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Teoria da avaliação

morfofuncional

Aula 8 - Métodos de composição corporal


INTRODUÇÃO

Nesta aula, apresentaremos as equações recomendadas para calcular o percentual de gordura e classificá-lo em função da
idade e do gênero.

Além disso, conheceremos a origem do somatótipo, suas relações com a tendência comportamental, bem como
calcularemos e interpretaremos cada um de seus componentes: endomorfia, mesomorfia e ectomorfia.

Bons estudos!
OBJETIVOS

Identificar a importância da análise da composição corporal para saúde.

Diferenciar método direto e indireto (laboratoriais e de campo).

Analisar a composição corporal e seus dois principais componentes (massa gorda e massa corporal magra) de acordo com
o método de Dobras Cutâneas (DCs).

MÉTODOS DE AVALIAÇÃO E NÍVEIS DE VALIDAÇÃO


A composição corporal pode ser abordada em qualquer nível organizacional, dependendo da natureza dos constituintes,
desde atômico até orgânico (WANG; PIERSON JUNIOR; HEYMSFIELD, 1992; GUEDES, D. P.; GUEDES, J. E. R. P., 2006;
PETROSKI, 2011).

As medidas de composição corporal podem ser usadas para acompanhar as alterações que ocorrem ao longo do processo
de desenvolvimento e crescimento, servindo, também, para acompanhar parâmetros de saúde e a classificação dos níveis de
gordura corporal.

Para analisar a composição corporal, precisamos entender que existem três níveis de validação na composição corporal.
Tomemos como exemplo a avaliação da gordura corporal:

Nível I Nível II Nível III


Novamente, é
tomada uma
medida indireta –
Determinamos uma
por exemplo,
quantidade
espessura de
diferente da
A massa gorda Dobras Cutâneas
gordura (por
total é medida (DCs) ou
exemplo,
diretamente por impedância
densidade corporal)
dissecação de bioelétrica – e é
e estimamos a
cadáveres. derivada uma
massa gorda a
equação de
partir da
regressão contra
quantidade medida.
um método de nível
II – por exemplo,
densitometria.

Assim, os métodos são classificados em:

Diretos (Nível I)

Indiretos (Nível II)

Duplamente indiretos (Nível III)

MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DIRETOS E INDIRETOS


Nos métodos de avaliação diretos, os componentes corporais são medidos diretamente. O único método é a dissecação de
cadáveres (CATTRYSSE et al, 2002; OLIVEIRA, 2013).

Já nos métodos de avaliação indiretos, estimamos os componentes corporais. A pesagem hidrostática é o padrão-ouro
(standard-gold) para validar outros métodos indiretos.

Essas técnicas indiretas são utilizadas com maior frequência para validar os métodos duplamente indiretos devido ao alto
custo e limitação na aplicação prática (SANT’ANNA; PRIORE; FRANCESCHINI, 2009).

MÉTODO INDIRETO LABORATORIAL – PESAGEM HIDROSTÁTICA


Para entendermos este método, precisamos relembrar o princípio de Arquimedes, que afirma que a subida de um corpo
totalmente submerso em um fluido é igual ao peso de fluido que desloca.

Portanto, o peso da água deslocada por um corpo totalmente submerso é seu peso no ar menos seu peso em água.
Dividindo isso pela densidade da água, fornece o volume bruto do corpo (CARRON; GUIMARÃES, 1997).
Isso deve ser corrigido para o volume pulmonar e gás gastrointestinal. Se o peso subaquático é obtido após a expiração
completa, esse valor deve ser subtraído do volume bruto do corpo, juntamente com uma correção para o gás gastrointestinal,
geralmente considerado 100 ml.

O volume corporal é igual à perda de peso na água com a devida correção da temperatura para a densidade da água (LEITE,
2004):

A densidade da água é influenciada pela temperatura e impurezas, e a densidade corporal pelo volume de ar nos pulmões e
no sistema gastrointestinal.

Por isso, o cálculo da densidade corporal é realizado pela equação proposta por Brozek (1961 apud LEITE, 2004):

Onde: V. Residual e V. gastrointestinal = 100 ml.

O procedimento para coleta e cálculo é o seguinte:

Primeiro, verificamos a massa do indivíduo fora da água.

Em seguida, dentro da água.

Na pesagem subaquática, o avaliado deve realizar uma expiração máxima para eliminar o máximo possível de ar dos pulmões.

Calculamos a densidade corporal.


