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ENGENHARIA CIVIL
ATIBAIA -SP
2019
AMÉLIA BENEDITO DA SILVA
DENIS STOPA RANKIN
ISMAR JUNIO MARIANO SARDINHA
LUCAS SUGUYAMA ORLANDINI
ATIBAIA - SP
2019
DEDICATÓRIA
Dedicamos esse trabalho à todas as pessoas que são essenciais em nossas vidas e
foram as nossas maiores inspirações, principalmente pelos incentivos, paciência e
companheirismo.
AGRADECIMENTO
Muros de arrimo são estruturas essenciais para contenção de solo, sejam eles feitos
com materiais comuns, como muro de arrimo moldado in loco (concreto armado), ou
sejam eles feitos com materiais racionalizados, como o muro de arrimo de alvenaria
estrutural. O fato é que independente do conceito utilizado para projetar muros de
arrimo, no fim, sempre serão visadas a praticidade, viabilidade e economia. O estudo
apresentado tem como objetivo projetar um muro de arrimo de concreto moldado in
loco e um muro de arrimo de alvenaria estrutural, comparar ambos os métodos
construtivos e apresentar de forma clara um roteiro de cálculo, projeto e comparação
de custo focando no material da superestrutura. Para tanto, foram realizados
levantamentos bibliográficos de ambos os assuntos e dessa maneira escolheu-se
uma tipologia de muro de arrimo fictícia geral para o dimensionamento e projeto. Além
da tipologia, foi utilizado para ambos os muros a mesma carga acidental e os mesmos
esforços solicitantes para uma comparação mais exata. A análise dos resultados
consistiu em uma comparação de custo quanto aos materiais empregados nos muros
de arrimo em relação a superestrutura, onde em uma tabela foram dispostos os
quantitativos totais dos materiais utilizados com seus respectivos preços levantados
na região de Atibaia/SP. A partir da análise dos resultados foi possível concluir que
tanto o muro de arrimo de concreto moldado in loco quanto o de alvenaria estrutural
atenderam aos requisitos mínimos de estabilidade e comprovaram sua eficiência
estrutural, entretanto uma comparação levando em conta apenas quantitativos de
materiais e seus custos não é suficiente para determinar qual método construtivo é o
mais viável, uma vez que estudos aprofundados de solo, disponibilidade no mercado,
mão de obra especializada e tipo de fundação são considerações que devem ser
levadas em conta no momento da escolha.
Retaining walls are essential structures for soil containment, whether they are made
of common materials such as the on-site molded retaining walls (reinforced concrete),
or made of rationalized materials such as the structural masonry retaining wall. The
point is that regardless of the concept used to design retaining walls, in the end, the
goal will always be aimed at practicality, feasibility and economy. The present study
aims to design an on-site cast concrete retaining wall and a structural masonry
retaining wall, and compare both construction methods while clearly presenting a
calculation, design and cost comparison roadmap focusing on the super structure
materials. In order to achieve this goal, bibliographic surveys of both subjects were
carried out and in this way a typology of a general fictitious retaining wall was chosen
for sizing and design. In addition to the typology, the same accidental load and
requesting efforts were used for both walls for a more accurate comparison. The
analysis of the results consisted of a cost comparison of the materials used in the
retaining walls in relation to the superstructure, where in a table the total quantities of
the materials used in relation to their respective prices, raised in the Atibaia-SP region,
were arranged. From the analysis of the results it was possible to conclude that both
the on-site cast concrete and structural masonry retaining walls met the minimum
stability requirements and proved their structural efficiency, however a comparison
taking into account only quantitative materials and their costs is not sufficient to
determine which construction method is the most viable, since in-depth soil studies,
market availability, skilled labor and foundation type are some of several other
considerations that should be taken into account at the time of choice.
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 13
1.2 OBJETIVOS............................................................................................... 14
3.1.3 Muro de arrimo por flexão (concreto armado moldado in loco) ............ 38
4. DIMENSIONAMENTO ...................................................................................... 59
7. REFERÊNCIAS ................................................................................................ 90
1.1 JUSTIFICATIVA
A busca por economia e inovações no setor da construção civil tem sido cada
vez mais constante, buscando também obras mais rápidas e enxutas, ou seja, sem
desperdícios, racionalizando o uso de materiais tornando assim a construção mais
eficiente.
Neste contexto, a alvenaria estrutural vem ganhando espaço nas construções
de residências e até edifícios de múltiplos pavimentos. Visando isso, surge-se a ideia
13
de aplicar a mesma técnica na construção de muros de arrimo, buscando agilidade
na execução e mais organização no canteiro de obra.
O uso do muro de arrimo em alvenaria estrutural é uma metodologia que pode
ser explorada, podendo até se tornar um método construtivo usual e desmistificar a
impressão que se tem em relação a resistência da alvenaria estrutural. Ao buscar
informações sobre o cálculo de estruturas para esta finalidade, pouco se encontra e
o que se encontra normalmente são estudos mais focados no comportamento do
material e não no dimensionamento de um muro típico. Por este motivo, este trabalho
justifica-se, pois busca trazer para o meio profissional um roteiro de cálculo que facilite
aos engenheiros o dimensionamento de muros de arrimo utilizando o conceito de
alvenaria estrutural.
1.2 OBJETIVOS
O presente estudo tem como objetivo principal estudar a viabilidade de
execução de muros de arrimo em alvenaria estrutural, considerando o método
construtivo e sua eficiência estrutural, comparando-o com o muro de arrimo de
concreto moldado in loco.
Mais especificamente, pretende-se:
Verificar os métodos de cálculos existentes para muros de arrimo executados
em alvenaria estrutural através de levantamentos bibliográficos;
Comparar a solução, a título de praticidade e viabilidade, do muro de arrimo
em alvenaria estrutural com um muro em concreto armado moldado in loco
(solução convencional);
Desenvolver um roteiro de cálculo utilizando os métodos existentes a fim de
facilitar o dimensionamento;
Dimensionar e projetar um muro de arrimo de concreto armado moldado in loco
e um em alvenaria estrutural, conforme os cálculos estudados;
Concluir se o método em alvenaria estrutural é o mais prático e o mais
econômico quanto a materiais empregados nos painéis e enrijecedores,
comparado ao método de concreto moldado in loco.
14
1.3 METODOLOGIA
Para atingir os objetivos do trabalho, primeiramente, foi realizado um
levantamento bibliográfico a respeito dos tipos de muro de arrimo existentes, métodos
de cálculo e comportamento de elementos em alvenaria estrutural. Posteriormente, a
partir das pesquisas realizadas, escolheu-se uma geometria de muro de arrimo para
seu cálculo e dimensionamento. Para efeito de comparação foram realizados dois
projetos, um em concreto moldado in loco e outro em alvenaria estrutural.
O projeto do muro foi realizado de acordo com as normas e para um maior
entendimento e possíveis variações de geometria, foi desenvolvido um roteiro (passo
a passo) dos cálculos para ambos os métodos construtivos. Por fim, comparou-se as
duas tipologias de muro a fim de verificar quais deles resistem aos esforços
solicitantes das condições apresentadas.
Após analisados os itens, finalizou-se o estudo e concluiu-se o método mais
prático e o mais econômico quanto a materiais empregados no que se diz respeito a
muro de arrimo em alvenaria estrutural e em concreto armado moldado in loco.
15
2. ALVENARIA ESTRUTURAL
16
alterações in loco, entretanto é válido observar que o uso de alvenaria estrutural é
uma ótima opção em questão de racionalização, planejamento, controle, rapidez e
custo.
Classe A: possui função estrutural, fbk mínimo de 8,0 MPa, indicados para
aplicações abaixo do nível do solo.
