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MODELOS DE GÊNEROS TEXTUAIS PARA A UECE

A Crônica é um tipo de texto narrativo curto, geralmente produzido para meios


de comunicação, por exemplo, jornais, revistas, etc.

Além de ser um texto curto, possui uma "vida curta", ou seja, as crônicas
tratam de acontecimentos corriqueiros do cotidiano.

Portanto, elas estão extremamente conectadas ao contexto em que são


produzidas, por isso, com o passar do tempo ela perde sua “validade”, ou seja,
fica fora do contexto.

No Brasil, a crônica tornou-se um estilo textual bem difundido desde a


publicação dos "Folhetins" em meados do século XIX.

Alguns escritores brasileiros que se destacaram como cronistas foram:

 Machado de Assis
 Carlos Drummond de Andrade

 Rubem Braga

 Luís Fernando Veríssimo

 Fernando Sabino

 Carlos Heitor Cony

 Caio Fernando Abreu

rincipais Caraterísticas

 Narrativa curta
 Linguagem simples e coloquial

 Poucos personagens, se houver

 Espaço reduzido

 Acontecimentos cotidianos

Tipos de Crônica

Embora seja um texto que faz parte do gênero narrativo, (com enredo, foco
narrativo, personagens, tempo e espaço) há diversos tipos de crônicas que
exploram outros gêneros textuais.
Podemos destacar a crônica descritiva e a crônica dissertativa. Além delas,
temos:

 Crônica Jornalística: mais comum das crônicas da atualidade são as


crônicas chamadas de “crônicas jornalísticas” produzidas para os meios
de comunicação, onde utilizam temas da atualidade para fazerem
reflexões. Aproxima-se da crônica dissertativa.
 Crônica Histórica: marcada por relatar fatos ou acontecimentos
históricos, com personagens, tempo e espaço definidos. Aproxima-se da
crônica narrativa.

 Crônica Humorística: Esse tipo de crônica apela para o humor como


forma de entreter o público, ao mesmo tempo que utiliza da ironia e do
humor como ferramenta essencial para criticar alguns aspectos seja da
sociedade, política, cultura, economia, etc. Importante destacar que
muitas crônicas podem ser formadas por dois ou mais tipos, por
exemplo: uma crônica jornalística e humorística.

Exemplo de Crônica

Segue abaixo um exemplo de crônica do escritor brasileiro “Machado de Assis”. Ela foi
publicada em 22 de agosto de 1889, no jornal “Gazeta de Notícias” no Rio de Janeiro.

“Bons dias!

Quem nunca invejou, não sabe o que é padecer. Eu sou uma lástima. Não posso ver
uma roupinha melhor em outra pessoa, que não sinta o dente da inveja morder-me as
entranhas. É uma comoção tão ruim, tão triste, tão profunda, que dá vontade de
matar. Não há remédio para esta doença. Eu procuro distrair-me nas ocasiões; como
não posso falar, entro a contar os pingos de chuva, se chove, ou os basbaques que
andam pela rua, se faz sol; mas não passo de algumas dezenas. O pensamento não
me deixa ir avante. A roupinha melhor faz-me foscas, a cara do dono faz-me caretas...

Foi o que me aconteceu, depois da última vez que estive aqui. Há dias, pegando
numa folha da manhã, li uma lista de candidaturas para deputados por Minas, com
seus comentos e prognósticos. Chego a um dos distritos, não me lembra qual, nem o
nome da pessoa, e que hei de ler? Que o candidato era apresentado pelos três
partidos, liberal, conservador e republicano.

A primeira coisa que senti, foi uma vertigem. Depois, vi amarelo. Depois, não vi mais
nada. As entranhas doíam-me, como se um facão as rasgasse, a boca tinha um sabor
de fel, e nunca mais pude encarar as linhas da notícia. Rasguei afinal a folha, e perdi
os dois vinténs; mas eu estava pronto a perder dois milhões, contando que aquilo
fosse comigo.

Upa! que caso único. Todos os partidos armados uns contra os outros no resto do
Império, naquele ponto uniam-se e depositavam sobre a cabeça de um homem os
seus princípios. Não faltará quem ache tremenda a responsabilidade do eleito, —
porque a eleição, em tais circunstâncias, é certa; cá para mim é exatamente o
contrário. Dêem-me dessas responsabilidades, e verão se me saio delas sem demora,
logo na discussão do voto de graças.

— Trazido a esta Câmara (diria eu) nos paveses de gregos e troianos, e não só dos
gregos que amam o colérico Aquiles, filho de Peleu, como dos que estão com
Agamenon, chefe dos chefes, posso exultar mais que nenhum outro, porque nenhum
outro é, como eu, a unidade nacional. Vós representais os vários membros do corpo;
eu sou o corpo inteiro, completo. Disforme, não; não monstro de Horácio, por quê?
Vou dizê-lo.

