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28/09/2016 99 contra 1 Resumo| Chuck Collins | PDF Download

Joao Estevam Português

Livro
99 contra 1
Como a desigualdade econômica está destruindo o Como podemos evitar que 1% da
mundo e o que podemos fazer a respeito população dê as cartas?

Chuck Collins
Berrett-Koehler, 2012
Compre o livro

Avaliação  Re​
co​
men​
dação

7
9 Importância Chuck Collins, acadêmico do Institute for Public Policy e coautor de vários livros
7 Inovação sobre a de​si​
gual​
dade social, examina o problema da de​ si​
gual​
dade econômica em
detalhes  sis​
te​
má​ticos.  Ele  mostra  como  a  situação  econômica  atual  evoluiu,  faz
6 Estilo um  apelo  apaixonado  para  que  se  reduza  o  papel  dos  super­ricos  e  fornece  uma
prescrição política que possa gerar a igualdade econômica. O autor utiliza oca​ si​
o​
­
nal​
mente  frases  complicadas,  como,  por  exemplo,  “a  espiral  letal  da  de​ si​
gual​­
dade”. Isso mostra a sua paixão pelo tema da de​ si​
gual​
dade econômica, mas talvez
fosse ainda mais convincente sem o artifício dos floreios retóricos. A getAbstract
recomenda este livro mesmo para quem discorde de Collins, pois o seu texto é um
retrato importante das questões econômicas mais cruciais.

Neste resumo, você vai aprender


• Qual setor constitui 1% da população
• Quem faz parte do grupo restante
• Como tem evoluído a disparidade da riqueza
• O que podemos fazer a respeito

Ideias Fun​
da​
men​
tais
• Desde os anos 1980, os super­ricos que representam 1% da população estão
se tornando cada vez mais ricos.
• As 400 pessoas mais ricas dos EUA possuem juntas mais do que os 150
milhões de americanos mais pobres.
• A de​
si​
gual​
dade econômica cresceu quando este 1% mudou as regras
econômicas para favorecer a si mesmo em detrimento dos outros 99%.
• Nas empresas e em Wall Street, os aliados deste 1% exercem uma influência
política tremenda.
• A de​
si​
gual​
dade econômica corrompe a política, polui o meio ambiente e
condena milhões a problemas de saúde ou doenças.
• His​to​
ri​
ca​
mente, a maior parte dos americanos não tinha res​
sen​ti​
mento dos
ricos e acreditava que qualquer um poderia alcançar a riqueza através do
trabalho duro.
• A crise econômica de 2008 colocou abaixo essa crença.
• Como resultado da Era Dourada (1890­1929), pro​ gres​
sistas americanos
instituíram a reforma, tributaram os ricos e defenderam os interesses das
pessoas comuns.
• Um reforma cor​ re​
ta​
mente im​ ple​
men​
tada pode minimizar a disparidade da
riqueza e res​
ta​
be​
lecer a igualdade.
• Sociedades que promovam a igualdade econômica desfrutam de um
crescimento econômico sustentado.

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Resumo
“A de​
si​
gual​
dade está Os ricos cada vez mais ricos
destruindo o mundo.” Na  década  de  1980,  o  então  presidente  dos  EUA  Ronald  Reagan  implementou
reduções fiscais subs​tan​ ciais para os ricos. Desde então, os 1% mais ricos têm se
tornado  ainda  mais  ricos.  Ao  mesmo  tempo  em  que  os  outros  99%  perderam
fôlego, incluindo a classe média.

De  1983  a  2009,  este  1%  obteve  mais  de  40%  de  todos  os  ganhos.  A  riqueza
combinada dos 400 mais ricos nos EUA (a Forbes 400) é maior do que a fortuna
combinada de 150 milhões de norte­ame​ ri​
canos. A riqueza total do 1% mais rico é
de  US  $  42,7  trilhões,  mais  do  que  o  valor  agregado  de  três  bilhões  das  pessoas
“Em 2010, 25 das 100 mais pobres do mundo. Esse 1% adultera de cinco maneiras o sistema econômico
maiores empresas norte­ para continuar sempre ganhando:
ame​ri​
canas pagaram
aos seus CEOs mais do 1.  Influência  política  –  Os  políticos  servem  àqueles  que  contribuem  mais
que pagaram em para as campanhas políticas. O 1% é um doador generoso.
impostos nos Estados 2.  Influência no terceiro setor – Parte do grupo do 1% faz doações a or​ ga​
­
Unidos.” ni​
za​
ções  isentas  de  impostos  que  realizam  lobby  para  promover  os  seus
interesses.
3.  Influência na mídia – O 1% é dono de um grande segmento dos meios de
comunicação  e  o  utilizam  para  promover  o  ponto  de  vista  dos  seus
membros.
4.  Alavancando  as  redes  de  re​ la​
ci​
o​
na​mento  –  Os  super­ricos  sabem
como  aproveitar  conexões  e  coordenar  atividades  para  obter  o  máximo
efeito político e social.