Classe C: com ou sem função estrutural, fbk mínimo de 3,0 MPa. Para função
17
estrutural, permite-se blocos de concreto com largura de 90 mm para
edificações de um pavimento, de 115 mm para edificações de dois pavimentos,
de 140 mm e 190 mm para edificações de até cinco pavimentos, sem função
estrutural permite-se blocos com largura de 65 mm.
A Figura 2.1 ilustra os blocos estruturais existentes que podem ser usados na
elevação de alvenarias, cerâmico, sílico-cálcário e concreto.
18
Figura 2.3: Família de blocos 14 x 19 x 39 cm
19
Figura 2.6: Amarração indireta e direta
Parsekian, & Soares (2010), afirmam que a amarração direta entre paredes
deve ter um intertravamento dos blocos com uma interpenetração alternada de 50%
das fiadas. Ainda a indireta como não há sobreposição dos blocos deve haver uma
armação metálica (grampo ou telas, conforme ilustram as Figuras 2.7 e 2.8 sobre a
junta entre as paredes, havendo perda no desempenho estrutural devido a essa
amarração, logo recomenda-se uso preferencial das amarrações diretas.
Já na Figura 2.9, observam-se as amarrações em formatos L, T e X
considerando as modulações para 1ª e 2ª fiada.
20
Figura 2.9: Amarrações em fiada
2.2 ARGAMASSA
A argamassa é fundamental para a estrutura da alvenaria, é ela quem
transmite de forma homogênea todas as ações verticais e horizontais atuantes no
bloco, criando assim uma estrutura única, além disso a argamassa é um componente
de ligação entre os blocos, ajuda a compensar as imperfeições dos blocos e absorve
pequenas deformações, mantendo a parede alinhada e sem irregularidades.
Basicamente, a argamassa é constituída de cimento, cal, areia e água, não
necessariamente em conjunto, ou seja, encontra-se argamassa de cimento
constituída por cimento e areia, argamassa de cal constituída de cal e areia,
argamassas mistas que englobam todos esses agregados e, pôr fim, a argamassa
industrializada que substitui a cal por aditivos, porém é de extrema necessidade
verificar os ensaios desenvolvidos pelos fabricantes. (SÁNCHEZ, 2013).
Manzione (2007) recomenda a utilização das argamassas industrializadas,
porém alerta que para esse tipo de argamassa é necessária a utilização de
argamassadeira de eixos horizontais. Segundo a empresa ANVI, fabricante de
argamassadeira, a principal vantagem de utilizar o equipamento é o ganho de
agilidade de até 4 vezes maior que a betoneira comum, como possui um misturador
de eixo horizontal (Figura 2.10) a argamassadeira proporciona uma mistura mais
eficiente.
21
Figura 2.10: Argamassadeira de eixo horizontal
22
Porém, considerando a área bruta, a resistência de uma parede com argamassa
apenas nas laterais, caso A, será menor do que em toda face, caso B, conforme
Figura 2.12 abaixo.
2.3 GRAUTE
Parsekian, Hamid, & Drysdale (2013), explicam que o graute é um concreto de
agregados finos, misturado com água e cimento, utilizado para preencher os vazios
do bloco, onde a sua função principal é de aumentar a resistência a compressão de
uma parede ou de um ponto localizado e unir as armaduras as paredes. O graute
possui um alto slump (test slump mede a consistência do concreto) e uma elevada
relação água/cimento que forma uma mistura bastante fluida e capaz de preencher
todos os vazios do bloco como ilustra a Figura 2.13. Segundo a NBR 15961-1 (2013),
graute é utilizado para solidarizar armaduras à alvenaria ou para aumentar a
resistência da armadura.
23
Parsekian, Hamid, & Drysdale (2013), recomendam que o graute não seja
substituído por concreto e nem por argamassa, a não ser que o projetista estrutural
permita isso em projeto, na Figura 2.14 observam-se os traços elaborados para que
se obtenham grautes grossos (com agregados de 10 mm) com diferentes resistências
e slump de 22 cm com variação de 1 cm para mais ou para menos. Os autores
recomendam ainda que para a alvenaria estrutural a resistência do graute não pode
ser inferior a 15 MPa quando possuir armadura, a fim de garantir uma melhor
aderência.
2.4 ARMADURA
A principal função da armadura na alvenaria estrutural é de combater esforços
de tração, observa-se na Figura 2.13 a armadura sendo grauteada no bloco, é
obrigatório o uso de graute no vão do bloco toda vez que houver a necessidade de
utilizar armadura (MANZIONE, 2007).
O mesmo aço utilizado em concreto armado é utilizado na alvenaria armada,
afirmam os autores Parsekian, Hamid, & Drysdale (2013) e concluem ainda que o tipo
do aço mais comum é o CA50, com tensão de escoamento de 500 MPa. Além disso,
indicam ainda que de forma geral o diâmetro máximo da armadura utilizada na
alvenaria estrutural é de 25 mm e devem obedecer a uma taxa máxima de 8 % da
área da seção grauteada, além disso nas juntas de assentamento o diâmetro máximo
é de 6,3 mm. Quanto aos espaçamentos da armadura, os mesmos autores utilizam
em seu experimento os limites de distanciamentos conforme representado na Figura
2.15, sendo uma distância de 0,8 m entre armaduras horizontais e 0,6 m entre
24
armaduras verticais.
2.5 PRISMA
Prisma é um corpo de provas de blocos unidos por junta de argamassa,
grauteados ou não, a ser ensaiado a compressão, oferece informação básica sobre
resistência à compressão da alvenaria e é o principal parâmetro para projeto e
controle de obra. (PARSEKIAN, HAMID, & DRYSDALE, 2013.
A NBR 15961-2 (2011) considera que a caracterização da alvenaria deve ser
feita através de três ensaios, de prisma, de pequena parede ou parede, executados
com blocos, argamassas e grautes de mesma origem e características dos que serão
25
efetivamente utilizados na estrutura. Cada corpo de prova é um prisma oco ou cheio,
constituído de dois blocos sobrepostos, íntegros e isentos de defeitos, conforme
ilustrado na Figura 2.16, onde pode ser visto o setup de um ensaio de resistência a
compressão do prisma.
,
Parsekian, Hamid, & Drysdale (2013), citam vários fatores que influenciam na
resistência do prisma, dentre eles destacam-se a resistência do bloco, da argamassa
e do graute, conforme os itens abaixo:
26
Figura 2.17: Ensaio de compressão de um bloco de concreto
27
É importante notar que uma grande resistência não é necessariamente
sinônimo da melhor solução estrutural. A argamassa deve ser resistente o suficiente
para suportar os esforços que a parede será submetida e a resistência da argamassa
não deve exceder a resistência dos blocos da parede, de maneira que as fissuras que
venham ocorrer devido a expansões térmicas ou outros movimentos da parede
ocorram na junta. (ROMAGNA, 2000).
A NBR 15961-1 (2011) cita que com relação à resistência à compressão, deve
ser atendido o valor máximo limitado a 70% da resistência característica especificada
para bloco, referida à área líquida. Porém Parsekian, Hamid, & Drysdale (2013)
indicam que a resistência da argamassa deve ser a mínima necessária de acordo
com o uso, sendo recomendável resistência entre 70% e 150%, dentro dessa faixa,
não se espera grande influência da argamassa na resistência do prisma. O limite
inferior é o mais adequado para casos com carga vertical predominante (edifícios) e
o superior quando a ação horizontal é predominante (arrimo).
28
Figura 2.18: Teste de compressão de um corpo de prova feito com graute
29
Figura 2.19: Relação prisma / bloco estimadas
2.6 ENRIJECEDOR
30
Aumento da estabilidade de paredes em balanço.
