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ALEXSANDRO A SILVA

O COMPLEXO DO FILHO MAIS VELHO

Como vencer os limites da religiosidade

Nossa fé de cada dia – publicações


Sumário

A Parábola do Filho Pródigo ......................... 5


O complexo do Filho Mais Velho .................. 8
Algumas lições que podemos aprender com
as atitudes do filho mais velho ..................... 18
Considerações Finais .................................... 28
Sobre o Autor: .............................................. 30
Lucas 15.28-31

28 O filho mais velho ficou zangado e não quis


entrar. Então o pai veio para fora e insistiu com
ele para que entrasse.

29 Mas ele respondeu: “Faz tantos anos que


trabalho como um escravo para o senhor e nunca
desobedeci a uma ordem sua. Mesmo assim o
senhor nunca me deu nem ao menos um cabrito
para eu fazer uma festa com os meus amigos.

30 Porém esse seu filho desperdiçou tudo o que


era do senhor, gastando dinheiro com prostitutas.
E agora ele volta, e o senhor manda matar o
bezerro gordo!”

31Então o pai respondeu: “Meu filho, você está


sempre comigo, e tudo o que é meu é seu. 32Mas
era preciso fazer esta festa para mostrar a nossa
alegria. Pois este seu irmão estava morto e viveu
de novo; estava perdido e foi achado.”
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A Parábola do Filho Pródigo

Hoje estava orando, falando com Deus,


quando fui surpreendido pela lembrança das
palavras contidas na parábola do filho pródigo.
Principalmente a cena do pai com o irmão mais
velho, mas vamos começar pelo que é pródigo.

A justiça brasileira vê o pródigo como um


incapaz, um sujeito indigno de administrar seus
bens e pertences, apresentando no Art. 1.782 do
Código Civil o seguinte proposto: “A
interdição do pródigo só o privará de, sem
curador, emprestar, transigir, dar quitação,
alienar, hipotecar, demandar ou ser

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demandado, e praticar, em geral, os atos que
não sejam de mera administração.”

Pois bem, na parábola descrita em Lucas


capítulo 15, o filho mais moço era pródigo,
portanto, deveria ser impedido de tomar dos
bens que tinha direito, isso fica claro ao perder
tudo que havia requerido anteriormente de seu
pai. Este mesmo indivíduo retorna pra casa e a
pergunta que não quer calar é: o que este moço
merece?

Segundo a justiça, é devido lhe aplicar as


penalidades da lei por causa de seu
comportamento irresponsável. Segundo o amor
do Pai, lhe é permitido ser chamado de filho e
restaurada sua posição e privilégios como tal,
onde até mesmo uma festa com um suculento
churrasco lhe é devido, afinal, ele é filho e os

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filhos são tratados com dignidade, acolhida e
festa na casa da família.

Se até a lei mostra que não se deve


favorecer os pródigos, quanto mais fazer festa
pra eles, pois isso poderá fortalecer seu
comportamento reprovável de esbanjador
inveterado, o que por sua vez pode se
apresentar como ato de injustiça aos demais
filhos, os quais não são adeptos deste tipo de
comportamento. Foi assim que o filho mais
velho entendeu a situação. Ele viu na
perspectiva de igual, e não conseguia se afastar
um pouco de sua revolta para enxergar na
perspectiva do pai, e por isso, julgou e
condenou o pai em seu coração, se colocando
em posição de vítima de um pai que privilegia
os desmedidos e descontrolados.

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Se seguirmos nesta linha de raciocínio
chegaremos a conclusão que o filho mais velho
estava correto em seu pensamento e atitude. No
entanto, a lógica do texto bíblico, segue o
caminho da graça, do amor e do perdão, diante
disso não há lei, pois demonstra que a vida é
mais importante do que as coisas; a família é
superior aos bens; o filho é mais importante do
que o dinheiro. Neste caminho poucos são
capazes de andar, poucos conseguem seguir, e
ainda menos gente chega ao final, mas é
exatamente esse o caminho da salvação que o
Autor da parábola propõe.

O complexo do Filho Mais Velho

Então, o filho mais velho começa suas


queixas justificadas diante do pai clemente,
dizendo: “Faz tantos anos que trabalho como um
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escravo para o senhor e nunca desobedeci a uma
ordem sua. Mesmo assim o senhor nunca me deu
nem ao menos um cabrito para eu fazer uma
festa com os meus amigos.”

