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FACULDADE CAMPOS ELÍSEOS

ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL

CARLA FERNANDA DE OLIVEIRA MAZOTO


FERNANDA APARECIDA MAGALHÃES

EDUCAÇÃO INCLUSIVA: RUMOS E PERCURSOS

São Paulo

2019
FACULDADE CAMPOS ELÍSEOS
CARLA FERNANDA DE OLIVEIRA MAZOTO
FERNANDA APARECIDA MAGALHÃES

EDUCAÇÃO INCLUSIVA: RUMOS E PERCURSOS

Monografia apresentada á Faculdade


Campos Elíseos, como requisito parcial
para a obtenção do título de Especialista
em Educação Especial, sob supervisão da
orientadora: Prof.Fatima Ramalho Lefone.

São Paulo

2019
FACULDADE CAMPOS ELÍSEOS
CARLA FERNANDA DE OLIVEIRA MAZOTO
FERNANDA APARECIDA MAGALHÃES

EDUCAÇÃO INCLUSIVA: RUMOS E PERCURSOS

Monografia apresentada á Faculdade


Campos Elíseos, como requisito parcial
para a obtenção do título de Especialista
em Educação Especial, sob supervisão da
orientadora: Prof.Fatima Ramalho Lefone.

Aprovado pelos membros da banca examinadora em


___/___/___.com menção ____ (________________).

Banca Examinadora

_________________________________

_________________________________

São Paulo
2019
RESUMO

O presente artigo faz um levantamento bibliografico acerca dos rumos e percursos


da Educação Inclusiva no Brasil. Para tanto buscou-se entender as atribuições dos
autores pesquisados acerca do significados atribuidos ao termo, bem como fazer
uma retrospectiva histórica sobre o assunto e por fim compreender de fato como
está a implementação da Educação Inclusiva nas escolas da rede pública, quais os
principais desafios e as possiveis soluções. Com a realização da pesquisa notou-se
que durante todas essas décadas de discussões sobre o assunto muitas leis e
diretrizes foram criadas para amparar a pessoa com deficiência e essa passa a ser
mais acolhida (pensando que no passado ela era totalmente segregada) na
sociedade como um todo, no entanto, ainda esbarra no precoceito, falta de
prepararo de alguns professores, limitações familiares e bloqueios por parte das
autoridades. Consequentemente ainda se faz necessário uma incessante luta para
uma constante melhoria que inclui um trabalho em conjunto para beneficio de todos.

Palavras-chave: Educação Inclusiva; Levantamento Histórico; Desafios.


ABSTRACT

This article makes a bibliographical survey about the directions and paths of Inclusive
Education in Brazil. Therefore, we sought to understand the authors' attributions
about the meanings attributed to the term, as well as make a historical retrospective
on the subject and finally understand in fact how is the implementation of Inclusive
Education in public schools, which are the main challenges and possible solutions.
Through this research, it was noted that during all these decades of discussions on
the subject, many laws and guidelines were created to support the disabled person,
and they become more welcome (thinking that in the past they were totally
segregated) in society as a whole. a whole, however, still bumps into the early days,
lack of preparation of some teachers, family limitations and blockages by the
authorities. Consequently, there is still a continuing struggle for constant
improvement that includes working together for the benefit of all.

Keywords: Inclusive Education; Historical survey; Challenges.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................6

