Sei sulla pagina 1di 9

Resumo texto 1 - Afrocentricidade Outro problema foi o fato da África ter sido

como Crítica do Paradigma invadida e governada por diversos anos


Hegemônico Ocidental: Introdução a
por nações europeias e árabes fazendo
uma Ideia - ASANTE, Molefi - Estudos
Regionais Africa com que até dentro do próprio continente
o surgimento da afrocentricidade fosse
Segundo o autor (ASANTE, M), é
tardia e sendo extremamente complexa.
necessário quebrar o vínculo criado pelos
Europeus à toda história relacionada a
O autor chama atenção para a ideia de
África, pois ela vem carregada de pré-
que não existe somente uma visão de
conceitos europeus, o eurocentrismo.
uma Europa má e uma África boa, mas
que a afrocentricidade vem como uma
Para ir contra isso ele levanta o debate de
outra base de pensamento além da
que a afrocentricidade deve ser colocada
existente, carregada de tantos
em primeiro lugar agora nas diversas
preconceitos como o eurocentrismo. Para
áreas de conhecimento: política,
isso, os africanos devem se tornar
economia, saúde, educação, entre outros.
sujeitos da sua própria História.

“Afrocentricidade é uma afirmação do


“Por um lado, a Afrocentricidade procura
lugar de sujeito dos africanos dentro de
corrigir o sentido de lugar do africano e,
sua própria história e experiências.”
por outro lado, fazer uma crítica do
(ASANTE, M)
processo e extensão do deslocamento
causado pela dominação cultural,
Ou seja, a afrocentricidade é uma crítica
econômica e política europeia da África e
ao eurocentrismo apresentado desde os
dos povos africanos.” (ASANTE, M)
primórdios da história africana. É
necessário que o africano seja SUJEITO
Segundo o autor, a afrocentricidade não
de sua história, e quebrar com os
tem a mesma intenção que o
paradigmas criados pelos europeus.
eurocentrismo tem: uma cultura domina a
Segundo o autor, devido o comércio de
outra, mas sim que uma cultura e outra
escravos muitos africanos foram
podem viver no mesmo espaço em
impedidos de ter contato cultural, religioso
abandonar suas tradições culturais.
e psicológico com sua verdadeira cultura,
“No entanto, a Afrocentricidade não
e cresceram nos outros continentes
representa um contraponto à
acreditando que África seria um local
eurocentricidade, mas é uma perspectiva
marginalizado do mundo.
particular para a análise que não procura
ocupar todo o espaço e o tempo como o
eurocentrismo tem feito com frequência.” a África apenas poderia ser escrava de
(ASANTE, M) seus irmãos” (MUDIMBE)

