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MINEIROS-GO
2020
Mantenedor de espaço removível: estudo de caso
RESUMO
A perda precoce dos dentes frontais das crianças afeta seu comportamento psicossocial. As
próteses temporárias restauram sua estética até que a prótese final seja feita. A cárie é a
principal causa de perda precoce de molares decíduos, e a incidência é alta no Brasil. Isso
ocorre devido a problemas socioeconômicos combinados com o popular conceito falso de que
os dentes decíduos não são importantes porque serão substituídos por dentes permanentes.
Portanto, o tratamento adequado dos dentes decíduos pode ser negligenciado. Este estudo tem
como objetivo fazer estudo de um caso de reabilitação oral com a formação de uma prótese
parcial móvel temporária na arcada superior de uma paciente de 7 anos de idade, gênero
feminino, atendida na Clínica Escola de Odontologia da faculdade FAMP, a paciente se
queixava de dor no elemento 85 e apresentava mordida bilateral. Os resultados mostraram que
o tratamento de reabilitação foi decisivo para substituir os elementos perdidos, mantendo o
espaço sem atrapalhar o crescimento ósseo, sendo necessário estabilizar a dimensão vertical
da oclusão, impedindo o fechamento de áreas desdentadas, restaurando as principais funções
da cavidade bucal e expressando estética e autoestima.
1
Acadêmica de Odontologia – Faculdade Morgana Potrich - FAMP
2
Professora Mr. Em Ortodontia – Faculdade Morgana Potrich - FAMP
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INTRODUÇÃO
Silva et al.1 (2011) relata que, perda precoce de elementos dentários anteriores
frequentemente afeta o comportamento social de crianças e adolescentes, bem como
problemas funcionais e estéticos que podem ameaçar o bem-estar mental e social do
indivíduo. A perda precoce do elemento decíduo consiste em diversas etiologias, como: lesões
periapicais, reabsorção, perda por amelogênese e dentinogênese imperfeita, cáries dentarias,
restaurações incorretas, traumatismo, anquilose, irrupção ectópica. E preciso passar o
suficiente de informações para que entendam a grande importância de usar os mantenedores
de espaço, podendo ser para reabilitação da estética ou funcionalidade ou até mesmo para as
duas funções.
A substituição protética de componentes dentários com a ajuda de componentes de
retenção de espaço visa restaurar a integridade dos arcos, restaurando funções normais como
mastigação, deglutição e fonação, evitando a instalação de hábitos nocivos e má oclusão.
Bessadet et al.2 constata que, deve-se avaliar esses pacientes de modo geral, vendo se
realmente precisará de aparelho, avaliando ainda a colaboração da criança e dos pais para
acompanhar esta criança, fazendo um bom planejamento com radiografias panorâmicas,
periapicais e outras se necessário como tomografias, ter uma boa conversa com os pais, fazer
avaliações clinicas e chegar a um diagnóstico.
Uma prótese parcial removível pode ser um desafio em termos de correspondência de
cores, tamanhos e formas, o que geralmente requer modificações significativas para obter uma
aparência aceitável. Segundo Srkyl e Kadithota3 (2011), a grande preocupação relacionada a
perda precoce está na perda de espaço e inclinação dos dentes adjacentes deixando exposto
que é de grande importância conhecer os principais problemas que leva a uma perda precoce
de dentes decíduas e suas consequências para melhor tratamento.
A reabilitação estética e funcional de pacientes com dentes muito desgastados e
edentulismo parcial é um desafio que requer a habilidade e o conhecimento técnico do
dentista, pois tais problemas têm muitas consequências para o paciente em relação à perda da
guia frontal, redução da dimensão vertical da oclusão (OVD) e distorção oclusiva. Shibayama
et al.4 (2006) descrevem que muitos pacientes não conseguem ficar sem dentes após remover
os dentes restantes, devido ao tempo necessário para curar e reparar completamente o osso.
No entanto, além do fator psicológico, outros fatores como estética, fonética, mastigação e
interação social estão envolvidos nessa situação.
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RELATO DE CASO
Na anamnese constatou-se que a criança teria que extrair o elemento 85, estava em
acompanhamento por ser diagnosticada com autismo, conforme o relato da mãe, a criança
fazia uso de mamadeira todas as noites. Quando a criança era acompanhada do pai, a criança
não deixava realizar nenhum tipo de atendimento, relatou também que não teria condições se
o tratamento ortodôntico ficasse de valor elevado.
