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Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco

Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais


Pastor Presidente: Aílton José Alves
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LIÇÃO 03 – A MORDOMIA DA ALMA E DO ESPÍRITO - 3º TRIMESTRE DE 2019


(Gl 5.16-22,25)

INTRODUÇÃO
Nesta lição estudaremos sobre o cuidado que se deve ter com a alma e o espírito dentro da mordomia cristã;
destacaremos a natureza tricotômica na constituição do ser humano; pontuaremos também a distinção entre a alma e o
espírito à luz das Escrituras; e por fim, ressaltaremos o que a Bíblia ensina sobre o destino da alma e do espírito.
I – A NATUREZA TRICOTÔMICA DO SER HUMANO
À luz das Escrituras, entendemos que o ser humano é constituído de três partes, uma material e duas imateriais
(1Ts 5.23; Hb 4.12), essa doutrina é chamada de tricotomia ou seja, o homem tem uma constituição tríplice. Vejamos:
1.1 Corpo. O corpo é o invólucro do espírito e da alma (Gn 35.18; Dn 7.15), a parte física da constituição humana, o
homem exterior, que se corrompe, ou seja, envelhece e é mortal (2Co 4.16; 1Pd 1.24). Rejeitamos a ideia de ser o corpo a
prisão da alma e do espírito ou de ser inerentemente mau e insignificante, pois como crentes, ele é templo do Espírito
Santo (1Co 3.16,17; 6.19). A importância do corpo também pode ser vista no fato de que Deus o ressuscitará conforme o
seu soberano cronograma escatológico (1Co 15.42).
1.2 Alma. A expressão alma em hebraico é: “néfesh”, ocorre por 754 vezes no AT. Conforme Gn 2.7 deixa claro, seu
significado primário é “possuidora da vida”. Biblicamente entende-se que a alma é: a sede do apetite físico (Nm 21.5),
das emoções (Sl 86.4), dos desejos tanto bons quanto ruins (Ec 6.2; Pv 21.10), das paixões (Jó 30.25), do intelecto (Sl
139.4), é o centro afetivo (Ct 1.7), volitivo (Jó 7.15) e, moral (Gn 49.6) da vida humana (SILVA (Org), 2017, p. 80 – grifo
nosso). A palavra alma é um termo que está no grupo de palavras conhecidas como polissêmicas, ou seja, uma mesma
palavra que possui vários significados de acordo com o contexto em que ela aparece. Por esse motivo é aplicada
frequentemente a: (a) animais (Gn 1.20,24,30; 9.12,15,16; Ez 47.9), (b) o sangue como algo que é essencial à existência
física (Gn 9.4; Lv 17.10-14; Dt 12.22-24) (c) a sede do apetite físico (Nm 21.5; Dt 12.15,20,21; 23.24; Jó 33.20; Sl 78.18;
107.18; Ec 2.24; Mq 7.1); (d) origem das emoções (Jó 30.25; Sl 86. 4; 107.26; Ct 1.7; Is 1.14); (e) associada com a
vontade e com a ação moral (Gn 49.6; Dt 4.29; Jó 7.15; Sl 24.4; 25.1; 119.129,167), (f) um indivíduo ou pessoa (Lv 7.21;
17.12; Ez 18.4), ou então é usada com um sufixo pronominal para denotar o próprio “eu” (Jz 16.16; Sl 120.6; Ez 4.14)
(DOUGLAS, 2007, p. 39). No NT o termo equivalente é: “psiché” possuindo o mesmo significado e características (Ef
6.6; Fp 1.27; Cl 3.23; Rm 11.3; 16.4; 1Co 15.45; 2Co 1.23; Fp 2.30; 1Ts 2.8), se referindo a parte imaterial do ser humano,
sendo ela tanto cognitiva quanto emotiva, podendo tanto relacionar-se com o sagrado (Rm 7.25), quanto com as impurezas
do pecado (Rm 8.7 – ARA) (BRUNELLI, 2016, p. 52 – acréscimo nosso).
1.3 Espírito. Cerca de 400 vezes o AT usa a palavra: “ruah”, que é derivada de um verbo que significa: “respirar” ou
“soprar”. O substantivo pode ser traduzido como: “sopro” (Sl 18.15), “vento" (Gn 8.1) ou “espirito”. No NT a palavra
grega “pneuma”, ligada ao verbo que quer dizer: “soprar” ou “respirar”, pode significar: “sopro” (2Ts 2.8), ou “vento”
(Jo 3.8), porém mais frequentemente como “espírito”, associado a Deus ou ao homem ou a outros seres espirituais
(TENNEY, 2008, p. 534). Sobre o espírito como sendo a parte imaterial do homem a Bíblia no diz que: (a) o espírito do
