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– Romanos 10.9,10
Introdução
A palavra “Credo” é derivada do latim “credo”, que denota uma postura ativa
de “eu creio”, uma confiança perene em Deus. Portanto, há na declaração
credal um ato de adoração a Deus a quem damos crédito. Assim, os credos
são antes de tudo uma confissão de gratidão à glória de Deus. No credo
a Igreja declara a sua fé em Deus visto que somente ele é absolutamente
digno de crédito.
Quando nos referimos ao Credo Apostólico, que será nosso objeto de estudo
pelos próximas semanas, estamos falando de ensino bíblico, ortodoxo e
consensual a respeito das crenças professadas pela Igreja Cristã em toda a sua
história. O Credo, portanto, não deve ser entendido como uma reza a ser
repetida sem reflexão, mas como uma proclamação vívida dos elementos
cridos por nós como povo de Deus.
Até aqui todos estamos de acordo, mas ocorre que na América Latina algumas
igrejas evangélicas não dão muito valor ao Credo Apostólico. Não se
interessam em estuda-lo, nem em confessar a sua fé através dele. Esta atitude
surge de três erros:
1. As pessoas se enganam ao identificar o Credo com a Igreja Católica
Romana, crendo que é um documento inventado por ela;
2. Segundo, como a Igreja Católica Romana tem a prática de conferir
autoridade divina a muitos de suas tradições, então, se teme que ela
conceda tanta importância ao Credo dos apóstolos, que se lhe estime na
mesma altura que a Bíblia;
3. Uma boa parte da igreja evangélica carece de consciência histórica. Se
existe algum interesse pelo passado, este se concentra no período da
Igreja primitiva, a qual se pretende chegar passando por toda a história
que media entre nós e a Igreja do livro de Atos.
Portanto, para a Reforma, a Escritura é a norma normans (“a norma que rege”)
de todas as decisões de fé e vida; os credos e as confissões são a norma
normata (“a norma que é regida”). Somente a Escritura é a suprema autoridade
em matéria de vida e doutrina; só a Bíblia é o árbitro de todas as
controvérsias. Ou seja, para os herdeiros da Reforma, não há nenhuma
autoridade acima da Bíblia.
A pergunta que surge, então, é: Por que não há “creio... na Escritura”? Por que
não há uma afirmação deste tipo? Nós cremos que a Escritura é a Palavra de
Deus. Cremos que, quando paramos para meditar no texto sagrado, Deus
mesmo fala conosco por meio do Espírito Santo às nossas mentes e coração.
Por que não há, então, “creio na Escritura Sagrada”?
A Igreja Primitiva, por exemplo, usou o símbolo do peixe para expressar a sua
fé e, ao mesmo tempo para ocultá-la aos seus perseguidores. Peixe, em grego,
se escreve: ιχθύς; todavia, os cristãos primitivos tomaram a palavra e
a escreveram em forma de acróstico: ̓Ιησου̑ς Χριστός Θεός υἱός Σωτήρ.
I – ̓Ιησου̑ς (JESUS)
X – Χριστός (CRISTO)
Q – Θεός (DEUS)
U – υἱός (FILHO)
S – Σωτήρ (SALVADOR)
Assim temos:
“JESUS CRISTO, FILHO DE DEUS, SALVADOR”
Conclusão