“Hoje em dia, o segredo 5.  Parceria com Wall Street – As corporações apoiam think tanks e grupos


de como obter muita re​
pre​sen​
tantes  (por  exemplo,  a  Câmara  de  Comércio  dos  EUA)  para
riqueza nesta economia influenciar aqueles que decidem as regras econômicas.
é partindo da própria
riqueza.” Entre  2001  e  2010,  os  EUA  emprestaram  mais  de  US  $  1  trilhão  para  garantir
grandes cortes de impostos a pessoas que ganham mais de US $ 250.000 por ano.
Já  existia  de​
si​
gual​dade  da  riqueza  antes  de  2001,  mas  a  maior  parte  dos
americanos  a  tolerava  por  acreditar  que  todos  poderiam  enriquecer  através  do
trabalho  duro.  O  colapso  econômico  de  2008  mudou  essa  crença,  minando  a  fé
existente de que a pros​ pe​ri​
dade poderia bater à porta de qualquer pessoa.

Questões de de​ si​
gual​
dade econômica
Considere estas questões relativas à de​
si​
gual​
dade econômica:
“À medida que a riqueza
se concentra nas mãos • A  de​si​
gual​ dade  importa  para  você  –  A  de​ si​
gual​
dade  econômica
de 1%, estas pessoas ameaça o meio ambiente, habitação, lazer, sociedade, democracia e es​ co​
la​
ri​
­
utilizam o seu poder zação  dos  seus  filhos,  bem  como  a  saúde  dos  menos  favorecidos.  Quanto
para fraudar as regras menos  dinheiro  você  tiver,  é  mais  provável  que  você  venha  a  sofrer  de
em seu benefício. Isto doenças  cardíacas,  asma,  distúrbios  psi​co​
ló​gicos,  câncer  e  outras  doenças
leva a uma espiral de​
vas​
ta​doras.
descendente na • A  economia  está  em  uma  “espiral  letal  da  de​ si​gual​dade”  –  À
qualidade de vida dos medida que a riqueza e o poder do 1% cresce, a qualidade de vida piora pro​
­
outros 99% menos gres​
si​
va​
mente  para  todo  o  resto.  Por  exemplo,  conforme  os  ricos
afortunados.”
abandonam as escolas públicas, deixam de investir na educação, levando a
“um círculo vicioso de cortes e falta de apoio”.
• 99  a  1  é  um  insight  poderoso  para  compreender  este  momento
histórico  –  Esta  metáfora  ilustra  a  enorme  disparidade  na  sociedade
americana.
• Algumas pessoas são res​ pon​sá​
veis pela de​ si​
gual​dade excessiva –
Um pequeno grupo de super­ricos poderosos trabalha para mudar as regras
políticas  e  econômicas,  favorecendo  os  que  investem  na  especulação  em
detrimento dos as​ sa​
la​
ri​
ados.
“Dentro do grupo do 1%
estão algumas pessoas • O  1%  não  é  estático  –  Alguns  membros  do  1%  querem  uma  sociedade
que dedicaram as suas justa. Alguns dos 99% votam contra os seus próprios interesses e aumentam
vidas à construção de a de​
si​
gual​
dade.
um mundo melhor para • As  empresas  e  os  negócios  não  são  estáticos  –  Muitas  grandes
os 100%.” corporações  utilizam  a  “a  máquina  da  de​
si​
gual​
dade  de  Wall  Street”  para
influenciar  os  políticos  visando  favorecer  os  ricos  e  poderosos.  Essas
empresas  querem  que  a  sociedade  pague  pelos  seus  custos,  por  exemplo,
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através da moeda da degradação ambiental. Essas empresas reduzem a sua
força  de  trabalho  à  medida  que  extraem  riqueza  das  comunidades  locais.
Contanto  que  os  seus  lucros  aumentem,  elas  não  se  preocupam  com  os
efeitos  econômicos  nocivos  das  suas  ações.  Em  con​ tra​
par​
tida,  muitas
pequenas empresas, parte dos 99%, investem fortemente no bem­estar dos
seus co​la​
bo​ra​
dores, clientes e comunidades.
“A decisão da Suprema
Corte em favor da • A  de​
si​
gual​ dade  é  reversível  –  Os  americanos  enfrentaram  um  período
organização Citizens semelhante de crescente de​ si​
gual​
dade durante a Era Dourada (1890 ­ 1929).
United (2010) acabou Com  os  líderes  certos  e  políticos  pro​
gres​
sistas  que  re​
pre​
sen​tavam  os
distorcendo as coisas, interesses  do  povo,  os  EUA  inverteram  as  de​si​
gual​
dades  dos  salários  e
dando às corporações riqueza. Isso pode ser repetido.
direitos de ‘liberdade de
expressão’ maiores para A de​si​
gual​ dade crescente
que usassem a sua
Durante  décadas,  os  EUA  vêm  realizando  um  experimento  in​ vo​lun​tário  para
riqueza e poder com o
determinar exatamente quanta de​ si​
gual​dade uma sociedade é capaz de suportar.
objetivo de mudar as
regras da economia.” Desde  os  anos  1980,  o  1%  mais  rico  da  população,  em  particular  os  super­ricos,
cerca de 10% desse grupo, acumulou uma quantidade im​ pres​
si​
o​
nante de riqueza.
Uma tendência semelhante foi observada globalmente durante o mesmo período.
Esta  vasta  trans​fe​
rência  de  riqueza  é  um  evento  criado  pelo  homem  e  não  o
produto dos ciclos econômicos. Um segmento deste 1%, em parceria com os seus
aliados  de  Wall  Street  e  das  grandes  corporações,  mudou  as  regras  econômicas,
societárias e fiscais para favorecer quem possuísse ativos financeiros. A decisão da
Suprema Corte em prol do grupo Citizens United, de​ ter​
mi​
nando que não haveria
limites  quanto  ao  valor  gasto  pelas  empresas  em  campanhas  políticas,  é  apenas
um exemplo.
“Desde os anos 1970,
quanto maior a renda e Os americanos ignoraram essa disparidade crescente. Porém hoje, dois terços dos
a riqueza de alguém, americanos  acreditam  que  a  riqueza  deveria  ser  distribuída  de  forma  mais
mais as regras da equitativa, que as grandes empresas devem pagar impostos de forma mais justa e
economia tendem a seu que  o  governo  deveria  tributar  os  super­ricos  com  mais  rigor.  O  movimento
favor.” Occupy Wall Street e sua mensagem “Nós Somos os 99%”, defende com fervor tais
mudanças.  Pesquisas  também  indicam  que  a  maior  parte  dos americanos  deseja
uma  sociedade  mais  justa,  que  ofereça  opor​ tu​
ni​
dades  decentes  para  todos
melhorarem de vida. Os 99% desejam o seguinte:

