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ABS
TERMO QUÍMICO Acrilonitrila butadieno estireno
ABREVIAÇÃO ABS
TERMOS ALTERNATIVOS Estireno/misturas de copolímeros; ABS copolímeros
ALGUNS FORNECEDORES NOMES OU MARCAS COMERCIAIS
BASF Terluran
Bayer Novodur
Bayer Bayblend TC (ABC/PC)
Borg Warner Cycolac
CdF Chimie/Orkem Ugikral
Dow Magnum
DSM Ronfalin
ENI Chemicals Urtal e Ravikral
Monsanto Lustran
Monsanto Cadon (anidrido maléico modificado)
Montedison Edister
Orkem Ugikral
Rhone Poulenc Alcoryl
USS Chemicals Arylon T (ABS polisulfono)
FACILIDADE DE FLUXO. Os tipos para moldagem por injeção possuem uma viscosidade
bem menor do que aqueles para extrusão; esta é obtida pela utilização de SAN de baixo peso
molecular e/ou o emprego de agentes de plastificação ou lubrificantes. O ponto de
amolecimento Vicat (VST) de ABS é aproximadamente 103°C (218°F); com um aumento da
resistência ao impacto, o ponto de amolecimento Vicat diminuirá, e o fluxo se tornará mais
rígido. Os tipos ou grades para a moldagem por sopro possuem alta viscosidade – bem mais
alta que, por exemplo, PEAD.
RESISTÊNCIA. O ABS é mais resistente aos produtos químicos orgânicos (por exemplo,
tetracloreto de carbono) do que o poliestireno (PS). Também é resistente a manchas, álcalis,
ácidos (não ácidos oxidantes concentrados), sais, óleos e graxas, e a maioria de álcoois e
hidrocarbonetos. Ácidos fosfóricos e hidroclóricos terão pouco efeito. A maioria dos produtos
possuem uma boa resistência às tensões ambientais.
COLORAÇÃO. O ABS pode ser colorido por uma série de técnicas, como a coloração seca,
mediante masterbatches ou a coloração líquida. A utilização de corantes compostos fornecem
resultado melhor e mais consistente. A coloração seca sempre foi considerada como sendo o
tipo mais difícil de técnica de coloração para ABS, porém, isto não é verdade. Pode-se dizer
que a coloração seca de ABS é um pouco mais difícil do que em outros materiais comuns,
porque o material apresenta todas as desvantagens em termos de coloração, isto é, absorção de
umidade, variedade da cor básica, opacidade e uma temperatura de processamento bastante
alta. Mesmo assim, pode-se obter resultados excelentes pelo equilíbrio da grade do ABS com
um corante apropriado e utilizando os procedimentos corretos da secagem do material e da
mistura do corante.
Os concentrados de cor (masterbatches) utilizados para ABS são do tipo “universal”, ou do
tipo baseado em ABS. Uma taxa de concentração típica do tipo “universal” é 1-2%, enquanto
uma concentração de 3-7% é usada para um masterbatch baseado em ABS. Antes de utilizar
um masterbatch “universal” será importante acertar sua compatibilidade com o ABS.
Tonalidades de cor pastel podem ser obtidas com maior facilidade devido à disponibilidade de
polímeros de cor básica mais clara. Corantes líquidos são usados para ABS num nível de
concentração entre 1 até 1,5%. Concentrações acima deste nível podem acarretar problemas,
às vezes, como o deslizamento na rosca e variações no controle do ciclo.
Profundidade zona de alimentação (6D) 10,9mm (0,43”) 14mm (0,55”) 15,2mm (0,60”)
Compressão (6D)
Profundidade 1ª zona de equilíbrio (6D) 4,1mm (0,16”) 5,1mm (0,20) 5,8mm (0,23”)
Descompressão (1D)
Profundidade zona de ventilação (4D) 13,5mm (0,53”) 17,3mm (0,68”) 19,1mm(0,75”)
Compressão (2D)
Profundidade 2ª zona de equilíbrio (5D) 6,9mm (0,27”) 8,9mm (0,35”) 10mm (0,40”)
Obs.: Os números entre parênteses indicam o comprimento de cada zona por diâmetro da
rosca.
Na utilização de uma rosca de um estágio deve existir uma taxa de compressão entre 2,7 e 3,0.
A relação de L/D deve ser aproximadamente 24:1, com 4 a 6 diâmetros como zona de
alimentação, 8 a 12 diâmetros como zona de transição e 8 a 10 diâmetros como zona de
equilíbrio.
TEMPO DE CICLO. Devido ao baixo conteúdo de calor e à alta rigidez deste material
podem ser obtidos tempos rápidos de ciclo.
As temperaturas utilizadas podem ser diferentes de um grade para outro. Os tipos ou grades
resistentes a chamas, por exemplo, e também as ligas de ABS/PVC devem ser moldados a
temperaturas mais baixas do que os tipos normais. Tipos de alto calor, como também as ligas
de ABS/PC e ABS/SMA devem ser moldados a temperaturas mais altas da massa, devido à
maior viscosidade da massa. Os tipos previstos para a galvanização também são moldados
em temperaturas mais altas.