Esse valor pode ser convertido em percentual de gordura corporal usando as equações que assumem que esta apresenta
densidade constante a 37°C. As equações mais utilizadas são a de Siri (1961) e a de Brozek e Keys (1953), que assumem as
densidades para a gordura corporal de 0,9 (g/cm3) e 0,9007 (g/cm3), respectivamente (LEITE, 2004).

Siri (1961)

Brozek e Keys (1953)

MÉTODOS INDIRETO LABORATORIAL – ABSORTOMETRIA DE RAIO-X DE


DUPLA ENERGIA (DEXA)
O DEXA é de rápida execução, não invasivo, e não necessita de nenhum preparo ou requisito especial para a execução do
exame (LEITE, 2004; GUPTA et al, 2011). Baseia-se no escaneamento corporal e verifica diferentes atenuações de dois raios
X que passam pelo corpo.

Para a coleta, é utilizada uma fonte de raio-X que passa por baixo do indivíduo (que fica em posição supina sobre a mesa)
com um filtro que converte o feixe de raio-X em picos fotoelétricos de baixa e alta energia (que atravessam o corpo do
indivíduo).

A obtenção dos compartimentos corporais é feita pela medida da atenuação desses picos fotoelétricos (HEYWARD;
STOLARCZYK, 2000; LEITE, 2004; SANT’ANNA; PRIORE; FRANCESCHINI, 2009).

O DEXA analisa o corpo no plano transversal (em intervalos de 1 cm da cabeça aos pés) e mede a massa de gordura, massa
livre de gordura e massa óssea (HEYWARD; STOLARCZYK, 2000; LEITE, 2004; SANT’ANNA; PRIORE; FRANCESCHINI, 2009).

Como qualquer método, apresenta limitações, tais como (LEITE, 2004; SANT’ANNA; PRIORE; FRANCESCHINI, 2009):

O custo elevado do equipamento;


A exposição à radiação;

A incapacidade de detectar a quantidade de água contida na massa magra.

MÉTODO INDIRETO LABORATORIAL – PLETISMOGRAFIA DE


DESLOCAMENTO DE AR
A plestimografia estima o volume corporal a partir do deslocamento de ar. O avaliado senta-se na câmara, ocorre o
deslocamento de um volume de ar igual ao volume de seu corpo, e a diferença de pressão do ar é registada.

O volume corporal é calculado indiretamente, subtraindo o volume de ar restante dentro da câmara – quando o sujeito se
encontra lá dentro – do volume de ar na câmara – quando está vazia.

É um método simples, seguro e rápido com cooperação mínima do avaliado, mas de alto custo (LEITE, 2004; SANT’ANNA;
PRIORE; FRANCESCHINI, 2009).

MÉTODO DUPLAMENTE INDIRETO DE CAMPO – BIOIMPEDÂNCIA


A Bioimpedância (BIA) determina a quantidade total de água corporal, massa magra (ossos, músculos e órgãos) e massa
gorda. É indolor, precisa, rápida, segura, não invasiva, portátil e possui equações específicas para diferentes grupos
populacionais.

Sua principal limitação é a dependência da colaboração por parte do avaliado no que diz respeito aos procedimentos antes
da coleta.

Baseia-se na condução de uma corrente elétrica de baixa intensidade pelo corpo (cerca de 1 mA a uma frequência de 50 kHz)
e posterior registo da oposição diferencial dos tecidos (impedância) ao percurso desta corrente (HEYWARD; STOLARCZYK,
2000; LEITE, 2004; SANT’ANNA; PRIORE; FRANCESCHINI, 2009).

Os tecidos que possuem pouca água e eletrólitos (tecido adiposo e ósseo) são maus condutores da corrente elétrica e
oferecem grande oposição a sua passagem.

Já os tecidos com conteúdo elevado de fluidos e eletrólitos (sangue, vísceras e músculos) são bons condutores.

Logo, a impedância é diretamente proporcional ao porcentual de gordura corporal (HEYWARD; STOLARCZYK, 2000; ELLIS,
2001; LEITE, 2004; SANT’ANNA; PRIORE; FRANCESCHINI, 2009).

A estimativa da composição corporal por BIA fundamenta-se no princípio que a impedância é diretamente proporcional à
estatura e inversamente proporcional à área selecionada.

Sua expressão matemática, em termos de volume (água corporal total), é dada pela seguinte equação (LEITE, 2004):

Onde:

V = Volume dos tecidos condutores (área corporal total, ACT ou massa não gorda);

RT = Resistência dos Tecidos por unidade de estatura (valor constante);

E = Estatura;

Z = Impedância.