Nos momentos de crise sempre nos


deparamos com o espelho da alma, e, é nele que
nos vemos. Diante dele sempre estamos
desnudos, nos vemos exatamente como
realmente somos para nós mesmos. O problema
é que a visão pode ser distorcida, mostrar uma
identidade cheia de retoques imperfeitos, uma
face ferida, hematomas herdados dos golpes da
vida, das decepções, dos medos e humilhações.
Então este espelho da alma pode mostrar uma
imagem distorcida, comprometida, ilegítima,
adulterada.

A conclusão que este jovem chega diante


de seu pai é, não outra, que ele não passava de
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um escravo, logo nunca pode exercer e
experimentar os privilégios de filho, e diz ao pai:
o senhor nunca me deu nem ao menos um
cabrito para eu fazer uma festa com os meus
amigos.

A questão não é o fato do pai nunca ter


dado, mas o fato do filho nunca ter pedido.
Pensemos um instante, se o moço se via como
um escravo na casa do pai, qual seria a
possibilidade de chegar diante de seu progenitor
e lhe requerer um animal para festeja com seus
amigos? A resposta é muito óbvia: “nenhuma”.
Logo, o problema não é o pai não oferecer, mas
a complexidade da questão, é que o filho se via
indigno de pedir.

A segunda situação vivida no complexo do


filho mais velho é o da comparação, vejamos:
“Porém esse seu filho desperdiçou tudo o que
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era do senhor, gastando dinheiro com
prostitutas. E agora ele volta, e o senhor manda
matar o bezerro gordo!”

O que ele estava tentando era tornar o filho


mais moço tão escravo quanto ele, ou seja, ele
queria que o pai visse o seu irmão como ele via
a si próprio, onde a conclusão seria: “se eu que
sou um escravo exemplar não tenho festa, então,
este que é pior que eu também não deve ter, nem
tão pouco ser festejado.

Quem tem problema com a autoestima


sempre enxerga seus iguais como indignos, pelo
simples fato, de se sentir indigno, não
merecedores das benécias da vida. O problema
nunca foi o filho pródigo, o problema sempre foi
a perspectiva em que o filho mais velho via a si
mesmo, e como estava formatada a sua mente no
que tange seu relacionamento com o pai.
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Passamos a compreender o motivo pelo
qual o foco do irmão mais velho sempre estar no
erro do mais novo, mostrando ao pai o quanto
este deveria sofrer o castigo, sentir a dor das
chibatadas, e por fim o abandono e a exclusão
da família, isso fica claro quando ele diz: “esse
seu filho desperdiçou tudo”.

Então o pai, ao ver o desespero de alma, a


amargura e o rancor exalando como um odor de
chagas purulentas e fétidas, apodrecidas pelo
tempo e pelo ressentimento, humildemente e de
forma amorosa convida o filho mais velho a
olhar numa nova perspectiva e diz: “Meu filho,
você está sempre comigo, e tudo o que é meu é
seu.”

Ao dizer, “você sempre está comigo”, o pai


tenta fazê-lo compreender a verdadeira perda do
filho pródigo, ou seja, a presença do pai, e essa
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perda era a maior, a pior, a mais dolorida; o pai
estava dizendo que o filho que não tem a sua
presença, a sua companhia, não terá este vazio
preenchido por nada, por nenhuma riqueza ou
bem, e era justamente o que o filho mais velho
sempre teve, ou deveria ter tido a consciência de
que tinha.

A revelação ficaria ainda mais inquietante


e provocativa, ao dizer: “tudo o que é meu é
seu”. Está claro que nem sempre o óbvio é óbvio
o bastante, se o filho não reconhece a
importância da presença do pai não será capaz
de enxergar os benefícios daquilo que o pai
possui. Ele não se achava digno de usufruir do
que havia na casa do pai porque não se sentia
filho, o seu sentimento era de escravo, apesar de
estar a casa do pai, ele não se sentia parte, não
se sentia merecedor, e portanto, jamais se sentiu
merecedor de tomar um cabrito e fazer uma festa
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com seus amigos na casa do pai, afinal, não era
a sua casa, e a propriedade do seu senhor.