• Mais tempo para o que é importante – As famílias precisam trabalhar
hoje mais horas do que trabalhavam no passado para cobrir as despesas.
• Segurança econômica mínima – A rede de segurança social deve incluir
“assistência  de  saúde,  habitação  e  transporte  acessíveis,  apo​
sen​
ta​
doria  e
“A maioria dos rendimento mínimo garantido”.
economistas traçou • Educação  de  qualidade  –  Todas  as  crianças  devem  ter  acesso  a  uma
paralelos entre as educação infantil de qualidade e escolas primárias e secundárias fortes. As
vésperas da Grande
faculdades devem ser acessíveis ou gratuitas para todos.
Depressão de 1929 e a
crise econômica de • Ajuda para os de​ sem​ pre​
gados – Com o desemprego em cerca de 9%, o
2008.” governo deveria instituir programas para colocar as pessoas para trabalhar.
No entanto, o Congresso bloqueia con​sis​
ten​
te​
mente tais esforços.
• Eliminação da pobreza – Como a disparidade indica, a pobreza continua
a aumentar.

Corporações “feitas para saquear”
Muitas  grandes  corporações  mul​ ti​
na​ci​
o​
nais  empregam  várias  táticas  para
explorar  cada  vez  mais  a  de​ si​
gual​
dade.  É  comum  essas  empresas  descartarem
fun​ ci​
o​
ná​ rios,  garantirem  subsídios  go​ ver​na​
men​ tais  e  promoverem  lobby  a  favor
“O sistema de offshore de re​ gu​la​
men​ ta​
ções que promovam os direitos das corporações acima dos direitos
dá vantagem às dos  fun​ ci​
o​ná​rios.  Algumas  empresas  pressionam  por  padrões  ineficazes.  Elas
corporações dedicam tempo e recursos fiscais para controlar a mídia. Elas fogem dos impostos
sonegadoras globais do o  máximo  que  podem,  ao  passo  em  que  se  beneficiam  diretamente  das  rodovias
grupo do 1%, forçando in​te​
res​ta​duais  e  outros  serviços  públicos  essenciais  que  o  governo  financia.  Elas
as empresas nacionais
influenciam  as  regras  relativas  ao  in​ ves​
ti​
mento  global.  Muitos  benefícios
dos 99% a competirem
atualmente revertem em favor de es​ pe​cu​la​
dores financeiros que não acrescentam
em uma situação de de​ ­
valor tangível à economia.
si​
gual​dade.”

Os custos da de​ si​
gual​ dade
A  de​
si​gual​
dade  afeta  todo  o  corpo  político.  Em  termos  práticos,  você  não
consegue chegar ao Senado dos EUA a menos que consiga levantar cerca de US $
15.000 por dia para cobrir as suas despesas de campanha. A maneira mais fácil de
juntar  esse  dinheiro  é  batendo  à  porta  do  1%  super­rico,  o  qual  exige  que  você
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atenda  aos  interesses  do  grupo.  Orientações  estas  que  vão  entrar  em  choque
direto com os interesses dos outros 99%. Para assegurar a anuência do Congresso,
“Como as empresas re​
pre​
sen​tantes  do  grupo  do  1%  contratam  um  vasto  exército  de  lobistas  bem
menores investem nas remunerados: 22 lobistas para cada um dos 535 membros do Congresso.
suas comunidades, elas
tendem a se concentrar A  de​si​
gual​dade  torna  as  pessoas  doentes  fisicamente  e  as  mantém  assim.  Ela
na pros​pe​
ri​
