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10 dicas para melhorar suas fotos digitais

Qua, 13/08/2008 - 19:14 — henrique.cesar

Atualmente, todo mundo tem câmera digital. Se você já possui um PC, a chance de também ter

um equipamento fotográfico é de quase 100 %.

Por Mario Amaya.

Muito provavelmente, sua máquina é uma compacta com zoom, como a de 90% da população

ligada em tecnologia. Se não for uma câmera, é um celular com câmera embutida. Acertei? Foi

fácil!

Em uma década, desde que suplantou o filme para uso amador, a foto digital tornou-se muito

mais presente em nossas vidas do que a fotografia com filme após um século e meio de

desenvolvimento. Com a digital, todo mundo fotografa!

E essa popularização toda deve muito à eletrônica das máquinas, que simplificou a operação.

Câmeras não põem mais medo nas pessoas leigas. Não há um monte de botões para girar e

apertar, não existe tanta chance de as fotos darem errado e se elas derem errado, você vai

perceber na hora e tentar de novo, em vez de apenas conhecer o desastre horas ou dias depois,

no balcão do laboratório de revelação.

Você não enfrenta nenhuma complicação técnica: basta ligar a câmera, apontar e clicar. A

máquina pensará por você. Afinal, ela contém um pequenino computador cujo software é dedicado

unicamente à tarefa de ajustar os controles internos para que a imagem seja capturada da melhor

forma possível.
Todavia, como é possível que algumas pessoas consigam extrair tanta beleza de pequenas

câmeras de bolso, enquanto outras fazem foto feia após foto feia com equipamentos avançados e

caros? Qual o segredo? Depende de um dom divino ou é um traquejo que pode ser adquirido e

treinado? Acho que está mais para o segundo caso.

Determinação em progredir também conta muito. Se você utilizar a câmera sempre em estilo

“documental”, para registrar momentos e nada mais que isso, não vai ter incentivo para se

aventurar na estética.

Este artigo, temperado por informações úteis e depoimentos de fotógrafos profissionais que

fizeram sua carreira no mundo digital, é dedicado a quem deseja desvelar os segredos e subir um

degrau na qualidade de suas fotos.

É só ter paixão e vontade, tirar proveito dos recursos da câmera e treinar o olho. Ainda não será

preciso apertar e girar um monte de botões.

DICA 1 – A câmera gosta de ser segurada com

firmeza

Mesmo que sua câmera seja do tipo novo que tem estabilização de imagem, você ainda vai perder

algumas fotos por causa de tremores e borrões. É inevitável. Portanto, é bom se prevenir.

Continuam valendo as centenárias lições de como se porta uma câmera, a seguir:

1) Estando de pé, afaste um pouco os pés para ficar com o corpo mais estável. Se dispuser de um

poste, parede, batente ou outra coisa fixa, encoste-se sem pudores.

2) Segure a câmera com as duas mãos sempre que puder. Os dedos devem envolver as laterais

da máquina; somente os da mão direita podem invadir um pouco a frente do equipamento.

Acostume-se a não tampar, com seus dedos, a lente, nem a janela de zoom e nem a janela de

sensor de foco.

3) Aperte os cotovelos contra as laterais do corpo para aumentar a estabilidade dos braços.

4) Prenda a respiração durante o clique. Esse toque pode parecer frescura de veterano, mas isso,

de fato, aumenta a estabilidade da câmera na hora crucial, além de ajudar muito na concentração.

Já reparou em como um jogador de basquete, ao cobrar uma falta, sempre dá uma respirada

curta e, então, a prende antes de arremessar a bola? É a mesma coisa para um fotógrafo. Não

respire: clique!
5) Haverá ocasiões em que não vai dar para obter uma foto estável segurando a câmera na mão.

Ou então, você pode querer usar o temporizador (timer) para se incluir na foto. Para esses casos,

use um tripé. Mas nem estou falando daqueles tripés profissionais enormes. Nas lojas

especializadas, por cerca de R$ 15, você leva um tripé miniatura do comprimento de uma caneta,

quando fechado. Pagando um pouquinho mais, leva um tripé com pernas telescópicas e uma

articulação de esfera que permitirá colocar a câmera exatamente do jeito que você quiser, desde

que enquadrando na horizontal. Perfeito para não ocupar espaço na bolsa e ficar de prontidão para

qualquer viagem ou almoço de família.

Dica extra: não faça as fotos sempre da mesma altura. Fotos feitas com a câmera no nível normal

do olho rebaixam, achatam e engordam as pessoas. Nada bom para alguém que você gostaria de

agradar com suas imagens. Experimente abaixar-se ao fotografar seus amigos de corpo inteiro.