Então, o pai tenta, sem sucesso, argumentar


mais uma vez tentando fazer com que o filho
mais velho compreenda seu sentimento de pai.
Mas, como fazer alguém que não aprendeu a
viver como filho sentir, perceber, ter a
sensibilidade do coração amoroso de um pai?
Ele diz: “Mas era preciso fazer esta festa para
mostrar a nossa alegria. Pois este seu irmão
estava morto e viveu de novo; estava perdido e
foi achado.”

A festa existe como marco de um momento


significativo. Em nossa cultura costumamos
marcar ou identificar momentos importante
mediante celebrações, as quais, via de regra, se
apresentam com muita comida, bebida e
músicas, para que assim se crie uma ambiência
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de alegria, a qual deve marcar todos os
convidados presentes, tornando-se inesquecível,
digna de ser contada e compartilhada por onde
quer que forem seus convidados.

O pai precisava fazer uma festa para


marcar aquele momento em que seu filho
voltava ao lar, onde aquele que estava morto,
revivia, o qual estava perdido, havia sido
encontrado.

Mas, a única coisa que o pai encontra no


olhar e nas palavras do filho mais velho ainda é
a incompreensão e o rancor, sendo traduzidos
nestas palavras: “Faz tantos anos que trabalho
como um escravo para o senhor e nunca
desobedeci a uma ordem sua. Mesmo assim o
senhor nunca me deu nem ao menos um cabrito
para eu fazer uma festa com os meus amigos.”

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A ladainha continua, o mantra da
autocomiseração, a reza da depressão
permanece em seus lábios envenenados de
amargura, então o filho mais velho repete as
mesmas coisas. Ressaltamos mais uma nova
nota à canção fúnebre de um coração que se
sentiu injustiçado e incompreendido a vida toda,
ainda que fosse por si mesmo, então ele diz:
“nunca desobedeci a uma ordem sua”.

O escravo não atende a pedidos, ele


executa de forma obediente as ordens do seu
senhor, e é isso que o filho quer que o pai
entenda: ele é um bom escravo. Enquanto o pai
lhe reconhece por filho, ele insiste ser
reconhecido como serviçal, isso significa que
não importava a cordialidade com a qual o pai
lhe tratasse, o problema sempre seria a maneira
como o filho mais velho recebia as palavras do
Pai.
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Então, novamente ressalta o quanto seu
irmão era indigno, tanto quanto ele se sentia não
merecedor, e, numa atitude desesperada em
tentar fazer o pai se sentir culpado, ele diz:
“Porém esse seu filho desperdiçou tudo o que
era do senhor, gastando dinheiro com
prostitutas. E agora ele volta, e o senhor manda
matar o bezerro gordo!”

E novamente, não tendo outras palavras


para explicar a ele, o pai torna a dizer: “Meu
filho, você está sempre comigo, e tudo o que é
meu é seu. Mas era preciso fazer esta festa para
mostrar a nossa alegria. Pois este seu irmão
estava morto e viveu de novo; estava perdido e
foi achado.”

O pai repete a mesma resposta, pois ouve a


mesma reclamação, tentando de alguma forma
fazer o filho ver além de si mesmo, além de seus
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próprios complexos e conflitos. Porém, ele só
seria capaz de compreender o coração do pai se
compreendesse o quanto era filho, o quanto era
também amado e o quanto era merecedor de
estar na presença do pai e participar de suas
alegrias e tristezas, não só por um momento,
mas para sempre, pois uma vez filho, para
sempre assim o será!

Algumas lições que podemos aprender com


as atitudes do filho mais velho

A primeira lição diz respeito a nossa


identidade, nunca seremos capazes de enxergar
além daquilo que vemos em nós mesmos. Não
importam o que digam, não importa o cargo que
ocupamos, ou mesmo nossa posição social; se
não formos sarados em relação a nossa
identidade, ou seja, se não descobrirmos quem
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realmente somos, então nunca nos sentiremos
dignos de usufruirmos das bênçãos que estão ao
nosso dispor.

A Bíblia, em Romanos 8.31-32 registra as


seguintes palavras: “Diante de tudo isso, o que
mais podemos dizer? Se Deus está do nosso
lado, quem poderá nos vencer?
Ninguém! Porque ele nem mesmo deixou de
entregar o próprio Filho, mas o ofereceu por
todos nós! Se ele nos deu o seu Filho, será que
não nos dará também todas as coisas? Esse texto
é especial, pois nos mostra o quanto o amor de
Deus por nós é grande, tão grande que foi capaz
de entregar seu filho, como lemos em João 3.16,
“amou o mundo de tal maneira”.

