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PLÁSTICOS E POLÍMEROS
Os plásticos comerciais, em sua maioria, também conhecidos na América do Norte como resinas, são
baseados no elemento carbono e são feitos pela síntese de materiais brutos simples, baseados em
petróleo. Estes materiais iniciais são chamados monômeros, e estes materiais simples de baixo peso
molecular são aglomerados por um processo conhecido como polimerização para formar polímeros.
Este termo significa que o produto final é composto de muitas unidades idênticas repetidas. Devido
ao fato de o peso molecular final, ou da massa, ser tão alto, este material também é chamado de “alto
polímeros”, ou macromoléculas.
Todos os plásticos são polímeros, mas nem todos os polímeros são plásticos. Celulose é um
polímero, porém não pode ser processada como um material plástico, a não ser que seja modificada.
Um plástico é um polímero que é capaz de ser formado ou moldado sob condições de temperaturas e
pressões moderadas. Existem duas categorias principais de plásticos, são os termoplásticos e
termorrígidos. Produtos termoplásticos como, por exemplo, um produto de moldagem por injeção,
podem ser amolecidos e moldados novamente, enquanto isso não é possível com os termorrígidos.
Em termos de quantidade os termoplásticos são a categoria bem mais importante. Muitos plásticos,
baseados em um monômero, são co-nhecidos como “homopolímeros”, outros baseados em dois
monômeros são chamados de “copolímero”.
Materiais termoplásticos podem ser divididos em duas categorias principais; os materiais amorfos e
os cristalinos. Um material termoplástico amorfo normalmente é um material duro, transparente e
rígido com menor taxa de encolhimento e baixa resistência ao impacto. Um plástico cristalino
também contém material amorfo e é chamado de material termoplástico semi-cristalino. Estes
plásticos normalmente são mais tenazes e macios, mas podem ter uma temperatura mais alta de
distorção ao calor que um material termoplástico amorfo. Os plásticos semi-cristalinos também são
transparentes ou opacos, tem uma taxa maior de encolhimento e um alto teor de calor específico.
Propriedades de materiais
Cada um dos muitos plásticos disponíveis é na realidade uma família de materiais que são diferentes,
por exemplo, em peso molecular e distribuição de peso molecular. Isto quer dizer que é possível
obter uma gama de propriedades em cada grupo de material. Qualquer propriedade relacionada na
literatura deveria ser usada somente como guia geral. As propriedades dos plásticos também podem
ser alteradas dramaticamente mediante as condições de processamento utilizadas e pelo uso de
aditivos. Para muitos materiais, são disponíveis variações da fórmula básica mediante aditivos para
dar, por exemplo, maior resistência ao calor ou a condições meteorológicas. Alguns fórmulas
oferecem uma melhoria da resistência ao impacto ou facilidade de fluxo. Agentes modificadores de
processamento e desempenho podem ser acrescentados, incluindo, por exemplo, agentes antiestáticos
que podem fazer parte do masterbatch para coloração.
Formas de alimentação
A máquina sopradora pode ser alimentada com plásticos (resinas) ou compostos de várias formas: o
material pode ser um pó fino, material regranulado ou grãos. Quando o material é disponível em mais
de uma forma de alimentação, podem ocorrer problemas se uma mistura de pó fino, material
granulado ou grãos for usada. Em termos de eficiência de alimentação o granulado esférico
(aproximadamente 3 mm de diâmetro) é o mais eficiente. Pó fino normalmente é a pior forma
seguida por material regranulado, e nesta seqüência por granulado cortado em forma de cubos e por
granulado cortado em forma de corda (granulado feito pelo corte de cordas de secção circular).
Por razões boas e válidas máquinas de sopro são alimentadas muitas vezes com uma mistura de
materiais plásticos e masterbatch. O uso de tais misturas, porém, pode acarretar problemas. É comum
ocorrer uma leve diferença de cores entre máquinas diferentes; outro problema é a separação de
masterbatch da resina no funil de alimentação.
DENOMINAÇÕES E ABREVIAÇÕES
Denominações comuns
A denominação da maioria dos termoplásticos começa com “poli”, e depois este termo, que significa
“muito”, é seguido pelo nome antigo do momômero do qual o plástico é derivado, isto é, o nome da
fonte de origem. Devido a esta prática temos deno-minações como poliestireno e polietileno para
homopolímeros. Quando o nome de um material plástico possui mais de uma palavra, parênteses
podem ser colocados em volta das palavras, como por exemplo, poli (cloreto de vinila). Porém, esta
prática não é universal, portanto se encontra o mesmo termo sem os parênteses, isto é “policloreto de
vinila”. Denominações baseadas na fonte não são usadas universalmente, assim, nomes como
“acetal” e “celulose” também podem ser encontrados. Outros sistemas mais lógicos de nomenclatura
já foram propostos, mas até agora não foram adaptados.
Denominações alternativas
Muitos plásticos são conhecidos por mais de um nome, por exemplo, acetais podem ser conhecidos
como “poliformaldeido” ou “polioximetileno”. Quando isto acontece o(s) nome(s) alternativo(s)
deve(m) ser relacionado(s) para possibilitar a referência cruzada. A utilização de nomes comerciais
também é praticada, alguns destes nomes estão relacionados na Tabela 4.
Abreviações
Devido à complexidade das denominações químicas para descrever polímeros, a referência comum
na maioria dos casos são abreviações. Estas abreviações são apresentadas em forma de uma
seqüência curta de letras maiúsculas; cada letra maiúscula indica uma parte do nome comum. Caso o
nome do material plástico comece com “poli”, a primeira letra é “P”, e a outra letra é o derivado do
monômero de origem. Nomes como “poliestireno” e “polietileno”, portanto, são abreviados com
“PS” e “PE” (veja Tabela 1).
Deve se levar em conta que tanto abreviações normalizadas como sem normalização estão sendo
usadas. Muitas vezes os materiais aparecem e são usados antes que uma organização de normalização
estabeleça uma sugestão. Nestes casos uma abreviação sem normalização pode ser introduzida, ou
mais de uma abreviação pode aparecer para o mesmo material. O elastômero termoplástico
conhecido como elastômero polieter éster pode ser abreviado como PEEL, ou como COPE (de
copoliéster), ou como TEEE (de termoplástico elastômero éster éster), ou ainda como YBPO (uma
sugestão norte-americana).
Dadas às possibilidades de confusão foi sugerido que, quando forem utilizadas abreviações em
publicações, a primeira referência no texto deve ser colocada entre parênteses com o nome por
extenso na frente. Quando, por exemplo, poliestireno for mencionado pela primeira vez num artigo,
deverá ser escrito como poliestireno (PS). Referências posteriores de tais palavras numa publicação
podem levar apenas o nome da abreviação.
Uma prática que está crescendo, particularmente dentro de companhias, é que um maior número de
letras está sendo usado para identificar plásticos, com um mínimo de três letras, aparentemente para
assimilar as necessidades de processamento eletrônico de dados. Quando solicitado para subtrair
informações a partir de dados básicos, a solicitação pode ser mais específica, por exemplo, quando
uma letra adicional é acrescentada ao polipropileno como R ou N especificando o termo PPR ou PPN
invés de PP. Porém, em alguns sistemas existe o perigo de subtrair tudo que começa com PP (por
exemplo, PPE e PPO), ao invés de simplesmente PP. Esta prática deve ser usada com precaução,
devido ao fato da letra R ser usada para denominar um copolímero aleatório (random), portanto, PPR
denomina precisamente um copolímero de PP - estes materiais estão sendo usados em moldagem por
sopro. Poliestireno pode ser denominado como GPPS (poliestireno de uso geral ) ou como PS-GP.
Uma outra prática que parece crescer novamente devido ao processamento de dados é a maneira de
não colocar nada antes da abreviação básica do plástico, por exemplo, polietileno de baixa densidade
seria denominado PE BD, ao invés de PEBD. Na prática um traço é inserido entre os grupos de
letras; deste modo PE BD é denominado PEBD; (veja também as Tabelas 3A e 3B).