Lembre-se dos filmes antigos, em que sempre vemos gente tirando retratos com suas câmeras no

nível da cintura ou do peito, olhando o resultado por cima. Como sua câmera moderna não tem

visor para cima, precisará se abaixar para fazer o mesmo. Além disso, animais como cães e gatos

ficam muito mais simpáticos quando retratados de sua própria altura, e não vistos de cima. Até as

fotos de paisagens ganham com um ponto de vista diferenciado. O impacto de uma árvore ou

edifício pode ser aumentado com a máquina posicionada mais próxima do chão. De modo geral,

varie a altura de sua câmera em relação ao chão para resultados criativos e mais interessantes.

DICA 2 – Cuide do seu equipamento, ou gaste mais

depois!

Câmera não é robusta como telefone celular, é algo bem mais delicado e merece cuidado extra.

Uma das coisas que mais me molestam em usuários casuais de câmeras são os maus-tratos

gratuitos que eles infligem às suas máquinas. Eu mesmo destruí uma delas por negligência e

resolvi rever os maus hábitos. Eis o que aprendi que pode ser feito para que minhas próximas

câmeras não tenham o fim de minha falecida Sony DSC-T7, que teve a presença de espírito de

fazer mais de dez mil fotos após ter caído no asfalto a partir de uma bicicleta em movimento a 30

quilômetros por hora (mas, como vingança, parou de funcionar em plena viagem de Carnaval).

1) A alça da câmera deve envolver o seu pulso (se for do tipo curto) ou seu pescoço (se for do

tipo longo). Acostume-se a usar a alça sempre! Não se contente em apenas segurar a câmera na

mão. A chance de ela escorregar e cair existe o tempo todo, mesmo com os fotógrafos

tarimbados. Aparelhos eletrônicos detestam pancadas, mais ainda os aparelhos eletrônicos com

mecânica de precisão. Seja consciente: sua câmera é tão delicada por dentro como seu notebook.

Se a câmera cair no chão, no melhor caso ela perderá alguns milhares de fotos em vida útil. No
pior caso, morrerá repentinamente a qualquer momento, sem chance de reparo na garantia.

Portanto, não custa repetir: use sempre a alça!

2) Você já tem um hard case (estojo rígido)? Não? Então, compre o seu já. Agora mesmo. Não

custa quase nada e prolonga muito a vida de sua câmera, além de instilar a saudável disciplina de

guardar a máquina corretamente. Os estojos e bolsinhas, normalmente, são estofados por dentro,

com um material macio. Mas se preferir deixar a sua compacta no bolso da calça (péssima idéia,

mas não posso fazer nada para impedir), ao menos compre uma daquelas “meias” para celular ou

iPod e acostume-se a deixar sua câmera dentro dela. Isso já ajuda a prevenir os riscos.

Não compre um estojo com um logo imenso da Nikon, Canon, Sony, Olympus, Pentax… Quem

precisa saber a origem do seu equipamento é você, e não os amigos do alheio. Mesma coisa para

as alças (straps) de pescoço. Carregar logos enormes e vistosos é bom apenas para o fabricante

da câmera e para os assaltantes!

Seu estojo deve ter alça própria, também. Use-a para carregar o estojo com a câmera dentro. Um

estojo solto por aí sem alça é um perigo para o patrimônio, pois tende a ser esquecido em bancos

de carros de táxis, ônibus, balcões de padarias etc. (Perdi outra câmera em uma bobeira dessas e

aprendi a lição do modo mais duro).

3) Câmera não é relógio de pulso. Nunca exponha sua câmera à chuva. E mesmo que esteja

protegida dentro de um saquinho plástico, a diferença de temperatura entre ela e o ambiente pode

provocar condensação de água, que além de embaçar a lente, corrói os circuitos eletrônicos por

dentro.

4) Compre a película especial de proteção para telas de Pocket PC e smartphones. Não é muito

barata (em torno de RS 15 cada folha), mas você nunca mais vai se incomodar com riscos e

sujeiras de dedo, pois os riscos não atingem o LCD e o plástico mágico da película não fica

marcado pela gordura dos dedos. Instruções de uso: corte a película com cuidado, utilizando

régua e estilete, em uma medida ligeiramente inferior à do visor LCD de sua câmera, deixando

cerca de meio milímetro a menos para cada lado. Chanfre bem de leve cada canto da película,

para que ela não enganche e seja acidentalmente arrancada do LCD pelas arestas. O LCD deverá

ter sido rigorosamente limpo com uma flanela e um pingo de álcool, e não devem restar quaisquer

partículas de poeira ou fiapos de tecido. A película tem um lado certo a ser aplicado ao LCD.