Resumo texto 2 - A invenção da África Navegadores portugueses trouxeram à


-V. Y. Mudimbe Europa os primeiros feitiços, objetos
africanos que supostamente tinham
O presente texto problematiza o modo poderes misteriosos, no final do século
como os europeus representavam em XV. Eles podem ser encontrados na maior
ilustrações e pinturas, a partir do parte das vezes em bem organizados
Renascimento, os africanos e analisa o gabinetes de curiosidades, juntamente
conceito mais amplo do “selvagem”. com machadinhas ou flechas indígenas,
artefatos egípcios e tambores siameses.
O autor discute como os artistas plásticos Alguns intérpretes os consideram sinais
da época tentavam representar o que lhes de um estado de barbárie.
era pedido, ou seja, eles tentavam através
de esboços mal feitos pelos navegantes, O continente africano passa a ter maior
desenhar e pintar como seria a vida dos visibilidade no séc XVIII com o aumento
“primitivos” na África. Muitas vezes esses do tráfico de escravos, com isso, muitos
desenhos na verdade, eram somente objetos são levados até a europa como
desenhos de pessoas com traços “arte”. Muitas vezes esses objetos em seu
exclusivamente brancas, como cabelos contexto nativo não eram considerados
lisos, boca e nariz finos e etc, porem, como tal, contudo quando chegam à
enegrecidas atraves das tecnicas de europa são tidos como obras artísticas,
desenho antigas. Este é o caso, por ainda que primitivas.
exemplo, das cinco imagens da edição de
1591 de Relatione del Reame di Congo, Por fim, o autor apresenta o conceito de
de Filippo Pigafetta, representando três arte turística.
mulheres negras italianizadas, e do rei A arte turística nada mais é a “arte
africano no frontispício do livro de J. produzida localmente para consumo de
Ogilby sobre a África, de 1670 estrangeiros”. Ou seja, a arte colocada
como uma commodities econômica.
De acordo com o autor, as
representações dos negros sempre eram A arte turística é ao mesmo tempo uma
feitas dessa forma pelo fato de como era troca simbólica e econômica.
explicada a situação na África. “E
acreditava-se que a Bíblia estipulava que Os artesãos africanos então possui um
estímulo para continuarem a produzir
visto que seu trabalho agora possui uma E devem-se considerar tais regiões de
demanda no resto do mundo, mas a “produção” como zonas anexas deste
princípio a verdadeira essência do seu sistema capitalista?
trabalho está sendo transmitida. A arte O autor dedica o resto dessa seção à
que antes possui caráter cerimonial e discutir e responder tais questões. Para
social, agora possui caráter econômico. ele “a África se encontrava “fora” da
economia-mundo, o “custo” de um
Resumo texto 3- A África e a economia- escravo para seu senhor era a soma dos
mundo. custos de compra, de sustentação e de
No texto, Wallerstein disserta sobre a vigia do escravo (calculada
África e a suas relações econômicas com proporcionalmente à duração de sua
o mundo. O autor argumenta que as vida), dividida pelo trabalho total
relações econômicas da África não foram produzido pelo escravo durante sua
conseqüências da partilha do continente. existência. O ‘benefício’ para a economia-
Pelo ao contrário, a partilha da África foi -mundo era basicamente a diferença entre
produto da transformação das relações a mais-valia produzida pelo escravo e seu
econômicas desse continente com o resto ‘custo’. A partir do momento em que a
do mundo (particulamente Europa). África se encaminhou para ‘o interior’ da
Havia na África, uma disparidade economia-mundo, ou seja, que ela
econômica gritante entre a zona do produziu, em seu solo, gêneros que
Oceano Índico – que foi invadida por fizeram parte da divisão do trabalho da
portugueses e outros europeus -, e a economia-mundo, alguém que era
África Central e Ocidental. A primeira escravo não podia ser outra coisa, por
tinha uma produção agrícola e um exemplo, um produtor livre ou um
comércio mais desenvolvido. Já a assalariado. Portanto, se o ‘custo’ do
segunda, a situação econômica era tão escravo talvez permanecesse o mesmo
sensivelmente diferente, que as regiões para o seu senhor, o ‘benefício’, do ponto
da África Ocidental e Central, começaram de vista da economia-mundo, devia ser
a participar do tráfico de escravos. recalculado. O primeiro termo da equação
O tráfico foi uma conseqüência e um devia levar em conta a acumulação ‘de
elemento chave para a estrutura da substituição’, resultando de uma possível
economia-mundo capitalista, iniciado outra utilização do indivíduo. Talvez o
aproximadamente em 1450. escravo tivesse produzido uma mais-valia
Portanto, pode-se dizer que o tráfico ainda mais forte se ele não tivesse sido
concerne à “produção” de mão-de-obra a escravo. Ademais, e isto é fundamental, o
serviço da economia-mundo capitalista? segundo termo também mudava, pois os
anos de reprodução, que outrora,
