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AVALIAÇÃO DO GALPÃO CONVENCIONAL E DARK HOUSE NA PRODUÇÃO

DE FRANGO DE CORTE

Rodrigo Modesto da Silva¹*Aline Giampietro Ganeco¹


1
Faculdade de tecnologia de Taquaritinga
*
E-mail: rodrigo.ms110@gmail.com

Área Temática: Agropecuária, Meio-Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

RESUMO
A avicultura de corte brasileira investe em inovações tecnológicas, buscando novos
conceitos de sistemas de produção de frango de corte. Um dos seus principais desafios é o
controle do ambiente no aviário por meio das instalações que podem variar de acordo com os
equipamentos nos galpões. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão de
literatura para avaliar o desempenho produtivo na criação em galpões de frango de corte. O
setor ganha uma ferramenta importante na produção de frangos de corte, o galpão dark house,
apesar de custos mais elevados na produção, atende muito bem os resultados zootécnicos.

Palavras-Chave: Avicultura. Conversão Alimentar. Instalações. Mortalidade

ABSTRACT
Brazilian poultry production invests in technological innovations, seeking new concepts of
broiler production systems. One of their main challenges is controlling the environment in the
aviary through the facilities may vary according to the equipment in the sheds. Thus, the
objective of this study was to perform a literature review to evaluate the performance in the
creation in broiler sheds. The sector gained an important tool in the production of broilers,
the shed dark house, despite higher costs in production, serves very well the zootechnical
results.
Key Words: Equipment. Food conversion. Installations. Poultry Science.

1. INTRODUÇÃO

Um dos setores que mais cresce nas últimas décadas entre as atividades agropecuárias
voltadas para a produção animal é a avicultura. O setor no Brasil destaca-se com a evolução
constante da genética, nutrição, instalações e manejo do campo, além do abate e
processamento da indústria avícola.
Na produção mundial de carne de frango, o Brasil ocupa posição de destaque no cenário
internacional. Atualmente assumiu a posição de segundo maior produtor de carne de frango,
com 13,13 milhões toneladas do produto, ficando somente atrás dos Estados Unidos da
América com 17.254 mil toneladas. O Brasil superou a China em 2015, com a produção
mensal da carne de frango de corte aumentando, dessa forma, finalizou o ano de 2015 na
segunda posição em volume de produção (ABPA, 2016). Os estados que mais contribuem

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para esse crescimento são Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo, sendo que
os principais fornecedores de grãos está na região Centro-Oeste (MAPA, 2016).
Enquadra-se um dos complexos industriais que contribui com o aumento na geração de
empregos nas diversas áreas envolventes do setor. Dessa forma, a avicultura brasileira
emprega mais de 3,6 milhões de pessoas, seja direta e indiretamente, correspondendo com
quase 1,5% do produto interno Bruto (PIB).
O cenário atual da avicultura favorável deve-se a conquista na cadeia de produção
controlada e com isso, ganhos zootécnicos no melhoramento genético e da nutrição com
novos desafios para manter a competitividade e a aumento na produção (TINÔCO, 2001
Apud OLIVEIRA, 2016). A genética vem buscando ao longo dos anos, animais cada vez mais
pesados, com convenções alimentares melhores e tempo de alojamento menor nas linhagens
(SILVA 2002 apud CAVICHIOLI et al, 2014).
Para o sistema de produção de frango de corte, GLATZ e PYM, (2007apud
CARVALHO, 2014) relata que uma moderna avicultura utiliza galpões e equipamentos onde
é possível controlar a ambiência. Porém, esses galpões necessitam um alto investimento para
a construção e mão de obra qualificada no setor para operar o aviário. Nas instalações de
frango de corte, galpões de alojamento dos animais, eram com as extremidades abertas,
ventilação natural, comedouros e bebedouros manuais e atualmente começaram a ser
substituídas por instalações mais arrojadas, com ambientes controláveis por meio de
equipamentos mais modernos de ventiladores, nebulizadores, comedouros e bebedouros
automáticos, além dá facilidade de controlar a temperatura por meio de monitoramento
eletrônico com registro computadorizado (COSTA et al., 2010 apud CARVALHO, 2014).
Diante do avanço tecnológico no sistema de produção de frangos de corte, o objetivo
deste trabalho foi realizar uma revisão de literatura para avaliar o desempenho produtivo na
criação em galpões convencionais e os galpões dark house.

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 GALPÃO CONVENCIONAL

Segundo ABREU (2011) o sistema convencional possui comedouro tubular, bebedouro


pendular ou nipple, não possui sistema de controle artificial da temperatura e o
condicionamento térmico é natural. Para este sistema, os galpões possuem ventiladores em
pressão positiva, podendo ou não possuir forro e com cortina de ráfia amarela, azul ou branca.
Para garantir um bom local aonde será implantada a instalação deve se analisar o clima
da região e o local aonde será implantada a atividade avícola. Assim é possível projetar um
aviário com características construtivas capazes de minimizar os efeitos do clima sobre as
aves. Uma das características primaria a serem consideradas na concepção do avario são:
localização orientação, dimensões, pé direito, beirais, telhado, lanternim, fechamentos,
sombreiros, são características a serem consideradas em um aviário e outras que permitam o
condicionamento térmico natural (ABREU e ABREU, 2011).
Segundo NAAS, (2007 apud ABREU, 2011) ressalta que, á verdade é que grande
maioria das nossas instalações abertas usam ventilações e nebulizações que permite melhores
condições de alojamento do que aquelas em clima totalmente fechadas, com grande
concentração de gases e poeiras.

