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Reitor
Prof. Antonio Joaquim da Silva Bastos
Vice-reitora
Profª. Adélia Maria Carvalho de Melo Pinheiro
Pró-reitora de Graduação
Profª. Flávia Azevedo de Mattos Moura Costa
Ministério da
Educação
Ficha Catalográfica
CDD 410
LETRAS VERNÁCULAS
Coordenação UAB – UESC
Profª. Drª. Maridalva de Souza Penteado
Elaboração de Conteúdo
Profª. Msc. Tiane Cléa Santos Oliveira
Instrucional Design
Profª. Msc. Marileide dos Santos de Olivera
Profª. Drª. Gessilene Silveira Kanthack
Revisão
Profª. Msc. Aline de Santos Brito Nascimento
EAD - UESC
Coordenação de Design
Profª. Msc. Julianna Torezani
Diagramação
Jamile A. de Mattos Chagouri Ocké
João Luiz Cardeal Craveiro
Ilustração e Capa
Sheylla Tomás Silva
Sumário
AULA I
O que é linguística?................................................................................................13
1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................15
2. LINGUÍSTICA: O QUE É?.......................................................................................16
3. HISTÓRIA DOS ESTUDOS DA LINGUAGEM..............................................................16
3.1 A linguística histórico-comparativa................................................................17
4. A LINGUÍSTICA DO SÉCULO XX.............................................................................18
RESUMINDO.......................................................................................................23
REFERÊNCIAS.....................................................................................................24
AULA II
AULA III
AULA V
AULA VI
AULA VIII
Elementos da comunicação e funções da linguagem............................................. 119
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 121
2. ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO........................................................................... 123
3. FUNÇÕES DA LINGUAGEM................................................................................... 125
RESUMINDO...................................................................................................... 135
REFERÊNCIAS.................................................................................................... 136
AULA IX
Visão prescritiva, descritiva e produtiva do ensino de língua materna................. 139
1. INTRODUÇÃO....................................................................................................141
2. O SURGIMENTO DA VISÃO PRESCRITIVA...............................................................142
3. VISÃO DESCRITIVO-PRODUTIVA DA LÍNGUA..........................................................144
3.1 Noção do termo norma...............................................................................146
RESUMINDO......................................................................................................151
REFERÊNCIAS....................................................................................................152
AULA X
A linguística, a gramática e o ensino de língua materna...................................... 155
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................157
2. O ENSINO DE LÍNGUA MATERNA E SUAS ACEPÇÕES..............................................158
2.1 Tal gramática, qual língua?.........................................................................158
2.2 Gramáticos e concepção de língua...............................................................163
2.3 Linguística e a concepção de língua: Saussure e Chomsky..............................166
2.4 Descrição X prescrição no ensino de Língua Materna......................................167
RESUMINDO.....................................................................................................170
REFERÊNCIAS...................................................................................................171
DISCIPLINA
aula
O QUE É LINGUÍSTICA?
Meta
zz conceituar a linguística;
1 INTRODUÇÃO
2 LINGUÍSTICA: O QUE É?
1
de acordo com o sistema fonológico (de sons) de cada língua.
Aula
Os reflexos desses
postulados impulsionaram,
posteriormente, os gramáticos
romanos a transmitir e propagar
a gramática no Ocidente. Ao
final da Idade Média, alguns
representantes da cultura do
“certo” e “errado”, a exemplo
de João de Barros, em 1540,
seguindo a tradição e moldes
gregos, e gramáticos latinos
Figura 1 - O Parthenon, um dos símbolos da Grécia antiga, para nos
como Varrão, Prisciano e Donato, introduzir numa história, que não é recente, sobre os estudos da linguagem.
Fonte: http://www.sxc.hu/photo/940822 (stock photo by jfonono).
dentre outros, aplicam ao latim
as classes gramaticais já estabelecidas pelos gregos na
antiguidade clássica. Durante a Idade Média, o que se tem,
em termos de reflexões linguísticas, são meras descrições da
língua escrita - a língua falada pela elite intelectual, a norma
culta.
4 A LINGUÍSTICA DO
SÉCULO XX
U V Ferdinand Saussure,
a F R linguista suíço, estudou
K
C AM química, física e fez O século XX passou por
cursos de gramática
algumas inovações metodológicas
SAIBA MAIS
a lecionar Linguística
org/wiki/File:Ferdinand_de_
Saussure_etwas_besser.jpg
ou oposição que mantêm com os
Geral. É autor do
célebre Curso de Lingüística Geral (Cours de Linguistique
outros elementos. Ele compara
Générale), obra póstuma, compilada e publicada por dois a língua a um jogo de xadrez, no
dos seus discípulos - Charles Bally (1865-1947) e Alberto
Sechehaye (1870-1946) - em 1916, onde apresenta os qual cada peça tem a sua função
pressupostos teórico-metodológicos do estruturalismo,
dentro do jogo.
escola que acaba influenciando outras ciências sociais.
[...] Graças aos seus estudos e ao trabalho de Leonard Ao opor as ideias de língua
Bloomfield, a Linguística adquire autonomia e seu objeto
e método próprios passam a ser delineados. Saussure e fala (o uso da língua visto como
morreu prematuramente em 1913.
interação de um sistema gramatical e
Fonte: http://www.webartigos.com/articles/12458/1/saussure- fatores determinados por situações
e-seu-curso-de-linguistica-geral/pagina1.html.
diversas), Saussure afirma que a
1
Num outro estudo, comumente chamado
um e ao mesmo tempo é comum a todos. Para de Os anagramas de Saussure, o mestre
Aula
genebrino perscrutou um corpus (amostra)
ele, a língua, como sistema posto à disposição
de poemas clássicos para tentar provar a
da comunidade, é exterior aos indivíduos, não existência de um mecanismo de composição
VOCÊ SABIA?
poética baseado na análise fônica das
podendo, por este motivo, ser modificada. O
palavras; mecanismo este formado pelo
problema dessa concepção reside na pretensa anagrama e pelo hipograma. O hipograma
(palavra-tema) é o nome de um deus ou de
imutabilidade da língua. Ora, se o falante, para
um herói diluído foneticamente no poema.
exprimir seu pensamento pessoal, apenas O anagrama, por sua vez, é o processo
escolhesse os vocábulos para se comunicar e que propicia a diluição do hipograma nos
versos.
não agisse sobre eles, nós ainda estaríamos
Fonte: http://www.webartigos.com
falando a língua de Camões! Percebe? articles/12458/ 1/saussure-e-seu-curso-
de-linguistica-geral/pagina1.html.