Os mesmos autores, definem ainda que as modulações dos enrijecedores
podem ser de tipos variados, conforme demonstrado na Figura 2.20.
Para Parsekian, Hamid, & Drysdale (2013), o enrijecedor pode ser calculado
como um pilar, considerando como eventual vantagem o painel (parede) que está
ligado a ele, formando um flange com ligação T, com a largura efetiva dimensionada
com as dimensões em até seis vezes o vão efetivo do painel de cada lado, ou ainda
distância entre eixos. Porém precisam ser consideradas duas condições, o painel
deve ser construído com junta amarrada em seu plano e os seguintes detalhes para
a ligação entre o painel e o enrijecedor devem ser verificados:
As juntas devem ser diretamente amarradas em 50 %;
A ligação do painel e do enrijecedor deve ser dimensionado por armaduras
diretamente ancoradas, espaçadas em até quatro vezes a sua espessura
nominal (espessura + 1 cm de junta, usualmente), da parede;
A resistência a compressão deve ser checada na interface de ligação.
Conforme afirma Parsekian, Hamid, & Drysdale (2013), a transferência dos
31
esforços do painel de alvenaria para o enrijecedor podem ocorrer através do
dimensionamento da combinação de flexão em duas direções, sendo elas horizontal
e vertical, onde na prática os painéis podem ter apoios em dois, três ou quatro lados,
sendo mais comum no caso de muros apoiados em três lados.
A resistência à tração na flexão horizontal, ftk,paralela, pode ser até cinco vezes à
da flexão vertical, ftk,normal, tendo uma análise mais crítica por serem elementos
hiperestáticos. O painel tendo uma boa aderência ou continuidade em sua base, pode
ter atrito suficiente garantindo uma restrição horizontal, onde este apoio terá um
comportamento de engaste. Com aumento de esforços laterais, a combinação de
flexão em duas direções provocará tensões principais de magnitudes e direções
variadas ao longo da parede. Levando as considerações feitas no dimensionamento
dos painéis, o esforço transmitido em cada direção depende das vinculações
admitidas, da relação entre a altura e largura do painel e da rigidez do enrijecedor.
(PARSEKIAN, HAMID, & DRYSDALE, 2013).
32
3. MURO DE ARRIMO
33
Através da análise da sondagem, da amostra e de ensaios em laboratório é
possível determinar parâmetros como, por exemplo, peso específico, coeficiente e
ângulo de atrito além da capacidade do solo em resistir a esforços de cisalhamento.
(ALMEIDA, 2005). Observa-se na Figura 3.1, uma ilustração do equipamento utilizado
para sondagem do tipo SPT.
34
Segundo Barros (2015), existem infinitos registros de obras de grande porte e
com alto custo que foram danificadas e até mesmo perdidas, apenas pelo fato de não
terem sido implementadas obras adequadas de drenagem, que têm como finalidade
a captação e o direcionamento das águas do escoamento superficial, assim como a
retirada de parte da água de percolação interna do maciço de solo arrimado.
Para um correto dimensionamento em obras de drenagem, deve-se
considerar, entre outros fatores, a área de contribuição, os índices pluviométricos e
as características dos materiais por onde percolam as águas a serem drenadas,
partilhando de dois tipos principais de drenagem: superficial e profunda (interna).
A drenagem superficial, como o próprio nome diz, tem por objetivo atribuir a
captação do escoamento das águas superficiais através de valetas, sarjetas,
canaletas, caixas de captação, escadas d’água ou tubulações e conduzi-las para um
local propício, tornando-se imprescindíveis nas obras destes portes, reduzindo ou até
impedindo a evolução dos processos erosivos superficiais e infiltração da água nos
maciços. Já a drenagem profunda tem, como função principal, promover processos
que possibilitam a retirada de água de percolação do maciço (através das fissuras e
fendas ou poros de um maciço rochoso), reduzindo as pressões neutras intersticiais
(pressões internas presentes nos espaços entre as partículas do solo) e a vazão de
percolação. (BARROS, 2015).
35
alvenaria estrutural, muro de gravidade, com contrafortes, em balanço e apoiados
sendo estes utilizados em edificações no subsolo. (apud SANTOS JUNIOR, 2014, p.
21). Na Figura 3.3 observa-se um muro de arrimo em alvenaria estrutural.
36
na Figura 3.6 e escalonado na Figura 3.7.
37
Figura 3.7: Perfil escalonado
38
Moliterno (1994) classifica os diferentes tipos de muro de arrimo de concreto
armado em basicamente três categorias, os muros corridos ou contínuos, os muros
com gigantes ou contrafortes e os muros ligados às estruturas. Cada uma delas
possuem suas particularidades além de diferentes perfis.
39
cabos ou vergalhões pré-tracionados e ancorados conforme a Figura 3.10.
40
“Os contrafortes são elementos estruturais, que têm por finalidade transmitir as
cargas provenientes das lajes da cortina (lajes verticais) à sapata (laje de fundação) ”
(MOLITERNO, 1994).
No dimensionamento deste tipo de estrutura as lajes verticais são
consideradas contínuas e são responsáveis por receber os esforços horizontais
advindos do maciço de solo a ser contido. Considera-se que a laje tem três lados
engastados, nos contrafortes e na sapata, e um lado livre na borda superior. O peso
próprio da laje, dos contrafortes e os momentos fletores causados pelos esforços
horizontais na laje vertical são utilizados para o dimensionamento dos contrafortes.
Para dimensionar a sapata considera-se o peso total do muro, do maciço de solo
acima da sapata e o somatório do empuxo atuante na estrutura. (DOMINGUES 1997).
41
3.2 PARÂMETROS DE CÁLCULO
Neste item, são expostos os parâmetros de cálculo para determinação dos
principais esforços atuantes em uma estrutura de muro de arrimo, cada um deles são
importantes para o correto dimensionamento do mesmo.
Conforme a NBR 15961-1 (2011) e Parsekian, Hamid, & Drysdale (2013), para
o cálculo de estruturas, os valores característicos da resistência dos materiais
correspondentes são em geral minorados por meio do coeficiente (ɣm), que possuem
a função de encobrir as incertezas que não possam ser tratadas estatisticamente,
como a característica do material quanto à sua variabilidade de resistência, incertezas
quanto à correlação obtida em ensaio e o valor real do material, assim como as
definições geométricas e fragilidade ou ductilidade do material. A Figura 3.13
apresenta valores para coeficiente de minoração.
42
Figura 3.14: Coeficientes de majoração (ɣf)
3.2.1 Empuxo
Empuxo ou empuxo ativo é definido como sendo uma força aplicada, contra o
muro de contenção, advinda de pressões laterais exercidas pela terra e/ou água.
(DOMINGUES 1997) (MOLITERNO 1994).
Moliterno (1994), diz que o empuxo também pode ser do tipo passivo, que é
quando a força atua do muro contra o solo, podendo neste caso, ajudar na
estabilização da estrutura.
Marchetti (2007), descreve que enquanto o aterro está sendo depositado atrás
do muro já construído, o muro sofre algum deslocamento, esse deslocamento é a
ação do empuxo. O empuxo do solo irá ter um valor próximo ao do empuxo do solo
ali em repouso, porém, logo que o muro começa a se deslocar devido a esta força, o
solo irá se deformar do estado de repouso para o estado ativo.
O empuxo ativo força a laje vertical para fora causando uma flexão na cortina
vertical e por consequência uma compressão na parte mais baixa (LOBO 2003). A
Figura 3.15 mostra um esquema simples das forças de empuxo atuantes em um muro
de arrimo com perfil clássico.