A questão sobre a qual devemos pensar é o


quanto nos sentimos filhos quando nos
referimos ao nosso relacionamento com Deus,
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pois uma compreensão deformada em relação a
este tema comprometerá todo tipo de
relacionamento com nossos irmãos em Cristo,
bem como dificultará nossa caminhada cristã e
criará obstáculos em nosso relacionamento com
o Pai.

Há no rol de nossa igreja muitas pessoas


que, assim como nunca tiveram o acolhimento e
aprovação de seus pais terrenos, continuam
tentando alcançar aprovação do nosso Pai
Celestial, então se envolvem em uma muitas
tarefas, e dizem que estão fazendo a obra de
Deus, e mal percebem que estão cansadas,
doentes e estressadas fazendo uma obra pessoal
em busca de glória terrena, tentando ganhar a
aprovação dos outros para si mesmas.

Neste momento gostaríamos de lembrar


quem eram os interlocutores de Jesus ao contar
20
este conjunto de parábolas em Lucas 15, ou seja,
Ele falava aos publicanos e pecadores, também
aos escribas e fariseus, então, ao mencionar a
ovelha, a moeda e o filho perdidos, os quais são
também achados, ele apresenta um Deus que
vem ao encontro do ser humano totalmente
perdido, onde, uns tem mais facilidades que
outros para entenderem que estão perdidos e
precisam ser achados.

Jesus, toca em um ponto muito sensível,


pois os escribas e fariseus são personificados na
figura do filho mais velho e todas as suas
características e atitudes representam o “espírito
religioso”, o qual se torna como um espeço
nevoeiro que dificulta ainda mais o encontro do
pecador com seu Salvador.

A religiosidade não consegue aceitar a


simplicidade, nem tão pouco o amor de Deus,
21
representado pelo pai, porque essas
características não fazem parte da complexidade
imposta pelos dogmas da religião. A religião é
humana e como tal cada uma tem sua escala de
valores, sua liturgia, suas exigências, e todas
elas buscam uma forma, por meio do esforço
próprio, agradar e ganhar a aprovação de Deus
para que assim tenha a permissão de alcançar
graça diante Dele. Mas, não é assim que
funciona, por isso cada religião tem a tendência
de criar um “deus” particular que caiba em sua
maneira de viver.

Quando Jesus fala do pai que decide


receber o filho pródigo e restituí-lo em sua
posição Ele causa espanto para alguns de seus
ouvintes, mas para outros um grande alívio.

A religiosidade não consegue conceber tal


atitude porque o espírito religioso lida com
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julgamento e condenação, logo algo precisa ser
feito para justificar as más atitudes, a
religiosidade tem cheiro de morte pois espera
por derramamento de sangue, é olho por olho,
dente por dente, pé por pé, até que não haja mais
nenhuma parte do corpo para ser arrancada.

O que o filho mais velho não entende é que


o acolhimento do seu irmão, o filho pródigo, não
toma nem ocupa o seu lugar de primogênito, não
toma o seu direito de ser filho; na casa do pai há
lugar, há espaço para todos os filhos.

Desta forma, chegamos a uma segunda


lição que podemos aprender com esta história,
que os últimos podem ser os primeiros, que os
mais importantes são os que servem, e que o
maior serve os menores, e que o próprio Senhor
é capaz de tomar a bacia e a toalha e lavar os pé

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dos seus discípulos, como registrado em João
13.

A lógica do Reino de Deus não está sujeita


aos padrões humanos. No Reino de Deus as
regras são de Deus. Há uma linda canção, cujo
refrão se pode cantar assim:
“Oh, impressionante, infinito
E ousado amor de Deus
Oh, que deixa as noventa e nove
Só pra me encontrar
Não posso comprá-lo
Nem merecê-lo
Mesmo assim se entregou
Oh, impressionante, infinito
E ousado amor de Deus”

Esta é uma das principais canções


ministradas nas igrejas evangélicas brasileiras,
esta composição é de Cory Asbury, lançada
pela Bethel Music com o seguinte título em
inglês “Reckless Love”, sendo gravada por
24
várias bandas e músicos brasileiros, é uma ótima
definição e uma síntese maravilhosa do que seja
o amor de Deus pelo pecador.