Um dos conceitos de Saussure mais
conhecidos e discutidos é o de signo linguístico:
SIGNIFICADO
SIGNIFICANTE
1
Noam Chomsky procurou elaborar uma teoria formal da
Aula
linguagem, denominada linguística gerativo-transformacional
ou gramática gerativa, capaz de descrever e explicar a
capacidade linguística dos falantes, instituindo, assim, a famosa
dicotomia competência X desempenho.
Na sua concepção, a competência, inerente aos humanos,
é definida como a habilidade inata para produzir um número
infinito de enunciados a partir de um número finito de regras
da língua. O desempenho, por sua vez, dependerá do ambiente
sociocultural a que o indivíduo for exposto. Em todas as suas
abordagens, sejam elas as precursoras ou as atuais, o linguista
defende a visão de que o pensamento humano é representado
por uma organização interna e universal. A sua preocupação
é, portanto, explicar essa organização a fim de compreender a
faculdade da linguagem, parte essencial da capacidade mental
humana. É considerado um dos linguistas mais notáveis do
século XX, e que continua, neste século XXI, a desenvolver a
sua teoria.
Vamos agora praticar um pouco? Todos esses conceitos
não farão sentido se não forem devidamente entendidos,
porque, de fato, a Linguística só existe por causa da prática
humana da linguagem. Assim, cotidianamente somos
envolvidos pela linguagem, observando e,ou interagindo nas
mais variadas situações, seja no trabalho, na escola, com os
amigos, com a família ou mesmo com desconhecidos. É nestas
e em outras circunstâncias que a Linguística atua em termos de
investigação e descrição, seja na oralidade ou na escrita.
Vamos então fazer uso da faculdade exclusiva do homem
que é refletir criticamente? Vamos lá!
ATIVIDADE
1. Com base nas informações desta aula, faça um esquema focalizando os
principais acontecimentos que caracterizam o percurso histórico dos estudos
da linguagem até o século XIX.
b- Saussure diz que a língua é imutável, você concorda? Justifique sua resposta
apresentando um exemplo.
1
Aula
Nesta aula, você viu que:
LEITURA RECOMENDADA
Para complementar esta aula, recomendo a leitura do próprio SAUSSURE, F. de. Curso de
Lingüística Geral. Trad. de Antônio Chelini et al. São Paulo: Cultrix, 1989 e do livro de ORLANDI,
E. O que é Lingüística. São Paulo: Brasiliense. 1992. Você também pode buscar mais informações
que venham a “dar as mãos” a estas apresentadas nos seguintes sites de pesquisa: www.google.
com.br, www.wikipedia.com.br, dentre outros.
REFERÊNCIAS
CAGLIARI, L. Alfabetização e Linguística. São Paulo: Scipione,
1997.
aula
CORRENTES TEÓRICAS DA LINGUÍSTICA NO
SÉCULO XX E DIVISÕES
Meta
língua materna.
1 INTRODUÇÃO
2.1 Formalismo
2
respectivamente. O método mecanicista considerava que a
Aula
literatura seria o resultado de dispositivos que o autor utiliza –
manipula – para criar sua obra, considerada como uma entidade
autônoma. Para os orgânicos, orientados pelos princípios da
Biologia, o importante eram os estudos sobre as semelhanças
entre as formas literárias, a recorrência de determinados traços
linguísticos e a maneira como os mesmos se apresentam e
definem os diferentes estilos literários. Entendeu a diferença?
Enquanto uns valorizaram o mecanicismo, outros valorizaram
a reincidência de formas que compunham os gêneros da
literatura.
2.2 Funcionalismo/Estruturalismo
2
2.3 Gerativismo
Aula
Como você viu na aula anterior, Chomsky postula que
todos os indivíduos têm condições de produzir, a partir de um
número finito de regras, um número infinito de frases em sua
língua, mesmo que nunca as tenha ouvido ou pronunciado.
Essa capacidade é o que caracteriza a chamada competência
linguística que, ao lado do desempenho (exercício efetivo da
competência), forma uma das dicotomias mais conhecidas.
Chomsky concentrou esforços em elaborar uma teoria
que não se limitasse ao descritivismo intenso, presente em
correntes anteriores (como, por exemplo, no estruturalismo);
seu objetivo era explicar os motivos das transformações de uma
determinada língua e, além disto, as suas possibilidades de
sequências e combinações verbais. Na sua teoria, ele distingue
três componentes que são fundamentais: o sintático (que tem
a função de gerar), o fonológico (responsável pela imagem
acústica elaborada pelo componente sintático) e o semântico
(que tem a função de interpretar esta imagem).
Para o linguista, a interação entre esses componentes se
dá a partir da aplicação de regras que ocorrem em dois níveis
distintos: a estrutura profunda (não visível, não pronunciada)
e a superficial (visível, pronunciada). Conforme Mancilha, em
seu texto eletrônico,
3 DIVISÕES DA LINGUÍSTICA
2
diferentes.