PC
FALTA DE RESISTÊNCIA. PC não é resistente a água quente, evite o contato com água
em temperaturas acima de 60ºC (140ºF). Também não é resistente a aminas, soluções
alcalinas e à amônia. Este material fica inchado por benzeno, clorobenzeno, acetona,
tetracloreto de carbono e é solúvel em solventes, como cloreto de metileno, cloreto de etileno,
clorofôrmio, tricloretano e metacresol. O PC, em geral, não é resistente a bases fortes,
hidrocarbonetos aromáticos e clorados, ésteres e cetonas. Como o PC fica inchado por
benzeno, é suspeito a rachaduras sob tensão quando em contato com combustíveis aromáticos;
as misturas de PC/PBT resistem a este tipo de combustível, como também a combustíveis à
base de metanol.
VELOCIDADE DA ROSCA. A rotação da rosca deve ser mantida a valores baixos, por
exemplo, 40 a 60 rpm. Não exceda uma velocidade periférica da rosca de 0,5 m/s. É
recomendado utilizar um sistema de acionamento que desenvolva um alto torque em baixas
velocidades.
REPROCESSAMENTO. Material recuperado deve ser submetido a uma boa secagem, por
exemplo, a 120°C (248°F) por 6 horas. Misture até 20% de material recuperado, porém, não
utilize material poeirento ou degradado e sujo. Em caso de qualquer dúvida sobre a
reutilização de um material é melhor rejeitá-lo e guardá-lo para fins de purgação.
PEEL
RESISTÊNCIA. PEEL é resistente a temperaturas muito baixas (até 55°C negativos) sem
ficar quebradiço, como também a maioria dos óleos e solventes. As resinas mais duras são
mais resistentes do que as mais macias. O material pode ser aplicado em concentrações de
ácidos e bases diluídos ou médios, hidrocarbonetos, álcoois, cetonas, ésteres, solventes
baseados em gasolina, óleos e fluidos hidráulicos. É resistente à hidrólise, e esta resistência
aumenta com o aumento do módulo da resina básica. Estes materiais são resistentes à
exposição contínua a graxas, lubrificantes automotivos, fluidos de freio e sais de estrada; eles
resistem a tais produtos químicos dentro de uma ampla faixa de temperatura.
Zona Localização °C °F
45 D 53 D 45 D 53 D
PEBD OU LDPE
PROPRIEDADES DO MATERIAL.
Quando o etileno é aquecido em altas pressões (até 3000 bar) e temperaturas de 100 a 300°C
(212 até 572°F) na presença de um elemento radical, é produzido o plástico conhecido como
polietileno de baixa densidade. Este material é um termoplástico semicristalino e como tal não
é disponível como produto moldado transparente. A sua cor natural é um branco leitoso e o
material possui um toque macio, parecido com cera. Devido à ramificação das cadeias, o grau
de cristalinidade é baixo e o material possui uma densidade relativamente baixa, por exemplo,
0,92g/cm3. Pela variação das condições de polimerização é possível produzir materiais
comerciais com densidades de 0,915 até 0,94g/cm3. São presentes tanto ramificações de
cadeias longas como de cadeias curtas, e como moléculas ramificadas de cadeia longa são
compactas, o material flui relativamente fácil. Este material é tenaz, porém tem uma
resistência à ruptura moderada e é sujeito ao rastejamento; para fins de projeto somente 5% de
deformação podem ser utilizados como limite de operação. A resistência ao impacto,
resistência a produtos químicos e às propriedades de isolamento elétrico são excelentes.
Como em todos os tipos de PE, a permeabilidade de vapor de água neste tipo de PE também
é baixa. O PE é permeável a gases e vapores (permite a passagem), porém PELBD e PEAD
são menos permeáveis a gases e vapores do que PEBD. A permeabilidade a vapores orgânicos
é menor para álcoois e aumenta na ordem indicada a seguir: de ácidos para aldeídos e cetonas,
ésteres, éteres, hidrocarbonetos e hidrocarbonetos halogenados (a permeabilidade diminui
com a densidade).
Com uma densidade de 0,910 até 0,925g/cm3, o material é conhecido às vezes como Tipo 1;
na densidade de 0,926 até 0,940g/cm3, como Tipo 2; e PEAD, com uma densidade de 0,940
até 0,965g/cm3, como Tipo 3.
Pela copolimerização com olefinas do tipo alpha é possível produzir uma série de materiais de
densidade muito baixa (VPEBD), de 0,88 até 0,91g/cm3. Estes podem ser utilizados como
alternativa a elastômeros termoplásticos e para modificações de materiais, por exemplo, para
melhorar a resistência ao impacto de PP. Materiais de maior densidade também são usados na
moldagem por injeção. Pela copolimerização de etileno com monó-xido de carbono é possível
produzir um material que é biodegradável; com o aumento do nível de monóxido de carbono a
fragilidade cresce. Este material pode ser feito mais biodegradável do que papelão.
É bastante comum haver, em roscas para polietileno, uma zona de mistura após a zona de
equilíbrio. Esta zona tem um comprimento de aproximadamente 2D e consiste em uma série
de pinos arranjados de forma apropriada em volta do núcleo da rosca. Na passagem da massa
pela cabeça misturadora ela é recortada e cisalhada pelo pinos em rotação. Isto provoca a
mistura, e portanto a uniformidade da massa de maneira bastante eficiente. Observe que a
potência do motor necessita de um acréscimo quando uma zona de mistura é utilizada.
Roscas de barreira já foram utilizadas com sucesso com PEBD, porque possibilitam uma
temperatura mais equilibrada da massa. Para maiores produções, no caso de um diâmetro de
canhão determinado, os canhões podem ser fornecidos com zonas de alimentação ranhuradas.