Modificações de abreviações
Pelas normas e uso geral, letras adicionais podem ser utilizadas para modificar aquelas usadas como
abreviações (veja Tabelas 3A e 3B). Por exemplo, PE-UHMW denomina um polietileno de ultra alto
peso molecular. Como a norma ASTM 1600-86 sugere que a abreviação GP seja usada para “general
purpose” (uso geral), o material PS-GP significa poliestiréno de uso geral. No mundo termoplástico
G significa vidro (glass), e F significa fibra (fiber), portanto GF é a abreviação de fibra de vidro.
O significado de uma letra em particular depende às vezes do contexto, já que letras individuais
podem ter mais de um significado, por exemplo, M quando usado em GMT significa “manta”, com
isso, GMT significa um material termoplástico do tipo de manta de vidro. Devido ao crescimento de
produtos plásticos orientados, a letra O é colocada na frente da abreviação de um material particular,
com isso PVC orientado é denominado OPVC, denominando um recipiente feito deste material
orientado.
Favor observar, caso uma letra não esteja sendo usada na Tabela 3B, isto não significa que esta letra
não seja usada em outro ramo da indústria plástica (veja também as normas ISO 1043/2 e ISO
1043/3).
LETRA SIGNIFICADO
C CLORADO
D DENSIDADE
E EXPANDIDO
F FLEXÍVEL ou FLUIDO (estado líquido)
H ALTO
I IMPACTO
L LINEAR ou BAIXO
M MÉDIO ou MOLECULAR
N NORMAL
P PLASTIFICADO
R AUMENTADO
T TERMOPLÁSTICO
U ULTRA ou NÃO PLASTIFICADO
V MUITO
W PESO
X INTERLIGADO ou CRUZADO
LETRA SIGNIFICADO
A ATÁCTICO
B COPOLÍMERO EM BLOCO
C CRISTALINO
E EMULSÃO (POLÍMERO)
F FIBRA
G VIDRO
H HOMOPOLÍMERO
K COPOLÍMERO
M MASSA ou AGLOMERADO, ou MANTA
O ORIENTADO
R COPOLÍMERO VARIADO ou ALEATÓRIO
S SUSPENSÃO (POLIMERIZAÇÃO)
V VULCANIZADO ou INTERLIGADO/CRUZADO
EP MATERIAL TERMOPLÁSTICO DE ENGENHARIA
GF FIBRA DE VIDRO
GMT TERMOPLÁSTICO (REFORÇADO) DE
MANTA DE VIDRO
GP USO GERAL
XL CRUZADO ou CURADO ou VULCANIZADO
HI ALTO IMPACTO
Obs.: Caso uma letra não esteja sendo usada nestas tabelas, não significa
que esta letra não seja empregada em outro ramo da indústria plástica.
Pelas normas e uso geral, PA significa poliamida. Após o aparecimento do PA origi-nal foram
criados muitos tipos em várias unidades de condensação, numa série homóloga. Entre as numerosas
poliamidas possíveis, dois tipos são de grande importância comercial: a poliamida PA6 e a poliamida
PA 66. Num alargamento do sistema de abreviação PA 66, GF 35 significa poliamida 66 com reforço
de 35% de fibra de vidro.
Copolímeros
Quando dois tipos de monômeros são utilizados para produzir um material plástico, o resultado é um
produto conhecido como copolímero. Este pode ser denominado mediante as iniciais que representam
os monômeros utilizados, isto é, sem o “P” para “poli“. O copolímero (bi-polímero) produzido de
estireno e acrilonitrila, por exemplo, é denominado estireno acrilonitrilo copolímero, ou SAN. Foi
sugerida que uma barra deva ser colocada entre as abreviações dos monômeros, tal como ‘E/P’ para
um copolímero etileno propileno. Porém, esta sugestão não foi adaptada universalmente porque SAN
ainda é SAN; a barra pode ser omitida, caso isto se torne uso geral, conforme ISO 1043-1:1987(E).
O monômero que constitui a maior parte normalmente é mencionado primeiro e o outro monômero
em muitos casos somente é mencionado quando existe numa proporção maior, como, por exemplo
5% (alguns assim chamados homopolímeros são em realidade copolímeros, porém o segundo
monômero existe apenas em proporção menor).
Misturas ou cargas
Dadas às facilidades de fabricação (utilizando, por exemplo, uma extrusora de compactação de duas
roscas), existe bastante interesse em misturas de plásticos, ou em misturas de plásticos com
elastômeros, que podem ser modificadas com cargas ou fibra de vidro. Quando uma mistura é feita
de dois ou mais polímeros sugere-se que os símbolos dos polímeros iniciais sejam separados por um
sinal positivo e a fórmula colocada entre parênteses, por exemplo, (A+B). Se o copolímero de
estireno acrilonitrilo, ou SAN for misturado com o copolímero feito de etileno e vinilacetato, ou
E/VAC seria representado como (SAN+E/VAC) no sistema de normalização conforme ISO 1043-
1,1987(E). Mais comumente é conhecido como SAN/EVA, ou SAN/EVAC. O ingrediente maior em
geral é mencionado primeiro e o outro polímero somente é mencionado quando existe em
porcentagem maior, por exemplo, acima de 5%. Abaixo desta proporção é considerado um aditivo, e
é pouco mencionado em sistemas normalmente usados.
Em ambos os casos de copolímeros e misturas, parece razoável indicar a porcen-tagem de peso de
cada ingrediente, por exemplo, 70/30, porém esta informação muitas vezes não é disponível.
Existe um sistema de dados, por exemplo, nas normas ASTM, para classificar ou codificar materiais
plásticos, de modo que a descrição do material indica se ele é, por exemplo, um copolímero baseado
num monômero específico, o método de processamento previsto, o conteúdo de aditivos do material
que modifica o seu comportamento básico e informações sobre as propriedades. Muitos
processadores, porém, não apreciam a existência de tais informações, estas podem ser obtidas do
fornecedor de matéria-prima.
Alguns fornecedores
Estes não são necessariamente os fabricantes de matéria-prima, mas como em muitos outros casos
plásticos são comprados e vendidos em base mundial, algumas companhias também se especializam
na fabricação de plásticos compostos, por exemplo, adicionando cargas, e neste caso o composto
final pode aparecer no mercado sob o próprio nome comercial do fabricante. Veja na Tabela 4 uma
lista de algumas abreviações e nomes comerciais de plásticos.
Quando é possível o nome de um polímero estar associado ao de uma companhia em particular este
deve ser conhecido, devido ao fato que em algumas fábricas de moldagem os plásticos somente são
conhecidos pelo nome ou pela marca comercial. Uma lista em ordem alfabética de alguns nomes e
marcas comerciais mais usados de termoplásticos está relacionada na Tabela 5, incluindo também as
abreviações e fornecedores correspondentes.
RESISTÊNCIA AO CALOR
Os testes normalizados mais comumente usados para medir a resistência ao calor são o ponto de
amolecimento Vicat (Vicat Softening Point) e a temperatura de distorção ao calor (Heat Distortion
Temperature).
O ponto de amolecimento Vicat (Vicat Softening Point), abreviado para VST, normalmente é
indicado em °F ou °C. Este ponto é determinado pela aplicação de uma carga normalizada de 10 N
ou 49 N, mediante uma punção circular num plástico específico, enquanto o conjunto de teste é
aquecido por uma taxa constante de 50°C (122°F), ou alternativamente 120°C (248°F) por hora. O
resultado é indicado como, por exemplo, 100°C (10 N, 50°C). Isto significa que a punção penetrou na
amostra de plástico, na temperatura de 100°C, na profundidade preajustada, quando foi submetido a
uma carga de 10 Newtons e a uma taxa de aquecimento de 50°C. Um Newton (N) corres-ponde a
aproximadamente 1 kg ou 0,22 libras.
Este teste deveria ser chamado Deflexão ao calor sob carga de flexão (HDUL), porém é chamado
muitas vezes de Temperatura de deflexão ao calor (Heat deflection temperature), ou abreviado HDT.
Em especificações de testes é chamado Temperatura de deflexão sob carga de flexão, duas cargas de
flexão são indicadas.