O volume de água corporal é estimado usando três pressupostos:

Todo o corpo atua como um cilindro condutor.


O comprimento do condutor é proporcional à altura do sujeito.

O termo reatância que contribui para a impedância total é pequena, tal que a componente resistência pode ser considerada
equivalente à impedância corporal.

Quando estes pressupostos são combinados, pode ser mostrado que o volume condutor é proporcional ao termo
Estatura²/resistência chamado de índice de impedância (LEITE, 2004).

Para que não ocorra o comprometimento do resultado, algumas orientações são dadas ao avaliado (HEYWARD;
STOLARCZYK, 2000; LEITE, 2004; SANT’ANNA; PRIORE; FRANCESCHINI, 2009):

Não deve ingerir nada até 4 horas antes do teste.

Não deve praticar exercício físico moderado ou vigoroso até 12 horas antes do teste.

Deve evacuar completamente no período de 30 minutos antes do teste.

Deve abster-se do consumo de álcool até 48 horas antes do teste.

Não deve ingerir diuréticos e cafeína antes da avaliação, a não ser que seja prescrito por seu médico.

Deve-se adiar o teste de mulheres que percebem que estão retendo água durante o período menstrual.

MÉTODO DUPLAMENTE INDIRETO DE CAMPO – DOBRAS CUTÂNEAS


A técnica antropométrica a partir da medida da espessura do tecido adiposo subcutâneo passou a ser utilizada por volta de
1915.

Nos anos 1960 e 1970, promoveu-se o desenvolvimento de diversos modelos matemáticos de predição de composição
corporal – estimando a densidade corporal total e a gordura corporal, bem como subdividindo a massa corporal em dois ou
mais compartimentos.

Sua exatidão e precisão dependem do tipo de adipômetro usado e da familiarização do avaliador com as técnicas de medida.
Disso resulta a importância da calibragem do equipamento e do treinamento do avaliador (HEYWARD; STOLARCZYK, 2000;
SANT’ANNA; PRIORE; FRANCESCHINI, 2009).

A DC mede indiretamente a espessura do tecido gorduroso subcutâneo. Por isso, algumas relações básicas são assumidas
para estimar a densidade corporal total para se obter o percentual de gordura corporal (HEYWARD; STOLARCZYK, 2000). São
elas:
A DC é uma boa medida da gordura subcutânea.

A distribuição da gordura subcutânea e interna é similar para todos os indivíduos do mesmo sexo.

Devido à existência de uma relação entre gordura subcutânea e gordura corporal total, a soma de várias DCs pode ser utilizada
para estimar a gordura corporal total.

Há uma relação entre o somatório das DCs e a densidade corporal.

A idade é uma variável de predição independente da DC tanto para o gênero masculino quanto para o feminino.

Anatomia da DC
Fonte: Heyward e Stolarczyk, 2000.
De acordo com Heyward e Stolarczyk (2000), os cuidados que devem ser tomados para a medida das DCs são:

As medidas são feitas no lado direito do corpo.

O local da DC deve ser identificado de acordo com o protocolo escolhido.

A DC deve ser pinçada com firmeza entre o polegar e o indicador, bem como destacada por aproximadamente 1 cm.

Mantenha a DC pressionada enquanto a medida é realizada.

As hastes do adipômetro devem ficar perpendiculares à DC.


A leitura do valor é feita, no máximo, em 4 segundos após a pressão ter sido aplicada.

As hastes do adipômetro são afastadas e, somente após, deixe de exercer pressão sobre a DC.

EQUAÇÕES
As equações buscam calcular o valor da densidade corporal, que é convertida no percentual de gordura com a utilização de
uma segunda equação adequada ao avaliado (HEYWARD; STOLARCZYK, 2000).

As principais equações utilizadas para cálculo da densidade corporal são de:

Jackson e Pollock (1978) – 3 DCs

1. Mulheres (18 a 55 anos)

Observação

2. Homens (18 a 61 anos)

Observação

Jackson e Pollock (1980) – 7 DCs

1. Mulheres (18 a 55 anos)

Observação
2. Homens (18 a 61 anos)

Observação

Guedes (1985)

1. Mulheres

Observação

2. Homens

Observação

Petroski (1995)

1. Mulheres (18 a 51 anos)

Observação

2. Homens (18 a 66 anos)


Observação

Faulkner (1968)

Mulheres e Homens

Para predição do percentual de gordura, são utilizadas as equações de:

Siri (1961) Brozek e Keys (1953)

SOMATÓTIPO
O somatótipo é uma técnica de classificação física do corpo que define o tipo corporal a partir de três componentes:

1. Endomorfia;
2. Mesomorfia;
3. Ectomorfia.

O primeiro componente relaciona-se com tecido adiposo, o segundo com massa muscular e o terceiro com a longevidade do
sujeito.