1.1 OBJETIVOGERAL.......................................................................................6

1.2 OBJETIVO ESPECÍFICO............................................................................6

1.3 JUSTIFICATIVA...........................................................................................7

1.4 PROBLEMA.................................................................................................8

2 CAPÍTULO I....................................................................................................6

2.1 O que se entende por inclusão escolar....................................................9

3 CAPÍTULO II..................................................................................................11

3.1 Percurso histórico da educação inclusiva............................................11

4 CAPÍTULO III................................................................................................14

4.1 Obstáculos e possíveis soluções..........................................................14

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................17

REFERÊNCIAS................................................................................................19
6

1 INTRODUÇÃO

A presente monografia faz um levantamento bibliográfico a respeito do


percurso histórico da educação inclusiva no Brasil, mostrando que desde o seu
surgimento passou por diversas etapas e movimentos que lhes trouxe muitos
desafios.
Nessa perspectiva analisou-se que a história da educação especial no Brasil
se estruturou seguindo quase sempre modelos que predominavam pelo
assistencialismo, pela visão segregativa e por uma segmentação das deficiências.
Depois caminhou para uma segunda, em que foram priorizados os aspectos
médicos e psicológicos e em seguida, chegou às instituições de educação escolar,
atingindo finalmente à integração da educação especial no sistema geral de ensino e
causou um impacto hoje na proposta de inclusão total e incondicional desses alunos
nas salas de aula do ensino regular (MANTOAN, 2011).
Silva (2015) aponta ainda que em termos legislativos o documento que
fundamenta a educação inclusiva é a Constituição Federal de 1988, que passou a
determinar o respeito ao diferente, isto é, a diversidade, tendo como um dos
objetivos a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a
promoção de sua integração à vida comunitária.
Estabelecendo também que a educação deve ser igual para todos, sem
preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação.

1.1 Objetivo Geral

Discutir sobre os caminhos percorridos e aqueles que ainda precisam ser


explorados frente a educação inclusiva no Brasil, focando sobre tudo nas
problemáticas que estão impedindo o seu desenvolvimento.

1.2 Objetivo Especifico

Identificar quais os significados e atribuições conferidos ao termo “inclusão


escolar”.
Investigar o histórico da educação inclusiva.
7

Colaborar com a averiguação dos obstáculos que dificultam a implementação


da educação inclusiva no Brasil e as possíveis soluções.

1.3 Justificativa

Por meio dessa pesquisa buscou-se compreender quais os rumos e


percursos da educação inclusiva no Brasil, fazendo um levantamento dos desafios
encontrados desde os primórdios da tentativa de incluir as pessoas com deficiência
no ensino regular, até as dificuldades encontradas nas escolas para que essa
inclusão aconteça de maneira efetiva.
Isso porque busca-se abolir a segregação e acolher as pessoas com
deficiências, sendo pautas as mesmas por ações diretas de diferentes atores e
esferas sociais que se relacionam de modo interdependente, numa perspectiva de
rede.
A inclusão escolar é prevista pela Lei de Diretrizes e Bases (LDB), Lei nº
9.394 de 20/12/1996, da Constituição Federal Brasileira, ela traz os preceitos tanto
para a Educação básica, que compreende a Educação Infantil, Ensino Fundamental
Ensino médio, como para a Educação Superior e além disso para as modalidades
de ensino, que são a Educação Especial, a Educação de jovens, adultos e a
Educação Indígena. Esse foi um fato histórico, conquistado após muitos anos de
questionamentos sobre o tema.
A lei é um instrumento importante para garantir a inclusão, visto que a mesma
delineia a educação brasileira e apresenta um capítulo especialmente dedicado à
educação especial.
De acordo com a lei citada acima, com seus referidos capítulos e artigos, a
escola se faz obrigada a acolher um aluno deficiente e a Resolução do CNE/CEB nº
2/2001, a qual define as diretrizes nacionais para a educação especial na educação
básica, determina que as escolas do ensino regular devem matricular todos os
alunos em suas classes comuns, com os apoios necessários. Esse apoio pode
constituir parte do atendimento educacional especializado (previsto no Art. 208 da
Constituição Federal) e pode ser realizado em parceria com o sistema público de
ensino.
Portanto, tais justificativas nortearam a investigação sobre o tema, uma vez
que foram criadas as leis e diretrizes para amparar a pessoa com deficiência e se
8

faz necessário uma investigação de como está sendo aplicado tais e quais as
dificuldades que estão sendo encontradas em sua efetivação.