Aula
• Pragmática: Estuda a relação entre o discurso que
envolve o indivíduo e a situação comunicativa em que
ele é produzido. A Linguística moderna tem voltado o
seu olhar cada vez mais para os usos da linguagem,
e não somente para a descrição dos sistemas e suas
estruturas.
ATIVIDADE
1. Faça um resumo dos principais movimentos teóricos da Linguística no século
XX: formalismo, estruturalismo/funcionalismo, gerativismo.
2
• Os estudos sobre a linguagem tomaram vários rumos
Aula
no século XX. A classificação mais frequente, mas nem
sempre consensual, é: formalismo, estruturalismo/
funcionalismo e gerativismo.
LEITURA RECOMENDADA
Para complementar esta aula, recomendo a leitura das seguintes obras: PAVEAU, Marie-Anne;
SARFATI, Georges-Elia. As grandes Teorias da Linguística: da Gramática Comparada à
Pragmática. Trad. Ed. Claraluz. São Carlos: Clara Luz, 2006 e ROBINS, R. H. Pequena História da
Linguística. Trad. de Luiz Martins. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1993.
REFERÊNCIAS
CABRAL,L. G.; GORSKI, E. Lingüística e ensino: reflexões para a
prática pedagógica da língua materna. Florianópolis: Insular, 1998.
2
LYONS, J. Linguagem e Lingüística: uma introdução. Trad. de
Aula
Marilda Winkler Averbug; Clarisse Sieckenius de Souza. Rio de
Janeiro: Guanabara, 1987.
aula
O SIGNO NA PERSPECTIVA SAUSSURREANA
Meta
3
Aula
Signos: só nos comunicamos
através deles, sejam linguísticos
ou extralinguísticos.
1 INTRODUÇÃO
3
Esse debate prolongou-se por séculos,
Aula
evoluindo, a partir do século II a.C., para a Figura 3 - Aristóteles, discípulo de Platão, um
dos maiores representantes dos convencionalistas.
3 O SIGNO SAUSSURIANO
3
3.1 Arbitrariedade do signo
Aula
Saussure atribui ao signo dois princípios: arbitrariedade
e linearidade.
A respeito da arbitrariedade podemos estabelecer
uma ligação entre o seu postulado e a famosa discussão da
Antiguidade Clássica, como você viu acima, entre anomalistas
e analogistas. Assim como Platão, Aristóteles e outros filósofos,
Saussure também defendeu o caráter convencional da
linguagem, isto é, não existe laço natural entre significado e
significante. Para você entender melhor esse posicionamento,
observe a figura abaixo:
3
nas frases abaixo, as posições que a palavra bolsa ocupa:
Aula
a. A bolsa da professora é nova.
b. Comprei uma bolsa.
c. Coloquei uma capa para proteger a bolsa
guardada.
d. Vamos trocar de bolsa?
Pois bem, cada uma dessas formas que citou (por exemplo,
gestos) representa os signos chamados extra-linguísticos ou
não linguísticos. Como o próprio nome sugere, estes são assim
definidos por apresentarem outras feições - como imagens,
gestos etc. - menos as linguísticas (oral e escrita).
Mesmo não fazendo uso da linguagem escrita ou
falada, temos presentes em nosso cotidiano vários signos
cujos significantes são plenos de significados para nós. Quer
exemplos? Observe as figuras:
ATIVIDADE
3
Aula
1. Explicite a posição de cada pensador abaixo a respeito do caráter natural ou
convencional do signo:
a) Crátilo;
b) Platão;
c) Aristóteles;
d) Saussure.
a. Significado.
b. Significante.
c. Signo.
a. Significado.
b. Significante.
c. Signo.
5. O signo é:
7. As onomatopeias são:
9. Observe os exemplos:
A palavra “arrocha”, nas frases acima, situa-se num mesmo campo semântico?
Têm o mesmo valor? ( ) SIM ( ) NÃO. Justifique.
10. Você sabe que temos vários objetos que, a depender da região, mudam de
nome. Isso evidencia, portanto, a arbitrariedade defendida por Saussure. Cite
dois exemplos para ilustrar essa propriedade.
3
um significante.
• Para Saussure, conceito é sinônimo de significado
Aula
(está no plano das ideias), em oposição ao significante
(localizado no plano da expressão), que é sua parte
sensível.
• Saussure atribui ao signo dois princípios: arbitrariedade
e linearidade.
• O signo pode ser linguístico ou extra-linguístico.
LEITURA RECOMENDADA
REFERÊNCIAS
da linguagem. 9. ed. Trad. de Paulo Bezerra. São Paulo:
HUCITEC, 2002.
http://www.dicionarioauletedigital.com/ Acessado em 30
mar. 2009.
aula
O SIGNO NA VISÃO PEIRCEANA E BAKHTINIANA
Meta
Bakhtin.
estudadas;
peirceana e bakhtiniana;
ideológicos.
AULA IV
O SIGNO NA VISÃO PEIRCEANA E BAKHTINIANA
4
Aula
1 INTRODUÇÃO
4
sistema particular”.
A despeito dessas diferenças, as duas tradições vão
Aula
confluir na formação de uma mesma “ciência dos signos”.
Assim, Pierre Guiraud (1978, p. 98) reconhecia, na década de
70, que: “[...] as palavras semiologia e semiótica recobrem
hoje a mesma disciplina, sendo o primeiro termo utilizado pelos
europeus e o segundo pelos anglo-saxões”.
A essa disciplina, dá-se, hoje, habitualmente, o nome de
Semiótica - o que denota a absorção da semiologia linguística
pela semiótica filosófica.
REPRESENTAMEN
4
Aula
OBJETO SIGNIFICANTE
4
Aula
Figura 3 - Céu azul, um signo indicial. Figura 4 - “Onde há fumaça, há fogo!”.
Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/ Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/
File:C%C3%A9u_Azul.JPG. File:Queimada_ABr_04.jpg.
4
E é com base nessa perspectiva que Bakhtin desenvolve
a ideia de que a língua é um produto sócio-histórico e o
Aula
mundo das ideias não existe fora dos quadros da linguagem.
Ideologia: De acordo
Para o filósofo, o estudo da ideologia não pode prescindir do com o Dicionário
digital Aulete, o termo
estudo do signo; todo signo é ideológico e sem o signo não pode ter os seguintes
significados: s.f. 1.
existe ideologia, a ideologia se materializa através do signo. Ciência da formação
das ideias e de um
E a palavra, signo verbal, é a instância privilegiada em que se sistema de ideias.
2. Fil. Pol. Rel. Soc.
podem perceber as tensões da sociedade, figurando como uma
Sistema articulado
espécie de arena dos conflitos sociais. Em outras palavras, a de ideias, valores,
opiniões, crenças
palavra é o fenômeno ideológico por excelência e o meio mais etc., organizado
como corrente de
puro e sensível de interação social. pensamento, como
instrumento de
luta política, como
expressão das relações
4.1 A palavra: signo ideológico entre classes sociais,
como fundamento de
seita religiosa etc. 3.
Bakhtin postula que a palavra, enquanto signo, é o Fil. No marxismo, o
conjunto das formas
principal veiculador da ideologia, devido à sua capacidade de de consciência social
que tem por finalidade
refletir e refratar as condições de produção sócio-histórico- legitimar a classe
dominante ou, no lado
culturais presentes no discurso. Ela reflete e refrata o âmbito oposto, os interesses
revolucionários da
social porque não é simplesmente como um espelho, refletindo,
classe proletária. 4.
mas também pode distorcer; pode ser entendida de diversas Hist. Conjunto das
ideias e convicções
formas, por diferentes prismas. O autor defende que a próprias de uma
época, uma sociedade,
palavra constitui a consciência, o pensamento, a ideologia, e, uma classe etc., e que
caracterizam uma
consequentemente, os sujeitos, pelo fato de ela ser o resultado situação histórica.
das interações socio ideológicas.
Por causa dos vários sentidos atribuídos à palavra
interação, assume-se, neste material, a concepção bakhtiniana
que apresenta os seguintes pressupostos:
4
Isto significa que só nos comunicamos via signos porque
eles são produtos da sociedade e é somente através deles que
Aula
veiculamos nossa maneira de ver o mundo, a nossa ideologia.
Assim, ao longo dos seus escritos, Bakhtin insiste que um signo
não existe apenas como parte de uma realidade; ele também
reflete e refrata uma outra. Ele pode distorcer essa realidade,
ser-lhe fiel, ou apreendê-la de um ponto de vista específico
etc. Todo signo está sujeito aos critérios de avaliação ideológica
(isto é: se é verdadeiro, falso, correto, justificado, bom etc.). O
domínio do ideológico coincide com o domínio dos signos: são
mutuamente correspondentes. Ali onde o signo se encontra,
encontra-se também o ideológico. “Tudo que é ideológico possui
um valor semiótico“ (BAKHTIN, 1992, p. 83).
4
Vamos às atividades!
Aula
ATIVIDADES
1- Defina o signo de acordo com a o pensamento de Peirce e Bakhtin.
a. Uma dentadura_______________________________________
b. Erupções cutâneas____________________________________
c.
_____________________________________
_________________________________________
Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Cruz_julian.jpg.
f.
_________________________________________
g.
_________________________________________
___________________________________________________
Fonte: http://www.sxc.hu/photo/1209823
_____________________________________________________________
● A Semiologia é concebida por Saussure, no Curso de Linguística Geral,
como a ciência que deve estudar a vida dos signos no seio da vida
social; ela faria parte da psicologia social e, por conseguinte, da
psicologia geral.
● A Semiótica, por sua vez, é definida por Peirce, num texto de 1897, nos
seguintes termos: “Em seu sentido geral, a lógica é, como acredito ter
mostrado, apenas um outro nome para semiótica, a quase-necessária,
ou formal, doutrina dos signos”.
4
● Os signos são classificados, de acordo com Peirce, em: a) ícone - pela
Aula
relação de similitude com o objeto; b) índice – pelos indícios que
fornece; c) símbolo - normalmente por uma associação de ideias gerais
que opera no sentido de fazer com que o símbolo seja interpretado
como se referindo a algo.
LEITURA RECOMENDADA
Para complementar esta aula, recomendo a leitura das obras de BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e
filosofia da linguagem. Trad. de Paulo Bezerra. 6. ed. São Paulo: Hucitec, 1992b e de PEIRCE,
Charles S. Semiótica. Trad. de: The Collected Papers of Charles Sanders Peirce. São Paulo: Editora
Perspectiva, 1977.
REFERÊNCIAS
BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. 6. ed.
Trad. de Paulo Bezerra. São Paulo: Hucitec, 1992b.
aula
DICOTOMIAS SAUSSUREANAS: LÍNGUA X FALA,
SINCRONIA X DIACRONIA E SINTAGMA X PARADIGMA
Meta
dicotomias saussureanas.
Objetivos
5
Aula
1 INTRODUÇÃO
2 DICOTOMIAS SAUSSURIANAS
5
a intercalação do conceito de norma. Segundo Coseriu, o mais
Aula
apropriado seria o uso da tricotomia língua X norma X fala, e,
assim sendo, o conceito saussureano de língua sofreria algumas
modificações.