dade com​
­ devasta  comunidades.  Bairros  de  classes  sociais  mistas  estão  cada  vez  mais
par​
ti​
lhada de longo escassos. Hoje, muitas pessoas ricas nos EUA vivem em condomínios fechados e
prazo.” vigiados, como fazem os ricos nos países no​ to​
ri​
a​
mente polarizados, como Brasil e
México. A de​ si​
gual​
dade também compromete os serviços públicos. Como os ricos
pagam menos impostos, há menos dinheiro do governo disponível para moradias
populares, saúde pública e outros serviços vitais para os que enfrentam problemas
financeiros.  A  de​si​
gual​dade  também  sufoca  a  mobilidade  social.  Alguns  norte­
ame​ ri​
canos, em especial os ricos, já há muito tempo sustentam que qualquer um
pode alcançar o sucesso financeiro nos EUA, ao contrário da maioria dos outros
países,  onde  a  es​
tra​
ti​
fi​
cação  social  é,  te​
o​
ri​
ca​
mente,  mais  enraizada.  De  acordo
com esta crença bastante popular no passado, para prosperar basta ter dedicação,
trabalho  duro  e  força  de  vontade.  Na  verdade,  os  EUA  atualmente  oferecem
“A de​
si​
gual​ dade é uma
força pe​ri​
go​sa​
mente de​
­ menos mobilidade financeira do que os países europeus, Canadá e outros países
ses​
ta​
bi​
li​
za​dora.” in​
dus​ tri​
a​
li​
zados.

Paralelos entre a Grande Depressão e a Grande Recessão
A última vez que existiu uma grande diferença entre os super­ricos e todo o resto
foi em 1929, o que resultou na Grande Depressão. A de​ si​
gual​ dade da riqueza foi
também  uma  das  causas  da  crise  econômica  de  2008.  Desde  os  anos  1980,  os
salários  dos  americanos  estão  estagnados,  enquanto  os  ricos  se  tornam  sempre
mais ricos. As famílias dos 99% vêm compensando a falta dos aumentos salariais
lançando  os  seus  membros  no  mercado  de  trabalho  cada  vez  mais  cedo.  Para
manter o seu estilo de vida, os tra​ ba​
lha​dores partiram em massa para o crédito.
“Se os 99% se con​ si​
de​
­
Com  menos  dinheiro  disponível,  as  suas  poupanças  encolheram.  Lançaram  mão
rassem um grupo de
de  uma  segunda  hipoteca  para  financiar  aquilo  que  os  salários  já  não  cobriam.
interesse e uma força
política, o resultado Nos  anos  1980,  a  corrida  às  compras  dava  a  entender  que  a  economia  dos  EUA
poderia ter enormes estivaria sólida. Mas o consumo dependia em boa parte do crédito.
implicações para o
Em 2008, com a escassez do crédito, os 99% já não podiam comprar aquilo que
futuro da nossa
economia e da sociedade ne​ces​si​
tavam.  As  vendas  despencaram  em  todos  os  setores.  A  manufatura
em geral.” desacelerou. As empresas demitiram tra​ ba​lha​dores. Ao mesmo tempo, es​ pe​cu​
la​
­
dores  do  grupo  do  1%  apostaram  alto  a  sua  vasta  riqueza,  investindo  em  “hedge
funds, derivativos e swaps de crédito”, bem como pacotes de hipotecas subprime.
Eles esperavam alcançar retornos massivos (10% a 15%) sobre as suas aplicações.
In​
fe​liz​
mente, essas ações não apoiavam de forma alguma a economia ou a in​ fra​
es​
­
tru​tura nacional. Assim, a bolha acabou estourando.

