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combinação de íonsUniversidade de São Paulo

Escola de Engenharia de Lorena – EEL


Colégio Técnico de Lorena – “Prof. Nelson Pesciotta”
COTEL

ANÁLISE QUÍMICA II

Preparação e aferição de
soluções padrão por
neutralização

Nielsen Marcondes Fonseca Júnior


Felipe Portugal Mendes
Pedro Augusto Ramos Pinto

Orientador: Prof. Msc. Mateus Gomes

LORENA – SP
30/03/2017
Nielsen Marcondes Fonseca Júnior
Pedro Augusto Ramos Pinto
Felipe Portugal Mendes

Preparação e aferição de
soluções padrão por
neutralização
Trabalho apresentado ao Colégio
Técnico de Química da Universidade de
São Paulo como requisito parcial para a
conclusão da disciplina de Análise II.

Orientador: Prof. Msc. Mateus Gomes

LORENA – SP
Março de 2017

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1. Assunto:

Preparação e aferição de soluções padrão por neutralização.

2. Objetivo:

Preparar soluções de ácido clorídrico, hidróxido de sódio e carbonato de


sódio a fim de aferir os padrões secundários, ácido clorídrico e hidróxido de
sódio, de concentração real desconhecida, através dos métodos titulométricos
quantitativo inverso, utilizando o carbonato de sódio como padrão primário e
direto, em que se usa o conhecimento da concentração do ácido clorídrico para
a padronização do hidróxido de sódio.

3. Introdução:

3.1. Análise Quantitativa:

Análise quantitativa é o estudo de métodos para separação e


determinação da quantia de um componente em uma mistura ou solução.
Diferente de uma análise qualitativa, onde o objetivo é determinar a
natureza do composto em uma amostra, a química quantitativa se baseia em
determinar a concentração, a massa ou o peso molar da amostra em estudo,
chamada de analito. Para isso normalmente usa-se de reações químicas
conhecidas e bem compreendidas, onde um dos reagentes é o analito. Pode-se
empregar então diversos instrumentos para determinação das quantidades
gastas durante as reações, normalmente usando-se relações molares já
conhecidas. Dois processos de análise são amplamente utilizados em
laboratórios atualmente, sendo eles a gravimetria e a titrimetria. Com o avanço
tecnológico na fabricação de instrumentos de pesagem e as atuais balanças
analiticas com altos graus de precisão, a gravimetria constitui um dos métodos
mais precisos em análise quantitativa, sendo, no entanto, mais demorada e
complexa em comparação a titulações, que embora menos exatas em seus
resultados finais, são mais convenientes e facilmente automatizadas, sendo
muito empregadas em análises de rotina em laboratorios e industrias.

3.2. Análise Titrimétrica:

A análise titrimétrica refere-se à análise química quantitativa feita pela


determinação do volume de uma solução cuja concentração é conhecida com
exatidão, necessário para reagir quantitativamente com um volume determinado
da solução que contém a substância a ser analisada.

Esse método pode ser considerado de fácil execução, visto que, necessita
de vidrarias calibradas relativamente simples para a medição de volumes, como
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pipetas, balões volumétricos e buretas. Também são requeridas substâncias de
pureza conhecida, bem como indicadores visuais para detecção do ponto final
da reação.

Em titrimetria convenciona-se chamar a solução de concentração


conhecida e que é adicionada pela bureta, de titulante, e a solução, cuja
concentração se deseja determinar, e titulado. O momento exato onde a titulação
é finalizada é denominado de ponto final teórico, ou ponto estequiométrico, visto
que na maioria das vezes este não corresponde ao ponto final calculado
matematicamente.

Com a finalidade de permitir a visualização deste ponto final faz-se uso de


indicadores, que no caso das titulações de neutralização devem ter sua cor
alterada devido ás suas modificações estruturais.

3.2.1. Classificação das reações na Análise Titrimétrica:

As reações empregadas na análise titrimétrica incluem-se em quatro


grupos principais:

• Reações de neutralização, ou acidimetria e alcalimetria: Incluem a


titulação de bases livres, ou de bases formadas pela hidrólise de sais de
ácidos fracos, por uma solução padrão de ácido (acidimetria) e a titulação
de ácidos livres, ou de ácidos formados pela hidrólise de sais de bases
fracas, por uma base padrão (alcalimetria). As reações envolvem a
combinação dos íons hidrogênio e hidróxido para formar água.

• Reações de formação de complexo: São reações que dependem da


combinação de íons, diversos dos íons hidrogênio e hidróxico, que
formam um íon ou um composto, levemente dissociado.

• Reações de precipitação: Dependem da combinação de íons para


formar um precipitado simples, como na titulação do íon prata com uma
solução de cloreto. Não há alteração do estado de oxidação.

• Reações de oxidação-redução: Baseam-se nos processos em que há


transferência de elétrons, isto é, nas reações de oxirredução. As soluções
padrões ou são agentes oxidantes ou agentes redutores.

As três primeiras classes não envolvem alteração do estado de oxidação,


pois dependem da combinação de íons. A quarta classe, porém, de reações de
oxidação-redução, envolve a modificação do estado de oxidação, ou, falando de
outra forma, envolve a transferência de elétrons.

