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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO


MESTRADO EM EDUCAÇÃO

Componente Curricular: Metodologia de Pesquisa (1º/2020)


Professores Responsáveis:
Daniel Ovigli
Lúcio Álvaro Marques
Verônica Klepka
Aluna: Tássia de Melo Borges – Matrícula: 2020.1074.7
Semestre/Ano Letivo: 1º/2020
Trabalho apresentado: Resenha Crítica
A construção do saber: manual de pesquisa em ciências humanas.
Capítulo 1 – O nascimento do saber científico
Capítulo 2 – A pesquisa científica hoje
Christian Laville e Jean Dionne
Esta resenha objetiva comentar sobre como o ser humano enfrenta a
necessidade de dispor do saber e como construí-lo por si só. Mostrar as
diversas maneiras antes de chegar ao que hoje é julgado como o mais eficaz: a
pesquisa cientifica. Apresenta os antigos meios de conhecer que ainda
coexistem com o método científico. Mostraremos esses modos de aquisição do
saber, o aparecimento do modo científico, no contexto do aparecimento da
ciência moderna. Apontaremos também, a perspectiva positivista de supor os
fatos humanos como os da natureza, fatos observados sem ideias
preconcebidas; fatos que devem ser submetidos a experimentação, para que
se possa determinar sua ou suas causas, para assim, tomar uma medida
precisa das modificações causadas pela experimentação, para tirar
explicações. Na oportunidade mostrar os limites que esse modelo metodológico
na ciência humana, trazendo um colapso do positivismo e uma da ciência e de
seu procedimento de constituição dos saberes.
A intuição, que é a percepção imediata sem necessidade da manifestação do
raciocínio, é a base do saber espontâneo, ou seja, “um saber desse modo
construído e aceito assim que uma primeira compreensão vem à mente”
(LAVILLE, C; DIONE, J. 1999, p.18). A tradição é transmissão de um saber que
parece suficiente e útil, porém, as vezes não se baseiam em nenhum dado de
experiência racionalizada, muitas vezes é transmitida por autoridades. O ser
humano sentiu a vulnerabilidade do saber fundamentado na intuição e na
tradição, desenvolvendo uma vontade de saber mais e de dispor de
conhecimentos metodicamente elaborados e mais confiáveis. A trajetória da
concepção do saber racional foi longa, começou pelos filósofos gregos, que
desenvolveram os instrumentos da lógica. Passou pela Idade Média, cuja
reflexão filosófica dominada pela religião é reencontrada. O Renascimento, por
sua vez marca uma brilhante renovação nas artes e nas letras, mas não
conhece o domínio do saber científico. Somente no século XIX é que a ciência
triunfa. Ciência e tecnologia encontram-se tendo assim aplicações práticas. “A
pesquisa fundamental, cujo objetivo e conhecer pelo próprio conhecimento, e
acompanhada pela pesquisa aplicada, a qual visa a resolver problemas
concretos.” (LAVILLE, C; DIONE, J. 1999, p. 25). Desenvolvendo uma
concepção da construção do saber científico nomeada positivismo, cujas
principais características são o empirismo, a objetividade, a experimentação, a
validade e as leis e previsão. Porém quando se trata de ciências humanas os
objetos de estudos são diferentes, pois os fatos humanos são mais complexos
que os fatos da natureza. As ciências humanas que hoje conhecemos nascem
na última parte do século XIX e se desenvolvem nas primeiras décadas do
século XX. Vimos, as noções de observação, de experimentação, a definição
do papel do pesquisador, a ambição de definir leis e a perspectiva determinista,
especialmente, afinam-se com a natureza do objeto de pesquisa: o homem em
sociedade. As ciências naturais e as ciências humanas encontram-se, na
definição desses modos, e pode-se dizer hoje que, em seus procedimentos
fundamentais, partilham essencialmente as mesmas preocupações: centrar a
pesquisa na compreensão de problemas específicos; assegurar, pelo método
de pesquisa, a validade da compreensão; superar as barreiras que poderiam
atrapalhar a compreensão. Compreender o problema no âmbito social, a fim de
eventualmente contribuir para sua solução. Um saber que pousa sobre a
interpretação não propicia um procedimento experimental e quantificador nem
a reprodutibilidade, ainda que isso não seja excluído. E esse princípio de
objetivação que fundamenta a regra da prova e define a objetividade. Podendo
afirmar que a objetividade repousa sobre a objetivação da subjetividade. As
ciências humanas, como as ciências em geral, distanciaram-se um pouco em
relação a perspectiva positivista e determinaram o encaminhamento principal
de seu método de constituição do saber. Primeiramente encontra-se o
problema a ser resolvido, daí o pesquisador faz supor uma explicação racional
da situação a ser compreendida ou aperfeiçoada: a hipótese. Mesmo sabendo
que nem sempre sua hipótese é única e possível, ele retém a que lhe parece
melhor e suficiente para avançar na solução do seu problema. O pesquisador
estará cauteloso para a divulgação das condições dessa conclusão, para sua
objetivação, dizendo as limitações do problema e explicando o porquê de sua
hipótese é legítima, além do processo de verificação utilizado e justificado.
Assim, cada indivíduo poderá julgar os saberes produzidos e sua credibilidade.
“Essa operação de objetivação, como a concentração em um problema, está
hoje no centro do método científico.” (LAVILLE, C; DIONE, J. 1999, p. 46)
Visto o exposto, o filme “O Óleo de Lorenzo” entra em concomitância com os
saberes e o método de pesquisa. O filme retrata um menino diagnosticado com
doença rara, degenerativa, incurável que leva a morte em, no máximo dois
anos. O médico especialista possuía a autoridade em seu campo de saber e
competência científica. Os pais vão a um especialista, que submete Lorenzo a
tratamentos invasivos e radicais, sem qualquer resultado, podemos afirmar que
esse tratamento era uma hipótese. Como um problema pode ter várias
hipóteses, os pais de Lorenzo começam uma grande pesquisa com o intuito de
salvar a vida do seu filho, nesta busca identificam um tipo de óleo, que
consegue fazer com que o nível de gordura fique estagnado. Isso seria o
procedimento experimental, porém seus pais não têm poder legitimado pois
não pertenciam à comunidade científica.

Referências
LAVILLE, C; DIONNE, J. A construção do saber: manual de pesquisa em
ciências humanas. Porto Alegre: Editora Artes Médicas. Belo Horizonte,
1999. (Capítulo 1 – O nascimento do saber científico)

LAVILLE, C; DIONNE, J. A construção do saber: manual de pesquisa em


ciências humanas. Porto Alegre: Editora Artes Médicas. Belo Horizonte,
1999. (Capítulo 2 – A pesquisa científica hoje)

O óleo de Lorenzo. Dirigido por George Miller. Estados Unidos: Universal


Pictures, 1992. 135 minutos.

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