1.4 Problema

Como situação problema buscou-se investigar quais as dificuldades que estão


sendo enfrentadas para que a inclusão escolar ocorra de fato.
Uma vez que está questão vem sendo discutida a décadas e sua
implementação ainda está cercada de resistência e dificuldades por parte dos
familiares, discentes, docentes e funcionários em geral.
Desta forma é necessária uma constante reflexão sobre o tema para que de
fato ocorra uma inclusão e está não esteja limitada em projetos e leis sem
aplicabilidade.
9

2 CAPÍTULO I

2.1 O que se entende por inclusão escolar

Antes de se aprofundar nas questões referentes as dificuldades da


implementação da inclusão escolar na realidade brasileira, se faz necessário realizar
um levantamento do que se entende pelo assunto.
Os autores consultados nesta pesquisa apontam os significados e
abrangências do termo tão pronunciado em nossa realidade frente aos alunos com
deficiência.
Silva (2015) acredita que a inclusão não compreende somente os deficientes,
como o senso comum muita das vezes defende, banalizando assim seu real
conceito, que abrange na verdade a todos, inclusive para os ditos “normais”, pois
alcança e interfere na sociedade como um todo.
Mantoan (2011) justifica a inclusão como sendo a capacidade de entender e
receber o outro, contando com o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas
distintas de nós. Uma escola inclusiva é única, onde a cooperação dá lugar a
competição, pois o objetivo é que as diferenças se complementem e que os talentos
de cada um sobressaiam, acolhendo a todas as pessoas, sem exceção.
As autoras Oliveira e Reia (2017) definem ainda que a inclusão tem a ver com
estar um com o outro, cuidar um do outro, juntar, inserir, introduzir, é assegurar a
todos os cidadãos a igualdade, a liberdade de expressão, sem levar em conta
qualquer diferença existente.
A inclusão implica em uma mudança educacional, porque não se restringe
apenas aos alunos com deficiência, mas sim a todos os discentes,
consequentemente, a escola se torna a porta da inclusão, preparando-os para a vida
social (OLIVEIRA E REIA, 2017)
Na concepção de Silva (2011):

A inclusão, em termos educativos, faz mais sentido se for perspectivada


como educação inclusiva. Isto significa que a escola, para além de
proporcionar aos alunos um espaço comum, tem de proporcionar-lhes,
também, oportunidades para que façam aprendizagens significativas.
(SILVA, 2011, p. 120)
10

A partir de tais compreensões, entende-se que uma escola inclusiva é


construída na responsabilidade de cada um em verdadeiramente acolher e estar
com o outro sem nenhuma exceção e seu objetivo é incluir todas as crianças
deficientes ou não no ensino regular, rompendo com todo e qualquer tipo de
preconceito e estereótipo que levem a exclusão escolar de nossas crianças que por
consequência podem afastar delas a oportunidade de uma educação digna que lhes
proporcionem oportunidade de crescimento e desenvolvimento.
11

