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Extensa evidência
Eu gostaria de referir igualmente a extensa evidência no NT dos
chamados dons milagrosos entre os cristãos que não são
apóstolos. Em outras palavras, muitos homens e mulheres não-
apostólicos, jovens e velhos, por toda a extensão do Império
Romano consistentemente exerceram esses dons do Espírito (e
Estevão e Filipe ministraram no poder de sinais e maravilhas).
Outros que não eram apóstolos mas exerceram dons milagrosos
incluem (1) os 70 que foram enviados em Lucas 10.9, 19-20; (2)
pelo menos 108 pessoas entre os 120 que estavam reunidos no
cenáculo no dia de Pentecostes; (3) Estevão (Atos 6-7); (4) Filipe
(Atos 8); (5) Ananias (Atos 9); (6) os membros da igreja em
Antioquia (Atos 13); (7) convertidos anônimos em Éfeso (Atos 19.6);
(8) As mulheres em Cesareia (Atos 21.8-9); (9) os irmãos sem
nome de Gálatas 3.5; (10) os crentes em Roma (Romanos 12.6-8);
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(11) crentes de Corinto (1Coríntios 12-14).; e (12) os cristãos de
Tessalônica (1Tessalonicenses 5.19-20).
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com Paulo, Pedro, Silas, Lídia, Priscila e Lucas, membros do
mesmo corpo de Cristo.
Testemunho consistente
Ao contrário da crença popular, há um testemunho consistente ao
longo da história da Igreja a respeito da operação dos dons
miraculosos do Espírito. Não sucedeu simplesmente que os dons
tenham cessado ou desaparecido da vida da igreja primitiva após a
morte do último apóstolo. O espaço não me permite citar a
evidência massiva a este respeito, pelo que lhes recomendo quatro
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artigos que escrevi com extensa documentação (ver “Spiritual Gifts
in Church History” [Dons espirituais ao longo da história da Igreja]).
Os cessacionistas argumentam frequentemente que sinais e
maravilhas bem como certos dons espirituais serviram apenas para
confirmar ou autenticar o original grupo de apóstolos e que, quando
esses apóstolos morreram, logo cessaram também os dons. O fato
é que nenhum texto bíblico (nem mesmo Hebreus 2.4 ou 2Coríntios
12.12) alguma vez nos diz que sinais e maravilhas e dons
espirituais de um tipo particular serviram para autenticar os
apóstolos. Sinais e maravilhas autenticaram Jesus e também a
mensagem apostólica sobre ele. Se esses sinais e maravilhas
foram concebidos exclusivamente para autenticar apóstolos, então
não temos qualquer explicação em relação a que crentes não-
apostólicos (como Filipe e Estevão) tenham sido capacitados para
os realizar (ver especialmente 1Coríntios 12.8-10, onde o “dom” de
“milagres”, entre outros, foi dado a crentes não-apostólicos,
normais).
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Mateus 15.29-31); evangelísticas (para preparar o caminho para
que o evangelho fosse conhecido: veja Atos 9.32-
43); pastorais (como uma expressão de compaixão, amor e cuidado
com as ovelhas: Mateus 14.14; Marcos 1.40-41); e edificantes (para
edificar e fortalecer os crentes: 1Coríntios 12:7 e o “bem comum”,
1Coríntios 14.3-5, 26).
Todos os dons do Espírito, fossem línguas ou ensino, profecia ou
misericórdia, cura ou ajuda, foram dados (entre outros motivos)
para a edificação, construção, incentivo, instrução, consolo e
santificação do corpo de Cristo. Portanto, mesmo se o ministério de
autenticar e atestar os dons miraculosos tivesse cessado, um ponto
que concedo apenas para prosseguir o raciocínio, tais dons
continuariam a funcionar na igreja pelos outros motivos citados.