As ranhuras correm paralelamente ao eixo longitudinal da extrusora e forçam os grãos sólidos
ao longo da rosca. A produção com a utilização de canhões ranhurados depende da
temperatura na zona ranhurada. Para melhorar a produção, esta zona é refrigerada evitando a
fundição dos grãos neste estágio. Com uma zona de alimentação ranhurada também é
necessário utilizar uma cabeça misturadora.
As extrusoras de canhão ranhurado possibilitam uma produção maior, porém os requisitos de
potência também serão maiores do que numa extrusora de configuração convencional do
mesmo tamanho. Um desgaste maior do canhão pode ser outro problema com um sistema de
ranhuras.
PRODUÇÃO (Lbs/h)
Tamanho da Extrusolra Canhão Liso Canhão Ranhurado
PRODUÇÃO (Kg h)
Tamanho da Extrusolra Canhão Liso Canhão Ranhurado
45 mm 70 130
60 mm 140 230
75 mm 240 330
90 mm 320 440
120 mm 450 550
ACABAMENTO E DECORAÇÃO. Este material não pode ser juntado com outro do
mesmo tipo pela utilização de solventes, porque não é solúvel à temperatura ambiente. Por
causa de sua superfície inerte também não pode ser colado com bons resultados pelo uso de
adesivos; o sucesso com adesivos de contato ou de fundição a quente é limitado. Quando a
superfície é polarizada, por exemplo, mediante uma chama ou descarga elétrica, este material
pode ser colado com metais pela utilização de epóxis ou adesivos nitrilo-fenólicos; estes
tratamentos também melhoram a possibilidade de impressão. O material pode ser soldado
normalmente por técnicas, como placa ou sapata quente. A usinagem deste plástico é difícil
devido a sua natureza macia e elástica. Não aplique muita pressão na usinagem, pode ocorrer
distorção. A rebarbagem é fácil devido à maciez e à flexibilidade do plástico.
OUTROS COMENTÁRIOS. PEBD pode ser reticulado por radiação de alta energia ou pela
incorporação de peróxidos. A adição de negro-de-fumo possibilita um reforço do material,
como também maior resistência à luz.
PELBD OU LLDPE
COLORAÇÃO. Como a cor natural deste material é um tipo de branco, uma série de cores
pode ser incorporada, exceto cores transparentes. Este material é comercializado tanto em
cores já compostas, como na cor natural, para a coloração na máquina de moldagem, por
técnicas como a coloração a seco, incorporação de masterbatch e coloração líquida. A maioria
dos plásticos é colorida na própria área de trabalho.
Na coloração a seco será necessário controlar precisamente os tempos de mistura. Um tempo
muito curto resultará numa dispersão e adesão inadequada, enquanto um período muito longo
de mistura pode causar a compactação dos pigmentos. A escolha do pigmento apropriado é
importante; alguns tipos de pigmentos aumentam a sensibilidade à fratura sob tensão e/ou
deformação. Na coloração de PELBD, o uso de corantes orgânicos em geral não é
aconselhável, devido ao problema de absorção ou sangria de cores. Na maioria dos processos
de coloração é preferida a utilização de pigmentos orgânicos e inorgânicos.
Geralmente são utilizados níveis de corantes até 1%. Em conjunto com corantes secos,
agentes de adesão (umedecedores) estão sendo usados, principalmente, para manter a limpeza
na área, e menos para auxiliar na dispersão do corante.
Muitas vezes masterbatches do tipo universal, ou baseados em PEBD, são usados na
coloração de PELBD, em níveis de concentração de 1%, porém para obter melhor
uniformidade no produto moldado, o nível terá que ser, às vezes, aumentado para 3–5%.
Masterbatches baseados em PELBD são escolhidos, em muitos casos, quando a necessidade
de cor e o desempenho de uso final são particularmente importantes. Para se obter uma cor
opaca, a tendência é a utilização de pigmentos inorgânicos.
Na realidade, não existem limitações para o uso de corantes líquidos em PELBD, porém os
níveis de adição devem ser mínimos (isto é , no máximo 3%), caso contrário pode ocorrer um
deslizamento da rosca. A maior viscosidade da massa do PELBD, em comparação com
PEBD, possibilita uma melhor dispersão do corante, mesmo em tipos mais antigos de
máquinas de moldagem. Para aumentar a eficiência de dispersão, porém, será necessário criar
um mecanismo de mistura e moagem dentro do canhão da máquina. Isto pode ser alcançado
pela redução das temperaturas da máquina para o valor mais baixo possível, que ainda permita
uma produção dos artigos na qualidade requerida.
Na utilização de negro-de-fumo como corante seco deve ser evitada a absorção de umidade
durante o armazenamento; caso contrário o polímero colorido terá que ser secado antes do
uso.
MÉTODOS DE PRODUÇÃO. Em termos de moldagem por sopro, este material pode ser
moldado pelo processo de extrusão e sopro (EBM) e por moldagem por extrusão e sopro com
acumulação (AEBM).