3 CAPÍTULO II

3.1 Percurso histórico da educação inclusiva

Uma vez levantada as compreensões acerca da inclusão escolar, é


importante também conhecer o percurso histórico pelo qual ela passou. Onde a
pessoa que apresentava algum comprometimento era excluída a uma constante luta
para mudar esse cenário e acolhe-las.
Mantoan (2011) divide o mesmo em três grandes períodos: do ano de 1854 a
1956 – marcado por iniciativas de caráter privado, de 1957 a 1993 – definido por
ações oficiais de âmbito nacional e de 1993 até os dias atuais – caracterizado pelos
movimentos em favor da inclusão escolar.
Os primeiros movimentos pelo atendimento aos deficientes começaram na
Europa e refletiram em mudanças na atitude dos grupos sociais, concretizando-se
em medidas educacionais (SILVA, 2015).
Em 1990, aconteceu a Conferência Mundial sobre Educação para todos, em
Jomtien, na Tailândia e foi assim que o movimento da educação inclusiva começou
a tomar força, sendo impulsionada ainda mais pela Conferência Mundial sobre
Necessidades Educacionais Especiais, realizada quatro anos mais tarde, na cidade
espanhola de Salamanca, onde elaborou-se a Declaração de Salamanca (SILVA,
2015).
A mesma trata de princípios, políticos e práticas na área das necessidades
educativas especiais e em seu artigo primeiro fala sobre a importância de satisfazer
as necessidades básicas de aprendizagem, destacando que cada pessoa, criança,
jovem ou adulto devem estar em condições de usufruir das oportunidades
educativas voltadas para corresponder suas exigências primarias de aprendizagem
que englobam tanto os instrumentos essenciais da mesma (como a leitura e a
escrita, a expressão oral, o cálculo, a solução de problema), quanto os conteúdos
básicos da aprendizagem (como conhecimentos, habilidades, valores, e atitudes),
necessários para os seres humanos possam sobreviver, desenvolver plenamente
suas potencialidades, viver e trabalhar com dignidade, participar plenamente do
desenvolvimento, melhorar a qualidade de vida, tomar decisões fundamentadas e
continuar aprendendo (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, p. 120 apud SILVA,
2015).
12

No Brasil, a educação especial ganha força a partir da Constituição Brasileira


de 1988, onde no Capítulo III em seu Artigo 205 expõe que: “A educação é direito de
todos e dever do Estado e da família” e o seu Artigo 208 prevê que o dever do
Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de atendimento
educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede
regular de ensino” (MANTOAN, 2011).
Há pouco tempo entra em vigor a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB), nº 9.394 de 20/12/96 que destina o Capítulo V inteiramente à
educação especial, definindo-a no Artg. 58º como uma: “modalidade de educação
escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos que
apresentam necessidades especiais” (MANTOAN, 2011).
Entre os aspectos da lei destacam-se: Educandos com necessidades
especiais são aqueles que possuem necessidades incomuns e, portanto, diferentes
dos outros no que diz respeito às aprendizagens curriculares compatíveis com suas
idades. Em razão desta particularidade, estes alunos precisam de recursos
pedagógicos metodológicos próprios (Capítulo III / Artigo 4º).
Os alunos de educação especial podem ser:

 Portadores de deficiência: alunos que apresentam deficiência mental,


física, auditiva, visual ou múltipla;
 Portadores de condutas típicas: alunos com comportamentos típicos de
portadores de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou
psiquiátricos com repercussão sobre o desenvolvimento e comprometimento
social;
 Crianças de alto risco: alunos que têm o desenvolvimento fragilizado em
decorrência de fatores como gestação inadequada, alimentação imprópria,
nascimento prematuro, etc.;
 Portadores de altas habilidades: alunos também chamados de
superdotados, pois apresentam elevada potencialidade intelectual, aptidão
acadêmica específica, capacidade criativa produtiva, alta performance em
liderança, elevada capacidade psicomotora, talento especial para artes.

Nestes casos se faz necessário a presença de professores com especialização


adequada, em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como
13

docentes do ensino regular capacitados para integração desses educandos nas


classes comuns (Capítulo V / Artigo 59). 
Além dessa preparação dos docentes, Silva (2015) destaca a importância de
que o aluno com deficiência tenha condições efetivas de realizar plenamente suas
potencialidades, com o envolvimento e participação de toda a comunidade escolar.
Para tanto, se faz necessário fornecer as escolas estruturas físicas (rampas,
banheiros, mobiliárias) e de pessoal para apoio especializado, como fisioterapeutas,
fonoaudiólogos, professores de Libras (Língua Brasileira de Sinais) e Braile (sistema
de leitura e escrita elaborado para pessoas com deficiência visual).
Vale ressaltar nessa retrospectiva histórica que houve grandes ganhos na
tentativa de mudança, deixando de segregar para tentar incluir, deste modo, a
escola que se opor a tal inclusão estará cometendo de acordo com a lei, crime
punível com reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos (Art. 8º da Lei nº 7.853/89).
14