Após exame clinico e avaliação e documentação ortodôntica composta por fotografias
de face e intrabucais, como a mãe havia relatado sobre a questão financeira, optamos por
radiografias periapicais em vez de panorâmica pelo custo, após obtermos o modelo de estudo
e avaliarmos observamos que com a extração do 85, foi diagnosticada com perda precoce do
elemento decíduo, no exame radiográfico mostrava que ainda faltava muito até o dente
permanente erupcionar (Figura 11 e 12).
Figura 9. Relação molar esquerdo. Figura 10. Relação molar lado direito.
Após a as etapas de moldagem funcional com uma cópia fiel para encaminhamento
para o protético, a mãe foi orientada sobre os custos, por conseguinte foi remarcado a
instalação do aparelho e fazer ajustes se necessário, fazendo a entrega definitiva do aparelho.
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DISCUSSÃO
A perda dos elementos decíduo precoce como foi relatado o caso clinico, serve como
base para sabermos que a perda precoce, pode afetar na oclusão e no posicionamento podendo
problemas maiores. Como relatado por Pereira e Miasato7 (2010), a perda precoce dos dentes
decíduos anteriores é bastante frequente, e está associada a cáries múltiplas, trauma acidental,
anquilose dental, reabsorção radicular anormal e anomalias de desenvolvimento:
odontodisplasia e ectodérmica.
Com relação ao espaço onde ocorreu a perda do elemento dentário, pode ocorrer
diversos problemas como distalizaçao ou mesializaçao de dentes vizinhos, fechando o espaço
e causando má oclusão e dificuldade de irrompimento do dente permanente. Em Cardoso et
al.8 a perda precoce resulta em alterações na articulação da palavra, inclinação dos dentes
adjacentes, instalação de hábitos orais, perda da eficiência da mastigação, perda de espaço,
extrusão do antagonista, deglutição incomum e distúrbios do equilíbrio oclusivo, além de
prejuízo estético, com desenvolvimento emocional e mental perturbado da criança.
Com relação à perda de espaço, Almeida, Almeida e Almeida-Pedrin9 (2013)
acreditam que geralmente não é necessário manter espaço na região anterior, porque
inicialmente essa perda dentária precoce não causa perda de espaço, desde que satisfaça uma
obstrução posterior. Já para Faheemuddin, Yazdsnie e Nawas10 (2012), afirmam que a perda
de espaço pode ocorrer apenas se houver uma perda precoce antes da erupção dos caninos
decíduos. No caso clínico descrito, no entanto, foi demonstrada a perda precoce da unidade
85, sem danos causados pela perda de espaço e fechamento satisfatório no segmento lateral;
nesse caso, o mantenedor de espaço removível foi escolhido para não ter a perda do espaço
para o dente permanente, e de extrema importância o uso deste aparelho corretamente para
que não se feche o espaço.
No caso descrito, foi escolhido um mantedor funcional removível do espaço estético,
pois o paciente demonstrou boa cooperação no tratamento. A estética foi restaurada, sendo
uma das principais razões para a instalação do dispositivo na região anterior, e para uma
criança os dentes da frente são de grande importância em um contexto psicossocial. Além da
estética, o conservador do espaço tem a função de evitar desvios na deglutição, alterações
fonéticas e hábitos de instalação, principalmente a interpolação da linguagem.
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CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
1-Silva MCVS, Carreiro AFP, Bonan RF, Carlo HL, Batista AUD. Reabilitação Oclusal com
Prótese Parcial Removível Provisória Tipo “Overlay”: Relato de Caso. R Bras Cienc Saúde.
2011;15(4):455-60.
3-Srkyl A, Kadithota M. Remote tooth in immediate partial denture: a case report. J Clin Diag
Res. 2011;5(6):1318-20.
6-Kamble VD. Rehabilitation of severely worn dentition and partial edentulism by fixed and
removable prostheses: a clinical report. Int J Prosthodont Rest Dent. 2013;3(2):57-61.
8- CARDOSO, CAB., NETO, NL., PASCHOAL, MAB., SILVA, SMBD., LIMA, JEDO.
Reabilitação bucal na primeira infância: relato de caso. Revista Odontológica de Araçatuba.
2011 jul/dez; v.32, n.2, p. 49-53.
10- FAHEEMUDDIN, M., YAZDANIE, N., NAWAZ, M.S. A Simple and Quick Technique
of Fabricating a Space Maintainer for Avulsed Primary Maxillary Incisors. Pakistan Oral &
Dental Journal. 2012, August, vol 32, N.2, p.348-350.