CONFIGURAÇÃO DE ROSCA E CANHÃO. Quando PELBD for processado num
equipamento destinado ao processamento de PEBD, a potência necessária para PELBD com a
mesma rotação da rosca seria consideravelmente maior. Os motivos são a maior viscosidade
do PELBD e as maiores taxas de cisalhamento na extrusora. Em conseqüência, será necessária
uma potência maior do motor. A aplicação de mais energia terá como resultado temperaturas
mais altas da massa e uma maior dependência da temperatura da massa em relação à
velocidade da rosca. Para providenciar um melhor controle de temperatura, uma série de
configurações de roscas, diferentes das roscas para PEBD, foram testadas e comprovadas com
sucesso.
A configuração básica da rosca de uso geral (descrita no capítulo sobre PEBD) é alterada,
com profundidade maior nas zonas de alimentação e equilíbrio. Os aumentos de potência e
temperatura da massa exigidos podem ser reduzidos pelo aumento da fenda entre o topo dos
filetes da rosca e o canhão na zona de equilíbrio.
As configurações melhoradas incluem uma ponta de cisalhamento tipo Maddock na zona de
equilíbrio e o aumento da profundidade na zona de equilíbrio, em direção ao final da rosca.
Uma rosca com um diâmetro de 63,5 mm (2 1/2”) baseada nesta configuração teria as
seguintes características:
Profundidade Comprimento
Uma rosca deste tipo, na rotação de 150 rpm, possibilitaria uma produção de
aproximadamente 99 kg/h, ou 220 lbs./h.
A Union Carbide (Estados Unidos) desenvolveu roscas de “passo decrescente” para a
utilização com PELBD, nos diâmetros de 1/4” (19 mm) até 8” (203 mm). A compressão é
alcançada pela redução do passo da rosca ao invés da alteração da profundidade do canal.
Esta configuração está possibilitando uma alta produção em baixo torque e menor desgaste
que o normal. Uma rosca deste tipo com um diâmetro de 63,5 mm (2 1/2”), e uma relação L/D
de 18:1 possibilita uma produção de 179 kg/h (395 lbs./h) na rotação de 100 rpm.
Por outro lado, roscas com passo crescente também já foram usadas com sucesso. Estas
configurações também aumentam a fenda entre o topo dos filetes da rosca e a parede do
canhão e reduzem a largura dos filetes, abaixo da largura normal de 0,1D.
Canhões com zonas de alimentação ranhuradas podem ser utilizados com PELBD. Estes
oferecem maior produção sem acréscimo na temperatura da massa, porém necessitam mais
potência do motor e estão submetidos a um desgaste maior. A eficiência pode ser melhorada
pela intensa refrigeração da zona de alimentação com água.
TEMPO DE CICLO. Devido à rigidez deste material em comparação com PEBD, os artigos
podem ser feitos com menor espessura de parede; a temperatura mais alta de cristalização
possibilita uma aquisição mais rápida da forma. Ambas as considerações resultam em tempos
de ciclo significativamente mais rápidos.
FIM DA OPERAÇÃO. Existe evidência de que este material possui maior tendência à
degradação por oxidação do que PEBD. No fim da operação o PELBD deve ser purgado com
PEBD, e em seguida as temperaturas da extrusora e do cabeçote devem ser abaixadas,
enquanto a extrusora está operando em velocidade baixa. Quando as temperaturas atingirem
abaixo de 130°C (265°F), o motor da extrusora deve ser desligado e a energia das resistências
interrompida.
REPROCESSAMENTO. Quando este material é recuperado, sugere-se que até 25% dele
sejam misturados com material virgem. Em alguns casos até 100% de material recuperado
podem ser utilizados, porém isto depende exclusivamente do produto e dos requisitos de uso
final. Um dos problemas principais na utilização de material recuperado é a dificuldade em
manter uma alimentação constante de material para o conjunto do canhão. Polietileno
regranulado é leve e fofo por natureza, e devido a esta característica tem a tendência de
formar pontes no funil, criando problemas de alimentação. Em muitos casos material virgem é
acrescentado ao recuperado para providenciar peso (corpo) para a mistura de
recuperado/virgem e vencer os problemas de formação de pontes. Quando o material
recuperado é acrescentado ao material virgem, não é tão crítico que o recuperado seja da
mesma densidade, ou do mesmo índice de fluxo como o material virgem, como no caso de
PEBD.
PEAD OU HDPE
COLORAÇÃO. Como a cor natural deste material é um tipo de branco, ele pode ser colorido
numa série de cores, exceto cores transparentes. O material é comercializado tanto em cores
já compostas como na cor natural para a coloração posterior na máquina de moldagem, por
técnicas como a utilização de masterbatch, coloração seca e coloração líquida. No processo da
coloração à seco, os tempos de mistura devem ser controlados precisamente, pelo fato de que
um tempo muito curto de mistura resultará numa dispersão e adesão inadequada dos
pigmentos, e um tempo de mistura prolongado pode causar a compactação dos pigmentos.
Não exceda uma concentração de pigmentos de aproximadamente 0,4%; concentrações mais
altas podem ser obtidas a partir de compostos coloridos. A esco-lha do pigmento adequado é
importante, porque alguns deles aumentam a sensibilidade ao fraturamento sob tensão e/ou
possibilitam a deformação dos produtos (alguns pigmentos orgânicos agem como agentes de
nucleação para PEAD). Consulte um especialista em co-loração sobre o tipo de pigmento
recomendado para PEAD. Na utilização de negro-de-fumo como corante seco será necessário
prevenir a absorção de umidade durante o armazenamento, caso contrário o polímero colorido
terá que ser secado antes da moldagem.