4 CAPÍTULO III

4.1 Obstáculos e possíveis soluções

Diante de toda repercussão discutida ao longo desse artigo referente a


inclusão escolar, percebeu-se que a um amparo legal e social frente a está
realidade, no entanto, os autores pesquisados também trazem as dificuldades que
muitas vezes impedem sua efetivação.
Silva (2015) relata que um dos grandes desafios enfrentados pelas escolas,
principalmente das redes públicas, é a formação de professores para o atendimento
de alunos com necessidades educacionais especiais e sugere uma possível
solução:

Nesse sentido, a formação continuada do professor deve ser um


compromisso dos sistemas de ensino comprometidos com a inclusão.
Nessa perspectiva, devem-se assegurar que sejam aptos a elaborar e a
implantar novas propostas e práticas de ensino para responderem às
características de seus alunos, incluindo aquelas evidenciadas pelos alunos
com necessidades educacionais especiais (SILVA, 2015, p. 141).

Tal visão colabora com as autoras Oliveira e Reia (2017), sustentando que os
docentes devem ser instruídos e motivados a estabelecer estratégias para a
inclusão do aluno com deficiência. E para que ele tenha um bom aproveito no ensino
regular é essencial que o professor, no seu papel de mediador e condutor do
conhecimento em sua prática educacional, seja flexível, analisando e revisando seu
plano de ensino, e quando necessário, estar fazendo alterações, buscando sempre o
desenvolvimento do discente como um todo.
Levando em conta que muitos são os desafios que o professor enfrenta na
realização do seu trabalho. Dentre eles pode-se mencionar a indisciplina, o excesso
de alunos em sala de aula, o desinteresse dos alunos, a pouca participação da
família na escola, poucas horas-atividades para planejamento e utilização de
recursos audiovisuais disponíveis, defasagem na formação inicial e continuada.
Silva e Mantoan (2011) salientam que a formação contínua de professores
sem dúvida é de grande relevância, mas não resolve tudo. Se faz necessário
também um envolvimento da família em todo o processo:
15

Os pais são os grandes aliados dos que estão empenhados na construção


da nova escola brasileira – a escola inclusiva, aberta às diferenças. Eles são
uma força estimuladora e reivindicadora dessa tão almejada recriação da
escola, exigindo o melhor para seus filhos, com e sem deficiências, e não se
contentando com projetos e programas que continuem batendo nas
mesmas teclas e/ou maquilam o que sempre existiu (MANTOAN, 2011, p.
20).

Um ambiente que proporciona uma relação de tranquilidade e apoio de toda a


família junto a criança se torna a principal meta para a sua formação enquanto
sujeito. A família então tem um papel crucial para que a inclusão aconteça, pois,
parte da conscientização dela, saber a importância de a criança com deficiência
estar frequentando uma escola de ensino regular. A família e a escola devem
caminhar juntas para que a criança seja e se sinta inserida nesse âmbito
educacional (OLIVEIRA E REIA, 2017).
Não podemos deixar de citar também a complexidade de nossas autoridades
educacionais sobre a adoção de uma política verdadeiramente inclusiva nas escolas
regulares, com muitas leis e poucos investimentos para sua efetivação (MANTOAN,
2011).
Esse triple está pautado no artigo 227 da Constituição Federal (1988):

É dever da família, da sociedade e do estado assegurar à criança e ao


adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, a saúde, a educação,
à cultura, ao lazer e a profissionalização, a liberdade, ao respeito, à
dignidade e a convivência familiar e a comunitária, além de colocá-lo a salvo
de toda forma de negligência, descriminação, exploração, violência,
crueldade e opressão.