comumente, não eram levados em conta processos econômicos transformados.
nos cálculos, agora passaram a constar Enfim, sabe -se que sistemas políticos
deles. A acumulação líquida, resultado coloniais completamente novos foram
dos anos de escravidão, encontrava-se criados quase em toda parte, mais
agora reduzida, ao passo que continuaria frequentemente, após um certo prazo.
a mesma, caso o escravo não fosse Portanto, a integração de um novo
escravo. Consequentemente, do ponto de elemento passa basicamente por duas
vista do processo de acumulação no fases: primeiramente, pela fase
conjunto da economia-mundo, o cálculo fundamental; a transformação de uma
era menos favorável ao sistema de parte relativamente importante dos
escravidão”. processos de produção que deveriam
doravante fazer parte do conjunto
A expansão capitalista integrado dos processos de produção,
Após a estagnação da economia-mundo segundo os quais opera a divisão do
capitalista entre 1600-1650 e 1700-1750, trabalho na sociedade da economia-
a economia retomou sua expansão mundo. Em segundo lugar, a
econômica. transformação das estruturas políticas,
A África não participou do processo de resultando na constituição de “Estados”
integração de nenhum dos dois extremos submissos às regras e aos mecanismos
da época; Rússia e Império Otomano. As do sistema interestatal; tais Estados eram
estruturas políticas existentes eram fortes o suficiente para facilitar uma
múltiplas. Algumas eram relativamente circulação relativamente fluída dos fatores
fortes e burocráticas, ao passo que outras de produção no interior da economia-
eram praticamente acéfalas. A África não mundo, mas não tinham a potência
constituía, de forma alguma, o que é necessária para se oporem a ela, salvo
chamado de “uma economia”, mesmo se por certos meios restritos e por tempos
frequentemente podemos falar de limitados.
“economias” regionais que, muitas vezes, Essa integração da África não nasceu de
ultrapassavam o quadro de entidades um dia para outro. Foi um processo lento
políticas singulares. Do ponto de vista dos e regular. As normas e os valores
“integradores”, certas estruturas políticas tradicionais permaneceram, à primeira
existentes deveriam estar enfraquecidas vista, relativamente imutáveis, o que
(por exemplo, o Império Russo, o podia evidentemente incitar a
Otomano e o Mogol), ao passo que, em subestimação da importância da evolução
outros casos, foi preciso criar poderes em curso. Não obstante, destacamos
políticos novos e fortes o suficiente para quatro mudanças: uma parte da produção
assegurar o bom funcionamento dos logo se viu orientada sistematicamente
para os mercados da economia -mundo Na segunda metade do século XVIII, as
capitalista; tratava -se de “produtos de contradições internas do sistema egípcio,
primeira necessidade” para a economia aliadas à diminuição da demanda dos
-mundo; essa produção exigia o artigos de exportação anteriores,
recrutamento (ou a requisição) de provocaram uma crise da fiscalidade da
trabalhadores, o que tendeu à estrutura estatal e um aumento dos
implementação de novas estruturas de impostos, ocasionando, por sua vez, um
fornecimento de mão de obra; por fim, tal movimento de resistência dos
produção beneficiava, geralmente, camponeses, que se manifestou através
àqueles que a dominavam no plano local, de um abandono das terras. Ora, na
atraindo assim novos interessados. mesma época, a economia-mundo
Convém sublinhar que a integração da capitalista buscava precisamente incluir a
África na economia-mundo não é a produção egípcia em sua rede. Tal
consequencia de uma livre escolha. processo foi concretizado, no fim do
Nenhuma região escolheu essa opção. A século XVIII, pela ativa rivalidade militar
integração foi um processo exógeno que que levou a França e a Inglaterra à luta –
se chocou com resistências. ambas desejando se impor na região. A
Até então, o comércio “intercontinental” da resposta egípcia se deu pela ascensão ao
África consistia principalmente no tráfico poder de Muhammad ‘Alī, que tentou
de escravos, e a integração foi “modernizar” o país.
acompanhada da abolição do tráfico, a As coisas ocorreram diferentemente no
integração frequentemente tem sido Magreb. Por um lado, podemos dizer que
considerada como a passagem do houve um constante esforço para integrar
comércio de escravos ao comércio o Magreb (em particular, o Marrocos) na
“legítimo”. Contudo, recorrer a expressões economia-mundo capitalista, desde suas
ideológicas da época pode induzir-nos ao origens, ou seja, desde o final do século
erro. Dito isso, a diminuição do tráfico de XV9. Por outro lado, parece que a região
escravos, qualquer que fosse a sua não tinha conhecido grandes mudanças
importância, se situava no segundo plano nas relações de produção até a metade
em relação à necessidade, geralmente do século XIX, ou mesmo mais tarde.