Aplique a partir de um canto, sem deixar bolhas, como se fosse um sticker. A adesão a seco não

funciona direito; o segredo é umedecê-la um pouco com água antes da aplicação. Depois de

aplicada, a película tende a ficar quietinha no lugar até o distante dia em que estiver

suficientemente riscada para merecer a troca.

Seguindo todas essas sugestões, minha Lumix ainda está em estado de nova após mais de 90 mil

fotos, saindo à rua comigo todos os dias.


Dica adicional importante: você sujou a lente de sua objetiva tocando-a com o dedo. Limpe-a!

Uma lente suja pelo dedo produz imagens sem contraste e embaçadas. A maneira certa de limpar

a lente é pingar uma gota de fluído de limpeza para óculos e enxugar em movimentos circulares,

usando o paninho de limpar que acompanha o fluído ou um cotonete.

DICA 3 – Não seja preguiçoso para alcançar as

coisas com o zoom

1) Caminhe até achar o ângulo perfeito. Entre todos os recursos de uma câmera moderna que

deixam o usuário preguiçoso, o zoom é o principal. Mas na hora de fazer a composição da foto, o

melhor método ainda é caminhar um pouco para frente, para trás, para os lados, enquanto olha

na tela para descobrir o enquadramento ideal e checar se não está inadvertidamente fazendo a

árvore no fundo parecer que cresceu da cabeça do seu cunhado.

2) Tire proveito de todo o espaço disponível no enquadramento. Você pode utilizar o zoom para

isso, ampliando o assunto fotografado e eliminando da imagem tudo o que não tiver a ver com

ele. Em outras fotos, vai preferir deixar a lente na posição grande-angular, a fim de capturar a

atmosfera do local. Mas, nesse caso, as pessoas na cena poderão parecer pequeninas e

indistintas. Nessa decisão, entra o estilo pessoal, e ele se desenvolverá somente com deliberação

e prática. Na dúvida, faça duas ou mais fotos com diversos modos de zoom e estude as diferenças

em casa, abrindo as fotos na tela do seu PC. Verá que as diversas distâncias focais possíveis no

zoom deixam a foto com uma personalidade muito diferente. Uma foto feita com grande-angular

torna o ambiente espaçoso, os vazios eloqüentes, as distâncias entre os planos aumentadas e os

objetos e pessoas encolhidos. Por sua vez, uma foto feita em tele achata os planos, acrescenta

uma certa monumentalidade ao assunto e simplifica a composição, além de diminuir a distorção

das retas nas fotos de arquitetura.

3) Para retratos de pessoas, use um comprimento focal situado entre a normal e a tele, isto é, a

meio caminho no curso do zoom. Não faça os retratos na posição inicial da objetiva (wide).

Quando você faz isso, é forçado a se aproximar demais da pessoa, distorcendo as feições na foto.

Esse, aliás, é o problema dos auto-retratos feitos com o braço esticado. As pessoas saem

narigudas e baixinhas, você já notou? Fotografando um pouco mais de longe, além de evitar a

distorção, a pessoa retratada fica mais à vontade na presença de uma lente. E dependendo da

abertura de sua objetiva, a imagem pode ganhar um agradável desfoque no fundo.

4) Tome cuidado com o foco: ele fica bem difícil de acertar no zoom mais longo. Às vezes, a

câmera tende a colocar o foco em outro objeto mais próximo ou mesmo no fundo atrás da pessoa

retratada. Fique atento!


 

DICA 4 – Use o flash de maneira brilhante

A programação interna da sua câmera decide corretamente, na maior parte das vezes, quando é

preciso acionar o flash para iluminar uma cena com pouca luz. Infelizmente, essa programação

não analisa corretamente duas situações comuns. Você precisa intervir na situação para conseguir

a foto que deseja.

1) Pessoa na penumbra com um céu diurno ou outro fundo muito claro – Se você deixar que a

máquina tire a foto do jeito dela, obterá apenas uma silhueta preta e um céu estourado. Um lixo

de foto, infelizmente muito comum nos álbuns de férias!

Solução: acione o flash. Pode soar absurdo usar o flash sob luz do dia, mas é justamente nessa

ocasião que ele fica mais útil! As sombras formadas pelo sol a pino são muito marcadas e

contrastadas, o que não ajuda a beleza de sua modelo. Se ela estiver na sombra, pior ainda: não

vai aparecer detalhe nenhum onde deveria.