Uma barra de plástico (por exemplo, de 110x10x4 mm, ou 4,4x0,4x0,16 polegadas) é submetida a
uma flexão de três pontos, mediante uma carga que produz uma tensão máxima de 1,8 Mpa ou 0,48
Mpa (264 ou 66 psi) no ponto central, enquanto está sendo aquecida. Se a largura (b) é 4 mm e a
profundidade (d) é 10 mm, por exemplo, e a tensão necessária é 1,8 Mpa, a carga (F) em Newtons
que deve ser aplicada no ponto central (caso a distância entre os pontos extremos (L) seja 100 mm) é
igual a 2Pbd2/3L. Isto significa 2x1,8x100/3x100, que corresponde a 4,8 N. Esta carga é aplicada e a
temperatura é aumentada em 120°C por hora; quando a barra de 10 mm de espessura sofre uma
deflexão de 0,32 mm (0,012), a temperatura em °C anotada é chamada de HDT. A temperatura pode
ser indicada também em °F.
Resultados
O teste HDT é utilizado mais comumente nos Estados Unidos, enquanto o método VST é mais usado
na Europa. Uma comparação entre VST e HDT é apresentada na tabela a seguir. O valor de VST em
materiais termoplásticos amorfos é bastante pró-ximo da temperatura vítrea (Tg) quando os valores
10 N e 50°C estão sendo usados. Estas condições não se aproximam do ponto de plastificação (Tm)
para materiais termoplásticos semi-cristalinos. Neste caso, é melhor medir o HDT a 120°C por hora.
Um fato que limita a aplicação de muitos plásticos é que uma mudança relativamente pequena de
temperatura altera propriedades como a rigidez ou o tamanho dos componentes. Uma peça pode
sofrer uma distorção por aquecimento, muito antes de um sinal óbvio de decomposição química.
Expansão
O coeficiente de expansão térmica pode ser definido como o acréscimo reversível do comprimento de
um material por aumento de temperatura. A maioria dos plásticos possui coeficientes de expansão
térmica bastante altos, bem mais altos do que metais. Isto significa que uma mudança relativamente
pequena de temperatura pode causar uma alteração grande no tamanho de um componente plástico, e
como conseqüência problemas sérios no serviço, como trincas no componente ou até a falha do
mesmo. O coeficiente de expansão pode ser reduzido pela adição de cargas, por exemplo, fibras de
vidro (GF).
A temperatura vítrea
A temperatura vítrea (Tg) também é conhecida como temperatura de transição entre o estado rígido e
elástico (estado vidro/borracha), ou transição de segunda ordem. Nesta temperatura as propriedades
de um material mudam, o material se torna quebradiço, após o estado tenaz. Isto quer dizer que as
propriedades de todos os polímeros dependem da temperatura. Se uma borracha é refrigerada abaixo
de sua temperatura vítrea (Tg), ela não terá um comportamento elástico e se tornará quebradiça.
Homopolímeros de PP possuem uma temperatura de transição rígida/elástica de aproximadamente
32°F ou 0°C, portanto se a temperatura ficar abaixo de 0°C o material se torna rígido e frágil. A
temperatura vítrea (Tg) de muitos polímeros é de apro-ximadamente dois terços da temperatura de
plastificação (Tm), quando se usa a escala Kelvin (K). Para converter de °C para K adicione 273.
A temperatura vítrea
A temperatura vítrea (Tg) também é conhecida como temperatura de transição entre o estado rígido e
elástico (estado vidro/borracha), ou transição de segunda ordem. Nesta temperatura as propriedades
de um material mudam, o material se torna quebradiço, após o estado tenaz. Isto quer dizer que as
propriedades de todos os polímeros dependem da temperatura. Se uma borracha é refrigerada abaixo
de sua temperatura vítrea (Tg), ela não terá um comportamento elástico e se tornará quebradiça.
Homopolímeros de PP possuem uma temperatura de transição rígida/elástica de aproximadamente
32°F ou 0°C, portanto se a temperatura ficar abaixo de 0°C o material se tornará rígido e frágil. A
temperatura vítrea (Tg) de muitos polímeros é de apro-ximadamente dois terços da temperatura de
plastificação (Tm), quando se usa a escala Kelvin (K). Para converter de °C para K adicione 273.
Ponto de plastificação
Tm e transparência
Sobreaquecimento
Durante o processo de extrusão não deve ocorrer alteração (ou pouca alteração) da estrutura química
do material plástico, porque pode causar variações no produto. Plásticos serão degradados se forem
aquecidos a temperaturas elevadas; a taxa de alteração depende da temperatura atual, do tempo de
permanência nesta temperatura, dos aditivos existentes e da atmosfera ambiental do material plástico.
Muitas vezes o primeiro sinal de sobreaquecimento é uma mudança de cor, como plásticos muitas
vezes são selecionados pela cor, qualquer alteração é indesejada e deve ser evitada.
A refrigeração de um material plástico através de uma temperatura baixa não causará uma alteração
da estrutura química, porém se este material for refrigerado a uma temperatura bastante baixa poderá
ocorrer uma alteração física. O material pode mudar de um comportamento tenaz para um
comportamento extremamente rígido, por exemplo, ao invés de manter a flexibilidade quando sujeito
à dobra, o material se torna quebradiço (veja temperatura vítrea-Tg). Uma maneira de tornar plásticos
mais resistentes ao impacto é através da adição de elastômeros (borrachas).
RESISTÊNCIA QUÍMICA
Referências
Quando um material plástico é indicado como sendo resistente contra um produto químico
determinado, esta indicação deve servir apenas como referência, pois existem muitos grades (tipos)
de materiais e alguns destes podem se comportar de forma dife-rente. Mesmo assim, pode se dizer
que plásticos geralmente possuem uma boa resistência química. Esta resistência química
normalmente é melhor em materiais termoplásticos semi-cristalinos, do que em materiais
termoplásticos amorfos. Porém, em todos os plásticos a resistência química piora com o aumento de
temperatura.
ESCR
A resistência química a curto prazo da maioria de plásticos é bem conhecida. Um fato que não é tão
bem conhecido é a resistência química a longo prazo, ou a resistência ambiental e quebra sob tensão
(Environmental stress cracking resistance), abreviada ESCR. Primeiramente, um plástico pode
parecer resistente contra um produto químico em particular, por exemplo, água; porém um estudo a
longo prazo, como centenas de horas, pode revelar uma história diferente. A única resposta é o teste
de um produto real. O problema da resistência ao ambiente e quebra sob tensão pode ser até mais
difícil de resolver em alguns casos. O termo significa, que quando uma amostra é exposta à tensão
num ambiente em particular, por exemplo, a um produto químico que parece inofensivo, a amostra
falhará. Esta eventualidade sempre deve ser considerada.
Metais e plásticos
A diferença de comportamento entre plásticos e metais também deve ser lembrada. Em metais e
outros materiais o ataque químico normalmente é restrito à superfície e envolve corrosão e perda de
peso. Em materiais plásticos, porém, ocorre muitas vezes uma absorção do produto químico,
causando um inchamento e amolecimento, e em seguida um acréscimo de peso. Em casos extremos
a conseqüência pode ser uma perda posterior de peso, devido ao fato de que a superfície é dissolvida,
ou a superfície fica tão inchada ou entra em decomposição que ocorre um deslocamento.
PROPRIEDADES ÓTICAS
Transparência
Materiais são transparentes quando eles não contém um elemento que interfere com a passagem da
luz. Se a luz caísse numa peça de plástico e passasse através dela, este material estaria completamente
transparente. Porém existem muitos fatores que impedem isso. O material pode conter estruturas
cristalinas, ou a superfície pode ser riscada. As condições de produção também podem alterar a
transparência, já que a escolha de condições incorretas pode induzir à formação de voláteis (bolhas
de gás) ou tensões internas congeladas. Uma chapa de acrílico de boa qualidade (PMMA) pode
transmitir aproximadamente 92% de luz. A luz que não está sendo transmitida é refletida, espalhada
ou absorvida.