E diria então que ser conservador era ser essencialmente liberal, e que no uso da
liberdade, no seu desenvolvimento, nas suas mais amplas reformas, estava a melhor
conservação. Vede uma floresta! (exclamaria, levantando os braços). Que potente
liberdade! e que ordem segura! A natureza, liberal e pródiga na produção, é
conservadora por excelência na harmonia em que aquela vertigem de troncos, folhas
e cipós, em que aquela passarada estrídula, se unem para formar a floresta. Que
exemplo às sociedades! Que lição aos partidos!

O mais difícil parece que era a união dos princípios monárquicos e dos princípios
republicanos; puro engano. Eu diria: 1°, que jamais consentiria que nenhuma das duas
formas de governo se sacrificasse por mim; eu é que era por ambas; 2°, que
considerava tão necessária uma como outra, não dependendo tudo senão dos termos;
assim podíamos ter na monarquia a república coroada, enquanto que a república
podia ser a liberdade no trono, etc., etc.

Nem todos concordariam comigo; creio até que ninguém, ou concordariam todos, mas
cada um com uma parte. Sim, o acordo pleno das opiniões só uma vez se deu abaixo
do sol, há muitos anos, e foi na assembléia provincial do Rio de Janeiro. Orava um
deputado, cujo nome absolutamente me esqueceu, como o de dois, um liberal, outro
conservador, que virgulavam o discurso com apartes, — os mesmos apartes.

A questão era simples. O orador, que era novo, expunha as suas idéias políticas. Dizia
que opinava por isso ou por aquilo. Um dos apartistas acudia: é liberal. Redargüia o
outro: é conservador. Tinha o orador mais este e aquele propósito. É conservador,
dizia o segundo; é liberal, teimava o primeiro. Em tais condições, prosseguia o novato,
é meu intuito seguir este caminho. Redargüia o liberal: é liberal; e o conservador: é
conservador. Durou este divertimento três quartos de colunas do Jornal do Comércio.
Eu guardei um exemplar da folha para acudir às minhas melancolias, mas perdi-o
numa das mudanças de casa.

Oh! não mudeis de casa! Mudai de roupa, mudai de fortuna, de amigos, de opinião, de
criados, mudai de tudo, mas não mudeis de casa!

Boas noites.”
CARTA

a) Estrutura dissertativa: costuma-se enquadrar a carta na tipologia


dissertativa, uma vez que, como a dissertação tradicional, apresenta a tríade
introdução / desenvolvimento / conclusão. Logo, no primeiro parágrafo, você
apresentará ao leitor o ponto de vista a ser defendido; nos dois ou três
subsequentes (considerando-se uma carta na UECE de 20 a 25 linhas),
encadear-se-ão os argumentos que o sustentarão; e, no último, reforçar-se-á a
tese (ponto de vista) e/ou apresentar-se-á uma ou mais propostas. Os modelos
de introdução, desenvolvimento e conclusão são similares aos que você já
aprendeu (e você continua tendo a liberdade de inovar e cultivar o seu próprio
estilo!);

b) Argumentação: como a carta não deixa de ser uma espécie de dissertação


argumentativa, você deverá selecionar com bastante cuidado e capricho os
argumentos que sustentarão a sua tese. É importante convencer o leitor de
algo.

Apesar das semelhanças com a dissertação, que você já conhece, é claro que
há diferenças importantes entre esses dois tipos de redação. Vamos ver as
mais importantes:

a) Cabeçalho: na primeira linha da carta, na margem do parágrafo, aparecem


o nome da cidade e a data na qual se escreve. Exemplo: Londrina, 15 de
março de 2003.

b) Vocativo inicial: na linha de baixo, também na margem do parágrafo, há o


termo por meio do qual você se dirige ao leitor (geralmente marcado por
vírgula). A escolha desse vocativo dependerá muito do leitor e da relação social
com ele estabelecida. Exemplos: Prezado senhor Fulano, Excelentíssimo
senhor presidente Fulano de Tal, Caro deputado Sicrano, etc.

c) Interlocutor definido: essa é, indubitavelmente, a principal diferença entre


a dissertação tradicional e a carta. Quando alguém pedia a você que
produzisse um texto dissertativo, geralmente não lhe indicava aquele que o
leria. Você simplesmente tinha que escrever um texto para alguém. Na carta,
isso muda: estabelece-se uma comunicação particular entre um eu definido e
um você definido. Logo, você terá que ser bastante habilidoso para adaptar a
linguagem e a argumentação à realidade desse leitor e ao grau de intimidade
estabelecido entre vocês dois. Imagine, por exemplo, uma carta dirigida a um
presidente de uma associação de moradores de um bairro carente de
determinada cidade. Esse senhor, do qual você não é íntimo, não tem o Ensino
Médio completo. Então, a sua linguagem, escritor, deverá ser mais simples do
que a utilizada numa carta para um juiz, por exemplo (as palavras podem ser
mais simples, mas a Gramática sempre deve ser respeitada...). Os argumentos
e informações deverão ser compreensíveis ao leitor, próximos da realidade
dele. Mas, da mesma maneira que a competência do interlocutor não pode ser
superestimada, não pode, é claro, ser menosprezada. Você deve ter bom
senso e equilíbrio para selecionar os argumentos e/ou informações que não
sejam óbvios ou incompreensíveis àquele que lerá a carta. 