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2.2 GALPÃO DARK HOUSE

Dark house “casa escura em inglês”, é um sistema de origem americano de criação de


aves que vem crescendo no Brasil, principalmente nas regiões sul e sudeste, em busca de
melhor desempenho. Começou a ser utilizado na avicultura norte americana na década de 80,
o sistema aumenta a eficiência de convenção alimentar, reduz a taxa de mortalidade e o tempo
de alojamento ( COLUSSI, 2014).
Um sistema que melhora o conforto térmico do animal, sem que eles se estresem não se
agitem ou se machuquem (ABAPA 2016). Nesse sistema permite a regulagem de
temperatura, da luz e a utilização de uma maior concentração de aves por metro quadrado. No
sistema dark house, as aves são criadas com luminosidade controlada, fazendo com fiquem
mais calmas trazendo um resultado zootécnico e maior retorno financeiro a empresa e o
produtor (GALLO, 2009).
O sistema tornou-se uma tendência, apesar de apresentar um custo na construção 10%
maior do que o convencional, mas pode compensar em termos de produtividade, com maior
lucro para o produtor pois quanto melhor a convenção alimentar (CA), melhor será o lucro do
produtor e da empresa integrada (COLUSSI, 2014).
Segundo COLUSSI (2014) uma das limitações do sistema é a qualidade da energia,
fundamental para o funcionamento correto dos equipamentos, exige ainda gerador, para que
não ocorram eventuais falhas de funcionamento de energia e dispositivos de segurança em
caso de emergência. Outro ponto também é a concentração da amônia que é produzida pelas
excretas das aves, sendo fundamental a troca de ar para evitar o sufocamento das aves, com
alta densidade de animais no galpão.
Existem críticas quanto ao bem estar dos animais devido ao alto número de aves
alojadas por metro quadrado, isto pode interferir no comportamento natural das aves,
provocar um estresse e produzir a carne mais pálida por falta de estímulos em razão da
ausência de luz solar (COLUSI, 2014).
Segundo GALLO (2009) o sistema dark house traz uma series de benefícios, ela
permite a condução de lotes com iluminação controlada, maior densidade de aves por m² de
galpão, mantendo as aves mais calmas, evitando que as aves se machuquem, tento um
controle do ambiente do inicio ao final do galpão, conversão alimentar e é claro um retorno
financeiro á empresa e produtor.
SANTOS FILHO et al. (1998) argumenta na introdução novas tecnologias para
melhorar o ambiente e o manejo na criação de frango de corte, visando a economia e a
redução de custo, promove aumento no tamanho das criações em função da elevada densidade
de aves por aviário.