homem é despertado (Ed 1.1,5) ou perturbado (Gn 41.8); (b) ele se alegra (Lc 1.47) ou é quebrantado (Êx 6.9); (d)
prontifica-se (Mt 26.41) ou é endurecido (Dt 2.30), (e) o homem pode ser paciente em espírito (Ec 7.8), soberbo ou
humilde de espírito (Mt 5.3), (f) há necessidade de ter autodomínio (Pv 25.28) e, (g) é por meio dele que se adora ao
Senhor (Jo 4.23,24) é o centro da devoção a Deus (1Co 14.15).
II – A DISTINÇÃO ENTRE ALMA E ESPÍRITO
O significado e características entre a alma e espírito são bem parecidos, devido a essa similaridade alguns são
levados a confundir as duas substâncias. Em geral os escritores bíblicos, especialmente os do AT, não se preocuparam em
distinguir o espírito da alma; esta distinção hoje conhecida, ocorre pela revelação progressiva de Deus no NT. Sobre a
distinção entre alma e espírito assim afirma Andrade (2006, p. 40 – grifo nosso): “O homem é composto por uma parte
material e outra imaterial. Quando esta encontra-se em relação com Deus, recebe a designação de espírito; e, quando em
relação com o mundo físico, a alma. Quando as palavras são distinguidas em significados, a alma olha para a terra, o
espírito, para o céu. A alma é o homem em seus relacionamentos espirituais e imortais. Todavia, os dois não podem ser
separados, mas constituem juntos o ser imaterial do homem”. O Pr. Eurico Bergstén (2007, p. 130) lembra que: “A alma é
a parte que orienta a vida do corpo e estabelece o contato com o mundo em redor, enquanto o espírito é a parte do homem
que lhe oferece a possibilidade de relacionamento com Deus”. Sendo destacando que: “apesar da similaridade entre a
alma e o espírito, eles são distintos entre si, porém inseparáveis; são os dois lados da substância não física do ser
humano, o homem interior” (Ef 3.16; 2Co 4.16; 1Ts 5.23; Hb 4.12) (SILVA (Org), 2017, p. 79 – grifo nosso).
III – A MORDOMIA DA ALMA E DO ESPÍRITO
A respeito da mordomia da alma e do espírito o apóstolo Paulo adverte: “[…] e todo o vosso espírito, e alma, e
corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Ts 5.23). Paulo
destaca a responsabilidade que devemos ter, em cuidar também da parte imaterial do nosso ser, ao usar o termo
“conservados”, em grego a palavra é: “têreo” que quer dizer: “atender cuidadosamente, tomar conta de, guardar,
manter, reservar”, apontando para a atitude pessoal do crente quanto ao cuidado da parte espiritual. Vejamos como:
3.1 Priorizando as necessidades da alma. Assim como o corpo tem necessidades, a alma também. A alma tem sede de
Deus (Sl 42.1; 63.1). Jesus advertiu quanto a preocupação exagerada com as coisas materiais em detrimento da alma,
dizendo: “Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em
recompensa da sua alma?” (Mt 16.26). Aos que ignoram esta verdade serão surpreendidos como foi o rico insensato:
“[…] Louco! Esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?” (Lc 12.20). Sendo assim,
devemos priorizar as necessidades da alma: “Pois a vida (psiché) é mais do que o alimento [...]” (Lc 12.23).
3.2 Conservando a alma saudável. Uma vez que na alma está a sede das emoções do ser humano é de suma importância
que ela seja mantida com saúde. O cristão cuidadoso, sabendo que partes tão importantes da sua vida estão centradas na
alma, aprende a administrar bem seus sentimentos e emoções a fim de não se deixar levar por impulsos descontrolados (Hb
12.15; Gl 5.18-23), crendo e submetendo-se a Palavra de Deus (Hb 10.39; Fp 4.6; Pv 19.16).
3.3 Purificando-se das impurezas do espírito. A Declaração de Fé das AD (2017, p. 101 – grifo nosso) nos diz: “A
corrupção do gênero humano atingiu o homem em toda a sua composição: corpo (Rm 8.10), alma (Rm 2.9) e espírito (2
