tacitamente? E se for emitida por diferentes órgãos jurisdicionais (por exemplo,
turmas diferentes do STF ou do STJ)?
Resposta:

a) Conforme os parágrafos do artigo 927, do CPC/2015, um precedente vinculate não pode ser
superado por outro tacitamente.

b) Não cabe superação tácita nem mesmo por turmas diferentes do STF ou STJ, conforme
Regimento Interno de cada tribunal.

3. Em que circunstâncias o precedente vinculante também será aplicado ao ato


ou processo administrativo? Cabe reclamação sem qualquer discussão judicial
em graus inferiores? Esse descumprimento pode gerar responsabilidade ao
administrador?
Resposta:

a) O precedente vinculante será aplicado ao ato ou processo administrativo quando a pessoa


jurídica de direito público atuar como parte, nos casos repetitivos com coisa julgada.

b) Ato administrativo que não aplica precedente vinculante não cabe reclamação, conforme
artigo 988, §5º, CPC/2015, em que o STF não admite a reclamação sem o esgotamento nas
instâncias ordinárias.

c) Caso a administração pública tenha atuado como parte e esteja sujeito à coisa julgada,
descumprir precedente vinculante, responde no mínimo por abuso de autoridade.

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