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Obra Fichada (ABNT): BARRATTA, Alessandro.

“Criminologia Crítica e Crítica do


Direito Penal” – VII. O Novo Paradigma Criminológico: “Labeling Approach”, ou
Enfoque da Realidade Social. Negação do Princípio do Fim ou da Prevenção.
Pág. Passagens fundamentais do texto
85 As teorias sumariamente examinadas nos últimos capítulos apresentam, apesar das
diferenças que as dividem, quatro motivos comuns que devem ser sublinhados
como alternativa crítica a concepção da relação entre delinquentes e valores,
própria da ideologia penal da defesa social.
85 Enfim, estas teorias mostram também que, pelo menos dentro de certos limites, a
adesão a valores, normas, definições e uso de técnicas que motivam e tornam
possível um comportamento “criminoso”, são fenômenos não diferente do que se
encontra no caso do comportamento conforme a lei.
86 Esta direção de pesquisa parte da consideração de que não se pode compreender a
criminalidade se não se estuda a ação do sistema penal, que a define e reage contra
ela, começando pelas normas abstratas até a ação das instâncias oficiais (polícia,
juízes, instituições penitenciárias que as aplicam), e que, por isso, o status social do
delinquente pressupõe, necessariamente, o efeito da atividade das instâncias
oficiais de controle social da delinquência, enquanto não adquiri esse status aquele
que, apesar de ter realizado o mesmo comportamento punível, não é alcançado,
todavia, pela ação daquelas instâncias.
87 O horizonte de pesquisa dentro do qual o labeling approach se situa é, em grande
medida, dominado por duas correntes da sociologia americana, estreitamente
ligadas entre si.
87/88 A criminologia positivista e, em boa parte, a criminologia liberal contemporânea
tomam por empréstimo do direito penal e dos juristas as suas definições de
comportamento criminoso, e estudam este comportamento como se sua qualidade
criminal existisse objetivamente. Do mesmo modo e ao mesmo tempo, toma por
evidente que as normas e os valores sociais que os indivíduos transigem, ou dos
quais desviam, são universalmente compartilhados, válidos a nível intersubjetivos,
racionais, presentes em todos os indivíduos imutáveis, etc.
89 A pergunta relativa à natureza do sujeito e do objeto, na definição do
comportamento desviante, orientou a pesquisa dos teóricos do labeling approach
em duas direções: uma direção conduziu ao estudo da formação da “identidade”
desviante, e do que se define como “desvio secundário”, ou seja, o efeito da
aplicação da etiqueta de “criminoso” sobre a pessoa em que se aplica a etiqueta;
outra direção conduz ao problema da definição, da constituição do desvio como
qualidade atribuída a comportamentos e indivíduos, no curso da interação e, por
isto, conduz também para o problema da distribuição do poder de definição, para o
estudo dos que detêm, em maior medida, na sociedade, o poder de definição, ou
seja, para o estudo das agências de controle social.
89 Becker mostrou que a mais importante consequência da aplicação de sanções
consiste em uma decisiva mudança da identidade social do individuo; uma
mudança que ocorre logo no momento em que é introduzido no status de desviante.
90 Para os fins de nosso discurso sobre a relação entre a criminologia liberal
contemporânea e a ideologia penal, destaca-se que os resultados desta primeira
direção de pesquisa, na criminologia inspirada no labeling approach, sobre o
desvio secundário e sobre carreiras criminosas, põem em dúvida o principio do fim
ou da prevenção e, em particular, a concepção reeducativa da pena.
91 De resto, pode-se observar, as teorias do labeling baseadas sobre a distinção entre o
desvio primário e desvio secundário, não deixaram de considerar a estigmatização
ocasionada pelo desvio primário também como uma causa, que tem seus efeitos
específicos na identidade social e na autodefinição das pessoas objeto de reação
social.
92 A formulação acima sintetizada não deriva nem da soma das diferentes teorias que
adotaram o labeling approach, nem de uma generalização baseada sobre elementos
comuns a todas estas teorias, mas, antes, de uma estilização que objetiva acentuar a
quintessência do paradigma do controle, consideradas, na forma mais pura e
rigorosa possível, a identidade e a originalidade teórica que o distinguem de outros
modelos.
92/93 Enquanto os autores pertencentes a primeira e à segunda direção teórica
desenvolveram principalmente a dimensão da definição, os autores que utilizaram o
paradigma do controle no quadro da sociologia do conflito, elaborado sobretudo
por Coser e Dahrendorf, desenvolveram particularmente a dimensão do poder.
94 Além das considerações criticas que alguns poderiam apresentar diante de
semelhante impostação, certamente podemos aceitar a afirmação de Keckeisen
segundo a qual o problema da definição, ou seja, o problema da validade do juízo
pelo qual a qualidade desviante é atribuída a um comportamento ou a um sujeito, é
o problema central de uma teoria do desvio e da criminalidade aderente ao labeling
approach.
94 Os processos de definição que se tornam relevantes dentro do modelo teórico em
exame não podem se limitar aqueles realizados pelas instâncias oficiais de controle
social, mas, antes se identificam, em primeiro lugar, com os processos de definição
no senso comum, os quais se produzem em situações não oficiais, antes mesmo que
as instâncias oficiais intervenham, ou também de modo inteiramente independente
de sua intervenção.
95 A maneira segundo a qual os membros da sociedade definem um certo
comportamento como comportamento de tipo criminoso faz parte, por isso, do
quadro de definições sociológica do comportamento desviante, e o seu estudo deve,
precisamente por esta razão, preceder o exame da reação social diante do
comportamento desviante.
96 Portanto, a análise do processo de etiquetamento dentro do senso comum mostra
que, para que um comportamento desviante seja imposto a um autor, e este seja
considerado como violador da norma, para que lhe seja atribuída uma
“responsabilidade moral” pelo ato que infringiu a routine (é nesse sentido que, no
senso comum, a definição de desvio assume o caráter - poder-se-ia dizer – de uma
definição de criminalidade), é necessário que desencadeie uma reação social
correspondente: o simples desvio objetivo em relação a um modelo, ou a uma
norma, não é suficiente.
97 Colocando o acento sobre estes temas de análise, os interacionistas e os
fenomenólogos consideram que as definições já dadas não devem ser sempre
inteiramente revistas, mas que, antes, a linguagem simbólica na qual o resultado
das interações precedentes estão cristalizados, constitui o fundamento da interação
atual.
98/99 Ainda que uma crítica dos limites das teorias do labeling deva ser formulada
depois de se ter completado sua sumária resenha, pode-se, desde já, notar que estas
teorias, reduzindo, como se viu, a criminalidade à definição legal e ao efetivo
etiquetamento, exaltam o momento da criminalização, e deixam fora da análise a
realidade de comportamento lesivos de interesses merecedores de tutela, ou seja,
aqueles comportamentos (criminalizados ou não) que aqui denominados
“comportamentos socialmente negativos”, em relação às mais relevantes
necessidades individuais e coletivas.
Questionamento ao texto
Será que o status social de delinquente é fruto de uma rotulação? Quais os
elementos motivadores para que, um indivíduo alcance esse status? Se um status é
um condição definida por grupos de determinada sociedade, não caberia a cada um
(individuo) escolher se quer ou não ostentar tal rotulação? Vestir a fantasia de
vítima das circunstâncias da sociedade, alteraria os índices negativos, caso a
própria sociedade assumisse o papel de vilã da história, bem como tomasse atitudes
para alterar o que é alegado como pivô da problemática?
Considerações sobre a obra