A norma proposta por Cosèriu seria o uso coletivo da
língua. Em outras palavras, há realizações consagradas pelo uso
e que, portanto, são normais em determinadas circunstâncias
linguísticas, previstas pelo sistema funcional. Para o autor, a
norma seria, assim, um primeiro grau de abstração da fala,
pois é à norma que nos ligamos de forma imediata, conforme o
grupo social de que fazemos parte e a região onde vivemos. A
tricotomia em estudo deve ser entendida como um continuum,
haja vista que a língua é um sistema de comunicação atualizado
pelo usuário através da fala, que lhe permite adaptá-lo às suas
necessidades de uso. Por isso mesmo, a fala é circunscrita no
domínio individual, enquanto a língua é coletiva. Considerando-
se a língua (o sistema) um conjunto de possibilidades abstratas,
a norma seria então um conjunto de realizações concretas e de
caráter coletivo da língua.
Sincronia Diacronia
Estática. Evolutiva.
Descritiva. Prospectiva e retrospectiva.
Gramática geral. Gramática histórica.
Interessa-se pelo sistema e pelo Interessa-se pelas evoluções e
funcionamento da língua. suas causas.
Faz descrições sincrônicas. Apoia-se em descrições
sincrônicas.
5
significa exclusividade. Nas palavras de Saussure, a cada
Aula
instante, a linguagem implica ao mesmo tempo um sistema
estabelecido e uma evolução: a cada instante, ela é uma
instituição atual e um produto do passado.
Dessa forma, Saussure postula que o ponto de vista da
ciência linguística é que poderá ser sincrônico OU diacrônico,
dependendo do fim a que se pretende atingir. E há determinados
casos, por exemplo, em que a descrição sincrônica pode
perfeitamente ser conjugada com a explicação diacrônica,
enriquecendo-se, desse modo, a análise feita pelo linguista.
a. O carro é de Fábio.
b. Comprei um carro novo.
c. Comprei uma capa para proteger o carro.
d. Estamos sentados no carro, à sua espera.
A B = EIXO PARADIGMÁTICO
C D = EIXO SINTAGMÁTICO
5
Aula
Você deve observar que, a partir da frase “Eu estou muito
cansada”, várias possibilidades seletivas podem ser feitas, tais
como: “eu / ela / você / Pedro - fico / permaneço / continuo -
pouco / deveras / parcialmente/ - alegre / feliz / triste”. O eixo
de seleção associativo, proposto pela relação paradigmática, se
faz pela oposição que um termo faz a outro, in absentia, pela
ausência dos outros termos no discurso. É a chamada oposição
distintiva.
Apesar de suscitar discordâncias quanto a alguns pontos
da sua obra, é inequívoca a influência que Saussure - com o CLG
(Curso de Linguística Geral) - exerceu e exerce na Linguística
moderna. A partir dos seus postulados, formaram-se várias
escolas estruturalistas (fonológica de Praga, estilística de
Genebra, funcionalista de Paris, glossemática de Copenhague),
que deram consequência e continuidade ao pensamento do
mestre de Genebra. A teoria do signo (com seus dois princípios
fundamentais, arbitrariedade / linearidade), as dicotomias, a
distinção fonética / fonologia, fone / fonema, a dupla articulação
da linguagem, a tricotomia língua / fala / norma são categorias
linguísticas fecundas, todas decorrentes do pensamento
saussureano e, hoje, estão absolutamente incorporadas às
ATIVIDADE
1. Vimos, ao longo da aula, porque Saussure é considerado o fundador da Linguística
moderna. Discorra sobre alguns postulados teóricos que influenciaram para
que esta ciência se configurasse como tal.
Características
Características
Características
Palavra:__________________________________________________________
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse…
5
Aula
Fonte: http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/resumos_comentarios/j/jose_poema_drummond.
RESUMINDO
3 RESUMO
Nesta aula, você viu que:
LEITURA RECOMENDADA
Para complementar esta aula, recomendo a leitura dos livros de CARVALHO, Castelar de.
Para compreender Saussure. 12. ed. Petrópolis: Vozes, 2003 e de CABRAL, L. S. Introdução à
Linguística. Porto Alegre: Globo, 1976.
REFERÊNCIAS
de Eduardo Guimarães et al. Campinas: Pontes, 1991.
BORBA, F. da Silva. Introdução aos Estudos Lingüísticos.
Campinas: Pontes, 1997.
5
Arantes. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1971.
Aula
ORLANDI, Eni. O que é Lingüística. São Paulo: Brasiliense, 1990.
http://www.filologia.org.br/viisenefil/09.htm / Acessado em 28
nov. 2008.
http://www.jackbran.pro.br/linguistica/norma_coseriu.htm/
Acessado em 15 nov. 2008.
http://www.linguisticacom.blogspot.com/2008/02/relaes-
sintagmticas-e-relaes.html/ Acessado em 15 fev. 2009.
aula
LINGUAGEM HUMANA E
COMUNICAÇÃO ANIMAL
Meta
1 INTRODUÇÃO
6
Figura 1 - Gato e menina se comunicando.
linguística. De modo geral, há muita Fonte: http://fotos.imagensporfavor.com/img/pics/glitters/t/ternura-9325.jpg.
Aula
confusão entre os termos, pois as
pessoas costumam tomar um termo
por outro. No entanto, em linguística, há uma sutil diferença.
Conforme o Dicionário Aulete Digital, linguagem é
qualquer sistema de sinais, ou signos, através dos quais
dois seres se comunicam entre si para transmitir e receber
informações, avisos, expressões de emoção ou sentimento etc.
Embora existam sistemas de linguagem entre animais e até
vegetais, é no homem que estes sistemas atingem altos níveis
de aperfeiçoamento, que se expressam com grande acuidade,
expressividade e potencial de armazenamento e memorização,
condição básica para a construção de conhecimento e formação
de cultura. Comunicação, por sua vez, é definida como
capacidade, processo e técnicas de transmitir e receber ideias,
mensagens, com vistas à troca de informações, instruções etc.