43
Figura 3.15: Forças de empuxo atuantes.
1
𝐸= . 𝐾𝑎 . ɣ𝑠 . ℎ2 1
2
Onde,
E = Empuxo;
Ka = Coeficiente de empuxo ativo;
ɣs = Peso específico do solo;
h = Altura útil do muro, da base ao topo.
Moliterno (1994), utiliza a teoria de Coulomb para uma análise mais profunda
de cálculo de empuxo, o autor afirma que devido ao atrito entre as partículas, a
rugosidade do muro e a inclinação do terreno em relação à horizontal é de extrema
necessidade a inclusão do coeficiente de empuxo (K). O autor descreve alguns
parâmetros para o dimensionamento de diferentes modelos de muro de arrimo onde
em cada caso possui um K diferente e é simplificado conforme as ilustrações abaixo,
o K é conhecido também como coeficiente de empuxo ativo (Ka).
Cada parâmetro possui uma equação distinta para cálculo do Ka, conforme
observa-se nos casos apresentados nas figuras abaixo.
44
Figura 3.16: Parâmetro interno liso e vertical
cos 2 𝜑 cos 𝛼
𝐾= 2
[√cos 𝛼 + √sen(𝜑 − 𝛼 )sen φ]2
Figura 3.17: Parâmetro interno liso, inclinado do lado da terra e terreno horizontal
cos 2 (Ɵ + φ)
𝐾= 3
cos Ɵ (cos Ɵ + sen φ)2
45
Figura 3.18: Parâmetro interno liso, inclinado do lado da terra e terreno com inclinação α = φ
cos 2 (Ɵ + φ)
𝐾= 4
𝑐𝑜𝑠 3 Ɵ
𝐾 = cos 2 φ 5
46
Figura 3.20: Parâmetro interno liso, vertical e terreno adjacente horizontal (Caso usual dos muros de
concreto armado moldado in loco)
𝜙
𝐾 = 𝑡𝑔2 (45° − ) 6
2
1
𝐾𝑝 = 7
𝐾𝑎
Onde,
Kp = Coeficiente do empuxo passivo;
Ka = Coeficiente do empuxo ativo.
𝑃𝑠
γs = 8
𝑉𝑠
47
Existem vários processos para a determinação do peso específico do solo.
Uma amostra é colhida sem deformação, sendo então determinados sua massa e seu
volume. Almeida (2005) relata que os principais ensaios são o de cubo esculpido e
do cilindro de cravação.
Barros (2015) afirma que o peso específico do solo pode ser estimado de
acordo com o material obtido no local e classificado conforme a Tabela 1 que informa
os valores típicos do peso específico de solos.
𝐹𝑎 = 𝜇 ∗ (𝑃𝑔 + 𝑃𝑠) 9
Onde,
Fa = força de atrito (estático ou dinâmico);
μ = coeficiente de atrito;
48
N = (Pg + Ps) = Normal dado pela soma do peso do corpo mais o peso solo.
49
Tabela 2: Valores típicos do ângulo de atrito interno de solos não coesivos
Ângulo de atrito
Tipo de solo
(graus)
Areia angular, fofa 33 - 36
Areia angular, compacta 35 - 45
Areia sub-angular, fofa 30 - 34
Areia sub-angular, compacta 34 - 40
Areia arredondada, fofa 28 - 32
Areia arredondada, compacta 32 - 38
Areia siltosa, fofa 25 - 35
Areia siltosa, compacta 30 - 36
Silte 35 - 25
3.2.6 Tensões
Caputo (1988), define que tensão é o esforço aplicado sobre uma determinada
área, tal tensão é proveniente de uma carga permanente como o peso próprio da
estrutura, e/ou de uma carga acidental como um estacionamento. Para o muro de
arrimo, as tensões máximas e mínimas são dadas pela soma ou subtração das
razões, força normal por área e o momento solicitante por momento resistente da
base, conforme equação 10.
𝑁 𝑀
𝜎= ± 10
𝐴 𝑊
Onde,
σ = Tensão máxima ou mínima;
N = Força normal;
A = Área da seção da fundação;
M = Momento solicitante;
W = Momento resistente da base.
A tensão admissível consiste no valor limite da tensão a que um solo pode
50
resistir em determinadas circunstâncias. Caputo (1988) ainda completa que, para os
muros de arrimo é necessário satisfazer a condição da equação para garantir uma
das condições de estabilidade, onde a tensão máxima deverá ser menor ou igual a
tensão admissível do solo.
𝜎𝑚á𝑥 ≤ 𝜎𝑎𝑑𝑚 11
3.2.7 Cisalhamento
Parsekian, Hamid, & Drysdale (2013), esclarecem que o dimensionamento
para paredes de contraventamento são realizados para resistir ao cisalhamento
devido à esforços de compressão e de flexão, e também à força lateral, sendo todas
essas ações em seu plano. A ruptura por cisalhamento é caraterizada pelo
escorregamento ao longo das juntas, dependendo da forma construtiva e do efeito
combinado de compressão e momento fletor, por tração diagonal ou por compressão-
cisalhamento.
Os mesmos autores, afirmam ainda que considerando um momento de
tombamento elevado e uma força lateral elevada, situação comum em paredes de
contraventamento, podem resultar em uma combinação de tração e cisalhamento ao
longo da junta de assentamento. A resistência ao cisalhamento da junta diminui, com
o aumento da tração.
Percebe-se que os mesmos fatores que influenciam a aderência entre a
argamassa e o bloco são também aplicáveis à resistência ao cisalhamento inicial por
aderência. Para argamassas tradicionais, admite-se valores entre 0,10 e 0,35 Mpa.
(Parsekian, Hamid, & Drysdale, 2013). Segundo as NBR 15812-1 (2010) e 15961-1
(2011), a resistência característica ao cisalhamento fvk não deve ser maior que os
valores apresentados na Figura 3.22 a seguir.
51
Figura 3.22: Valores característicos da resistência ao cisalhamento - fvk (Mpa)
Onde,
ρ = Taxa de armadura.
Sendo,
𝐴𝑠
𝜌= 13
𝑏∗𝑑
Onde,
As = Área de aço adotada;
b = Largura efetiva;
d = Altura útil.
De acordo com Parsekian, & Soares (2010), o cisalhamento no estado limite
útil é denominada através da equação 14.
𝑉𝑘 ∗ 𝛾𝑓 𝑓𝑣𝑘
≤ 14
𝑏∗𝑑 𝛾𝑚
Onde,
Vk = Força cortante;
ɣf = Coeficiente majoração;
52
ɣm = Coeficiente minoração;
b = Largura efetiva;
d = Altura útil;
fvk = Resistencia ao cisalhamento.
53
Marchetti (2007), descreve que para cálculo do momento atuante utiliza-se a
equação 15 e para cálculo do momento resistente utiliza-se a equação 16.
ℎ
𝑀𝑎 = 𝐸𝑎 ∗ 15
3
Onde,
Ma = Momento atuante;
Ea = Empuxo ativo;
h = Altura útil do muro, da base ao topo.
𝑀𝑟 = 𝑃𝑔 ∗ 𝑥𝑔 + 𝑃𝑠 ∗ 𝑥𝑠 16
Onde,
Mr = Momento resistente;
Ps = Peso do solo;
xs = Centro de gravidade da massa de solo
Pg = Peso da estrutura do muro
xg = Centro de gravidade da seção do muro
Autores como Domingues (1997) e Marchetti (2007), consideram que o fator
de segurança contra tombamento maior ou igual a 1,50 para solo não coesivo e 2,0
para solo coesivo, já a NBR 11682 (2009) indica em sua tabela 3 – fatores de
segurança mínimos para deslizamentos – coeficiente de segurança sendo 1,5,
conforme equação 17.