Em  comparação,  de  1947  a  1977,  quando  os  impostos  eram  mais  altos  sobre  os
ricos  e  o  governo  federal  adotou  políticas  que  be​
ne​
fi​
ci​
avam  a  classe  média,  o
crescimento do emprego foi robusto, os salários eram justos e a economia sólida.
“Temos que construir Isto não deveria ser uma surpresa. Pesquisas do Fundo Monetário In​ ter​
na​
ci​
onal
uma economia que indicam  que  as  sociedades  cujas  classes  são  mais  equi​li​
bradas  fi​
nan​
cei​
ra​
mente
funcione para os 100% e ex​pe​
ri​
mentam maior crescimento econômico, por períodos mais longos.
não para 1%.”
Como dar a volta por cima
Três tipos principais de mudança podem tornar a economia americana mais justa:

1.  Elevar  o  patamar  –  Aumentando  o  salário  mínimo  e  for​


ta​
le​
cendo  os
serviços de saúde.
2.  Nivelar  o  jogo  –  Forçando  a  reforma  do  fi​
nan​
ci​
a​
mento  das  campanhas,
gastando mais em educação e instituindo regras justas que protejam os tra​ ­
ba​
lha​
dores e o meio ambiente.
Os americanos “vão 3.  De​mo​ cra​tizar  a  riqueza  e  o  poder  –  Aumentando  os  impostos  para  o
tolerar a pobreza, a
1%,  reduzindo  os  salários  dos  CEOs  e  fechando  brechas  fiscais  das
servidão e a barbárie,
empresas;  iniciando  reformas  cor​ po​
ra​
tivas,  de​
ter​
mi​nantes  para  mudanças
mas não vão suportar a
aris​
to​
cracia.” (Alexis de sig​
ni​
fi​
ca​
tivas;  reformando  o  sistema  fiscal  para  evitar  que  as  corporações
Tocqueville) façam  con​ tri​
bui​ções  políticas;  inserindo  acionistas  mi​ no​ri​tá​
rios  nos
conselhos das empresas; e criando um estatuto corporativo federal.

Os  99%  têm  uma  grande  opor​ tu​


ni​
dade  nas  mãos  de  reduzir  a  de​ si​gual​
dade
econômica.  São  inúmeros  os  indivíduos  socialmente  res​ pon​ sá​
veis  do  1%  que
agora  vêm  se  aliando  aos  99%.  Muitos  líderes,  incluindo  o  presidente  Barack
Obama,  querem  fazer  com  que  a  opinião  pública  se  oponha  à  de​ si​
gual​
dade
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28/09/2016 99 contra 1 Resumo| Chuck Collins | PDF Download

econômica. Os 99% não podem ficar sentados. As sociedades in​ dus​
tri​
a​
li​
zadas não
podem continuar dando passos para trás. Cada cidadão deve assumir a res​ pon​sa​
­
bi​
li​
dade de reduzir essa de​
si​
gual​
dade. As pessoas devem se envolver no processo
político e aprender mais sobre os efeitos da de​
si​
gual​
dade econômica.

Sobre o autor
Chuck  Collins  é  autor  e  coautor  de  vários  livros  sobre  a  de​
si​
gual​
dade  econômica,  incluindo  Economic
Apartheid in America com Felice Yeskel e Our Com​ monwe​ alth com Bill Gates Sr.

Este resumo é de uso exclusivo de Joao Estevam (joao.el@hotmail.com)

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