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Mapear para preservar: arquivos digitais do patrimônio arquitetônico (Architectural heritage

digital archives)

O patrimônio cultural brasileiro é rico em diversidade e possui uma imensa gama de itens que
devem e precisam ser mapeados, documentados e preservados. O território do Brasil divide-
se politicamente em vinte e sete unidades federativas distribuídas por cinco regiões, cada uma
das quais apresenta particularidades do ponto de vista geográfico, formações diversas de solo,
fauna e flora, além de ter sido ocupado por antigas tribos indígenas e ter suas matrizes étnicas
constituídas por diversas culturas. Além disso, o Brasil recebeu um grande numero de
imigrantes que, a despeito de sua diversidade cultural apresenta-se como uma unidade. O
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional faz o registro destes bens culturais nos
livros do Tombo, por meio de inventários que descrevem suas características principais e sua
importância para a coletividade.

Os bens culturais no Brasil são classificados de acordo com sua relevância, destacando-se
como bens arqueológicos, etnográficos e paisagísticos, históricos, das belas-artes e das artes
aplicadas. Integra ainda o acervo tombado o patrimônio imaterial que diz respeito às práticas
e domínios da vida social e que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer, incluindo
as celebrações, as formas de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas e os lugares
como mercados, feiras e santuários que abrigam práticas culturais coletivas. É importante
salientar a presença de uma paisagem altamente diversificada, composta de inúmeras
demonstrações de

Para se organizar a proteção dos bens móveis e imóveis existentes no país, bem como dos
bens naturais e imateriais que constituem o patrimônio cultural brasileiro, foi criado o
SISTEMA GESTOR, que visa gerar uma ferramenta, disponibilizada através da web, que auxilie
o gerenciamento dos bens culturais, considerando a necessidade de manter um cadastro
atualizado e também de divulgá-lo para vários setores da comunidade. O projeto foi
desenvolvido por professores do Programa de pós-graduação em Geografia da Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais, a PUC-Minas e teve o apoio financeiro do Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (National Counsel of Technological and
Scientific Development).

A base de dados utilizada como piloto neste projeto é georeferenciada e abrange todo o
Estado de Minas Gerais. Nela, constam informações sobre todos os bens tombados do Estado,
bem como dos municípios onde eles estão situados. Foi desenvolvida uma estrutura sobre esta
base de dados em formato de Atlas Digital e nesta estrutura foram cadastradas informações
como a localização geográfica dentro do Estado e do município, a descrição, a relevância
histórica, a situação atual, entre outras características, para cada um dos Bens Tombados de
Minas Gerais. Além disso, foram feitos levantamentos de fotos atuais e antigas dos conjuntos
arquitetônicos e urbanísticos, mapas urbanos, plantas, cortes e fachadas das edificações, assim
como detalhes construtivos representados em ilustrações de alta resolução, enriquecendo
muito todo o projeto (Estou pensando em colocar uma figura contendo planta e fachada de
alguma edificação, mas não sei se é o caso em um Resumo) ->acho que não é permitido no
resumo
Todas essas informações foram armazenadas e organizadas através de um aplicativo
multimídia que é acessado e executado através da internet. A partir do exemplo desenvolvido
para Minas Gerais, foi utilizada a metodologia UML (Unified Modeling Language) e o processo
unificado (Unified Process) de desenvolvimento de software. A UML permite modelar
processos de negócio utilizando-se técnicas de Orientação a Objetos e estruturar arquiteturas
de sowtware multicamadas, neste caso foi utilizada a arquitetura tecnológica denominada
MVC ("Model-View-Control"), integrando componentes tecnológicos e processos de negócio
para representar as definições de negócio em um padrão de modelagem reconhecido
mundialmente, representando relacionamentos semânticos entre os objetos de negócio. Os
diagramas UML foram desenvolvidos em ferramenta CASE ("Computer Aided Software
Engineering") e o código em linguagem HTML e Java foi gerado a partir das definições UML. O
desenvolvimento do software foi realizado de maneira incremental e interativa.O SISTEMA
GESTOR possibilita a geração automática de Atlas Digitais para todos os estados brasileiros, a
partir da entrada dos dados (textos, mapas digitais, fotografias e vídeos) via internet, com o
intuito de divulgar amplamente todas as informações do acervo histórico do país. O sistema foi
desenvolvido de uma forma que poderá ainda ser estendido para possibilitar seu uso até
mesmo em outros países, possibilitando a geração de Atlas Digitais em qualquer outra
localização geográfica e em outras línguas.

A metodologia de análise em ambiente GIS - Geographical Information System - corresponde a


um sistema destinado ao processamento de dados referenciados geograficamente, desde sua
aquisição até a geração de saídas na forma de mapas, relatórios, arquivos e meios magnéticos,
dentre outros, provendo recursos para estocagem, gerenciamento, manipulação e análise. A
informação espacial armazenada num GIS reduz-se a três entidades geométricas possíveis:
pontos, linhas e polígonos, que podem ser mantidos em meio magnético segundo diferentes
estruturas de dados espaciais. Dentre as mais típicas, verificam-se a Vetorial e a Raster, ambas
empregadas no Atlas Digital. Devido a essas características, e pelo fato de a metodologia de
análise depender das possibilidades dos processos disponíveis nos softwares adotados e a
serem desenvolvidos, o GIS torna-se o sistema adequado para atender as necessidades do
projeto, cujas informações de busca incluem dados como nome do bem tombado, autor, data
de execução, peculiaridades artísticas, culturais e de conservação, relevância histórica, etc.

O Sistema Gestor deverá ser utilizado inicialmente por três tipos de usuários (aqui
denominados “atores”). O primeiro ator é o responsável pelo Instituto do Patrimônio Histórico
e Artístico Estadual, que deverá cadastrar os bens tombados juntamente com suas
informações e enviar anexos (fotos, mapas, plantas, etc.). O segundo ator deverá realizar a
avaliação e validação dos dados enviados pelos órgãos estaduais. Existe ainda um terceiro ator
– usuário final – que poderá visualizar o ATLAS DIGITAL gerado após o processo de
cadastramento e validação. Essa visualização pode ser ON-LINE (via WEB) ou a partir do
download de um arquivo de instalação para gravação em CD-ROM. O banco de dados do atlas
digital gerado, acessado em www.atlasdigitalmg.com.br, apóia-se em duas bases, uma
cartográfica e outra alfanumérica. A base cartográfica apresenta uma variedade de temas, que
incluem mapas de municípios mineiros, bases cartográficas municipais e a localização dos bens
do acervo e das áreas em questão. Em multimídia, o Atlas apresenta fotos panorâmicas atuais
e antigas de diversos ângulos, bem como plantas originais, dentre outros documentos de
relevância. A base alfanumérica complementa os documentos anteriormente citados,
enriquecendo-os com uma diversidade de dados quantitativos e qualitativos. Em relação aos
aspectos cartográficos, dentre alguns dos dados especificados, apresentam-se os nomes dos
municípios selecionados e de suas respectivas áreas, e o número de prédios tombados,
incluindo-se, ainda, dados específicos das obras tombadas, com textos técnicos e históricos
contendo a descrição minuciosa dos bens.

O uso da interface do SISTEMA GESTOR pelos órgãos públicos que lidam com o patrimônio
histórico e artístico será importante e necessário a fim de que os dados sejam constantemente
atualizados e que as informações sejam utilizadas no sentido da pesquisa, preservação, e
divulgação dos bens tombados.

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