∑ 𝑀𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
𝐹𝑠𝑇𝑜𝑚𝑏𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = ≥ 1,5 17
∑ 𝑀𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝐴𝑡𝑢𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠
54
𝐹𝑎 + 𝐸𝑝 ≥ 1,4 ∗ 𝐸𝑎 18
Onde,
Fa = Forças Resistentes;
Ep = Empuxo Passivo;
Ea = Empuxo Ativo.
Marchetti (2007), afirma que a somatória das forças que contribuem para
resistir ao deslocamento corresponde as forças resistentes Fa, sendo estas as forças
de Empuxo passivo, forças de atritos da base e forças geradas pelo peso do muro
(W), conforme Figura 3.24.
Onde,
W = Peso próprio;
S = Cisalhamento;
B = Base do muro.
55
(lb), a fim de garantir a transferência da tensão do aço para o graute ou para o
concreto. É de máxima importância o detalhamento da armadura, levando em conta
fatores como comprimento de ancoragem e de emenda, geometria e tamanho dos
vazios dos blocos e pôr fim a sequência de execução devendo-se respeitar os limites
máximos de armadura conforme item 2.4.
Os ganchos são considerados eficientes apenas para armaduras tracionadas,
logo, não é permitido seu uso em barras que sofrerão compressão. A tendência da
força de tração também implica no aparecimento de tensões na ponta da barra, por
esse motivo, ganchos e dobras devem ter dimensões e formatos para que não
provoquem concentração de tensões no graute que os envolve. (PARSEKIAN,
HAMID, & DRYSDALE, 2013).
A NBR 6118 (2014), conforme Figura 3.25 cita que os ganchos nas
extremidades da barra corrugada podem ser:
a) Semicirculares, com ponta reta de comprimento não inferior a 2 Ø.
b) Em ângulo de 45° (interno) com ponta reta de comprimento não inferior a 4
Ø.
c) Em ângulo reto, com ponta reta de comprimento não inferior a 8 Ø.
Fonte: Os autores.
56
Figura 3.26: Diâmetro dos pinos de dobramento (ganchos)
Ø 𝑓𝑦𝑑
𝑙𝑏 = ≥ 25 Ø 19
4 𝑓𝑏𝑑
Onde,
fyd = Tensão de escoamento do aço;
fbd = Tensão de aderência entre armadura e graute;
Ø = diâmetro da barra de aço.
Sendo,
𝑓𝑏𝑑 = 𝜂1 ∗ 𝜂2 ∗ 𝜂3 ∗ 𝑓𝑐𝑑 20
Onde,
η1 = 1,0 para barra lisa (CA25), 1,4 para barra entalhada (CA60) e 2,5 para barra de
alta aderência (CA50);
η2 = 1,0 para região de boa aderência e 0,7 para região de má aderência;
η3 = 1,0 para barra de diâmetro até 32 mm.
Sendo,
57
0,21 3
𝑓𝑐𝑡𝑑 = ∗ √𝑓𝑐𝑘 2 21
1,4
58
4. DIMENSIONAMENTO
Fonte: Os autores.
59
será dimensionado. Para tal muro adotou-se o perfil clássico conforme ilustrado na
Figura 3.9.
Fonte: Os autores.
60
Figura 4.4: Dimensões finais do muro de arrimo de concreto moldado in loco
Fonte: Os autores.
𝜙 32
𝐾𝑎 = 𝑡𝑔2 (45° − ) → 𝐾𝑎 = 𝑡𝑔2 (45° − ) → 𝐾𝑎 = 0,307
2 2
1 1
𝐸𝑎 = . 𝐾𝑎 . ɣ𝑠 . ℎ2 → 𝐸𝑎 = . 0,307 . 18 . 3,12 → 𝐸𝑎 = 26,57 𝑘𝑁
2 2
61
ℎ ℎ 3,1 3,1
𝑀𝑜 = 𝐸𝑎, 𝑠 ∗ ( ) + 𝐸𝑎 ∗ ( ) → 𝑀𝑜 = 2,86 ∗ ( ) + 26,57 ∗ ( )
2 3 2 3
𝑀𝑜 = 31,89 𝑘𝑁. 𝑚
𝑀𝑟 ≥ 1,5 ∗ 𝑀𝑎
1 1 1
𝐸𝑝 = ∗ 𝐾𝑝 ∗ ɣ𝑠 ∗ ℎ𝑝2 → 𝐸𝑝 = ∗ ∗ 18 ∗ 0,652 → 𝐸𝑝 = 12,38 𝑘𝑁. 𝑚
2 2 0,307
62
9 e os valores do coeficiente de atrito para solo seco 0,50 e solo saturado 0,30
conforme Figura 3.21.
Solo saturado
Solo seco
𝐹𝑎 = 𝜇 ∗ (𝑃𝑠 + 𝑃𝑔) → 𝐹𝑎 = 0,3 ∗ (47,31 + 92,07) → 𝐹𝑎 = 42 𝑘𝑁
𝐹𝑎 + 𝐸𝑝 ≥ 1,4 ∗ 𝐸𝑎
𝐹𝑎 + 𝐸𝑝 ≥ 1,4 ∗ 𝐸𝑎
Tensão máxima
𝑁 𝑀 𝑃𝑠 + 𝑃𝑔 𝑀, 𝑎𝑡 139,38 30,41
𝜎𝑚á𝑥 = + → 𝜎𝑚á𝑥 = + 2 → 𝜎𝑚á𝑥 = +
𝐴 𝑊 𝐴 1∗𝐿 1,59 1 ∗ 2,452
6 6
Tensão mínima
63
𝑁 𝑀 𝑃𝑠 + 𝑃𝑔 𝑀, 𝑎𝑡 139,38 30,41
𝜎𝑚í𝑛 = − → 𝜎𝑚í𝑛 = − 2 → 𝜎𝑚í𝑛 = −
𝐴 𝑊 𝐴 1∗𝐿 1,59 1 ∗ 2,452
6 6
𝜎𝑚á𝑥 ≤ 𝜎𝑎𝑑𝑚
118,06 ≤ 190
Nesse caso a tensão máxima a ser aplicada no solo é menor que a tensão
admissível, de tal modo que não ocorrerá uma ruptura do solo na base do muro.
64
Figura 4.5: Representação para cálculo do momento atuante na sapata do muro
Fonte: Os autores.
Momento na seção 1:
Momento na seção 2:
65
Figura 4.6: Valores para cálculo de armadura (KMD)
𝑀𝑑 102,05
𝐾𝑀𝐷 = → 𝐾𝑀𝐷 = → 𝐾𝑀𝐷 = 0,0635
2
𝑏 ∗ 𝑑 ∗ 𝑓𝑐𝑑 2 25000
1 ∗ 0,30 ∗ 1,4
Carvalho & Figueiredo Filho (2014), cita que para o cálculo da armadura para
o muro de concreto moldado in loco é dado pela equação 22 abaixo.