45 6 6 2
60 8 10 3.3
90 10 13.5 4.5
120 12 15.75 5.25
Roscas do tipo barreira também já foram usadas com sucesso, com PEAD. Uma rosca típica
de barreira com um diâmetro de 114 mm (4 1/2”) terá uma relação L/D de 24:1, e pode ser
operada até 100 rpm. Canhões com zonas de alimentação ranhuradas, em conjunto com roscas
de compressão zero, são utilizados largamente com este material, tanto na forma de pó como
na forma de grãos. Quando buchas de inserto com ranhuras estão sendo utilizadas na zona de
alimentação do canhão, elas devem ser refrigeradas intensamente pela circulação de bastante
água, por exemplo, com um volume de 1m/s (uma extrusora com 120 mm de diâmetro pode
necessitar 2000 l/hora de água na zona de alimentação). Não permita um aumento de
temperatura acima de 100°C (212°F), mantenha a temperatura a mais fria possível; isto
melhorará a eficiência de alimentação.
Uma extrusora de 60 mm (aproximadamente 2,4”) poderia ter 6 ranhuras de uma
profundidade inicial de 4 mm (0,16”), e uma largura de 8 mm (0,32”). Uma extrusora de 120
mm (cerca de 4,8”) pode ter 12 ranhuras de uma profundidade inicial de 4 mm e uma largura
de 10 mm (0,4”). As buchas de inserto com ranhuras se estendem até 3 1/2D, além da abertura
de alimentação. A compactação de pó pode ser melhorada, quando o canhão é alargado na
região do funil em até 4 mm (0,16”) e o passo da rosca é 0,8D. O ângulo de transição entre
esta bolsa e o diâmetro normal do canhão não deve ser menor que 7°.
Para uma zona de alimentação ranhurada, são recomendadas roscas de maior comprimento,
incorporando zonas de cisalhamento e mistura. As dimensões das ranhuras devem ser
adaptadas ao tamanho dos grãos do material processado.
Este material necessita de unidades de acionamento de alta potência (motores e mancais
axiais), o valor de potência requerido – por quilograma de produção – é aproximadamente o
dobro daquele para um material termoplástico amorfo.
TEMPOS DE CICLO. Apesar do alto conteúdo de calor de PEAD é possível obter tempos
rápidos de ciclo com alguns produtos quando, por exemplo, a espessura da parede pode ser
reduzida. Isto é possível devido à alta rigidez deste material. A rigidez do frasco para uma
espessura de parede determinada é proporcional à raiz cúbica do módulo de rigidez deste
material. Nesta base, um frasco produzido de um material de 0,96g/cm3 de densidade, pode
ter 50% da espessura de parede de um frasco feito a partir de um material com uma densidade
de 0,92g/cm3.
FIM DE OPERAÇÃO. O fim de operação também não deve apresentar problemas especiais,
porém para a limpeza da extrusora e do cabeçote é útil efetuar uma purgação com PEBD. Para
evitar oxidação deixe o polímero no equipamento de extrusão e reduza as temperaturas o mais
rápido possível, quando existir a intenção de iniciar a operação novamente, mais tarde, sem
limpar o equipamento no período de descanso.
ACABAMENTO E DECORAÇÃO. Este material não pode ser jacoplado a outro do mesmo
tipo pela utilização de solventes. Devido a sua superfície inerte e inaderente, também não
pode ser colado com muito sucesso por adesivos, a não ser com adesivos de contato, ou de
fusão a quente. Quando a superfície é polarizada, por exemplo, utilizando uma chama ou uma
descarga elétrica, o material pode ser juntado com metais, usando epóxis ou adesivos nitrilo-
fenólicos; este tratamento também melhorará a possibilidade de impressão. A aplicação de
chama é bastante popular; para assegurar uma adesão satisfatória, a tensão da superfície após
o tratamento deve ser menor que 44 MN/m; isto é possível pela utilização de uma chama
oxidante em temperaturas acima de 1000°C; os tempos de contato são muito curtos,
aproximadamente alguns centésimos de segundo.
O material pode ser soldado normalmente por técnicas como placa ou sapata quente. A
usinagem deste plástico é difícil devido a sua natureza macia e elástica. Não aplique muita
pressão na usinagem para evitar a distorção do material.
O PEAD pode ser reticulado por radiação de alta energia ou pela incorporação de peró-xidos.
A incorporação de negro-de-fumo possibilita um reforço destes materiais e aumenta a
resistência à luz.
PRODUTOS TÍPICOS. Recipientes grandes ou tambores (por exemplo, com volume de 180
litros), brinquedos e componentes para automóveis (tanques de combustível e spoilers) são
aplicações típicas, produzidas pela moldagem por extrusão e sopro com acumulação. O PEAD
é utilizado nestas aplicações devido a sua alta resistência ao impacto e devido ao fato de que
pode manter as propriedades em baixas temperaturas, por exemplo, a 18°C ne-gativos. Uma
falha da resistência ao impacto pode ocorrer quando existe uma área fraca localizada ou uma
concentração de tensões, que podem ser causadas por mudanças abruptas de seção, linhas de
soldas, linhas do cabeçote, linhas do molde ou falta de homogeneidade.