Sua câmera tem, no menu, um modo chamado “fill flash” (flash de enchimento) ou “slow sync”

(sincronização lenta). Esse modo produz um flash de baixa intensidade que completa a iluminação

da cena, preenchendo os detalhes nas sombras sem eliminá-las.

Se o flash de enchimento for muito fraco, mude o ajuste para “forced flash” e tente de novo.

Tome um pouco de distância, caso precise diminuir a intensidade do flash em relação ao fundo.

Na próxima vez que deparar com essa situação, você já terá uma boa noção do que a câmera

pode fazer e não terá mais trabalho.

Importante: a exposição com fill flash demora mais que o normal. A câmera deve estar bem firme

ou apoiada em alguma coisa para que as diversas áreas de luz não fiquem deslocadas entre si ou

borradas durante a captura. E não tente fazer todas as fotos dessa maneira, porque o flash

consome muito a bateria.

2) Flash e objetos distantes à noite – O manual de sua câmera deixa claro que o flash tem alcance

de apenas seis metros. Mas você ignora esse detalhe crucial. Só que a câmera também não leu o

manual… ela também ignora o detalhe. Você vai a um show de música lotado a céu aberto. Não

consegue ficar a menos de 30 metros dos artistas… A cada clique, a câmera dispara o flash

inutilmente e a foto ainda sai terrivelmente escura.

Por quê? A programação interna da câmera percebe que a cena contém pouca luz e tenta

compensar disparando o flash, mas ela está longe demais da cena. Incrivelmente, câmeras de

todas as marcas e tipos cometem esse erro.


Solução: desligue o flash no menu (“flash forced off”), segure a câmera firmemente e deixe que

ela se vire com a luz disponível. Pode ser que saia uma boa foto. A chance de que a imagem fique

borrada é grande. Se as fontes de luz estão distantes, pode ser que simplesmente não dê para

tirar uma foto boa. Mas ela não ficaria melhor com o flash ligado gastando bateria à toa,

iluminando as cabeças das pessoas na platéia bem à sua frente.

O mesmo procedimento vale para fotos tiradas em estádios ou na orla do mar à noite.

Dica extra: leve junto à câmera uma lanterna barata de LEDs. Seu melhor uso é para criar uma

luz secundária capaz de dar profundidade, detalhe e nobreza a uma foto de um objeto próximo.

Pratique o truque de coordenar a câmera em uma mão com a lanterna na outra, ou peça a alguém

para ajudar. Fotografia é a arte da luz, e o que define um fotógrafo profissional é a maneira como

ele se relaciona com a luz.

Portanto, treine!

DICA 5 – Obtenha as fotos mais difíceis com o modo

contínuo

Em certas situações – a mais comum é quando o assunto de sua foto é uma pessoa conversando e

gesticulando, uma criança ou animal movimentando-se muito –, a chance de a foto virar um

borrão com o movimento é enorme. É aí que você usa o burst, também chamado modo contínuo.

Esse é um utilíssimo recurso das câmeras digitais que não é tão explorado quanto poderia. Burst é

simplesmente a capacidade de tirar múltiplas fotos seguidamente, mantendo o botão de disparo

apertado. Fique de olho no espaço livre em seu cartão de memória e divirta-se.

1) O burst, geralmente, vem desabilitado nas câmeras novas. Você deve ativá-lo no menu e

deixá-lo assim permanentemente. Isso não causa problema nenhum, a não ser que você aperte o

botão com a mão muito pesada e tire fotos a mais sem querer. Mas não chega a ser um problema.

É incomparavelmente melhor sobrar fotos do que perder fotos.

2) A técnica para usar o burst é simples: enquadre a cena, segure o botão e tire uma série de

fotos. Algumas máquinas tiram apenas três por vez, outras deixam tirar quantas você desejar.

3) Mais tarde, escolha a foto que ficou melhor e descarte as demais da série. Ou talvez, deixe a

melhor e também a segunda melhor, a título de salvaguarda. Deixe para fazer isso mais tarde no

PC, caso tenha bastante memória livre.


Fazendo burst em toda a situação de foto difícil, você não poderá reclamar de “fotos perdidas”,

nem lamentar que não conseguiu capturar o “instante decisivo”, a não ser que esse instante tenha

passado antes de você clicar.

DICA 6 – Divirta-se enormemente com a

macrofotografia

As câmeras digitais, em geral, e em especial as compactas, não são boas para registrar amplas

paisagens. Falta-lhes a capacidade de fixar os detalhes muito finos da cena. Em compensação, as

pequenas digitais brilham quando o assunto é macro (fotos de objetos muito pequenos ou

próximos). As lentes diminutas das compactas são perfeitamente dimensionadas para fazer ótimas

fotografias de coisinhas como moedas, plantas, insetos etc.