Transmissão de luz
Opacidade
A opacidade é medida com o mesmo aparelho tal como a transparência. Ela é definida como a
porcentagem de luz transmitida, diferente do raio de luz permitido em mais de 2,5%, como resultado
de espalhamento. Se a opacidade for maior do que 30% o material será classificado como semi-
transparente.
Claridade visual
Melhoramento da transparência
PROPRIEDADE DE FLUXO
Facilidade de fluxo
Materiais plásticos diferem largamente na sua viscosidade ou facilidade de fluxo, e este problema se
torna mais grave pelo fato de que cada material é disponível numa gama de variedades, e cada uma
possui seu próprio comportamento de fluxo. Esta realidade se torna ainda mais complexa, pelo fato
de que as propriedades de fluxo de plásticos não obedecem a lei Newtoniana, portanto não existe uma
relação linear entre pressão e fluxo. Isso significa que as propriedades de fluxo não podem ser
apresentadas adequadamente por um diagrama, por isso, em muitos casos, são conduzidos testes de
fluxo em uma gama ampla de condições. Devido ao alto custo de tais testes, outros mais simples,
como por exemplo, MFR ainda são utilizados.
Em muitos estabelecimentos são feitos testes das matérias-primas recebidas, utilizando uma extrusora
pequena para determinar as qualidades reológicas. Um ferramental normalizado é especificado e a
máquina é ajustada para temperaturas determinada. O comportamento de extrusao é avaliado dentro
de uma série de velocidades, e gráficos de parâmetros como, produção vs. rotação da rosca,
temperatura vs. rotação da rosca e crescimento do parison vs. rotação da rosca são confeccionados.
Um dos grandes problemas é manter as temperaturas pré-ajustadas, já que cada alte-ração da rotação
da rosca também altera as temperaturas do cilindro da extrusora.
Existe uma outra maneira de determinar a facilidade de fluxo de um material plástico. Este teste é
conduzido utilizando-se uma máquina de moldagem por injeção sob condições especificas. O
resultado é determinado como taxa. Se esta taxa é cotada como sendo 150:1, isto significa que numa
espessura de parede do molde de 1mm o comprimento máximo de fluxo possível é aproximadamente
150 mm. Como a quantia do fluxo possível depende da espessura de parede, as taxas de fluxo podem
ser cotadas para uma série de espessuras.
Esta taxa é conhecida normalmente como MFR ou MFI (índice de fluxo- em Inglês Melt Flow
Index), estes dois termos têm o mesmo significado. Os termos são usados amplamente e o teste é
fácil de se conduzir e de se entender. Um material plástico aquecido é forçado através de um furo de
determinado tamanho (ferramental) numa espessura e um peso específico. A quantia de plástico
extrudado dentro de 10 minutos é chamada de MFR; e o resultado é dado como MFR (190, 21.2)=
2.3. Isso a uma temperatura de 190°C e uma carga (peso) de 21.2 Newtons (2,16kg).
Este teste de fluxo é conduzido forçando o material plástico através de um ferramental específico,
sob uma velocidade e temperatura conhecida; a velocidade é alte-rada em seguida e a pressão nova
necessária é medida e anotada. Após isso segue uma nova alteração da velocidade, medição de
pressão etc.
O tipo mais importante de fluxo que ocorre com massas de polímeros é chamado fluxo sob
cisalhamento, isto é, quando uma camada da massa está fluindo sobre uma outra sob aplicação de
uma força de cisalhamento. Este processo é descrito pela relação entre duas variáveis: a taxa de
cisalhamento, normalmente com o símbolo, e a tensão de cisalhamento. A tensão de cisalhamento
normalmente é identificada pela letra grega, esta é a tensão necessária para causar o fluxo de uma
camada sobre a outra, na taxa requerida.
t = PR/2L
g = 4Q/pR3
Pela divisão de t pela taxa de cisalhamento g, a viscosidade (m) pode ser obtida. Como os testes de
fluxo são efetuados dentro de uma gama de condições, a variação da viscosidade nas temperaturas e
taxas de fluxo pode ser estabelecida com facilidade.
Dados básicos
Estas informações são disponíveis nos dados básicos de materiais mantidos por muitas companhias,
por exemplo, na firma Moldflow (Europa) Ltd. Orpington, Kent, e são usados para prever as
condições de fundição num molde de injeção. Na moldagem por sopro estas informações são
utilizadas para projetar o ferramental que produz o parison, deste modo produtos mais consistentes
podem ser obtidos.
Para esta finalidade são necessários os efeitos de mudança de temperatura numa taxa constante de
cisalhamento junto com os valores que mostram, por exemplo, o efeito de uma taxa alternada de
cisalhamento numa temperatura constante. A taxa de cisalhamento é indicada em segundos
reciprocais (s-1) e quanto maior o número, mais rápido será o cisalhamento do material ou a
velocidade de avanço. Pelo gráfico da tensão de cisalhamento (Nm-2) contra a taxa de cisalhamento
(s-1) as curvas de fluxo podem ser estabelecidas. A viscosidade (Nsm-2) é obtida pela divisão da
tensão de cisalhamento pela taxa de cisalhamento.
Pseudoplasticidade e instabilidade
Na maioria dos casos plásticos são pseudoplasticos, isto significa que eles se tornam menos viscosos
(com maior facilidade de fluxo) quando eles são movimentados rapidamente. Isto é, a viscosidade de
plásticos cai facilmente com o aumento da taxa de cisalhamento, e a produção do parison se torna
mais fácil (um aumento da temperatura da massa também reduz a pressão necessária para manter
uma certa taxa se fluxo). Porém, em muitos materiais este aumento da taxa de cisalhamento entra em
colapso; com um aumento crescente da taxa de cisalhamento pode se entrar numa região onde não
existe mais uma correlação clara entre tensão e taxa de cisalhamento.
O fluxo se torna instável e imprevisível; com isso é possível que a massa deslize ou grude na parede.
Um aumento adicional da taxa de cisalhamento induz a uma outra mudança: o fluxo se torna estável
novamente. Este estado de instabilidade deve ser evitado ou minimizado, mediante uma seleção
apropropriada de condições de processamento (operando em temperaturas corretas), e pelo projeto
adequado dos canais de fluxo no ferramental. Em ferramentas de abertura variável isto significa, que
durante a mudança da abertura do ferramental as fronteiras entre uma região e outra não devem ser
cruzadas.
Uma vez que um tipo de plástico é selecionado para uma aplicação particular, um tipo com alto grau
de viscosidade deve ser escolhido, quando os componentes produzidos são submetidos a tensões
mecânicas severas. Os plásticos com alto grau de viscosidade normalmente possuem o maior peso
molecular e as melhores propriedades mecânicas. Uma das razões porque muitos recipientes
industriais são fabricados de PE de alto peso molecular – estes recipientes são mais fortes e mais
resistentes contra alterações de forma.
PROPRIEDADES MECÂNICAS
Os tipos de testes a seguir são os mais comumente utilizados em materiais plásticos, uma das razões
é o fato de serem relativamente fáceis de executar.
TESTES DE TENSÃO
Descrição
Num teste de tensão uma prova de material plástico é submetida à tração sob uma taxa controlada, no
sentido paralelo ao eixo longitudinal do corpo de prova. Durante o esticamento do corpo de prova, o
mesmo sofre um encolhimento em ambas as direções perpendiculares ao eixo longitudinal. Corpos de
prova podem ser cortados mediante uma guilhotina afiada, uma lâmina, ou usinados a partir de uma
peça extrudada. O método de preparação deve permitir a fabricação de uma prova de cantos lisos e
sem entalhes. Amostras com entalhes podem produzir resultados errôneos devido ao fato, que a
tensão será concentrada no entalhe. Quando possível as extremidades da peça de teste devem ser
executadas com dimensões maiores, para poder apanhar a parte mais larga durante o teste sem
prejudicar o corpo de prova. A máquina de teste estica a amostra, de modo que as extremidades se
afastam numa velocidade constante, que pode ser escolhida dentro da faixa de velocidades
disponíveis da máquina. Enquanto a amostra está sendo esticada, a máquina também indica e
normalmente memoriza a carga aplicada na prova.