𝑀𝑑
𝐴𝑆1 = 22
𝐾𝑧 ∗ 𝑑 ∗ 𝑓𝑦𝑑
Onde,
Md = Momento atuante
fyd = relação do aço pelo coeficiente de minoração
d = altura útil
66
𝑀𝑑 102,05
𝐴𝑆1 = → 𝐴𝑠 = → 𝐴𝑠 = 8,15 𝑐𝑚²
𝐾𝑧 ∗ 𝑑 ∗ 𝑓𝑦𝑑 50
0,9620 ∗ 0,30 ∗
1,15
100
𝐸𝑠𝑝𝑎ç𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = → 𝐸𝑠𝑝𝑎ç𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 ≅ 15 𝑐𝑚
6
𝑀𝑑 45,62
𝐾𝑀𝐷 = → 𝐾𝑀𝐷 = → 𝐾𝑀𝐷 = 0,0284
2
𝑏 ∗ 𝑑 ∗ 𝑓𝑐𝑑 2 25000
1 ∗ 0,30 ∗ 1,4
𝑀𝑑 45,62
𝐴𝑆2 = → 𝐴𝑠 = → 𝐴𝑠 = 3,56 𝑐𝑚²
𝐾𝑧 ∗ 𝑑 ∗ 𝑓𝑦𝑑 50
0,9820,∗ 0,30 ∗
1,15
100
𝐸𝑠𝑝𝑎ç𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = → 𝐸𝑠𝑝𝑎ç𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 ≅ 15 𝑐𝑚
6
67
4.1.1.3 Cálculo da armadura (N3)
1 8,75
𝐴𝑠4 = 𝑥𝐴𝑠2 → 𝐴𝑠4 = → 𝐴𝑠4 = 1,75 𝑐𝑚²
5 5
100
𝐸𝑠𝑝𝑎ç𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = → 𝐸𝑠𝑝𝑎ç𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 ≅ 25 𝑐𝑚
4
Fonte: Os autores.
68
4.2 MURO DE ALVENARIA ESTRUTURAL
Neste item, serão calculados os esforços e o dimensionamento do muro de
arrimo executado em alvenaria estrutural. O detalhamento do cálculo abaixo é
resultado de uma alternativa construtiva do muro de arrimo em alvenaria estrutural.
Outras alternativas, com auxílio de uma planilha de Excel, foram também calculadas
e atendiam aos requisitos de estabilidade do muro, entretanto pensando na facilidade
de execução adotou-se o muro de arrimo conforme demonstra o dimensionamento a
seguir. Devido a fatores de correção do dimensionamento para alvenaria estrutural, a
altura inicial a ser vencida de 3,10 m calculada para o concreto moldado in loco foi
alterada para 3,20 m devido a modulação do bloco de concreto, sendo assim, a altura
final do muro de arrimo terá 16 fiadas de bloco de 19 cm de altura.
Com base nos métodos de Parsekian, Hamid, & Drysdale (2013) e analisando
a geometria necessária, adotou-se alguns requisitos preliminares para auxiliar no
desenvolvimento do cálculo, utilizou-se bloco de concreto com tamanho de 19 cm x
19 cm x 39 cm, e com resistência de 10 MPa que de acordo com a NBR 15961-1
(2003) é a resistência mínima necessária, observa-se na Figura 4.8 as dimensões
finais do muro de arrimo de alvenaria estrutural.
Fonte: Os autores.
69
para o cálculo do muro de concreto moldado in loco, Ka = 0,307.
Fonte: Os autores.
𝑞 3 𝑘𝑁/𝑚²
ℎ𝑜 = → ≅ 0,17 𝑚
𝛾 18 𝑘𝑁/𝑚3
𝐻 = ℎ𝑜 + ℎ → 0,17 + 3,20 → 𝐻 ≅ 3,37 𝑚
𝑏1 + 𝑏2 18,62 + 0,94
𝐴𝑡𝑟𝑎𝑝 = 𝐴𝑟𝑒𝑡 = → → 𝜎 ≅ 9,78 𝑘𝑁/𝑚²
2 2
70
Figura 4.10: Área de influência para cada enrijecedor
Fonte: Os autores
𝑓𝑝𝑘
= 1,75 → 𝑓𝑝𝑘 = 1,75 ∗ 10 = 17,5 𝑀𝑃𝑎
𝑓𝑏𝑘
71
0,7 ∗ 𝑓𝑝𝑘
𝐹𝑑 = 23
ɣ𝑚
Fonte: Os autores.
𝑋3,4
= 0,45 → 𝑋3,4 = 0,45 ∗ 109,5 = 49,28 𝑐𝑚
𝑑
𝑀𝑀á𝑥 = 0,8 ∗ 𝑥 ∗ 𝑏 ∗ 𝑓𝑑 ∗ 𝑧 24
Onde,
72
x = Linha neutra;
z = Braço de alavanca;
b = Largura efetiva;
fd = Resistência da parede à compressão simples.
Sendo assim, o valor da nova linha neutra é de 0,054 m, pois x2 está fora da
seção estudada.
73
𝑀𝑑
𝐴𝑠 = 25
0,5 ∗ 𝑓𝑦𝑑 ∗ 𝑧
Onde,
Md = Momento atuante;
fyd = relação do aço pelo coeficiente de minoração;
z = Braço de alavanca.
𝐴𝑠 𝑀í𝑛 = 0,10% ∗ 𝑏 ∗ 𝑑 26
Onde,
b = Largura útil;
d = Altura útil.
𝑀𝑑 112,16
𝐴𝑠 = = ≅ 4,81 𝑐𝑚²
0,5 ∗ 𝑓𝑦𝑑 ∗ 𝑧 50
0,5 ∗ ∗ 1,07
1,15
0,10
𝐴𝑠 𝑀í𝑛 = 0,10% ∗ 𝑏 ∗ 𝑑 = ∗ 39 ∗ 109,5 = 4,27 𝑐𝑚2
100
Fonte: Os autores
74
seção (fvk) e da taxa de armadura (ρ), conforme as equações 12 e 13
respectivamente. Isso porque em caso de alvenarias armadas, considera-se que a
armadura principal pode resistir ao cisalhamento sem a necessidade da utilização de
estribos.
𝐴𝑠 4,81
𝜌= ∗ 100 = ∗ 100 = 0,1126 %
𝑏∗𝑑 39 ∗ 109,50
75
Figura 4.13: Coeficientes para cálculo do momento de ruptura
𝑀𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙 = 𝛼 ∗ 𝑝 ∗ 𝐿² 27
𝑀𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙 = 𝜇 ∗ 𝛼 ∗ 𝑝 ∗ 𝐿² 28
Onde,
ρ = carga distribuída linearmente no painel;
L = comprimento do vão entre enrijecedores;
μ = coeficiente de atrito
α = coeficiente em função da quantidade de apoios
76
𝑀𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙 = 𝜇 ∗ 𝛼 ∗ 𝑝 ∗ 𝐿2 → 𝑀𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙 = 0,5 ∗ 0,125 ∗ 9,78 ∗ 1,212
𝑏 ∗ ℎ³ 100 ∗ 19³
𝐼= → → 57158 𝑐𝑚4
12 12
𝑓𝑡𝑘 0,5
𝛾𝑓 ∗ 𝜎𝑇 ≤ → 1,4 ∗ 0,298 ≤ → 0,42 𝑀𝑃𝑎 ≤ 0,25 𝑀𝑃𝑎
𝛾𝑚 2,0
𝑓𝑝𝑘
= 0,70 → 𝑓𝑝𝑘 = 0,70 ∗ 10 = 7 𝑀𝑃𝑎
𝑓𝑏𝑘
77
0,7 ∗ 𝑓𝑝𝑘 0,7 ∗ 7
𝐹𝑑 = = = 2,45 𝑀𝑃𝑎
ɣ𝑚 2
Fonte: Os autores
𝑋3,4
= 0,45 → 𝑋3,4 = 0,45 ∗ 0,14 = 0,063 𝑚
𝑑
78
𝑀𝑑 = 0,8 ∗ 𝑥 ∗ 𝑏 ∗ 𝑓𝑑 ∗ 𝑧 → 2,51 = 0,8 ∗ 𝑥 ∗ 0,19 ∗ 2450 ∗ (0,14 − 0,4𝑥)
Sendo assim, o valor da nova linha neutra será de 0,057 m, pois x2 está fora
da seção estudada.