E poucas atividades são tão divertidas – ou capazes de arrancar um fotógrafo do tédio – como sair

em busca de objetos caseiros que possam servir como “modelos”, ou visitar uma loja de

paisagismo e deleitar-se fazendo macros das flores. Todos os catálogos de fotógrafo amador e

todos os álbuns do Flickr contêm macros de flores, simplesmente porque fazê-las é um dos mais

gostosos exercícios da fotografia, por mais lugar-comum que possa parecer.

A câmera já vem com um modo macro, representado no menu ou no seletor rotativo com o

símbolo de uma flor. Usualmente, a distância mínima de foco é em torno de alguns centímetros, e

a máxima é algo em torno de um metro, o que é suficiente também para retratar animais

domésticos. Vamos, então, aos macetes do modo macro:

1) Em macro, a profundidade de campo é muito limitada. Traduzindo: você consegue deixar em

foco somente uma porção muito bem definida da cena. A maioria das coisas não ficará

inteiramente em foco. Assim, é preciso avaliar a cena e decidir qual será o ponto em foco. Em

alguns casos, vale fazer uma série de fotos do mesmo assunto em distâncias focais ligeiramente

diferentes e só depois, tirando proveito da tela grande do PC, descobrir qual ficou melhor. Meu

método rápido e rasteiro para macros de flores com a câmera na mão consiste em fazer uma

“varredura de foco”: botar a máquina em disparo contínuo (burst, descrito há pouco) e fazer

diversas imagens seguidas, afastando a câmera sutilmente entre cada uma e a próxima.

Detalhe importante: a maioria das câmeras possibilita usar o zoom para ampliar a imagem em

macro, mas só até certo ponto, além do qual a máquina fica “míope” e não consegue mais segurar

o foco. Isso não é um defeito da câmera, é uma limitação natural da objetiva.

2) Se você quiser aumentar o fator de ampliação da sua objetiva, pode segurar à frente dela um

filtro close-up, do tipo usado em lentes de SLR. Ele vai gerar um pouco de aberração cromática
(franjas coloridas nas áreas periféricas da foto) e encurtará ainda mais a profundidade de campo,

mas a câmera conseguirá focalizar mais de perto, tornando-se quase um microscópio!

3) A macrofotografia, como a tele, exige boas quantidades de luz. Nem sempre o flash embutido

será a solução, pois projeta sombras fortes para trás do objeto. É hora de você fazer uso criativo

da lanterna de mão que recomendei que comprasse na dica 4. A iluminação adicional em

macrofotografia é importante também em cenas externas diurnas, pois você precisará de uma

velocidade de captura veloz o suficiente para, por exemplo, congelar o movimento das plantas

causado pelo vento.

Fotógrafos avançados podem experimentar aquela luz especial circular que envolve o objeto e a

lente da câmera, mas as compactas, normalmente, não têm saída de flash para acionar esse tipo

de luz. Além disso, é uma lâmpada cara.

Dica extra: qualquer folha de papel sulfite ou papel metalizado de embalagem de alimento pode

servir como um eficiente rebatedor de luz para melhor iluminar as macros.

DICA 7 – Não se esqueça de colocar bastante

memória

Sua câmera precisa de um cartão de memória espaçoso. Nada é mais irritante que interromper a

sessão de fotos no meio para apagar imagens na máquina a fim de abrir espaço na memória.

A memória não vem junto à câmera, mas o normal é que você compre as duas coisas no mesmo

ato. O problema é que a gente faz contas mentais e gasta sola de sapato para comprar a melhor

câmera pelo menor preço, mas se esquece de que um cartão de memória tem de ser contabilizado

como parte integrante e obrigatória do investimento.

Felizmente, os cartões nunca foram tão baratos. O preço por gigabyte vai continuar diminuindo

para sempre. Outra coisa boa é que o ritmo em que os megapixels das câmeras crescem está

mais lento que o ritmo de crescimento da capacidade dos cartões, o que os torna menos

“perecíveis”. Vamos, pois, aos conselhos:

1) Ao escolher o cartão de memória, vale a mesma lógica do HD de um computador: compre o de

maior capacidade que o seu orçamento permitir. Simples assim.