Para se obter as propriedades desejadas no produto acabado (por exemplo, resistência ao
impacto e rastejamento), muitas vezes é necessário usar um material de alto peso mo-lecular,
conhecido como APM PEAD ou PEAD APM. A maioria dos PEAD’s comerciais possuem
pesos moleculares na faixa de 50.000 até 250.000. O peso molecular de APM é mais alto; em
torno de 250.000 até 1 milhão. Os materiais de ultra alto peso molecular (co-nhecidos como
UAPM-PEAD ou PEAD-UAPM), possuem pesos moleculares acima de 1
milhão. Estes materiais possuem excelentes propriedades, porém são muito difíceis de
moldar.
Existe uma aplicação grande para materiais do tipo APM na fabricação de recipientes para o
transporte de produtos perigosos, pelo processo de AEBM. Certas especificações são
estabelecidas para estes recipientes, por exemplo, o recipiente deve ter um desempenho
satisfatório (não deve vazar) em testes de queda, estanqueidade, pressão e empi-lhamento.
Estes testes são muito exigentes e envolvem testes de queda em baixas tempe-raturas, por
exemplo, a -18°C.
Tipos de menor peso molecular que os de APM podem ser conhecidos como PEAD de médio
peso molecular (MPM PEAD), e estes copolímeros tendem a ser utilizados para recipientes
menores, abaixo de 20 litros, onde as resistências ao impacto em baixas temperaturas não são
necessárias e onde a facilidade de processamento é requerida. PEAD de médio peso molecular
é utilizado para produzir uma grande série de recipientes e frascos.
Exemplos: (a) recipientes para cosméticos, como, talco e após barba, (b) detergentes e frascos
para amaciantes de roupa, (c) recipientes para óleo e fluidos anti-congelantes, (d) recipientes
para produtos químicos domésticos, por exemplo, desinfetantes, (d) recipientes para produtos
ou produtos químicos de jardinagem, como, frascos para pulverização. O material é utilizado
porque tem aparência atraente, possui boa resistência à quebra sob tensões ambientais (ESCR)
e estabilidade dimensional.
Materiais plásticos podem ser produzidos de tipos biodegradáveis, por exemplo, pela
utilização de aditivos ou pela fabricação de polímeros especiais. Mediante a copolimerização
de etileno com monóxido de carbono é possível produzir um material biodegradável; o
aumento do conteúdo de monóxido de carbono resulta em maior fragilidade. Este material
pode ser feito mais biodegradável do que papelão.
PP
MÉTODOS DE PRODUÇÃO. Este material pode ser moldado por sopro, utilizando-se as
seguintes técnicas: moldagem por extrusão e sopro (EBM), por extrusão e sopro com
acumulação (AEBM), por injeção e sopro (IBM), por extrusão e sopro com estiramento e
pelo processo de moldagem por injeção e sopro com estiramento.
A largura do filete da rosca normalmente é 0,1D e o passo é 1D; isto resulta num ângulo de
inclinação do filete de 17,7°. A rosca e o canhão devem ser fabricados de um aço nitretado; às
vezes um revestimento de aço resistente ao desgaste é utilizado. PP possui menor
condutividade térmica do que o PEAD, é importante que o calor seja introduzido de forma
bastante uniforme. Por este motivo, algumas roscas utilizadas para PP possuem elementos de
mistura/cisalhamento num estágio anterior. Com roscas relativamente curtas de pequeno até
médio diâmetro, é necessário dar atenção especial a um controle rigoroso de temperatura do
sistema. Pela utilização de um perfil de temperatura de pouca inclinação ou até revertido,
podem ser obtidas melhores produções e maior resistência da massa.
Para uma produção maior, é recomendada a utilização de extrusoras com um inserto
ranhurado e refrigerado na zona de alimentação do canhão. Estas extrusoras podem apresentar
um rendimento maior do que 80%, em comparação com uma máquina convencional do
mesmo tamanho. O canhão possui uma relação de L/D de aproximadamente 30:1. Ranhuras
de uma profundidade de 4 mm (0,16”) são dispostas num espaçamento de cerca de 33 mm
(1,25”) na parte interna da zona de alimentação do canhão. É muito importante manter a
seção ranhurada bem refrigerada (veja PEAD). Na mudança de material, de PEAD para PP, a
produção pode cair bastante; a densidade a granel de PP é menor (0,51 g/cm3 contra 0,54
g/cm3). Com uma rosca convencional a produção pode cair em 25% e com uma máquina de
canhão ranhurado a produção pode ser 10% mais baixa. Quando estes materiais são
plastificados, a suas densidades são parecidas (1,76 g/cm3), por este motivo a profundidade
da zona de equilíbrio deve ser a mesma.
A temperatura da massa pode ser medida no bocal ou pela técnica de injetar o material ao ar,
e deve estar na faixa de 190 a 210° (374-410°F). Acima de 230°C (446°F) podem existir
problemas com a estabilidade do parison, e abaixo de 190°C a massa provavelmente não será
homogênea. A tabela a seguir indica os ajustes de temperaturas para tipos diferentes do
material.
OUTROS COMENTÁRIOS. PP reforçado com fibras de vidro pode ser moldado por
extrusão e sopro. Este material possui maior rigidez e estabilidade térmica, do que outros
tipos sem reforço, porém o desgaste das extrusoras é bem maior no seu processamento.