𝑀𝑑 2,51
𝐴𝑠 = = ≅ 0,99 𝑐𝑚²
0,5 ∗ 𝑓𝑦𝑑 ∗ 𝑧 0,5 ∗ 50
∗ 0,117
1,15
0,10
𝐴𝑠 𝑀í𝑛 = 0,10% ∗ 𝑏 ∗ 𝑑 = ∗ 19 ∗ 14 ≅ 0,27 𝑐𝑚2
100
79
Figura 4.15: Distribuição da armadura horizontal N2
Fonte: Os autores
Fonte: Os autores
80
𝑋3,4
= 0,45 → 𝑋3,4 = 0,45 ∗ 0,1 = 0,045 𝑚
𝑑
Sendo assim, o valor da nova linha neutra será de 0,040 m, pois x2 está fora
da seção estudada.
𝑀𝑑 1,25
𝐴𝑠 = = = 0,68 𝑐𝑚²
0,5 ∗ 𝑓𝑦𝑑 ∗ 𝑧 0,5 ∗ 50 ∗ 0,084
1,15
0,10
𝐴𝑠 𝑀í𝑛 = 0,10% ∗ 𝑏 ∗ 𝑑 = ∗ 19 ∗ 10 = 0,19 𝑐𝑚2
100
81
Adotou-se 2 barras com Ø 8 mm = 1,0 cm² para as armaduras. Conforme item
2.4 o espaçamento para armadura vertical deve ser no máximo de 60 cm, sendo
assim, observa-se na Figura 4.17 a representação da armadura vertical N3 no painel.
Fonte: Os autores
Fonte: Os autores
82
4.2.3 Modulação enrijecedor x painel
O muro de alvenaria estrutural, devida a modulação e amarração direta dos
blocos, será construído em “módulos de muro” de aproximadamente 1,60 m conforme
a Figura 4.19 que representa a modulação dos blocos da 1ª fiada e 2ª fiada.
Fonte: Os autores
83
Figura 4.20: Amarração dos módulos com grampos
Fonte: Os Autores
Fonte: Os autores
84
5. RESULTADOS E ANÁLISES
Para determinar qual o muro se torna mais viável considerando fatores como
materiais empregados e seus custos, foi necessária uma análise do quantitativo tanto
para o muro de arrimo moldado in loco, quanto o muro de arrimo de alvenaria
estrutural.
Para uma melhor comparação, considerou-se apenas a superestrutura, ou
seja, os painéis e enrijecedores de cada muro visto que são elementos comuns
(painéis fletidos) dos muros de arrimo, sendo assim, nos quantitativos constam
apenas os materiais necessários para a superestrutura, não levando em consideração
a infraestrutura (fundação) dos muros.
As tabelas 3 e 4 destacam os materiais, quantidades e custo total para 10
metros de muro, considerando um acréscimo de 10% relativos a perdas de materiais.
Os custos abaixo foram levantados na região de Atibaia – SP em outubro de 2019 e
representam o menor custo de cada item dentre três orçamentos realizados.
TOTAL R$ 8.863,00
Fonte: Os autores
85
Tabela 4: Quantitativos e custos para o muro de arrimo em alvenaria estrutural
TOTAL R$ 8.633,00
Fonte: Os autores
86
argamassa que somados totalizam R$ 5.824,50, ultrapassando assim o custo das
formas utilizadas no muro de concreto moldado in loco que é de R$ 4.612,00.
O concreto e o graute são materiais que podem ser industrializados que são
fornecidos por usinas de concreto (concreteiras) ou, no caso do graute, de uma
mistura pronta vendida em sacos bastando apenas adicionar água. Podem ainda ser
misturados e rodados na betoneira diretamente na obra.
Durante as pesquisas dos materiais a serem empregados e seus custos, o
graute foi o material que apresentou maior variação de custos sendo encontrados
valores entre R$ 2.360,00 para graute misturado e rodado em obra e R$ 15.782,46
para grautes industrializados. Com o intuito de comparar qual seria a metodologia
mais econômica, foi utilizada neste estudo a opção de graute misturado e rodado em
obra, no entanto, é de suma importância salientar que traços misturados e rodados
em obra necessitam de um maior controle de qualidade dos materiais e da mão de
obra pois estes influenciam diretamente na segurança e no aspecto final do produto
que está sendo construído. Na utilização de produtos industrializados espera-se obter
um produto de maior qualidade, tendo em vista que nas empresas o processo de
fabricação costuma ter maior controle da qualidade dos materiais utilizados e maior
controle da dosagem e mistura do material, pois são feitos por equipamentos
adequados. Seja qual for o tipo de concreto ou graute utilizado, recomenda-se sempre
que sejam feitos corpos de prova na obra para que sejam testados e, assim,
comprovada a resistência do material utilizado garantido a qualidade e segurança do
produto final.
A geometria final do muro de arrimo em alvenaria estrutural apresentada neste
estudo, que contempla enrijecedores com 1,19 m de comprimento espaçados a cada
1,60 m, é resultado de uma análise durante o dimensionamento feito com o auxílio de
uma planilha montada em EXCEL. Esta geometria se mostrou ser a melhor opção por
ser mais econômica em relação a quantidade de graute além de ser mais fácil de se
executar devido ao espaçamento dos enrijecedores. Outras opções também
atendiam as verificações de resistência, dentre elas podemos citar uma que
contemplava enrijecedores mais curtos com 0,99 m de comprimento e espaçados a
cada 1,20m.
87
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a realização deste trabalho foi possível perceber uma grande deficiência
no que tange à bibliografias, normas nacionais, trabalhos e pesquisas que tratam
sobre o uso de alvenaria estrutural em muros de contenção. Contrapondo-se a isso,
estruturas de concreto armado são mais comumente empregadas no país logo,
possuem vastas bibliografias, normas e pesquisas que tratam a respeito de estruturas
desse tipo e que contemplam a respeito de muro de arrimo em concreto moldado in
loco (concreto armado). Desta forma foram utilizadas para o dimensionamento do
muro de arrimo em alvenaria estrutural, bibliografias básicas sobre alvenaria
estrutural que em sua maioria são para dimensionamentos de edificações.
É certo afirmar que existem outras técnicas cabíveis para cálculo, tanto do
muro de arrimo moldado in loco, quanto do muro de arrimo de alvenaria estrutural e
que não foram contempladas neste estudo, entretanto cada técnica deve ser
estudada e analisada minuciosamente para que assim determine a melhor alternativa.
Dentre os parâmetros apresentados neste trabalho destacam-se que os
parâmetros do solo são de suma importância para o dimensionamento de muros de
arrimo, uma vez que, o solo é o maior responsável pelos esforços atuantes na
estrutura. Desta maneira, ressalta-se a importância de se fazer um estudo mais
aprofundado do mesmo levando em conta o local que o muro será executado.
Importante ressaltar novamente que neste trabalho comparou-se apenas a
superestrutura dos dois muros por se tratar de elementos comuns a ambos, ou seja,
painéis fletidos que no caso da alvenaria estrutural considerou-se também os
enrijecedores.
A partir das pesquisas feitas para este trabalho é possível concluir que o muro
de alvenaria estrutural pode vir a ter uma maior viabilidade de construção, pois seu
método construtivo se mostra mais racional dispensando o uso de formas,
economizando tempo e eliminando resíduos. Além disso, essa metodologia utiliza
uma quantidade significativamente menor de aço na sua construção, diminuindo
também o tempo de execução pois não necessita de uma armação complexa.