A duras penas, luta-se contra a descrença e o pessimismo dos conformados e


mostrando que a inclusão é uma grande oportunidade para que discentes, pais e
docentes demostrem as suas capacidades, poderes e compromissos frente as
necessidades educacionais.
As ferramentas estão dispostas nas leis, artigos, discussões, estudos,
pesquisas, para que de fato as mudanças aconteçam e de forma urgente a escola
seja reinventada, desconstruindo a máquina obsoleta que a dinamiza, os conceitos
16

sobre os quais ela funciona, os pilares teórico-metodológicos em que ela se sustenta


e as bloqueiam, limitam em suas possibilidades e o que torna presente que o nosso
problema mais urgente e relevante, antes de toda e qualquer preocupação que
possamos ter com a inclusão dos alunos que já estão nas escolas, fomenta a
adversidade com os que estão fora delas e com tudo o que as torna injustas,
discriminadoras e excludentes (MANTOAN, 2011).
Sendo assim, entende-se que para que haja progresso na educação inclusiva,
se faz necessário uma parceria entre as autoridades educacionais, família, escola e
sociedade, na busca de um melhor ensino a todos os alunos, os que estão no
processo de inclusão e os que aguardam o seu momento, para que possam
encontrar uma instituição escolar fomentada de pessoas cada vez mais conscientes
do seu papel de incluir a todos sem exceção.
17

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

No Brasil, devido às intervenções do MEC (Ministério da Educação), as


escolas já trabalham com a inclusão dos alunos deficientes, no entanto, ainda há o
preconceito de muitos profissionais que afirmam que as crianças devem ser
separadas das demais e colocadas em classes ou escolas especiais. Nesse sentido,
os estereótipos relacionados aos deficientes são muito fortes, contribuindo para a
exclusão social e escolar, que afeta tanto o aluno como a família que busca apoio e
refúgio na instituição.
Mrech (2007) defende que as crianças com deficiências mentais, físicas,
visuais, auditivas, com distúrbios de aprendizagem ou emocionais conseguem
inúmeros progressos em classes de ensino regular. Isso é possível porque elas têm
a possibilidade de conviver em um contexto mais amplo, assimilando novas
experiências.
Sendo assim, não se trata de buscar pertencimentos, inserções e estereótipos
no campo cultural para categorizar indivíduos e coletividades, procurando integrá-los
à cultura vigente; trata-se de compreender a cultura da diversidade como
questionamento e desafio à cultura hegemônica, como forma de combater os
processos de segregação.
Reconhecer e valorizar a diferença devem ser os pontos de partida e de
chegada para construir uma base político-pedagógica que garanta uma educação na
e para a diversidade. Para isso, faz-se necessário, dentre outras tantas mudanças,
redimensionar as estruturas e a dinâmica dos sistemas de ensino, visando à
construção de uma escola que contemple e compreenda as diferentes formas de
ser, fazer, aprender e conviver que se manifestam no contexto escolar, como a
própria manifestação da diversidade humana.
Em suma, entende-se que os rumos e percursos envoltos na educação
inclusiva mostra muitos progressos e alguns desafios, frente as conquistas
alcançadas na criação de leis que sustentam a inclusão do aluno com deficiência.
Os autores pesquisados demostram que as escolas veem se adaptando com
está realidade de acolhida ao novo, mas, no entanto, esbarram ainda nas
dificuldades referente a defasagem formação dos professores, pouca participação e
comprometimento da família e falta também preparação do espaço físico da
instituição para receber os alunos.
18

Porém, embora difícil, essa realidade não é utópica e a cada passo vem
trazendo aos alunos a oportunidade de crescimento em estar com o outro e
aprender a lidar com as diferenças, que estão presentes de várias maneiras e
formas e, sem dúvidas, contribuem para uma sociedade melhor.
19

REFERÊNCIAS

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https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11686129/inciso-iii-do-artigo-63-da-lei-n9394-
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http://www.lite.fe.unicamp.br/cursos/nt/ta1.3.htm >. Acesso em: 15 jun. 2019.

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<https://www.fara.edu.br/sipe/index.php/anuario/article/download/274/247>. Acesso
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<http://www.scielo.mec.pt/pdf/rle/n19/n19a08.pdf>. Acesso em: 18 jun. 2019.

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