2) Quanto maior a capacidade do sensor de sua câmera, maior será o cartão necessário, porque a

câmera vai gerar arquivos maiores. Exemplos práticos: a câmera Sony DSC-W90 de 8,2

megapixels gera, na qualidade máxima, uma média de 2 MB por foto em JPG. Assim, um cartão
de memória de 2 GB terá capacidade para aproximadamente 1.000 fotos. Para guardar o mesmo

número de fotos na Panasonix DMC-FX100 de 12 megapixels, a câmera precisará de um cartão de

4 GB, porque, nela, cada foto ocupa em média 4 MB. Se você evoluir para uma máquina

semiprofissional e fotografar em RAW, precisará de cartões ainda maiores. Para dar uma idéia,

cada foto de dez megapixels de uma Sony Alpha 200 em RAW tem ao redor de 10 MB.

3) Mil fotos em um só cartão de memória parece muita coisa, mas se você resolver fazer vídeos

com sua câmera, em vez de usar uma filmadora, o espaço no cartão vai se esgotar

assustadoramente depressa. Um cartão de 4 GB suporta apenas meia hora de vídeo 1080p em

minha Panasonic, e a situação em outras marcas de câmeras é similar. Ou você faz tomadas de

vídeo curtas para economizar memória, ou compra mais cartões para poder gravar à vontade e

editar depois. Mas em caso de real necessidade, uma filmadora de vídeo será mais efetiva que

uma câmera fotográfica.

4) Não deixe as fotos acumuladas dentro do cartão. Habitue-se a baixar tudo logo para o PC. Dois

motivos: primeiramente, se a sua câmera se estragar ou for roubada (toc toc toc), você não vai

perder suas preciosas recordações de família; segundamente, ao precisar da câmera para registrar

um evento longo ou viagem, não vai ter de fazer a limpeza da memória na última hora às pressas,

já que não se lembrou de fazer isso com antecedência. Descarregar as fotos de um cartão de alta

capacidade é demorado até nos equipamentos mais modernos, portanto antecipe-se.

DICA 8 – Mantenha sua câmera sempre pilhada

1) Invista em uma bateria reserva. As atuais compactas, normalmente, podem fazer mais de 300

disparos sem flash, o que rende um dia inteiro de fotos durante uma viagem. Só que a segunda

coisa mais irritante ao usar uma digital é ter que parar tudo para recarregar uma bateria

esgotada. Uma dessas modernas baterias de longa duração costuma esgotar-se quando você

menos espera, porque ela dura tanto que você se esquece de fazer a recarga periódica. Portanto,

é bom levar na mochila de viagem uma bateria avulsa carregada e, assim, evitar imprevistos. Para

ficar totalmente à prova de falhas, sempre dá para levar, também, o carregador da bateria.

2) Carregue mesmo quando parecer que não precisa! Medida muito salutar e que não custa nada

a mais, é acostumar-se ao ritual de deixar a bateria carregando toda a noite após tirar fotos,

mesmo que a câmera não tenha sido muito usada nesse dia. Só isso já salva muitas sessões de

fotos em baladas.

Dica adicional que vale ouro: quando viajar, leve também um benjamim (adaptador de plug).

 
DICA 9 – Crie efeitos loucos com os filtros e

adaptadores de lentes

Uma das graças das câmeras profissionais é a grande variedade disponível para elas de filtros

coloridos, close-ups, polarizadores e outros que podem fazer sua imagem se destacar da média.

Só que as amadoras raramente dispõem desses acessórios ópticos, e quando existem, são difíceis

e caros. Contorne isso utilizando filtros para lentes profissionais.

Economize comprando-os usados. Na hora de usar, coloque o filtro manualmente na frente da sua

objetiva, com muito cuidado para que não colida com ele. Há pessoas que improvisam colando um

suporte no corpo da objetiva; obviamente, não recomendo esse tipo de intervenção em qualquer

objetiva do tipo telescópico, que estende e recolhe dentro da câmera. A seguir, vai uma descrição

dos filtros e adaptadores, ordenados dos mais comuns aos mais exóticos:

1) Filtro polarizador – Se você precisa escolher, este é o mais atraente de todos. Ele bloqueia uma

parcela da luz de acordo com a direção de onde ela vem, o que lhe dá o poder mágico de eliminar

reflexos em vidros ou na superfície da água de rios, lagos e do mar. Também produz aquele visual

sofisticado de céu azul profundo das fotos profissionais e, de quebra, aumenta o contraste e deixa

as cores mais intensas. Tudo o que você tem a fazer é girar o filtro na frente da objetiva para

bloquear a luz seletivamente.

2) Adaptadores para close-up e macro – Lentes suplementares de vidro, por serem dotadas de

rosca de filtro são denominadas filtros. Colocadas à frente da sua objetiva, ampliam a imagem e

aproximam drasticamente o foco. Excelente para efeitos em macro. Geram bastante distorção na

imagem, por isso não é todo mundo que gosta deles. Use um filtro close-up para reforçar o poder

de macro de câmeras menos potentes.