O sistema de indicação da carga de uma máquina de teste de tensão deve ser calibrado para o ajuste
do ponto zero, quando a máquina está sem carga, além do peso das garras de apanhamento. Um peso
de calibrado é acrescentado e a sensibilidade é ajustada até a leitura da carga corresponder ao peso de
calibrado . Os controles do ponto zero e da sensibilidade eventualmente devem ser ajustados várias
vezes até ambos ficarem corretos.
Resistência à tração
É usada para calcular a resistência à tração a carga máxima que uma amostra sustenta durante um
teste de tensão, e que continua sendo aplicada até a quebra da amostra. Esta carga pode ocorrer
durante a quebra da amostra ou mais cedo. Para calcular a resistência à tração, a carga máxima é
dividida pela área transversal da peça de teste, que deve ser conhecida e medida antes. A área é
calculada pela multiplicação da largura, pela espessura da peça de teste. Essas medidas devem ser
verificadas na parte central e reta da amostra. Normalmente um número maior de amostras (por
exemplo, 5) são medidas e testadas. A resistência à tração deve ser calculada em cada teste para
apurar um valor médio. Resultados onde a amostra de teste foi avariada durante a preparação ou
quebrou nas garras devem ser ignorados. A resistência à tração portanto é a tensão máxima que um
material sustenta quando sujeito à tensão. O resultado de um extrudado particular depende da
velocidade e temperatura de teste, e também se uma amostra foi submetida a um estiramento no
sentido longitudinal ou transversal do extrudado.
Tensão de deformação
No teste de alguns materiais plásticos ou resinas a carga de tensão aumenta, enquanto a amostra está
sendo esticada, porém depois chega a um ponto onde existe uma quebra marcante na curva de
carga/estiramento, isto é , existe um aumento na deformação da peça sem o aumento correspondente
da carga. Esta quebra na curva pode ser um patamar ou o ponto máximo marcado da curva e é
chamado de ponto de deformação. A tensão neste ponto, chamada tensão de deformação, é calculada
pela divisão da carga no ponto de deformação com a área transversal original da amostra. Na maioria
das aplicações práticas a tensão de deformação representa a maior tensão utilizável que o material
sustenta, mesmo quando a resistência à tração for maior. No ponto de deformação muitas vezes
acontece a formação de um gargalo na peça de teste, com um alongamento subseqüente deste
gargalo. Este processo é chamado de repuxo do material a frio.
Alongamento sob tensão
Se duas linhas fossem desenhadas na parte central da peça de teste, o aumento da distância entre estas
linhas indicaria a alteração do comprimento. Isto pode ser observado por pessoas com boa visão e
uma régua. Algumas máquinas de teste de tensão possuem dispositivos de referência que apertam a
amostra suavemente, e o afastamento destas unidades é monitorado automaticamente durante o
alongamento da amostra. O sistema normalmente marca a curva de carga/extensão em intervalos re-
gulares de alongamento mediante uma marcação na curva.
Na quebra da amostra, o sistema de monitoramento memoriza o valor de alongamento neste
momento. Estes sistemas automáticos, entretanto, não são muito adequados para amostras que
apresentam um gargalo acentuado no início da deformação, isto é, para a maioria dos plásticos semi-
cristalinos, ou para amostras que quebram com um mínimo de alongamento (como poliestireno). Eles
são usados, mais freqüentemente, em polímeros elásticos, como PVC plastificado.
Elongação na quebra
Quando o alongamento é convertido para uma porcentagem pela multiplicação por 100, o resultado é
a elongação. Portanto, a elongação na quebra é definida como:
Módulo de Young
Módulo secante
Em casos onde não está claro se existe uma parte linear na curva de carga/extensão, o módulo secante
é a avaliação mais apropriada para a rigidez. A tensão é calculada num alongamento específico
(muitas vezes 0.002 ou 0,2%), e a taxa desta tensão para um alongamento especificado é o módulo
secante.
Rastejamento
Discussão
Existem casos onde testes de flexão são mais apropriados do que testes de tensão. Estes indicam
como um componente se comporta quando sujeito à dobra, portanto esta informação é importante se
é provável que o componente sofrerá este tipo de deformação durante a vida útil. Adicionalmente, a
amostra do teste é uma tira reta e retangular, que é mais fácil de cortar a partir de um produto. A
amostra é dobrada e, apoiando-a em dois pontos, é aplicada uma carga na parte central entre os dois
suportes (carga de três pontos). A carga de dobra é convertida para um valor de tensão e a extensão
da deformação em um alongamento. Durante a dobra o material na parte externa da amostra é
esticado, enquanto o material na parte interna é comprimido. A amostra quebra por falha da camada
externa, exposta ao estiramento, com a rachadura continuando através da amostra. No cálculo de
tensões, a camada externa é relevante. A distância entre os apoios externos é chamada de corda (L),
e deve estar entre 15 e17 vezes da espessura da amostra (t). Testes de flexão normalmente são
realizados em máquinas para testes de tensão.
Resistência à flexão
Em amostras que quebram sob uma carga F, é aplicada a fórmula a seguir. Nesta fórmula ‘b’
corresponde à largura da amostra.
Resistência à flexão = 3 F L
2bt2
Em amostras que não chegam a quebrar durante o teste de dobra, a carga é anotada quando a deflexão
‘x’ no centro da amostra alcançou o valor de 1,5 vezes da espessura desta amostra. A tensão é
calculada pela mesma fórmula acima, porém substituindo-se a carga de quebra pela carga registrada.
Deve-se observar que a deflexão é conhecida pelo gráfico obtido da máquina de teste de tensão,
durante o teste de dobra. Como a deflexão no centro da amostra é pequena, é mais fácil ajustar o
gráfico com a velocidade em 10 vezes a do cabeçote transversal para ampliar a deflexão.
Módulo de flexão
Módulo de flexão = L3 S
4 b t3
TESTES DE IMPACTO
Tensões de impacto
Durante o serviço, componentes de plástico não apenas são submetidos a cargas constantes, mas
devem resistir também a golpes e choques de objetos em queda etc. Estas tensões de curta duração
são tensões de impacto, e várias maneiras de simulação foram desenvolvidas em laboratórios de teste.
O comportamento sob impacto muitas vezes pode ser bastante diferente do comportamento sob testes
de tensão. Por exemplo, poliestireno possui uma resistência à tração maior que PEBD, porém as
propriedades de impacto são bem piores. A melhor maneira de testar um produto ao impacto é
utilizar o próprio produto num teste que simula as condições e tipos de impacto que o mesmo sofrerá
na prática. A configuração destes testes, portanto depende do produto. Todos os testes de impacto
mostram uma grande variedade de resultados entre as amostras. Por este motivo, é necessário testar
um número razoá-vel de amostras, isto é, pelo menos 10 peças. O desempenho depende em grande
parte se os golpes durante o teste são concentrados em entalhes acentuados ou cantos, já que estes
pontos reduzem a resistência ao impacto consideravelmente.
Vários testes normalizados já foram propostos para avaliar o desempenho relativo de materiais
diferentes. Os resultados devem ser considerados apenas como orientativos em relação ao
desempenho em condições de serviço.
Ambos os testes indicados acima utilizam um pêndulo para aplicar um golpe de impacto à peça de
teste. A altura, para qual o pêndulo sobe após o impacto, apresenta uma medida para a energia
perdida no impacto. Quanto mais energia for empregada para quebrar a amostra, menor será a altura
do movimento pendular. No teste de impacto do tipo Izod, a amostra é de tamanho normalizado
bastante espessa, e fica presa em uma extremidade. Um entalhe de profundidade e raio determinado
normalmente é cortado na amostra para tornar os resultados mais reproduzíveis, e para mostrar a
sensibilidade do material a entalhes.
O teste de impacto do tipo Charpy utiliza uma amostra menor, de forma retangular, que é presa em
ambas as extremidades e é atingida pelo pêndulo, na parte central entre os dois suportes. Um entalhe
retangular pode ser usinado na amostra. Este teste é mais apropriado para amostras cortadas a partir
de produtos moldados. As amostras devem ser testadas com o eixo longitudinal, tanto no sentido do
fluxo do material, como no sentido transversal.