experimentada pela economia-mundo Entre 1450 e 1830, uma boa parte (mas
capitalista, de encontrar novas regiões de não a totalidade) das relações entre o
produção a baixo custo, no quadro do Magreb e a Europa, através do
desenvolvimento geral de sua atividade Mediterrâneo, era condicionada pela
econômica e de sua taxa de acumulação. atividade dos corsários; essa, do ponto de
Integrações: vista econômico, pode ser assimilada, de
Egito e Magreb alguma forma, ao comércio de luxo com
os países longínquos, mediante África Austral
ambiguidades análogas àquelas que Na África Austral, a integração seguiu um
apresentavam o tráfico de escravos processo diferente: de um lado, porque a
setecentista na África Ocidental. região não exportava escravos, de outro,
África Ocidental em razão do estabelecimento de uma
Há tempos, os historiadores se colônia de brancos.
interessam pelo avanço do que As modificações estruturais que seguiram
chamamos de comércio “legítimo” na às guerras napoleônicas foram,
África Ocidental oitocentista, cujo aspecto evidentemente, uma consequência
mais importante não é nem o aumento regional da nova hegemonia adquirida
quantitativo das trocas nem as variações pela Grã -Bretanha na economia -mundo.
de sua composição, mas a resultante Mas este movimento político pode ser
transformação das estruturas de considerado como o prosseguimento
produção, bem como as consequencias lógico do lento processo de avanço e de
dessas mudanças nas relações de expansão da economia-mundo. Os
produção. Este processo começou antes britânicos consagraram pouco tempo à
das medidas tomadas pelos britânicos adaptação dos processos de produção
para abolir o tráfico de escravos, pois a que teria permitido uma rápida integração
própria política abolicionista é uma da região. Aumentaram
consequencia da expansão da economia consideravelmente o tráfico marítimo,
-mundo capitalista; é indubitável que a enviaram novos colonos da Grã -Bretanha
abolição da escravidão tenha precipitado e desenvolveram a criação em escala
o processo de transformação das industrial de carneiro em tamanhas
estruturas de produção na África proporções que, por volta de 1845, a
Ocidental. colônia do Cabo havia se tornado um
Primeiramente ligado ao tráfico de importante centro de produção da
escravos, tal produção prosperou até economia-mundo. Mais tarde, o Natal se
1861, ano que assistiu ao fim de seu tornaria uma região produtora de açúcar,
avanço, o seu declínio definitivo cujas plantações empregavam
ocorrendo no final do século. O comércio trabalhadores indianos engajados em
de óleo de palma também se desenvolveu longo prazo.
na Costa do Ouro, ainda que de forma um África Oriental
pouco menos espetacular, no Daomé, A costa oriental da África também
onde o tráfico de escravos alcançara permaneceu relativamente à margem da
tamanha amplitude que podemos falar da economia-mundo capitalista. Foi através
integração efetiva da população local pelo do Oceano Índico que ela estabeleceu
tráfico. suas primeiras relações com o exterior. A
Índia e, em menor medida, a Ásia do qualquer modo que fosse, pouca pressão
Sudoeste encontravam-se então em curso era exercida para impor a mudança.
de integração ao sistema da economia- Contudo, a participação na economia-
mundo capitalista. Se o tráfico de mundo reforçava a importância
escravos prosperou nessa região no econômica de certos agentes internos
século XIX, foi precisamente porque a capazes de criar estruturas políticas
África Oriental ainda se encontrava fora adequadas; e foram eles que
do sistema. Entretanto, ele constituiu aí, pressionaram para obter as modificações
como precedentemente na África Central de estrutura. Tal situação engendrou uma
e Ocidental, uma força dinâmica de gama de desordens que pouco
ruptura e um fator de reconstrução. A ilha beneficiava aos Estados participantes da
de Zanzibar foi integrada à economia- economia-mundo. Estes últimos, por sua
mundo graças ao seu lugar vez, esforçaram-se para impor uma
preponderante, na metade do século XIX, estabilização política ao criar Estados que
no mercado mundial do cravo -da -índia; participassem do sistema interestatal e,
integração que passou pela criação de um portanto, que aceitassem as pressões
sistema de plantation. A Ilha Maurício foi correlatas. Sabe-se que esse processo
coberta de plantações de cana-de-açúcar, tendeu, finalmente, em grande parte da
ao passo que em Madagascar se África, à criação dos Estados coloniais.
desenvolvia a rizicultura e a criação de Do ponto de vista político e econômico, a
bovinos, a fins de exportação para a Ilha abolição da escravidão foi um
Maurício. Contudo, finalmente foi a luta acontecimento capital nessa evolução. De
pela conquista da África e suas fato, a abolição do tráfico e da escravidão
consequencias na África Oriental que nas plantações emana diretamente do