3) Filtros Skylight, Warm e azul para correção do branco – Mesmo que sua câmera tenha um

sistema sofisticado de auto-ajuste do balanço de branco (a maioria não tem), um filtro óptico pode

ser usado quando você quiser extrair cores perfeitas da cena sem processar a foto, depois, no PC.

Skylight e Warm ajudam e eliminar a tonalidade azulada de fotos feitas em dias ensolarados com

céu azul. A diferença é sutil e pouca gente poderá notar. O azul pode neutralizar a coloração

alaranjada de uma cena iluminada por lâmpadas incandescentes, mas cuidado: a exposição fica

bem mais lenta.

4) Filtros laranja e vermelho – Se você gosta de tirar retratos de pessoas em preto e branco, os

filtros com essas cores clareiam a pele em relação ao ambiente e atenuam as manchas e rugas. A

diferença em relação a tirar a foto em cores e converter para P/B no computador depois é enorme.

Altamente recomendados.
5) Disco de balanço de branco – É um acessório moderno utilizado para ajudar a câmera a

identificar o tipo de iluminação da cena e ajustar o balanço do branco. Só fará diferença em

câmeras que oferecem ajuste manual do branco, que, no momento, não são muitas. Você pode

improvisar um equivalente desse disco com uma sacola branca de supermercado ou uma folha de

papel translúcido.

6) Adaptador olho de peixe (fisheye) – Olho de peixe é uma lente grande-angular extrema, isto é,

que abrange um campo muito amplo. A imagem é distorcida de tal maneira que fica contida em

uma área circular. Toda a linha reta da cena que não passa pelo centro da lente vira uma curva.

Ela é interessante para registrar paisagens, arquitetura etc. de uma forma nada convencional. A

olho de peixe não é adequada para retratos, pois as pessoas ficam muito deformadas. O melhor

jeito para incluir pessoas em uma foto tirada com olho de peixe é enquadrá-las na periferia da

imagem, a meio caminho entre o centro e o círculo exterior. Ali elas parecerão menos deformadas.

Se a sua câmera suportar um adaptador desse tipo como acessório original, as possibilidades de

diversão são imensas. Senão, experimente segurar um adaptador para câmeras reflex à frente da

objetiva e alinhá-lo de forma que o círculo de imagem fique centralizado no visor. Como a

distância focal é muito encurtada, a câmera, provavelmente, deverá ficar em modo macro. Quase

tudo dentro da cena permanece em foco. Só não compre uma caríssima olho de peixe apenas para

brincar com sua câmera compacta. A gambiarra gera forte aberração cromática (franjas coloridas)

e não substitui o uso apropriado da olho de peixe em uma câmera grande.

Dica adicional aventureira: já que você está se divertindo em colocar coisas na frente de sua

objetiva, experimente também com um fundo de copo de vidro, objetivas de câmera reflex

invertidas, lupas, olho mágico, lentes de óculos escuros ou de grau e placas de acrílico colorido.

Experimente um espelho de mão curvo, do tipo usado em maquiagem. Vale tudo para descobrir

um belo efeito artístico. Sempre com cuidado para não tocar na lente de sua objetiva!

DICA 10 – Organize as fotos no PC

Se o bicho da fotografia mordeu você a ponto de gerar centenas de fotos novas por semana, e

parece que seu PC vai explodir de tantas imagens, você precisará de uma estratégia para guardar

as fotos de uma forma escalável e permanente.

1) “Escalável” quer dizer que não importando a quantidade de fotos que você tire e armazene,

elas sempre devem estar organizadas e disponíveis para serem imediatamente encontradas para

quando você precisar de uma foto de determinada pessoa ou local. Conheço muita gente que não

utiliza nenhum programa especializado para fazer a ingestão das fotos no computador.

Simplesmente espeta a câmera ou o cartão de memória no USB do PC e arrasta os arquivos de


fotos para o Desktop ou para a pasta de imagens em Documentos. Até aí, não há problema

nenhum. Mas, na maioria das vezes, a pessoa não se importa em nomear ou colocar uma ordem

por data nas fotos. Depois, não consegue achar nada quando precisa, pois os nomes dos arquivos

das fotos consistem em códigos sem contexto nenhum, como “DSC00275” ou “P1030174”.