Neste tipo de teste projeteis de vários níveis de energia são permitidos cair em cima de uma amostra
apoiada, e a máquina de teste registra a falha da amostra. Como teste de qualidade passa/não passa, a
energia de impacto é preajustada pela escolha do peso do martelo e a altura da queda (para
determinar a energia de impacto em Joules, deve-se multiplicar o peso do martelo em quilos por 9.81
e pela altura da queda em metros). Um critério é estabelecido (por exemplo, 8 amostras de um total
de 10 não devem falhar), e o número necessário de testes é executado.
O procedimento para estimar a energia numérica de impacto para o material com a espessura
submetida ao teste é mais demorado. A energia de impacto do projetil é variada pela alteração do
peso ou pela alteração da altura de queda (uma alteração de altura também altera a velocidade de
impacto). Dez amostras são testadas em cada ajuste de energia e um gráfico da porcentagem de falha
contra a energia do martelo(ou peso) é estabelecido num formulário apropriado. A energia ou peso de
uma taxa de fa-lhas de 50% é usada posteriormente como parâmetro para a resistência de impacto à
queda. Existem métodos normalizados para apanhar ou apoiar a amostra, como também um padrão
de dimensões para o projetil e para a altura de queda.
A vantagem de testes de impacto à queda é que a peça de teste quebrará no ponto de menor
resistência, permitindo uma comparação melhor do comportamento da peça em serviço. Os testes
também podem ser executados numa peça moldada ou num perfil extrudado inalterado (por exemplo,
um tubo ou um pedaço de filme).
Produtos de moldagem delgados ou extrudados, como filmes, podem falhar quando expostos a
rasgos. O rasgo é iniciado e penetra em seguida através da amostra. O teste tipo Elmendorf utiliza um
pêndulo e é empregado normalmente para testar filmes. Este teste é usado para medir a energia
necessária para continuar um rasgo existente, através de uma amostra de filme. A taxa de
propagação do rasgo é variável e sem definição.
Um teste mais científico é o teste de calça (trouser test). Numa amostra retangular de filme existe um
rasgo que corre paralelamente ao eixo longitudinal, a partir do centro de uma extremidade do
retângulo. As duas ‘pernas’, assim formadas, são agarradas numa máquina de teste de tensão e
afastadas. A força necessária para propagar o rasgo fornece uma medida para a resistência do filme a
rasgos. Testes de resistência a rasgos são difíceis de interpretar, devido à complexidade da
deformação, e ao fato de que a direção do rasgo pode mudar durante o teste. Uma correlação do
comportamento em serviço também deve levar em consideração o efeito da velocidade de
propagação do rasgo no resultado.
Outros testes aos quais produtos moldados ou extrudados podem ser submetidos incluem os testes de
coeficiente de fricção, dureza (ASTM D785, D2240 ou D2583), deformação sob cisalhamento (ISO
537), módulo dinâmico (pêndulo de torção), fadiga dinâmica e o teste de impacto Spencer para filmes
(ASTM D1922).
A tabela a seguir apresenta alguns métodos normalizados de teste. Existem normas internacionais
(ISO), normas norte-americanas (ASTM), normas britânicas (BS) e normas alemãs (DIN).
Os ‘altos polímeros’ou macromoléculas, nos quais os plásticos são baseados, são incrivelmente
longos e, devido a ligação de carbono para carbono como estrutura básica, eles normalmente não são
retos, mas virados ou encolhidos (podem existir 50.000 átomos ligados numa molécula do tipo cadeia
ou estrutura; as cadeias também possuem comprimentos diferentes). Em caso de um material amorfo
não existe ordem no sistema, as cadeias preferem existir de forma desordenada e encolhida (como se
fosse em forma de um pedaço de corda jogado no chão). As cadeias separadas (as moléculas
separadas de cadeias longas) normalmente também são ramificadas umas com as outras. Quando a
cristalização é possível as cadeias ou uma parte das cadeias podem ser ordenadas lado a lado. Devido
ao comprimento das cadeias e ramificações envolvidas, um material termoplástico não pode
cristalizar completamente quando refrigerado, por este motivo é chamado de material termoplástico
semi-cristalino. Estes materiais cristalinos contém tanto regiões cristalinas como regiões amorfas.
Orientação
Quando um polímero fundido é induzido a fluir, este fenômeno ocorre devido ao deslizamento das
cadeias do polímero, uma em cima da outra. As camadas deslizam uma sobre a outra, o que se chama
de ‘fluxo laminar’. Como as moléculas individuais do plástico se movimentam, uma em relação a
outra, existe uma mudança de direção das moléculas, ou orientação (as razões para esta mudança são,
por exemplo, misturas de cadeias e fricção entre as camadas). As cadeias são ‘puxadas para fora’ na
direção do fluxo, e devido à refrigeração rápida utilizada na moldagem por injeção e sopro, esta
orientação é ’congelada’, o produto contém assim as chamadas ‘tensões congeladas’. Os produtos
moldados contém moléculas que são orientadas na direção do fluxo, quer dizer, temos um efeito de
granulação, como àquele existente em madeira. Por causa desta granulação a madeira é mais forte em
uma direção do que em outra.
Devido ao efeito de granulação na madeira, como já foi mencionado, ela é muito mais forte em uma
direção do que em outra. Os produtos de moldagem por injeção também são muito mais fortes em
uma direção do que em outra. Porém, este efeito pode não ser, muitas vezes, aproveitado
comercialmente em moldagem por injeção. Por este motivo um produto de moldagem por injeção
sempre falha na direção mais fraca, quando o mesmo recebe um golpe ou é jogado no chão. Esta é a
direção transversal ao sentido de fluxo. Isto ocorre em virtude da existência de forças menores entre
as cadeias que ligam as moléculas orientadas. Se fosse possível produzir moldagens por injeção por
orientação biaxial, produtos mais úteis poderiam ser feitos.
Orientação biaxial
Numa seção anterior (veja INTRODUÇÃO À MOLDAGEM POR SOPRO) foi mencionado que
resistência de PET pode ser melhorada dramaticamente por orientação (estiramento do parison antes
do sopro). Este tratamento causa uma orientação biaxial nas moléculas de plástico, após a orientação
em outra direção, introduzida pelo estágio de sopro. Orientação biaxial significa duas direções de
orientação; as moléculas são ali-nhadas em duas direções, e esta orientação melhora a resistência à
tensão (ou carga).
Diferenças de cristalização
Um polímero fundido é induzido a fluir pela aplicação de uma força, às vezes também chamada de
tensão na massa. Isto causa a ocorrência de orientação, e portanto a existência de propriedades
diferentes em direções diferentes no material plástico. Para um material plástico com a capacidade de
cristalização, complicações adicionais podem ocorrer. O motivo disso é o fato de que a quantia e o
tipo das estruturas cristalinas dependem, por exemplo, da extensão da orientação e das tensões
aplicadas durante a refrigeração. Em um material plástico particular não existe apenas um tipo, ou
uma sorte de cristal, mas normalmente mais de um. A estrutura cristalina de uma peça moldada, feita
de um material termoplástico semi-cristalino, normalmente é muito complicada e pode variar até de
uma superfície para a outra, devido a espessura da peça. Além das razões já mencionadas isto é
possível devido à taxa de refri-geração envolvida (mediante uma refrigeração rápida é possível
produzir artigos transparentes a partir do material PP, que é normalmente opaco). As estruturas
cristalinas poucas vezes são perfeitas, e por isso podem existir defeitos de cristalização, como
também outras complicações.
Testes
Testes muitas vezes são executados em amostras produzidas a partir da moldagem por injeção,
simplesmente porque isto é relativamente fácil de realizar. Estas amostras de teste não
necessariamente possuem as mesmas propriedades, como produtos moldados por sopro. O nível de
orientação e cristalinidade no material termoplástico é diferente. Em casos onde amostras moldadas
por injeção estão sendo usadas, os resultados sempre devem ser relacionados aos resultados obtidos
pelos testes de produtos moldados por sopro, se for possível.
Objetivo de moldagem
Muitos exemplos mostram que o movimento de pequenas moléculas para dentro e para fora, através
de um material plástico é importante no processamento e na utilização de termoplásticos. Um deles é
a perda de gás numa bebida carbonatada.