Percebeu que a noção de linguagem é mais ampla do
que a de comunicação? Você verá por que isto ocorre e por que
razão a tradição linguística tem classificado as interações dos
humanos e dos animais dessa forma.
UESC Letras 93
Introdução aos Estudos Linguísticos I Linguagem humana e comunicação animal
6
complexidade.
Reconhece que há referencial simbólico, é
Aula
baseada em símbolos (como você viu nas Não-simbólica, composta de índices.
aulas 3 e 4, quando estudou os signos).
UESC Letras 95
Introdução aos Estudos Linguísticos I Linguagem humana e comunicação animal
6
gritos, e mostrou que o comportamento correspondente
era instintivo.
Aula
Assim, de acordo com o autor, apesar de alguns trabalhos
acadêmicos apontarem que existe entre os animais um sistema
simbólico, as pesquisas apontam que, após anos de treinamento,
poucos animais mostraram algum indício do uso de símbolos,
valor insignificante se comparado ao potencial humano.
UESC Letras 97
Introdução aos Estudos Linguísticos I Linguagem humana e comunicação animal
Figura 3 - Buda. Fonte: http://commons. Figura 4 - Novo Testamento. Fonte: http:// Figura 5 - Totem. Fonte: http://commons.
wikimedia.org/wiki/File:Kamakura_Budda_ commons.wikimedia.org/wiki/File:Bibel-1.jpg. wikimedia.org/wiki/File:Totem-Head.jpg.
Daibutsu_right_1879.jpg.
Quadrilha
Carlos Drummond de Andrade
Fonte: http://letras.terra.com.br/carlos-drummond-de-andrade/460652/.
SAIBA MAIS
estabelecido por Ferdinand de Saussure. Iniciou
seus estudos na Sorbonne, com Antoine Meillet,
a interpretação linguística behaviorista (de que fora aluno de Saussure. Lecionou na École
Pratique des Hautes Études; mais tarde,
base saussureana), demonstrando que a
trabalhou no Collège de France como professor
linguagem humana, diferentemente das de linguística. Nesta época, já havia iniciado
suas pesquisas sobre gramática comparada das
linguagens das abelhas e outros animais, línguas indo-europeias. Em 1961, fundou com
não pode ser simplesmente reduzida a Claude Lévi-Strauss e Pierre Gourou a revista de
antropologia L’Homme. Permaneceu no Colège
um sistema de estímulo-resposta. de France até 1969, quando se aposentou
devido a problemas de saúde.
Benveniste afirma que a
comunicação é um elemento presente em Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89mile_Benveniste.
6
Karl von Frisch (relatado no capítulo 5 do livro já citado),
Aula
possuem um meio complexo para transmitir a mensagem: a
distância e a direção de localização do alimento; no entanto,
só executam as suas danças com esta finalidade. Informam
se há comida, néctar ou pólen, numa direção ou noutra, mas
fora isso não informam mais nada. Não há resposta e nem
simbolização; a apreensão da mensagem é objetiva, concreta.
A capacidade abstrata do símbolo (signo), ou seja, estar no
lugar de outra coisa (no dizer peirciano), representá-la na sua
ausência, trazer e construir o pensamento para o outro, são
propriedades exclusivamente humanas.
A linguagem é, portanto, o nosso diferencial, a condição
para a existência da nossa cultura, é a forma de tomarmos
consciência de nós e dos outros. O nosso mundo organiza-se
a partir dela. E, apesar de termos dedicado anos de trabalho
para ensinar animais (como a chimpanzé Chimpsky) a se
comunicarem com a linguagem humana, percebemos que, por
mais que possamos avançar, há um limite, bem distante do
mínimo que um ser humano pode fazer.
UESC Letras 99
Introdução aos Estudos Linguísticos I Linguagem humana e comunicação animal
Fonte: http://www.cobrap.org.br/site/artigos_vis.php?id=248
6
não farão sentido se não forem devidamente internalizadas,
Aula
por isto, vamos às atividades!
5 RESUMO
Nesta aula, você estudou que:
ATIVIDADE
1. O caminho percorrido ao longo do século passado nos levou ao conhecimento
de importantes pressupostos acerca da linguagem humana e comunicação
animal. Leia o Capítulo 5 do livro de Benveniste (Problemas de Linguística
Geral), intitulado Comunicação Animal e Linguagem Humana, e apresente,
em poucas linhas, as diferenças existentes entre essas competências.
4. Se um leigo lhe perguntar por que o papagaio fala, mas não conversa, que
resposta você lhe dará?
RESUMINDO
REFERÊNCIAS
Trad. de Eduardo Guimarães et al. Campinas: Pontes, 1989.
6
MUSSALIN, F.; BENTES, A. C. (Orgs.) Introdução à
Aula
Lingüística: domínios e fronteiras. v. 1 e 2. São Paulo:
Cortez, 2001.
http://educacao.uol.com.br/filosofia/filosofia-da-
linguagem-7.jhtm Acesso em: 26 nov. 2008.
http://www.cobrap.org.br/site/artigos_vis.php?id=248.
Acesso em: 23 dez. 2009.
http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.
htm?sid=2&infoid=787, Acesso em: 15 jan. 2009.
aula
DUPLA ARTICULAÇÃO DA LINGUAGEM
Meta
7
Aula
1 INTRODUÇÃO
7
Essas unidades, como você já sabe, são os fonemas. Por
Aula
exemplo, o monema brinc- se articula nos fonemas /b/, /r/, /i/,
/n/ e /c/. Nesse plano, as unidades têm apenas valor distintivo.
Deste modo, quando se substitui o /b/ do monema brinc- por
/t/ se produz um outro radical, trinc-, de trincar, por exemplo.