2.3 DADOS PRODUTIVOS DE FRANGOS DE CORTE CRIADOS EM GALPÕES


CONVENCIONAIS E DARK HOUSE

Segundo OLIVEIRA e GAI (2016), em estudo realizado no município de


Toledo/Paraná, foram alojadas em doze aviários dark house 187.200 aves e 187.200 aves em
doze galpões convencionais, situados na mesma região para não ter influência do manejo,
clima, nutrição e linhagem. Avaliaram a conversão alimentar (CA) e a mortalidade dos
animais nos dois galpões, no sistema dark house a conversão alimentar (CA) apresentou
menores valores (1,614) que o convencional (1,716), isso representa uma economia de 0,102
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kg de ração para produzir 1 kg de carne em relação ao convencional com mesma proporção de
aves alojadas em galpões dark house. Um resultado bem significativo, pois nessa propriedade
o lote consumiu 19.094kg de ração à menos nos aviários com galpões no sistema dark house,
que convertido em carne é equivalente a 11.830 kg ou 4.302 frangos e mais entregues com
mesmo volume consumido pelo sistema convencional. Quanto à mortalidade o galpão dark
house mostrou um percentual 1,11% inferior ao sistema convencional, isso permite um
controle preciso do ambiente no interior do aviário, que oferece um ambiente mais
confortável.
CAVICHIOLI et al. (2014) em estudo da avaliação do desempenho de produção de
frango de corte criados em sistema convencional e dark house na cidade de Cascavel/PR com
tempo de produção dos galpões convencionais foi entre 40 a 50 dias, já o dak house foi de 42
a 45 dias, o consumo de ração (CR) do convencional foi apresentado 81,80, já o dark house
72,77, a taxa de mortalidade (TM), o galpão convencional presentou uma porcentagem de
4%, e o dark house 3%, 1% de diferença em relação. A conversão alimentar (CA) do
convencional apresentou um resultado 1,8 e o dark house 1,6, o que mostra um desempenho
zootécnico superior nos galpões dark house (CAVICHIOLI et al., 2014).
Segundo GALLO (2009), os números apurados entre as integradoras do Brasil e de
outros países, mostra que o sistema dark house é viável em tecnologia e economicamente. E
que o mercado avícola nos levará a buscar cada vez mais novos índices de desempenho e
custo. E não somete para a integradora, mas também para o integrado, devido ao seu
desempenho e aumento de produção, mais qualidade, mais rentável a todos.
As semelhanças entre os dois sistemas relatados, convencional e dark house, que
possuem o mesmo projeto de construção, são aviários gigantes, com estruturas que podem
alcançar até 150 a 155 metros de comprimento e com 30 a 32 metros de largura. Em ambos os
sistemas, deve-se maior atenção ao dimensionamento de equipamento, principalmente os
ventiladores (ABREU e ABREU, 2011).
Além do manejo operacional padrão, tanto convencional como dark house, é importante
criar um programa de capacitação para pessoas responsáveis em cuidar do manejo das aves, é
um dos pilares chaves no processo de produção de frango de corte. O fator humano também é
crucial para que lote atinja um desempenho esperado. Estimular o consumo de ração é outra
prática de manejo importantíssima, dela depende especialmente para o desenvolvimento das
aves, convertendo em alimento o digerido e em nutrientes que precisa para manter o
crescimento e produção. Grande parte do aumento da produtividade avícola vem através da
genética que adota critérios de produtividade, como rendimento de carcaça, cortes e qualidade
de carcaça da carne. Sabemos que cada linhagem responde de uma maneira diferente em
manejo, instalações ou desafios sanitários, os resultados podem variar de uma linhagem para
outra sendo fundamental avaliar minuciosamente a relação custo beneficio da linhagem
(ARRUDA, 2013).

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se que o sistema dark house mostra um desempenho superior ao sistema


convencional em termos de ambiência, instalações, conversão alimentar (CA), consumo de
ração (CR), tempo de criação e taxa de mortalidade, e que seu investimento é viável e tem
retorno à integradora e o integrado. Um das semelhanças que a entre um galpão e o outro são
os locais aonde serão instalados os aviários e as linhagem comercias. Mas há alguns pontos
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que o galpão dark house deve-se maior atenção, como concentração da amônia que é
produzida pelas excretas das aves e alta densidade de animais no galpão, que pode prejudicar
o bem estar. Diante dessa pesquisa o setor avícola ganha uma ferramenta importante na
produção de frangos de corte, o galpão dark house, apesar de custos mais elevados na
produção, atende muito bem os resultados zootécnicos esperados em ganho de peso, consumo
de ração e taxa de mortalidade.

4. REFERÊNCIAS

ABPA. Associação Brasileira de Proteína Animal. Disponível em:<http://abpa-


br.com.br/setores/avicultura/resumo>. Acesso em: 26 jul. 2016.
ABREU, V. ABREU, P. Os desafios ambiência sobre os sistemas de aves no Brasil. Revista
Brasileira de Zootecnia, Santa Catarina, v.40, p.1-14, 2011.
ARRUDA, J. N. T. Desempenho produtivo, rendimento de carcaça e bem-estar animal em
frangos de corte de diferentes linhagens e densidades de alojamento. 2013. 86 p. Dissertação
(Mestrado) – Universidade tecnologia federal do Paraná. Programa de pós-graduação em
zootecnia. Dois vizinhos.
CARVALHO, R. H. Influencia de diferentes modelos de instalações do frango de corte e
ambiência de luz pré-abate sobre o bem estar animal e qualidade de carne. 2012. 124 p.
Dissertação (Mestrado) – Universidade tecnologia federal do Paraná, Programa de Pós-
Graduação em Tecnologia de Alimentos, Londrina.
CAVICHIOLI, C. et al. Avaliação do desempenho de produção de frango de corte criados em
sistema convencional e dark house. In: VII Mostra interna de trabalhos de iniciação cientifica,
2014. UNICESUMAR – Centro Universitários de Maringá. Disponível em:<
www.cesumar.br/prppge/pesquisa/mostras/sete_mostra/carina_cavichioli.pdf>
GALLO, B.B. Dark House: manejo x desempenho frente ao sistema tradicional. In:
SIMPÓSIO BRASIL SUL DE AVICULTURA, 10, 2009, Chapecó, SC. Anais do X Simpósio
Brasil Sul de Avicultura e I Brasil Sul Poultry Fair. Concórdia: Embrapa Suínos e Aves, 2009,
140p.
MAPA. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Disponível em:<
www.agricultura.gov.br/animal/especies/aves>. Acesso em: 30 mar. 2016.
OLIVEIRA, L.; GAI, V. Desempenho de frango de corte em aviários convencional e aviários
dark house. Revista cultivando o saber, Assis, v. 9, p. 93-101, jan./mar. 2016.
SANTOS FILHO, J. I. et al. Aspectos econômicos e viabilidade da criação de frangos no
sistema convencional e automatizado. 1998. P In: Simpósio internacional sobre ambiência e
sistemas de produção.

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