Para o cálculo desses componentes, usamos as medidas da estatura, massa corporal, diâmetros biepicondilianos do úmero
e do fêmur, circunferência do braço contraído e panturrilha e as DCs tricipital, subescapular e supraespinhal (HEATH;
CARTER, 2005).
A tabela a seguir apresenta a classificação do somatótipo:

Classificação Característica

A 1ª componente é dominante.
Endomorfo Equilibrado A 2ª e a 3ª são iguais ou não
diferem mais de 0,5.

A 1ª componente é dominante.
Mesoendomorfo
A 2ª é maior do que a 3ª.

A 1ª e a 2ª componentes são
iguais ou não diferem mais do
Mesomorfo-Endomorfo
que 0,5. A 3ª tem o valor mais
baixo.

A 2ª componente é dominante.
Endomesomorfo
A 1ª é maior do que a 3ª.

A 2ª componente é dominante.
Mesomorfo Equilibrado A 1ª e a 3ª são iguais ou não
diferem mais de 0,5.

A 2ª componente é dominante.
Ectomesomorfo
A 3ª é maior do que a 1ª.
A 2ª e a 3ª componentes são
iguais ou não diferem mais do
Mesomorfo-Ectomorfo
que 0,5. A 1ª tem o valor mais
baixo.

A 3ª componente é dominante.
Mesoectomorfo
A 2ª é maior do que a 1ª.

A 3ª componente é dominante.
Ectomorfo Equilibrado A 1ª e a 2ª são iguais ou não
diferem mais de 0,5.

A 3ª componente é dominante.
Endoectomorfo
A 1ª é maior do que a 2ª.

A 1ª e a 3ª componentes são
iguais ou não diferem mais do
Endomorfo-Ectomorfo
que 0,5. A 2ª tem o valor mais
baixo.

Nenhuma componente excede


em mais de um ponto quaisquer
Central
outras. Todas têm valores entre
3 e 4.

Para visualizar a distribuição dos componentes somatotípicos em uma amostra, utilizamos o somatograma: o Triângulo de
Reuleux, que tem em seus vértices a endomorfia, a mesomorfia e a ectomorfia (HEATH; CARTER, 2005).
Triângulo de Reuleux
Para a plotagem do somatótipo no triângulo, de acordo com as coordenadas X e Y, usamos as seguintes equações (HEATH;
CARTER, 2005):

Por fim, a análise dos dados encontrados pode ser realizada por meio de:

Somatótipo Médio

Obtido pela média aritmética de cada uma das componentes.

Distância de Dispersão do Somatótipo (DDS)

Permite verificar a distância entre um somatótipo estudado e outro considerado padrão. A diferença é estatisticamente
significativa se o resultado for maior do que 2,0. Logo, temos:

Onde:

endoA = endomorfia;

endoB = endomorfia;

mesoA = mesomorfia;

mesoB = mesomorfia;

ectoA = ectomorfia;

ectoB = ectomorfia;

Média Posicional do Somatótipo ou Índice de Dispersão do Somatótipo (IDS)


Média das DDS de um grupo em relação ao somatótipo padrão. Para seu cálculo, utilizamos a seguinte equação (HEATH;
CARTER, 2005):

Onde:

∑DDS = somatório dos valores de DDS;

N = número de elementos analisados.

EXERCÍCIOS
Questão 1: A técnica de medição da composição corporal que envolve o uso de dispositivo para medir a resistência do corpo
a uma corrente elétrica é chamada de:

DEXA.
BodPod.
Eletrolítica.
Impedância bioelétrica.
Compasso de Dobra Cutânea.

Justificativa

Questão 2: A melhor maneira de avaliar a composição corporal é:

Calcular o IMC.
Calcular o peso relativo.
Utilizar as medidas das DCs.
Contar o número de calorias consumidas.
Consultar uma tabela de peso elevado para peso desejável.

Justificativa

Questão 3: O dispositivo que avalia a composição corporal por meio da medição do ar deslocado é o (a):

DEXA.
Pletismografia.
Absortometria.
Tanque hidrostático.
Impedância bioelétrica.

Justificativa
Glossário

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