d) Necessidade de dirigir-se ao leitor: na dissertação tradicional, recomenda-


se que você evite dirigir-se diretamente ao leitor por meio de verbos no
imperativo (“pense”, “veja”, “imagine”, etc.). Ao escrever uma carta, essa
prescrição cai por terra. Você até passa a ter a necessidade de fazer o leitor
“aparecer” nas linhas. Se a carta é para ele, é claro que ele deve ser evocado
no decorrer do texto. Então, verbos no imperativo – que fazem o leitor perceber
que é ele o interlocutor – e vocativos são bem-vindos. Observação: é falha
comum entre os alunos-escritores “disfarçar” uma dissertação tradicional de
carta argumentativa. Alguns escrevem o cabeçalho, o vocativo inicial, um texto
que não evoca em momento algum o leitor e, ao final, a assinatura. Tome
cuidado! Na carta, vale reforçar, o leitor “aparece”.

e) Expressão que introduz a assinatura: terminada a carta, é de praxe


produzir, na linha de baixo (margem do parágrafo), uma expressão que
precede a assinatura do autor. A mais comum é “Atenciosamente”, mas,
dependendo da sua criatividade e das suas intenções para com o interlocutor,
será possível gerar várias outras expressões, como “De um amigo”, “De um
cidadão que votou no senhor”, De alguém que deseja ser atendido”, etc.

f) Assinatura: um texto pessoal, como é a carta, deve ser assinado pelo autor.
ENTRETANTO, NA UECE, SÓ ASSINE QUANDO FOR PEDIDO.

UM EXEMPLO DE CARTA

Leia agora uma carta argumentativa baseada num tema proposto. Preste muita
atenção ao que foi pedido no enunciado e aos textos de apoio (suprimiu-se, por
questões de espaço, um trecho do texto b). Note que os elementos da estrutura
da carta foram respeitados pelo autor:

Londrina, 10 de setembro de 2002

X LINHA EM BRANCO

  Prezado editor,

X LINHA EM BRANCO

O senhor e eu podemos afirmar com segurança que a violência em


Londrina atingiu proporções caóticas. Para chegar a tal conclusão, não é
necessário recorrer a estatísticas. Basta sairmos às ruas (a pé ou de carro)
num dia de "sorte" para constatarmos pessoalmente a gravidade da situação.
Mas não acredito que esse quadro seja irremediável. Se as nossas autoridades
seguirem alguns exemplos nacionais e internacionais, tenho a certeza de que
poderemos ter mais tranquilidade na terceira cidade mais importante do Sul do
país.
Um bom modelo de ação a ser considerado é o adotado em Vigário Geral,
no Rio de Janeiro, onde foi criado, no início de 1993, o Grupo cultural Afro
Reggae. A iniciativa, cujos principais alvos são o tráfico de drogas e o
subemprego, tem beneficiado cerca de 750 jovens. Além de Vigário Geral, são
atendidas pelo grupo as comunidades de Cidade de Deus, Cantagalo e Parada
de Lucas.
Mas, combater somente o narcotráfico e o problema do desemprego não
basta, como nos demonstra um paradigma do exterior. Foi muito divulgado pela
mídia - inclusive pelo seu jornal, a Folha de Londrina - o projeto de Tolerância
Zero, adotado pela prefeitura nova-iorquina há cerca de dez anos.
Por meio desse plano, foi descoberto que, além de reprimir os homicídios
relacionados ao narcotráfico (intenção inicial), seria mister combater outros
crimes, não tão graves, mas que também tinham relação direta com a
incidência de assassinatos. A diminuição do número de casos de furtos de
veículos, por exemplo, teve repercussão positiva na redução de homicídios.
Convenhamos, senhor editor: faltam vontade e ação políticas. Já não é
tempo de as nossas autoridades se espelharem em bons modelos? As
iniciativas mencionadas foram somente duas de várias outras, em nosso e em
outros países, que poderiam sanar ou, pelo menos, mitigar o problema da
violência em Londrina, que tem assustado a todos.
Espero que o senhor publique esta carta como forma de exteriorizar o
protesto e as propostas deste leitor, que, como todos os londrinenses, deseja
viver tranquilamente em nossa cidade.
X LINHA EM BRANCO
Atenciosamente,

 Percebeu O ALINHAMNETO DOS PARÁGRAFOS, VOCATIVO, DATA, E


DESPEDIDA?
AGORA É SUA VEZ. ESCREVA UMA CARTA OU UMA CRÔNICA.

TEMA: CRÔNICA. “ A CONVIVÊNCIA HARMONIOSA EM TEMPO DE CRISE”

TEMA: CARTA. “ A FALTA DE CONSCIENTIZAÇÃO DA POPULAÇÃO NO


COMBATE ÀS DOENÇAS VIRAIS”
A CARTE DEVE SER ESCRITA AO EDITOR DA REVISTA “ MUNDO SAÚDE”.
OBS: ESTA REVISTA É FICTÍCIA.

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