Após análise dos resultados é possível concluir que os dois tipos de muros
dimensionados neste trabalho atenderam aos requisitos mínimos passando nas
análises de estabilidade e comprovando sua eficiência estrutural, desta forma
88
qualquer um dos métodos construtivos pode ser empregado para contenção de um
solo com uma altura de aproximadamente 3 metros conforme situação fictícia
estudada.
Conclui-se também que uma comparação levando em conta apenas os
quantitativos de materiais e seus custos, não são suficientes para a determinação da
melhor metodologia de construção do muro de arrimo, assim como não é suficiente
para a determinação de qual método construtivo utilizar, pois diversos outros fatores
devem também ser analisados, como por exemplo o local da obra, a facilidade de
acesso, a disponibilidade dos insumos na região, a disponibilidade e o custo de uma
mão de obra bem qualificada, a produtividade, um estudo aprofundado do solo e o
tipo de fundação a ser utilizada de acordo com cada tipo de solo.
Ainda assim, o presente trabalho se mostrou muito importante pois expandiu
os conhecimentos dos autores deste trabalho, despertando ainda mais interesse em
novas pesquisas sobre os temas aqui abordados.
Espera-se que os conceitos básicos utilizados para o dimensionamento dos
muros de arrimo, bem como os roteiros de cálculos realizados neste trabalho possam
auxiliar estudantes e profissionais ligados a engenharia civil e arquitetura além de
servir como base e motivação para estudos futuros.
Com base no que foi desenvolvido e apresentado neste trabalho, recomenda-
se futuros estudos sobre muros de arrimo com uso de protensão, estudos
aprofundados do solo e tipologias de fundações para muros de arrimo.
89
7. REFERÊNCIAS
90
DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM – DER. Projeto de muro de
arrimo. 2005. 27 p. Disponível em: <ftp://ftp.sp.gov.br/ftpder/normas/IP-DE-C00-
005_A.pdf>. Acesso em: 20 de maio de 2019.
MARCHETTI, O. Muros de arrimo. 1. ed. São Paulo: Editora Edgar Blucher Ltda,
2007. 3ª reimpressão, 2014. 141 p.
MOLITERNO, A. Caderno de Muros de Arrimo. 2. ed. rev. São Paulo: Editora Edgar
Blucher Ltda, 1994. 8ª reimpressão, 2014. 194 p.
91
PINTO, C. S. Curso básico de mecânica dos solos. 3. ed. São Paulo: Oficinas de
Textos. 2ª reimpressão, 2011. 267 p.
92
93
8. APÊNDICE A – Projeto muro de arrimo de concreto
moldado in loco (concreto armado)
94
A N3 N2
N1
B B
N3
A
VISTA EM PLANTA
esc: 1/50
N3 N1 NOTAS
1. MEDIDAS EM "m".
2. CONCRETO DEVERÁ TER RESISTÊCIA DE 25
MPa OU SUPERIOR.
3. VOLUME TOTAL DE CONCRETO = 18.90 m³
4. COBRIMENTO DAS ARMADURAS MÍNIMO
8 N3 Ø 8.0 c/25 C=20.46 DOS 5 cm ( CONFORME A NBR 6118 , PARA
CORTE BB ELEMENTOS ESTRUTURAIS EM CONTATO
COM O SOLO - GRAU DE AGRESSIVIDADE
esc: 1/50 IV).
A
5. AS ARMADURAS DEVEM SER MONTADAS DE
N2 ACORDO COM O PROJETO. HAVENDO
N3
NECESSIDADE DE CORTES NÃO PREVISTOS
EM PROJETO AS EMENDAS POSTERIORES
DEVEM SEMPRE OBEDECER O
COMPRIMENTO MÍNIMO DE ANCORAGEM.
SENDO ASSIM DEVE-SE CONSULTAR O
ENGENHEIRO CALCULISTA RESPONSÁVEL.
RELAÇÃO DO AÇO
COMP. COMP.
DIÂMETRO QUANTIDADE
AÇO N UNITÁRIO TOTAL
N1 (mm) (pç)
(m) (m)
1 12,50 67 5,20 348,40
CA 50 2 8,00 67 7,70 515,90
A 3 8,00 20 20,10 402,00
N3 N2
PROJETO DE MURO DE ARRIMO MOLDADO IN LOCO
PROP.: GRADUANDOS:
AMÉLIA SILVA 4515007
DENIS RANKIN 4515047
ISMAR SARDINHA 4515089
N1 N3 LUCAS ORLANDINI 4516109
B
ART Nº: ÁREA DE CONSTRUÇÃO:
B PROJETO:
ASS: PRANCHA:
CORTE AA
1/1
esc: 1/50
NOTAS
1. MEDIDAS EM "cm".
2. GRAUTE DEVERÁ TER RESISTÊCIA DE 25 MPa OU SUPERIOR. ARMADURAS
3. COBRIMENTO DAS ARMADURAS MÍNIMO DOS 5 cm ( CONFORME A esc:1/50
NBR 6118 , PARA ELEMENTOS ESTRUTURAIS EM CONTATO COM O
SOLO - GRAU DE AGRESSIVIDADE IV).
4. AS JUNTAS DE ASSENTAMENTO HORIZONTAIS E VERTICAIS DEVEM
SER DE 1 cm.
5. A ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO DEVERÁ TER RESISTÊNCIA DE 7
MPa.
6. AS ARMADURAS DEVEM SER MONTADAS DE ACORDO COM O
PROJETO. HAVENDO NECESSIDADE DE CORTES NÃO PREVISTOS EM
PROJETO AS EMENDAS POSTERIORES DEVEM SEMPRE OBEDECER
O COMPRIMENTO MÍNIMO DE ANCORAGEM. SENDO ASSIM DEVE-SE
CONSULTAR O ENGENHEIRO CALCULISTA RESPONSÁVEL.
GRAMPOS
esc:1/50
ARGAMASSA
FIA ES
AR
DA SP
S ÍM DA
PA
RE FIA
S
RELAÇÃO DO AÇO
BLOCOS FAMÍLIA 19 X 40 COMP. COMP.
DIÂMETRO QUANTIDADE
AÇO N UNITÁRIO TOTAL
TIPO DE BLOCO QUANTIDADE (mm) (pç)
(m) (m)
1 10,00 14 1,50 21,00
BLOCO INTEIRO 19 X 19 X 39 880 2 10,00 14 2,10 29,40 PROJETO DE MURO DE ARRIMO EM ALVENARIA ESTRUTURAL
3 8,00 14 1,50 21,00
PLANTA DE MODULAÇÃO DA 2ª FIADA CA 50 4 8,00 14 2,10 29,40
esc: 1/50 MEIO BLOCO 19 X 19 X 19 120 5 8,00 8 104,00 83,20 PROP.: RESP. TÉCNICO:
6 10,00 54 0,85 45,90 AMÉLIA SILVA 4515007
7 6,30 42 1,30 54,60 DENIS RANKIN 4515047
BLOCO CANALETA 19 X 19 X 39 105 ISMAR SARDINHA 4515089
RESUMO DO AÇO
MEIO BLOCO CANALETA 19 X 19 X 19 10 COMP.
PESO +10% ART Nº:
AÇO DIÂMETRO TOTAL
ÁREA DE CONSTRUÇÃO:
(mm) (kg)
(m)
OBS.: QUANTIDADCES COM 10 % DE PERDAS CONSIDERADAS 6,30 54,60 14,70 PROJETO:
CA 50 8,00 133,60 58,05
10,00 96,30 65,36 MODULAÇÕES DA 1ª E 2ª FIADAS E ELEVAÇÕES
TOTAL 138,11
DATA: DESENHO:
OBS.: 10 % REFERENTE A PERDAS 09/10/2019
esc: 1/50
ASS: PRANCHA:
1/1