Co 7.1). Por essa razão o apóstolo exorta: “[…] purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espírito [...]” (2Co 7.1).
A impureza da carne inclui todas as formas de impurezas físicas, enquanto a impureza do espírito cobre as impurezas
interiores da vida, motivações, desejos e pensamentos. As palavras carne e espírito não são usadas aqui no sentido técnico
que Paulo faz dos princípios éticos opostos (Rm 8.1-11; Gl 5.16-24), mas na maneira popular da época, para abranger
todas as facetas da existência de um homem (2Co 2.13; 7.5; 1Co 7.34; 1Ts 5.23). Todos os atos e atitudes que possam
comprometer a singularidade da devoção deles à vontade de Deus devem ser completamente evitados (BEACON, 2006, p.
442).
IV – O DESTINO DA ALMA E DO ESPÍRITO
Ao contrário do que muita gente pensa, a vida não termina na sepultura. Pelo contrário, após a morte, todos os
seres humanos vão para o estado intermediário aguardar a ressurreição, para serem conduzidos ao seu destino eterno.
Vejamos:
4.1 Lugar de tomento para os ímpios. A respeito dos ímpios após a morte, a Bíblia assevera que irão ao lugar de
tormentos onde aguardarão a ressurreição para o julgamento final (Lc 16.22,23; Ap 20.11,12). Apesar de alguns que
pregam a aniquilação dos que morreram, a Bíblia afirma porém, que nem a alma nem o espírito são aniquilados (Mt 10.28;
1Pd 3.4). Também não é bíblica a doutrina que ensina que os que morrem tornam-se insconsientes, uma espécie de sono
eterno. É fato que a Bíblia denomina de maneira metafórica a morte física como um sono (1Co 15.51; 1Ts 4.13). No
entanto, ela também nos ensina que, quem “dorme” é o corpo, e não a alma e o espírito (Lc 16.20-25; Ap 6.9-11) . Logo,
embora o corpo entre na sepultura, o espírito e a alma que se separou do corpo entra no Sheol, onde vive em estado
completamente consciente (Is 14.9-11; Sl 16.10; Lc 16.23; 23.43; 2Co 5.8; Fp 1.23; Ap 6.9) (PEARLMAN, 2006, p. 297 –
acréscimo nosso). O destino dos ímpios é estar eternamente separados de Deus e sofrer eternamente o castigo que se chama
a segunda morte (Sl 9.17; Ap 2.11; 20.10; 21.8).
4.2 Lugar de descanso para os salvos. A Bíblia afirma que para Deus a morte dos santos é preciosa (Sl 116.15), visto que
estes ao morrerem vão para o Paraíso lugar onde gozarão descanso (Lc 23.43; 2Co 5.8; Ap 14.13), consolação e felicidade
(Lc 16.23,25). Por ocasião do Arrebatamento da Igreja, os justos que já morreram hão de ressuscitar, e se unirão aos vivos,
que serão arrebatados (1Co 15.51-53; 1Ts 4.13-18). Eles serão conduzidos ao céu, onde participarão do Tribunal de Cristo
(Rm 10.14; 2Co 5.10; Ap 22.12) e da celebração das Bodas do Cordeiro (Ap 19.7-9). Depois, voltarão com Jesus à Terra,
para participarem do Milênio (Ap 19.11-14; 20.1-6). Após o Milênio, habitarão na Nova Jerusalém (Ap 21,22), onde
estarão, por toda eternidade, na presença do Deus Trino (Jo 14.1-3; 2Co 5.8; Fp 1.23; Ap 21.3); e estarão livres de todo
sofrimento, pois, ali não haverá mais morte, nem clamor, nem dor (Ap 21.4); nem coisa alguma que contamine (Ap
21.8,27; 22.15).
CONCLUSÃO
A mordomia da alma e do espírito deve ser observada criteriosamente, uma vez que Deus pedirá contas desta
administração e as sua implicações tem consequências eternas.
REFERÊNCIAS
 ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. CPAD.
 BERGSTÉN, Eurico. Teologia Sistemática. CPAD.
 BRUNELLI, Walter. Teologia para pentecostais. Vol 3. ACADÊMICO.
 HOWARD, R.E, et al. Comentário Bíblico Beacon. CPAD.
 PEARLMAN, Myer. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia. VIDA.
 SILVA, E. S. da. Declaração de Fé das Assembleias de Deus. CPAD.
 TENNEY, Merril C. Enciclopédia da Bíblia. Vol 2. EDITORA CULTURA CRISTÃ.

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