Eis uma receita infalível para evitar essa dor de cabeça: crie em sua pasta de fotos subpastas

cujos nomes serão sempre compostos de duas séries de dois algarismos. Funciona assim: os dois

primeiros algarismos são o ano e o segundo par representa o mês. Portanto, a pasta para agosto

de 2008 é chamada “0808”, a pasta para setembro é “0809” e assim por diante. Dessa forma,

quando você listar no computador o conteúdo da pasta de imagens, as subpastas nomeadas dessa

forma já ficarão auto-organizadas. Uma parte do problema, que é a ordem cronológica, você já

resolveu. Se precisar dividir as fotos por dia, também, basta criar dentro das pastas dos meses as

pastas dos dias, nomeadas com apenas dois algarismos – de 01 a 31 – e, dentro delas, guardar as

fotos tiradas nos respectivos dias.

E se quiser caprichar ainda mais, pode acrescentar aos nomes dessas pastas os lugares, pessoas e

eventos. Mas isso apenas se você decidir por continuar descarregando as fotos diretamente, pois

os programas de edição oferecem recursos para anexar esses dados às próprias fotos.

2) “Permanente” significa que você não pode perder arquivos digitais por causa de falhas técnicas.

Para isso, se valerá das cópias de segurança (backups).

Preste atenção na diferença que existe entre backup e arquivamento, porque muita gente

confunde os dois. No backup, você tem o arquivo original e uma cópia dele gravada em outro

lugar. No arquivamento, você tira o arquivo de um lugar e transfere para outro. Assim sendo, se

você gravou as suas fotos em um DVD e apagou-as do HD, a gravação não se qualifica como

backup.

Se esse DVD der problema de leitura depois, você perde as fotos e a cópia deixa de cumprir sua

função. O ideal é fazer gravações repetidas dos dados e, se for possível, em ao menos dois meios

diferentes, como um DVD e um HD externo ou em DVDs de marcas diferentes. Todo o

investimento em preservação de dados é importante.

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Opinião dos Especialistas: Fotografia Digital

Fotografe com filme

Você quer mesmo aprender a tirar fotos como um artista da imagem? Quer revitalizar seu

olhar, depois de passar anos fotografando com câmeras de bolso digitais? Ou quer redescobrir

sua antiga paixão perdida pela fotografia? Compre uma câmera SLR de filme usada, algumas

objetivas de foco manual, pratique e divirta-se muito.

Nada a ver? Absurdo? Pense de novo. Uma câmera analógica mais antiga de nível profissional é

relativamente barata; oferece uma qualidade de imagem excepcional; conta com uma ampla

variedade de objetivas compatíveis, muito além do que qualquer compacta pode oferecer;

exige controle somente para os parâmetros técnicos essenciais; faz o fotógrafo concentrar-se

no momento do clique e no procedimento da composição; ensina a economia de meios,

harmonia e respeito pelo equipamento; não requer constantes recargas de bateria e descargas

da memória; filmes são encontráveis em qualquer supermercado; e uma reflex de filme tem

um charme insuperável que só aumenta com o tempo.

O maior benefício de praticar com filme, naturalmente, é que o equipamento refina as suas

habilidades. Inspira um olhar mais cuidadoso e sofisticado sobre os assuntos fotográficos. A

foto digital em si mesma não tem nenhuma culpa, mas é fácil acomodar-se com a facilidade de

uso das compactas ou, ao contrário, perder-se entre as dezenas de parâmetros ajustáveis das

profissionais. O maior risco de usar uma câmera computadorizada que tenta pensar por você,

seja amadora ou profissional, é ficar eternamente preso no estilo “documental” de basicamente

registrar o que se viu e onde se esteve e nada mais.

Além disso, por mais avançadas e inteligentes que sejam as digitais, elas não conseguiram

substituir o prazer mágico do som de um disparo mecânico e a descoberta dos segredos da

abertura e ângulo das mais diversas lentes.

Procure uma câmera SLR, fabricada entre 1976 e 1983, em bom estado de conservação, mais

um jogo de três objetivas: a normal de 50 mm, uma teleobjetiva de até 200 mm e uma

grande-angular de 28 mm. Se for para ficar em uma objetiva, pegue a de 50 mm, que

normalmente é a que vem originalmente instalada na câmera. Tudo isso sai mais barato que

uma compacta digital simples e custa uma fração do preço de uma profissional digital. Quando

chegar a hora de upgradear para uma digital de nível profissional, você se sentirá em casa… ou

como em seu PC.

Modelos de câmeras recomendáveis, com bom suporte e objetivas fáceis de encontrar: Pentax

K1000, ME e MZ; Canon A1, AE, T80 e T90; Nikon de praticamente qualquer modelo começado
com F; Olympus OM.

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