Você deve perceber que a dupla articulação da linguagem
é um mecanismo de economia linguística. Com poucas dezenas
de fonemas, cujas possibilidades de combinação estão longe
de ser todas exploradas em cada língua, formam-se milhares
de unidades de primeira articulação. Com alguns milhares
de unidades de primeira articulação, forma-se um número
ilimitado de enunciados. Assim, se precisássemos atribuir um
som diferente para cada coisa ou objeto, teríamos que produzir,
distinguir e memorizar milhões de sons diferentes, o que é
inviável diante da nossa capacidade fonatória, auditiva e da
memória.
DUPLA
ARTICULAÇÃO DA
LINGUAGEM
MONEMAS FONEMAS
PLANO DE PLANO DO
EXPRESSÃO CONTEÚDO
Fonética,
Fonologia e
morfologia e
Semântica
sintaxe
7
autores como Jorge Luis Borges, que, em sua sexta conferência
Aula
em Harvard, tenciona discutir a dimensão alusiva da linguagem:
ATIVIDADE
1. A dupla articulação da linguagem é um importante princípio postulado por André
Martinet. A partir dos pressupostos apresentados, conceitue a dupla articulação.
Em seguida, cite cinco exemplos da primeira articulação, e, decompondo partes
destes mesmos exemplos, cite cinco da segunda.
a) Os cachorros correram.
Infinita Finita
Coluna 1 Coluna 2
(a) Homem. ( ) Tem inteligência concreta.
(b) Animal. ( ) Reconhece somente índices.
( ) Tem inteligência abstrata.
( ) Re-contextualiza signos.
( ) Age por repetição, condicionamento.
7
( ) Reage somente a ações codificadas.
Aula
( ) É capaz de estabelecer conexões conceituais.
( ) Reconhece e se comunica por símbolos.
RESUMINDO
4 RESUMO
LEITURA RECOMENDADA
Para complementar esta aula, recomendo a leitura dos livros de LYONS, John. Linguagem e
Linguística: uma introdução. Trad. Marilda Winkler Averbug, Clarisse Sieckenius de Souza. Rio de
Janeiro: Padrão, 1995 e de MARTINET, A. Elementos de linguística geral. Trad. Jorge Morais-
Barbosa. 8. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
2004, p. 71-84.
7
CAMARA JR., J. M. Para o estudo da fonêmica portuguesa.
Rio de Janeiro: Padrão, 1977.
Aula
CAMARA JR., J. M. Problemas de lingüística descritiva.
17. ed. Petrópolis: Vozes, 1998.
h t t p : / / w w w. k l i c ke d u c a c a o. c o m . b r / 2 0 0 6 / m a t e r i a / 2 1 /
display/0,5912,-21-99-846- 00.html. Acesso em: 17 ago.
2009.
Suas anotações
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8
aula
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO E
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
Meta
1 INTRODUÇÃO 8
Aula
A linguagem emerge
Joaquim Mattoso Câmara Jr,
U V
a FR em todos os domínios da vida
K carioca, nascido a 13 de abril de
C AM 1904, tendo falecido, também no em sociedade, em todas as
Rio de Janeiro, a 04 de fevereiro
relações de amizade, afetivas,
SAIBA MAIS
SAIBA MAIS
primazia ao estudo das línguas em sincronia.
(2001), Aristóteles dizia que os sons Com as obras On the Foundation of the
Language Theory (1943), Essais Linguistiques
emitidos pela voz são os símbolos dos (1959) e Le langage (1963), Hjelmslev ficou
estados da alma. A análise clássica da fundamentalmente conhecido pela teoria
glossemática, assentando na explicitação
linguagem lhe atribuía, como função, do princípio da teoria do signo proposta por
exteriorizar o pensamento. Neste Saussure de que “A língua é forma, não
substância”. Hjelmslev reelabora a noção de
sentido, se a linguagem é vista como signo proposta por Saussure que, em lugar de
tradução e manifestação externa ter dois níveis, forma e substância, passa a
ter três: a matéria, a substância e a forma. O
da representação interna, visualiza- trabalho de Hjelmslev foi fundamental para a
se, aqui, a função expressiva, uma construção da semiótica moderna.
2 ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
8
mensagem. Vamos conhecê-los!
Aula
CÓDIGO
CANAL
EMISSOR/ RECEPTOR/
REMETENTE DESTINATÁRIO
CONTEXTO
Resumindo: no processo da comunicação, o emissor
envia uma mensagem codificada por meio de um canal ao
receptor, que, por sua vez, está inserido no mesmo contexto.
3 FUNÇÕES DA LINGUAGEM
MENSAGEM/POÉTICA
CÓDIGO/METALINGUÍSTICA
CANAL/FÁTICA
EMISSOR/ RECEPTOR/
REMETENTE DESTINATÁRIO
EMOTIVA CONTEXTO
APELATIVA
REFERENCIAL
INSTANTES
Fonte: http://sarasvati29.spaces.live.com/Blog/cns!1p
UzUtQywEAs8lWOk3O1ndw!310.entry.
Beleza Corpo
Proteja seu investimento de
beleza
Você não mede esforços para estar sempre linda e faceira? Economiza centavos
para bancar aquele produto de beleza ou tratamento divino? Bem-vinda ao time. As
brasileiras conquistaram medalha de bronze no ranking mundial de venda de cosméticos,
segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos
(Abihpec), com base em pesquisa do Instituto Euromonitor International. Depois de tanto
investimento, agora é só descobrir como fazê-lo durar mais.
Fonte: Texto Verônica Meyer / Foto David Stesner
http://nova.abril.com.br/edicoes/426/beleza/investimento-de-beleza-protegido.shtml.
• Função fática:
Fonte: www.algosobre.com.br/.../funcoes-da-linguagem.html.
• Função metalinguística:
Fonte: http://www.pensador.info/frase/NTgyMDM0/.
• Função poética:
Poema:
“...Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;...”