Difusão
Difusão ocorre como resultado de processos naturais que tendem a igualizar as concentrações de uma
espécie determinada num ambiente particular. Difusão através de um polímero ocorre, quando
moléculas pequenas, por exemplo, gases ou vapores passam através de aberturas ou fendas na
estrutura de um material plástico. A difusão depende, portanto, do tamanho das aberturas e do
tamanho das moléculas pequenas.
Permeabilidade
Um gás é o estado de uma matéria que é diferenciado dos estados sólidos ou líquidos pela densidade
e viscosidade extremamente baixa. Vapor pode ser definido como umidade (água), ou outras
substâncias suspensas no ar, normalmente líquidas ou só-lidas. Por exemplo, neblina ou fumaça são
ambos vapores. Um líquido é uma substância que flui livremente, porém não é gasosa.
Comportamento organoléptico
Na indústria de embalagem este termo significa normalmente uma alteração do gosto, causada pela
infiltração de substâncias como oxigênio ou água. Se uma emba-lagem deve oferecer uma
determinada duração de vida para o conteúdo, será necessário conhecer o nível de infiltração de água
ou oxigênio tolerável no produto, antes da ocorrência de uma mudança notável de gosto.
Equação de permeabilidade
onde são
Unidades
Várias unidades de medida estão sendo utilizadas. Conforme as normas SI, a unidade é mol/Ns;
porém a permeabilidade de gases muitas vezes é indicado como (10-10 cm2) /(s.cm.Hg). A
permeabilidade a vapores também conhecida como transmissão, muitas vezes, é indicada em (10-10
g)/(cm.s.cm.Hg).
Para obter uma escala útil (por exemplo, de 1 até 100.000), as taxas de transmissão podem ser
cotadas de uma maneira diferente. A permeabilidade a gases pode ser expressa como cm3/m2.24h, e
aquela para vapores como g /m2.24h, colocando em cada caso a diferença de pressão e a espessura do
filme. Numa escala de 1 até 100.000, a permeabilidade a nitrogênio de alguns polímeros seria para
PVDC=1, PA6 e POM=10, SAN=50, PEAD=250 e PEBD aproximadamente 1.500. Numa escala de
1 até 100.000 a permeabilidade a dióxido de carbono de alguns polímeros seria para celulose=5,
PVDC=30, PA6=180, SAN=1.080, PEAD=3.500 e PEBD aproximadamente 17.000 até 35.000.
Recipientes de metal ou vidro, quando selados corretamente, podem ser considerados impermeáveis,
isto é, nada passa através de uma barreira de metal ou vidro. Isto não é o caso com polímeros
(borrachas e plásticos). Um polímero pode ficar mais permeável quando a temperatura sobe, a
permeabilidade também aumenta quando um material é plastificado. A permeabilidade pode ser
reduzida porém mediante ramificação transversal, cristalinidade e pelo uso de cargas, por exemplo,
cargas
orientadas laminares, como mica ou flocos de PA. Uma redução também é possível quando um
componente de PE moldado por sopro é tratado com, por exemplo, flúor antes da ejeção
(fluoretação). Se, em caso de moldagem por sopro, o parison é estirado antes do sopro (para alcançar
uma orientação molecular diferente no produto soprado) a permeabilidade também é alterada. A
coextrusao (veja MOLDAGEM POR COEXTRUSÃO E SOPRO) pode ser uma outra solução para o
problema de permeabilidade. Coberturas com um material relativamente impermeável podem ser
mais uma.
Coberturas
Coberturas de PVCD
Frascos de PET muitas vezes são cobertos com PVDC para melhorar as propriedades de barreira.
Estas propriedades são o fator chave na utilização de qualquer polímero como material de
embalagem, porque aumentam a vida útil (shelf life) do conteúdo da embalagem. A cobertura de
frascos de PET normalmente é aplicada, imediatamente, após a formação do frasco, ou pelo
mergulho do produto, cobertura de flutuação, ou aplicação de spray (o último método apresenta a
maior taxa de cobertura). A espessura da cobertura está em torno de 10 microns, esta espessura de
cobertura aumenta a vida útil do conteúdo em aproximadamente duas vezes.
Definições
Densidade: é indicada como massa por unidade de volume. Quando indicada em gramas por
centímetro cúbico (g/cm3) a densidade é numericamente igual à gravidade específica. Hoje em dia, é
indicada na maioria das vezes em quilogramas por metro cúbico (kg/m3), isto é, o valor numérico é o
mesmo da indicação anterior. Se um material possui uma densidade de 2 kg/m3 será o mesmo que 2
g/cm3.
Gravidade específica: a gravidade específica é a taxa de densidade da substância em relação à
densidade máxima da água. Como é apresentada como taxa, não terá uma unidade, também é
conhecida como densidade relativa.
Volume específico: o volume específico é o volume numa temperatura e pressão específicas ocupado
por uma grama de substância, isto é, o valor recíproco da densidade (1/D). Unidades são cm3/g, ou
m3/kg ou ainda ft3/lb.
Densidade de polímeros
A densidade de um polímero particular é uma função da massa dos átomos indivi-duais em moléculas
e da maneira como as moléculas são agrupadas. Quando um polímero é baseado somente em átomos
de carbono e hidrogênio, a sua densidade será relativamente baixa, isto é, abaixo de 1g/cm3. A
inclusão de outros átomos, como flúor ou cloro aumentará a densidade e, para uma fórmula
molecular determinada, um aumento da cristalinidade também provoca um aumento de densidade.
Um material que possui uma densidade baixa pode ser bastante favorável, já que os materiais
normalmente são comprados por peso e vendidos por volume. Por exemplo, quando 10 cm3 de
material serão necessários para produzir um item particular. Quando um material com uma densidade
de 1,4 g/cm3 for usado, serão necessários 1,4x10=14g de material para cada item, e 1000 dividido
por 14 seriam 71 itens por quilo.
Se a densidade do material fosse 0,9g/cm3, somente 9g de material seriam necessários, portanto seria
possível produzir 1000/9=111 itens de 1 kg de material. Isso significa, que o custo por unidade de
volume muitas vezes é mais útil do que o custo por quilograma de material.
Densidade de compostos
A adição de cargas inorgânicas normalmente aumenta a densidade, muitas vezes estas cargas
possuem uma densidade maior do que a dos polímeros. Para calcular a densidade de um polímero
composto pode ser utilizada a fórmula a seguir:
Por exemplo, se 100g de PVC (densidade 1,4g/cm3 ) são misturados com 60g de plastificador
(densidade 0,98g/cm3 ), a densidade do composto será :
100 + 60
100 + 60 = 1,21g/cm3
1,4 0,98
ENCOLHIMENTO
Devido ao encolhimento, a maioria dos componentes plásticos são menores que os moldes, nos quais
são produzidos.
Taxa de encolhimento
Encolhimento total
Medições
Componentes são produzidos pelo método de moldagem apropriado, isto é, moldagem por
compressão em materiais termorrígidos e moldagem por injeção em materiais termoplásticos. Isto
significa que muitas vezes os valores cotados na literatura são basea-dos em componentes moldados
por injeção. Após um tempo determinado (por exem-plo 2 hs.), as dimensões do produto moldado
são verificadas na temperatura do am-biente, e as dimensões da cavidade também, caso isto não tenha
sido verificado anteriormente.
Fórmulas
Tamanho da cavidade
A maioria dos recipientes para líquidos são garrafas e a maioria das garrafas são utilizadas para a
embalagem de bebidas, por exemplo, água, cerveja e sucos de frutas; outros líquidos incluem molhos
e condimentos líquidos para saladas. Os materiais para a embalagem dos líquidos incluem vidro,
chapa estanhada, alumínio e plásticos.
Critérios de desempenho
Vidro
Vidro foi usado por um tempo tão longo, que as desvantagens deste material foram aceitas
naturalmente. Estas desvantagens são a facilidade de quebrar e alto peso. As vantagens deste material
extraordinário incluem transparência, cores atraentes, resistência química, rigidez, dureza,
impermeabilidade e resistência à temperatura. Vidro é produzido a partir de uma matéria-prima de
baixo custo disponível na maior parte do mundo. Garrafas precisas, produzidas em massa e
fabricadas em um molde bipartido foram patenteados primeiramente em 1821.