A semelhança do que temos refletido até


agora, podemos citar uma outra parábola que se
encontra no Evangelho de Mateus capítulo 20.8-
16, onde Jesus fala sobre o comissionamento de
trabalhadores, os quais são chamados em
horários diferentes do dia, mas no final acabam
todos recebendo o mesmo valor, a começar pelo
último, vejamos:
No fim do dia, ele disse ao administrador:
“Chame os trabalhadores e faça o pagamento,
começando com os que foram contratados por
último e terminando pelos primeiros.” — Os
homens que começaram a trabalhar às cinco
horas da tarde receberam uma moeda de prata
cada um. Então os primeiros que tinham sido
contratados pensaram que iam receber mais;
porém eles também receberam uma moeda de
prata cada um. Pegaram o dinheiro e
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começaram a resmungar contra o patrão,
dizendo: “Estes homens que foram contratados
por último trabalharam somente uma hora,
mas nós aguentamos o dia todo debaixo deste
sol quente. No entanto, o pagamento deles foi
igual ao nosso!” — Aí o dono disse a um deles:
“Escute, amigo! Eu não fui injusto com você.
Você não concordou em trabalhar o dia todo
por uma moeda de prata? Pegue o seu
pagamento e vá embora. Pois eu quero dar a
este homem, que foi contratado por último, o
mesmo que dei a você. Por acaso não tenho o
direito de fazer o que quero com o meu próprio
dinheiro? Ou você está com inveja somente
porque fui bom para ele?” E Jesus terminou,
dizendo: — Assim, aqueles que são os
primeiros serão os últimos, e os últimos serão
os primeiros.

Este texto serve para nos lembrar que


aquilo que do Senhor recebemos, recebemos
porque primeiro por Ele fomos chamados e é por
isso que o que podemos obter como fruto de sua
graça e bondade, não é por direito é por

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misericórdia. Isso a religião não é capaz de
compreender, e para aqueles que são tomados
pelo sentimento religioso não é permitido
experimentar.

Então, aqueles que chegaram primeiro


questionaram segundo o direito que achavam
que tinham, porque não compreenderam que não
tem direito nenhum, pois nada lhes pertence a
não ser o nada possuir, e somente o amor do Pai
é que pode, de alguma forma, conceder a eles
toda dádiva, todo dom perfeito, bem como a
salvação.

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Considerações Finais

Temos diante de nós um grande desafio:


voltarmos ao Evangelho da graça, a Palavra de
Cristo, ao ensino dos Apóstolos.
A pós-modernidade trouxe consigo uma
multiplicidade de conceitos e um individualismo
de crenças, onde cada um segue com seu cada
qual, a relativização da “verdade” é o nosso
maior mal, a fabricação de novas verdades criam
novas religiões todos os dias.
Cremos que a voz do Mestre continua
ressoando com a pergunta manifesta desde
muito tempo atrás, e diz: Será que vocês também
querem ir embora? (João 6.67)
Diante deste questionamento, possamos
nós também responder como respondeu o São
Pedro Apóstolo: Quem é que nós vamos seguir?
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O Senhor tem as palavras que dão vida eterna! E
nós cremos e sabemos que o Senhor é o Santo
que Deus enviou. (João 6.68-69)
Seguimos a Jesus porque fomos amados
por Ele, o amamos porque Ele nos amou
primeiro. A fé cristã não é fundamentada na
subserviência, mas, sobretudo, é uma relação de
amor, estabelecida a partir do amor de Deus,
isso faz do cristianismo um caminho diferente
daquele trilhado pela religiosidade convencional
e esta característica que precisamos preservar, à
saber: Servimos por amor, porque fomos
primeiramente amados por Deus em Cristo.
Portanto: menos legalismo, mais respeito;
menos julgamento, mais amor; são decisões que
podem transformar o mundo, salvam vidas!

29
Sobre o Autor:

Possui Especialização em Docência


do Ensino Superior com ênfase em
Educação à Distância (2016) e
Mestrado Livre em Liderança Pastoral Urbana, ambas
pelo Centro Universitário Filadélfia (2017);

Graduação em Teologia pelo Seminário Teológico


Antônio de Godoy Sobrinho (2001) e convalidação
pela Faculdade Teológica Sul Americana (2012).

Possui licenciatura plena, habilitação para o Magistério


em Filosofia e Ensino Religioso pelo Programa
Especial de formação - PROLIC (2015).

Pastor Presbiteriano desde 2002.

Contato: nossafedecadadia@gmail.com

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