PP com carga de borracha também já foi moldado por extrusão e sopro; o material é
manuseado de modo similar a PP-CO. Possui massa de boa resistência e expansão no bocal. É
possível obter produtos bastante brilhantes a partir do PP. O brilho pode ser me-lhorado ainda
pelo uso de ceras baseadas em PP. O PP pode tolerar a adição de até 2% de cera, sem uma
perda notável de propriedades. Estas ceras também podem ser utilizadas para controlar as
propriedades de fluxo no emprego de material recuperado.
A transparência de PP pode ser aperfeiçoada pelo uso de agentes de nucleação, isto é,
copolímeros aleatórios. Agentes de nucleação, particularmente ativos, são metais alcalinos ou
os sais de alumínio de ácidos aromáticos ou carboxilas, como benzoato de alumínio.
PRODUTOS TÍPICOS. São fabricados de PP recipientes com volumes de um, três, quatro e
cinco litros para óleo de motor. Um tamanho de frasco de 5 litros pode necessitar de 180
gramas de PP e possibilitar uma resistência ao empilhamento de 1000N. Uma quantidade de
material de 260 g de APM-PEAD seria necessária, se o mesmo frasco fosse feito deste
material. Aplicações industriais representam uma parte considerável do mercado para PP,
incluindo a fabricação de componentes para carros, situados embaixo do capô, dutos de ar
para automóveis, tanques de expansão, revestimentos para caldeiras e painéis de aque-cimento
solar. Para obter uma massa elástica, que é útil na moldagem por sopro destes componentes, é
necessário utilizar um material de alto peso molecular com uma distribuição ampla mesmo.
Devido a sua inércia química, alta rigidez e resistência a temperaturas relativamente altas, o
PP é utilizado para recipientes (tanto monocamada como multicamada) que são enchidos a
quente, pelo fato de que PP dá maior rigidez estrutural.
Quando submetidos a uma orientação biaxial, os produtos de PP moldados por sopro possuem
boa tenacidade e propriedades óticas transparentes. Para este tipo de reci-piente existe um
grande mercado (veja o capítulo sobre OPP).
Os copolímeros aleatórios de PP (conhecidos às vezes como polímeros estatísticos) são um
grupo de termoplásticos baseados em poliolefinas que possuem tenacidade, flexibilidade e
transparência; aspectos importantes, principalmente para a moldagem por sopro. Estes
materiais oferecem resistência química e propriedades de barreira de PP-H, porém possuem
um ponto de plastificação mais baixo. O desenvolvimento e a aplicação desta classe de
materiais ajudaram a transformar o PP num material de sopro da maior importância.
Estes materiais contém de 1,5 a 7% de etileno por peso e a sua estrutura é similar àquela de
PP isotáctico, porém com inserção aleatória de unidades de etileno. Estas unidades não são
inseridas em blocos; se 7% de etileno fossem inseridos em unidades individuais, o ponto de
plastificação estaria em torno de aproximadamente 66°C (150°F). Estas inserções destróem a
estrutura cristalina e dão tenacidade. Os pontos de plastificação de tipos comerciais estão na
faixa de 121 até 152°C (250-305°F). A transparência destes materiais pode ser melhorada por
agentes de nucleação, e eles são processados pela moldagem por extrusão e sopro (produtos
de monocamada e multicamada), moldagem por injeção e sopro e moldagem por estiramento
e sopro. Os artigos são utilizados para a embalagem de produtos farmacêuticos, como também
para frascos de multicamada enchidos a quente, na embalagem de alimentos. Estes produtos
possuem transparência e propriedades de barreira contra vapores úmidos para a embalagem de
medicamentos. Também possuem boa rigidez e resistência ao calor para aplicações de
enchimento a quente, e alta resistência ao impacto para o uso em aplicações de refrigeração.
Copolímeros aleatórios foram utilizados para produzir itens de parede dupla com dobradiças
ativas, por exemplo, caixas para ferramentas. Estes produtos são fabricados pela técnica de
sopro por agulha e as dobradiças são formadas inicialmente por compressão – saliências no
molde comprimem o parison. Imediatamente após a moldagem o produto deve ser submetido
a flexões várias vezes para desenvolver as dobradiças. Estes materiais não branqueiam sob
tensão e são resistentes ao impacto; o produto é mais barato de se produzir do que pela
moldagem por injeção.
UPVC OU PVC-U
RESISTÊNCIA. PVC é resistente a água, soluções salinas, agentes oxidantes (por exemplo,
peróxido de hidrogênio), agentes de redução, soluções hipocloritos, hidrocarbonetos
alifáticos, detergentes, ácidos não oxidantes e concentrações de álcalis. UPVC é resistente à
maioria de óleos, graxas, álcoois e gasolinas. É altamente resistente a ácidos fortes, por
exemplo, qualquer concentração de ácido hipoclorito em temperaturas até 60°C (140°F);
qualquer concentração de ácido sulfúrico até 90% em temperaturas até 60°C; ácido nítrico frio
de 50% também não ataca o UPVC. A resistência contra intempéries e produtos químicos é
boa, porém sofre normalmente pela adição de modificadores de impacto. Os homopolímeros
de PVC são mais resistentes a ataques químicos do que os copolímeros. Compostos de UPVC
não são recomendados para o uso contínuo acima de 60°C (140°F).