• Função referencial
8
funções se organizam nos textos alheios, pode-
se detectar as finalidades que orientaram
Aula
ATIVIDADES
1. Identifique os elementos da comunicação das seguintes situações:
Emissor:________________________________________________________
Receptor:_______________________________________________________
Canal:_ ________________________________________________________
Código:_ _______________________________________________________
Mensagem:_ ____________________________________________________
Contexto:_______________________________________________________
b) A filha de Michel Jackson dizendo: “Foi o melhor pai que se possa imaginar”.
Emissor:________________________________________________________
Receptor:_______________________________________________________
Canal:_ ________________________________________________________
Código:_ _______________________________________________________
Mensagem:_ ____________________________________________________
Contexto:_______________________________________________________
Emissor:________________________________________________________
Receptor:_______________________________________________________
Canal:_ ________________________________________________________
Código:_ _______________________________________________________
Mensagem:_ ____________________________________________________
Contexto:_______________________________________________________
d) Esta aula.
Emissor:________________________________________________________
Receptor:_______________________________________________________
b) Uma colega de trabalho chega atrasada para uma reunião e fala para os seus
colegas: “Desculpem, o tráfico estava pesado hoje.”
_____________________________________________________________ 8
Aula
d) Da mãe para o filho: “Se eu fosse você não faria isto!” ___________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
ateriais._______________________________________________________
LEITURA RECOMENDADA
Para complementar esta aula, recomendo a leitura dos livros: CHALHUB, Samira.
Funções da linguagem. São Paulo: Ática, 1989; HJELMSLEV, Louis. Prolegômenos a
uma Teoria da Linguagem. Trad. de J. Teixeira Coelho Netto. São Paulo: Perspectiva,
2003 e JAKOBSON, Roman. Lingüística e comunicação. Trad. Izidoro Brikstein e José
Paulo Paes. São Paulo: Cultrix, 1969.
REFERÊNCIAS
AUROUX, Sylvain. A filosofia da linguagem. Trad. de José Horta
Nunes. São Paulo: Editora da UNICAMP, 1998.
Magnanti,2001.http://www3.unisul.br/paginas/.../
linguagem/0101/10.htm. Acesso em: 09 ago. 2009.
aula
VISÃO PRESCRITIVA, DESCRITIVA E PRODUTIVA
DO ENSINO DE LÍNGUA MATERNA
Meta
PROIBIDO ERRAR
Figura 2
disciplina gramatical.
Em outro momento de lucubrações muito profícuas,
Bagno (1999, p. 149) declara que, para reavaliar a noção de
erro, é preciso romper com o círculo vicioso do preconceito
linguístico e com a ideologia dominante, a qual discrimina a
maioria da população brasileira. Além disto, segundo ele,
reina uma confusão de língua em geral com escrita e o que se
classifica como erro de Português é apenas um mero desvio da
ATIVIDADES
1. Ao longo desta aula, você viu algumas posições divergentes no que concerne
ao ensino de língua. Identifique as características de cada uma das visões:
DESCRITIVA-PRODUTIVA E VISÃO NORMATIVA.
9
2. Com base em tudo o que foi discutido, como você definiria o preconceito
Aula
AI SE SÊSSE
(Cordel Do Fogo Encantado: Composição: Zé Da Luz)
Fonte: http://letras.terra.com.br/cordel-do-fogo-encantado/78514/.
4. Qual é a sua opinião a respeito das visões apresentadas? Justifique com base
no referencial teórico.
LEITURA RECOMENDADA
ALI, M. Said. Gramática secundária da língua portuguesa. 8. ed. São Paulo: Edições
Melhoramentos, 1969.
9
Aula
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Gramática metódica da
língua portuguesa. 43. ed. São Paulo: Saraiva, 1999.
9
Aula
aula
A LINGUÍSTICA, A GRAMÁTICA E O ENSINO
DE LÍNGUA MATERNA
Meta
1 INTRODUÇÃO
nossas características.
Fonte: http://www.gargantadaserpente.com/veneno/parriaojr/01.shtml.
Fonte: educacao.uol.com.br/portugues/ult1693u5.jhtm.
Fonte: http://traducoesgratuitas.blogspot.com/2009/06/napoleao-mendes-
de-almeida-veja.html.
ATIVIDADE
1. O que achou da opinião do professor? O que mais lhe chamou a atenção
nela? Por quê? Você concorda com ele? Justifique a sua resposta.
Sistema de Sistema
Inventário de Interiorizado
Signos Competência
Itens (regras para gerar enunciados)
Interiorizados
ATIVIDADES
1. A partir do exposto, cite pelo menos duas semelhanças (se julgar
que há) e diferenças entre gramática descritiva e gramática normativa.
RESUMINDO
LEITURA RECOMENDADA
Para complementar esta aula, recomendo a leitura dos livros: BAGNO, Marcos. Dramática da língua
portuguesa: tradição gramatical, mídia e exclusão social. 2. ed. São Paulo: Loyola, 2000; BRITO,
Luiz Percival Leme. A sombra do caos: ensino de língua x tradição gramatical. Campinas: Mercado
de Letras, 1997 e TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de
gramática no 1º e 2º graus. 8. ed. São Paulo: Cortez, 2002.
1987.
REFERÊNCIAS
Winkler Averbug, Clarisse Sieckenius de Souza. Rio de Janeiro:
Guanabara, 1987.
LUFT, Celso Pedro.Língua e Liberdade. 8. ed. São Paulo:
Ática, 1994.
http://books.google.com.br/books=dicionario+de+linguistica:du
bois&source==result&resnum=1. Acesso em: 15 maio de 2009.
http://www.overmundo.com.br/overblog/a-gramatica-ou-a-
lingua. Acesso em: 13 mar. 2009
10
Aula