Chapa estanhada
Chapa estanhada era o material original para a fabricação de latas. Este tipo de recipiente é
praticamente indestrutível, de baixo peso, impermeável e fácil de decorar. Quando usado para a
embalagem de líquidos este material oferece longa vida de estocagem , facilidade de esterilização e
abertura da lata devido ao desenvolvimento da alça de puxar. Hoje em dia, recipientes do tipo lata
podem ser fabricados de PET, estes recipientes podem ser transparentes quando necessário.
Alumínio
Alumínio é utilizado atualmente para fabricar latas de baixo peso, feitas de duas peças, para bebidas
carbonatadas (soft drinks). Este material também é empregado muitas vezes na fabricação de folhas
laminadas baseadas, por exemplo, em papel revestido de PE, com uma camada intermediária de folha
de alumínio (Al). Estas fo-lhas laminadas são utilizadas numa série de produtos, como cartões para a
embalagem de líquidos, tais como leite e sucos de frutas.
Plásticos
Materiais plásticos de PE tornaram a garrafa de plástico aceitável, quando nos anos de 1950 garrafas
elásticas (de aperto) para detergentes foram fabricadas. Essas garrafas ofereciam baixo peso e boa
resistência ao impacto. Hoje em dia, uma enormidade de materiais plásticos e combinações de
materiais plásticos estão sendo utilizadas, num esforço para vencer duas das maiores desvantagens de
PE: a opacidade e/ou a permeabilidade. Agora, devido ao desenvolvimento dos materiais,
combinações de materiais e equipamentos, recipientes de plásticos (produzidos pela moldagem por
sopro) se estabelecem firmemente, pelo fato de serem uma alternativa atraente e de baixo consumo
de energia, em relação aos materiais tradicionais. Estes recipientes são disponíveis numa grande
variedade de tamanhos, texturas, formas e cores. Os recipientes podem ser transparentes até opacos, e
a sua aparência pode ser destacada por uma série de técnicas de decoração.
Outra vantagem é a facilidade de configuração e o uso eficiente do espaço. Formas complexas podem
ser produzidas com facilidade, por exemplo, tanques de plástico para automóveis. Plásticos em
muitos casos são escolhidos também devido a sua rigidez e boa resistência à quebra.
Bebidas carbonatadas
(Soft drinks) 0.25 até 2.0 PET - ISBM e ESBM
Soft drinks 0.25 até 0.33 PVC - EBM, ISBM e ESBM
Cervejas 1.5 até 22.0 PET - ISBM
Cervejas 0.25 até 0.33 PVC - EBM e ISBM
Cidras 1.5 e 2.0 PET - ISBM
Água 1.5 até 3.0 PVC - EBM, ESBM e ISBM
Água 1.5 até 22.0 PET - ISBM
Água 1.9 até 19.0 PEAD - EBM
Água 1.9 até 19.0 PC - EBM
Vinho 0.7 até 3.0 PVC - EBM
Vinho 0.7 até 3.0 PET - ISBM
Aguardente 0.02 PVC - EBM
Aguardente 0.5 até 1.0 PET - ISBM
Concentrado de frutas 1.0 até 3.0 PVC - EBM e ESBM
Suco de frutas 1.0 PET - ISBM
Suco de frutas 1.0 até 5.0 PEAD/TL/EVOH/TL/PEAD - EBM
Suco de fruta 1.0 até 5.0 PC - EBM
Suco de fruta 1.0 até 5.0 PEAD - EBM
Suco de fruta 1.0 até 5.0 PP - EBM
Leite 0.5 até 9.5 PEAD - EBM
Leite 1.9 até 9.5 PC - EBM
Molhos / alimentos 0.25 até 2.0 PET - ISBM
Molhos / alimentos 0.25 até 1.0 PP/TL/EVOH/TL/PP - ISBM
Molhos / alimentos 0.25 até 1.0 PETG - EBM
Óleo comestível 0.25 até 3.0 PVC - EBM, ESBM e ISBM
Óleo comestível 1.0 até 2.0 PET - ESBM e ISBM
Óleo p/motores e
Agentes anti-congelantes 0.5 até 5.0 PEAD - EBM
Artigos de banho 0.02 PE/TL/PA - EBM
Cosmética 0.02 PVC e PETG - EBM
Prod. químicos domésticos 0.5 até 3.0 PVC e PEAD - EBM
Prod. químicos industriais 0.5 até 10.0 PEAD - EBM
Prod. químicos industriais 0.5 até 10.0 PET - ISBM
Produtos medicinais 0.02 PP/TL/EVOH/TL/PP - EBM
Produtos medicinais 0.02 PET - ISBM
Produtos medicinais 0.02 PC/TL/EVOH/TL/PC - EBM
Métodos de produção:
EBM = Moldagem por extrusão e sopro (Extrusion blow moulding)
ESBM = Moldagem por extrusão e sopro com estiramento (Extrusion stretch blow moulding)
ISBM = Moldagem por injeção e sopro com estiramento (Injection stretch blow moulding)
Propriedades de barreira
Permeação de gases e líquidos, através de um recipiente plástico, pode ser um dos fatores mais
importantes que determinam a vida útil do conteúdo. As taxas de transmissão de oxigênio, dióxido de
carbono e de agentes de condimento, normalmente, são de grande interesse. Permeação é uma
função de materiais, projeto e método de processo. Veja Permeabilidade a gases, vapores e líquidos.
Vazamento
O vazamento é controlado pelo projeto e ajuste do selo e pelo acabamento do gargalo do frasco.
Quando o gargalo é moldado por compressão, normalmente tolerâncias mais apertadas do gargalo
podem ser obtidas. Tanto o tipo de rosca e o número de fios por unidade de comprimento, quanto o
comprimento da rosca, todos influenciam o vazamento. Roscas reforçadas (tipo butress) estão sendo
utilizadas muitas vezes porque elas apertam o selo uniformemente. Se um selo contém um material
macio e resistente, também é uma solução para evitar o vazamento.
Esterilização
A utilização de materiais plásticos para frascos, ao invés de vidro, pode significar, em muitos casos,
uma perda do estágio tradicional de esterilização por calor, simplesmente devido ao fato de que
muitos materiais plásticos possuem uma temperatura de distorção ao calor muito baixa. Para a
embalagem de produtos esterilizados, os frascos devem ser estéreis para receber o conteúdo. É
possível enxaguar os frascos com peró-xido de hidrogênio e água esterilizada, porém isto é
relativamente caro. Uma outra maneira menos onerosa é soprar os frascos com ar esterilizado e criar
um ambiente estéril em volta da máquina, mediante uma cortina de ar esterilizado. O gargalo do
frasco é selado antes do depósito e a estação de enchimento possui uma zona de ar purificada, onde
os gargalos são cortados antes do enchimento e da selagem dos frascos.
Em alguns países a utilização de recipientes de plástico é restrita por legislação para proteger o
ambiente contra excesso de lixo. Um esquema ou sistema para a identificação, seleção e reciclagem
de frascos, por exemplo, frascos de PET, deve ser rea-lizado por fornecedores e consumidores. A
tecnologia existe: o material reciclado pode ser usado para fibras. A preocupação com o ambiente
tem levado alguns países ou estados a estabeleceram leis que exijam a existência da identificação do
material de fabricação dos frascos, mediante códigos. Estes códigos podem ser baseados nas normas
emitidas pela instituição para frascos plásticos dos Estados Unidas (Plastics Bottle Institution – PBI)
que auxiliam na separação de materiais antes da reciclagem. Nos Estados Unidos, aproximadamente
20% de todos os frascos são reciclados, os materiais PEAD e PET são usados em aproximadamente
75% de todos os frascos plásticos. A coleta e a seleção de fracos na rua é normal. As preocupações
sobre a reciclagem de plásticos proibíram o uso de materiais plásticos em aplicações do tipo lata.