COLORAÇÃO. Como a cor natural deste material é transparente, é possível uma série de
cores; isto inclui tanto cores transparentes, como opacas. A maioria dos frascos de UPVC é
transparente, por este motivo a quantia de corante necessária é relativamente pequena. O
material é vendido tanto em cores compostas, como na cor natural para a coloração na
máquina de moldagem, por técnicas como coloração a seco, mistura de masterbatch e co-
loração líquida. Na coloração de UPVC, tanto corantes, como pigmentos podem ser
utilizados. Certos tipos de pigmentos, porém, podem catalisar ou provocar a taxa de
decomposição – estão nessa categoria pós ou óxidos metálicos.
O tipo mais comum de masterbatch usado é o sólido. Porém, apenas alguns masterbatches
universais são apropriados, portanto recomenda-se verificar as especificações dos fabricantes
antes do uso. Cores líquidas também podem ser usadas, entretanto, o nível de adição deve ser
controlado atentamente, para evitar alterações de propriedades do composto de moldagem,
como resultado do portador líquido.
MÉTODOS DE PRODUÇÃO. Este material pode ser moldado por sopro, pela moldagem
por extrusão contínua e sopro (C-EBM), moldagem por extrusão e sopro com estiramento
(ESBM), por injeção e sopro (IBM), e moldagem por injeção e sopro com estiramento
(ISBM). Qualquer máquina destinada ao processamento de UPVC deve ser protegida contra
ataques de corrosão, isto significa, que o painel de controle, o equipamento complementar e a
máquina etc, devem ser revestidos, pintados, ou fabricados de aço inoxidável. Para proteger
tanto o equipamento, como os operadores, um bom sistema de ventilação deve ser instalado e
controlado regularmente, assegurando o funcionamento do sistema.
INÍCIO DE OPERAÇÃO. Verifique antes do início da operação que a extrusora não esteja
contaminada com acetal, isto poderia causar uma decomposição severa e rápida. Em caso de
qualquer dúvidas efetue uma purgação da extrusora. Na mudança para um tipo de mate-rial
apropriado para produtos alimentícios, a extrusora também deve ser purgada de qualquer
material diferente.
Verifique se o canhão foi aquecido por um tempo suficiente e reduza a rotação da rosca para
um valor baixo, por exemplo, para 11 rpm. Em seguida introduza o material; as primeiras
provas provavelmente serão uma mistura de PE e PVC, ou um PVC levemente degradado.
Com transparência crescente, o parison se torna leitoso, porém esta cor brevemente deve
desaparecer. Ligue a refrigeração da rosca caso necessário, e aumente a rotação para a
velocidade de operação.
OUTROS COMENTÁRIOS. Polímeros de vinil cloreto (VC) podem ser fabricados por
emulsão (dando PVC-E), suspensão (PVC-S) e aglomeração, também conhecido como
polimerização da massa (PVC-M). O último é usado largamente para produtos transparentes,
devido a sua pureza. Como VC é tóxico, o nível do monômero residual no plástico deve ser
mantido muito baixo, por exemplo, abaixo de um milhão (<1ppm). O material UPVC
normalmente é baseado em PVC-S ou PVC-M. Uma das vantagens na utilização de
estabilizantes baseados em estanho é que eles podem ser usados com qualquer tipo de PVC.
Não é o caso com sistemas baseados em bário e cádmio, estes são formulados para a
adaptação a um produto ou processo específico.
PLÁSTICOS ORIENTADOS
OPET, OPP E OPVC
OPP. Quando submetidos a uma orientação biaxial, frascos de PP moldados por sopro
possuem excelente firmeza e transparência; o mercado para estes produtos é considerá-vel.
Devido as melhorias possíveis através desse processo, podem ser utilizados tipos de PP de
menor custo (o homopolímero).
Pela técnica de moldagem por extrusão e sopro com estiramento (ESBM), artigos até um
volume de 2 litros podem ser produzidos. As matérias-primas usadas possuem uma taxa de
fluxo (MFR) entre 1,5 e 2,5. Elas possibilitam um processamento rápido com boa resistência
da massa, e os produtos acabados são transparentes, resistentes ao impacto
e rígidos (caso uma transparência máxima seja necessária, devem ser utilizados copolímeros
aleatórios de PP).
A transparência através do produto é muito boa, tanto com os frascos cheios, como vazios.
Frascos de PP não submetidos a uma biorientação, possuem boa claridade quando enchidos,
porém a transparência em estado vazio (olhando através do frasco) é inferior. Os frascos de
OPP podem assemelhar-se a frascos de PVC na claridade.
PP possui as melhores propriedades de barreira contra o vapor de água dos termoplásticos
normalmente utilizados, e a biorientação reduz estas taxas de transmissão em 50%. Por isso,
não há necessidade de encher os frascos excessivamente, resultando em economia de
conteúdo, além da economia obtida pela menor quantidade de material utilizado. Frascos de
OPP possuem melhor resistência à queda, do que frascos sem biorientação; a rigidez e a
resistência à tração também são melhores. Sendo um material termoplástico semicristalino, o
condicionamento térmico é extremamente crítico.
Copolímeros aleatórios de PP (às vezes conhecidos como polímeros estatísticos) são um
grupo de termoplásticos baseados em poliolefinas que possuem tenacidade, flexibilidade e
transparência (que é o mais importante para a moldagem por sopro). Estes materiais ofe-
recem resistência química e propriedades de barreira de PP-H, porém com um ponto de fusão
mais baixo. O desenvolvimento e a aplicação deste tipo de material ajudará a transformar o
PP em um material da maior importância na moldagem por sopro (veja PP).