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Também ouvimos o apelo cessacionista a Efésios 2.20, como se
esse texto descrevesse todos os possíveis ministérios proféticos. O
argumento é que dons de revelação como a profecia foram
exclusivamente associados aos apóstolos e, portanto, projetados
para funcionar apenas durante o chamado período de fundação na
igreja primitiva. Dirijo-me de forma profunda a este ponto de vista
fundamentalmente equivocado aqui. Um exame atento às
evidências bíblicas a respeito tanto à natureza do dom profético
quanto à sua distribuição generalizada entre os cristãos, indica que
havia algo muito superior nesse dom ao simples capacitar os
apóstolos para estabelecer os alicerces da igreja. Portanto, nem a
morte dos apóstolos nem o movimento da igreja após os seus anos
de fundação tem qualquer influência sobre a validade do dom de
profecia hoje. Também se ouve muitas vezes o chamado
argumento conjunto, segundo o qual os fenômenos sobrenaturais e
miraculosos foram supostamente concentrados ou agrupados em
períodos únicos na história da redenção. Eu já abordei esse
argumento noutro lugar e demonstrei que é completamente falso.
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quando isolada do texto bíblico, pouco prova. Mas a experiência
deve ser levada em consideração, especialmente se ela ilustra ou
encarna o que vemos na Palavra de Deus.
Não estou escrevendo sobre esse assunto por ter a resposta final
acerca dos dons espirituais, uma vez que a matéria é difícil e
mesmo cristãos que amam a Deus e a Bíblia têm diferentes
posições sobre o assunto. Os leitores devem saber que Sam
Storms e eu somos amigos. Nós nos amamos, mesmo discordando
em uma questão que é secundária ou terciária, e ao mesmo tempo
defendemos a importância da verdade. Ao longo dos anos eu me
convenci de que alguns dos chamados dons carismáticos não são
mais dados à igreja e já não fazem mais parte da vida regular da
igreja. Estou falando particularmente dos dons de apostolado,
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profecia, línguas, cura e milagres (e talvez de discernimento de
espíritos).
Por que alguém pensaria que alguns dos dons cessaram? Meu
argumento é de que tal entendimento se encaixa melhor com a
Escritura e com a experiência. A Escritura tem prioridade sobre a
experiência, pois ela é a autoridade final, mas a Escritura também
deve se correlacionar com a vida, e as nossas experiências devem
nos levar a refletir se nós lemos a Bíblia corretamente. Nenhum de
nós lê a Bíblia em um vácuo, e, portanto, precisamos voltar para as
Escrituras repetidamente para garantir que as lemos fielmente.
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Alguns protestam dizendo que a minha compreensão é imprecisa
uma vez que havia centenas e milhares de profecias nos tempos do
NT que não foram canonizadas. Esta objeção não convence, pois o
mesmo é verdade para o AT. A maioria das profecias de Elias ou de
Eliseu nunca foram escritas ou canonizadas. Podemos pensar
também nos 100 profetas poupados por Obadias (1Reis 18.04).
Aparentemente nenhuma das suas profecias foi canonizada. No
entanto, as profecias eram completamente verdadeiras e sem erro
algum. De outro modo eles não teriam sido profetas (Deuteronômio
18.15-22). O mesmo princípio se aplica para as profecias dos
profetas do NT. Suas palavras não foram registradas, mas se eles
foram realmente profetas, suas palavras eram infalíveis.
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Eu acredito que o que está acontecendo nos círculos carismáticos
atualmente a respeito das línguas é semelhante ao que vimos
acontecer com a profecia. O dom foi redefinido para incluir uma
espécie de vocalização livre, e então as pessoas afirmam ter o dom
descrito nas Escrituras. Ao fazer isso eles redefinem o dom para
acomodar sua experiência contemporânea. Isso significa que as
línguas contemporâneas são demoníacas, então? Acho que não.
Concordo com J. I. Packer que diz que a experiência é mais uma
forma de relaxamento psicológico.
Milagres e curas
O que podemos falar sobre milagres e curas? Em primeiro lugar, eu
acredito que hoje Deus ainda cura e realiza milagres, e que
devemos orar por isso. As Escrituras não são tão claras sobre esse
assunto, de forma que esse dom poderia ainda existir. Ainda assim,
a principal função desses dons era credenciar a mensagem do
evangelho, confirmando que Jesus era tanto Senhor quanto Cristo.
Eu duvido que o dom de milagres e curas ainda exista, por que não
é evidente que homens e mulheres em nossas igrejas possuam tais
dons. Certamente Deus pode curar e cura, às vezes, mas onde
estão as pessoas com esses dons? Supostos milagres e curas
devem ser verificados, assim como o povo verificou a cura do cego
em João 9. Há uma espécie de ceticismo biblicamente justificado.
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