Um ponto da abordagem do labeling approach, diz que a criminalidade não seria


um dado pré constituído, mas realidade social construída pelo sistema de justiça
criminal, através de definições e da reação social, o criminoso não seria um
indivíduo diferente, mas um status social atribuído a certos sujeitos selecionados
pelo sistema penal.
As teorias da “reação social”, ou labeling approach consideram que, sem o estudo
da ação do sistema penal, não se pode compreender a criminalidade. O status social
de delinquente pressupõem o efeito da atividade das instâncias oficiais do controle
social da delinquência, ou seja, o efeito estigmatizante da atividade da polícia, dos
órgãos de acusação pública e dos juízes.
O comportamento do criminoso é, na verdade, o comportamento rotulado do
criminoso, o papel da estigmatização penal na produção do status social de
criminoso, ou seja, a relação do desvio primário, que produz mudanças na
identidade social do sujeito, com o desvio secundário, compreendido como efeito
do desvio primário, a rejeição da função reeducativa da pena criminal, que
consolida a identidade criminosa e introduz o condenado em uma carreira
desviante, etc. O objeto de pesquisa foi deslocado, dos fatores da criminalidade
(etiologia) para areação social (labeling approach).

Crítica: A teoria labeling approach que tem como principal foco o etiquetamento
social, não questiona o comportamento escolhido para serem tipificados daqueles
que comentem comportamentos desviantes, assim definidos por esta.

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