precipitariam as mudanças que também funcionamento da economia-mundo
ocorriam em outras partes da África. capitalista, tal como o próprio fenômeno
Implicações da Integração do tráfico e da escravidão.
A questão se situa em um outro nível: de
fato, a participação na economia-mundo Resumo texto 4 - Pan-africanismo e
implicava a existência de estruturas teoria social: uma herança crítica -
políticas capazes de assegurar o Muryatan Barbosa
funcionamento da economia, em termos
de comércio, de produção, de mão de O autor, (muryatan barbosa) apresenta as
obra. Pressões exercidas do exterior diversas formas de outros atores
visavam impor tais estruturas. Quando as representar o verdadeiro sentido do pan
estruturas vigentes bastavam para africanismo para os descendentes
desempenhar o papel esperado, de africanos na américa, em especial o EUA.
b)pan-africanismo histórico.
Cita Blyden, o autor que argumenta “em
prol da igualdade entre africanos e O primeiro tem sua origem no
afrodescendentes (em especial, pensamento de autores do período
estadunidenses) é que ambos fariam formador, em especial, Blyden e W. E. Du
parte de uma mesma personalidade: a Bois. Mas encontrará o seu auge com a
“personalidade africana”. Sua teoria negritude francófona, nos anos 1950. O
buscava fundamentar a ideia de raça segundo, por sua vez, tem sua origem na
dando-lhe um enfoque cultural, enquanto historiografia sobre a escravidão e a
especificidade de um povo, de uma formação do mundo atlântico, dos anos
circunstância histórica. No seu entender, 1930, em Eric Williams, C. L. R. James,
a personalidade africana seria o G. Padmore e outros.
caminho específico do negro (africanos e
afrodescendentes) à civilização universal. Ao longo da década de 1950 e 1960
acontece o movimento: negritude
Cita também o trabalho de Marcus francófona. Era constituído por
Garvey, que dizia que os americanos afro intelectuais vindo principalmente da África
descendentes deveriam voltar a África, Ocidental, Antilhas, Caribe e EUA e a
não de imediato, mas em longo prazo, ideia principal que fundamentava esse
principalmente os que detinham movimento era: a contribuição do negro
conhecimento técnicos modernos para na civilização universal.
ajudar no desenvolvimento do continente. Pan-africanismos: dilemas e críticas
Para Garvey, somente os mestiços teriam
espaço na américa e por isso, os negros O período pós-colonial, em África,
deveriam retornar gradativamente para a redirecionou, sem dúvida, as discussões
África. sobre o Pan-africanismo. Por um lado,
como já foi dito, o Pan-africanismo, desde
Cita também, Du Bois que no princípio a década de 1970, passou cada vez mais
escreve diretamente para o negro a ser tido como uma ideologia política
americano e parte da premissa que o pragmática, que independe de
negro possuiria uma essência (cultural) teorizações intelectuais.
que se contrapunha à lógica materialista e
temporal da civilização ocidental. Com o passar do tempo, o termo pan
africanismo vai caindo em desuso,
O lema clássico que definiu o Pan- segundo o autor. Em 1980-1990 foi o
Africanismo do século XX: liberdade e ápice disso, pois a preocupação se volta
integração. Uma ideia que será retomada para as etnicidades dentro da própria
pelas gerações posteriores dos África, e a ideia do “africano” deixa de
intelectuais negros e não negros. existir, e as preocupações se voltam para
a cada etnia específica lá (como,
A segunda geração pan-africanista, bambara, haussa, mandiga etc)
formada a partir de 1920, é marcada por
uma diversidade de perspectivas. Visando Com isso, o pensamento pan africanista
resumir esta heterogeneidade, distinguir- dentro da África perde força, porém na
se-á dois tipos-ideias: Europa e EUA começa a se produzir
bibliografias importantes que argumentam
a) pan-africanismo cultural sobre outra perspectiva: a qual a elite
local africana tivesse parte no atraso
africano.

Por fim, o autor retoma em três grandes


tópicos o que todos os contribuidores do
pan africanismo tratam desde o século
XX.

1) Realidade Histórica: É um fato a


contribuição africana na história num todo.
Ou seja, é uma sociedade que possui
também as características inovadoras de
toda ação humana, seja no plano cultural,
simbólico, político, etc.

2) Crítica Conceitual: Devido ao Pan


Africanismo conceitos nunca antes
questionados passam a ser, tais como
civilização, modernidade, progresso, entre
outros. Principalmente o eurocentrismo.

3) Práxis descolonizador: Seria como é a


abordagem das relações ainda coloniais
que existem sejam elas econômicas,
psicológicas, culturais e políticas, internas
e externas por parte dos países
colonizadores, após a própria
descolonização desses Estados africanos.
Ou seja, a relação dominante x dominado
ainda existe, apesar da independência
desses Estados africanos.

Potrebbero piacerti anche