3.2.2. Métodos volumétricos:

Os métodos volumétricos podem ser classificados em:


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• Diretos: É o mais comum, em que a solução padrão (com concentração
conhecida) é colocada na bureta e é adicionada ao titulado (com
concentração desconhecida) no Erlenmeyer.

Ex: NaOH + HCl  NaCl + H2O


• Indiretos: Consiste em colocar a solução padrão (com concentração
conhecida) no Erlermeyer e a titulada (com concentração desconhecida) na
bureta, para dessa forma evitar possíveis erros de titulação.

Ex: Na2CO3 + HCl  NaCl + HCO3-

3.3. Titrimetia por Neutralização:

A titrimetria de neutralização compreende os métodos baseados na


reação de neutralização:

H3O+ + OH- ↔ 2H2O


Com soluções padrões ácidos podem ser determinadas substâncias
alcalinas. Com soluções padrões alcalinas são determinadas substâncias
ácidas. Tem-se assim, duas variantes da titrimetria de neutralização: a
acidimetria e a alcalimetria.
Tanto na acidimetria como na alcalimetria, o ponto estequiométrico
coincide com o ponto de neutralidade (pH = 7), sempre que a reação se processa
entre ácidos e bases fortes. Nos demais casos, a hidrólise faz com que o ponto
estequiométrico se situe na região ácida ou alcalina. São as condições do
equilíbrio, em cada caso particular, que determinam o valor do pH em que se
situa o aludido ponto.
O conhecimento do valor do pH em que se situa o ponto estequiométrico
e da maneira como varia o pH no curso da titulação é de fundamental importância
para o estudo do problema de identificação do ponto final. Comumente, o ponto
final nas titulações da titrimetria de neutralização é acusado mediante o emprego
de indicadores de pH.
Numa titulação é necessário conhecer com grande exatidão a
concentração de uma das soluções envolvidas (titulado ou titulante). Entretanto,
algumas soluções frequentemente usadas em titulação, como por exemplo, a de
NaOH e de HCl, não podem ser preparadas com concentração exata. Assim
sendo, prepara-se uma solução de concentração aproximada e a concentração
exata é determinada pelo emprego de um padrão primário na forma de uma
solução cuja concentração seja conhecida. Essa operação é denominada
padronização da solução. Indicadores de neutralização

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3.3.1 Indicadores de neutralização:

O objetivo de se titular uma solução alcalina, por exemplo, com solução


padrão de um ácido é determinar a quantidade de ácido que é o exato
equivalente químico da quantidade de base presente. O ponto em que isto ocorre
é o ponto de equivalência, ou ponto estequiométrico ou ponto final teórico, a
solução aquosa resultante da titulação contém o sal correspondente. Numa
titulação real, o ponto de equivalência será caracterizado por um valor definido
da concentração de íons hidrogênio na solução, e este valor depende da
natureza do ácido, da natureza da base e da concentração da solução.
Um grande número de substâncias, denominadas indicadores de
neutralização, ou indicadores ácido-base, mudam de cor conforme a
concetração de íon hidrogênio na solução. A principal característica destes
indicadores é a de mudança de uma cor predominantemente “ácida” para uma
cor predominantemente “alcalina” não ocorrer subita e abruptamente, mas
realizar-se num pequeno intervalo de pH (usualmente em cerca de duas
unidades de pH), que é o intervalo de mudança de cor (zona de viragem) do
indicador. A posição da zona de viragem, na escala de pH, varia muito em função
dos diferentes indicadores. Para a maioria das titulações ácido-base é possível
escolher um indicador que exibe uma modificação de cor perceptível num pH
próximo ao correspondente do ponto de equivalência.

3.4. Substâncias e Soluções Padrão:

Substâncias padrões de trabalho são aquelas que apresentam um grau


de pureza em torno de 100% com erro entre 0,05; são conhecidas pela sigla P.A.
que significa: para análise.

3.4.1. Substâncias padrão primário:

São consideradas substâncias padrão primário somente aquelas que


satisfazem os seguintes requisitos:

• As substâncias devem ser de fácil obtenção, purificação, dessecação e


conservação.
• As impurezas devem ser facilmente identificáveis em ensaios qualitativos
conhecidos.
• O teor de impurezas não deve ser superior a 0,01 - 0,02%. A substância
não deve ser higroscópica ou eflorescente.
• A substância deve possuir elevado Kps, de modo a formar uma solução
perfeita.
• A substância deve possuir elevado peso molecular.

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• A substância deve ser sólida.

O número de substâncias padrão primário existente é relativamente pequeno.


As principais são: Na2CO3, Na2B4O7, NaCl, AgNO3, KSCN, Na2C2O4, K2Cr2O7,
ácido benzóico, ácido oxálico.

3.4.2. Substâncias padrão secundário:

São consideradas padrão secundário aquelas cujo conteúdo de


substância ativa foi estabelecido por comparação com uma substância padrão
primário. Podem ser usadas para padronização.

3.5. Soluções padrões:

São consideradas soluções padrão aquelas que possuem concentração


exatamente conhecido. É desejável que a concentração das soluções de
trabalho possa ser determinada com erro inferior a 0,1%. A preparação de uma
solução requer, direta ou indiretamente, o uso de um reagente quimicamente
puro e com composição perfeitamente definida. Quando o reagente com que se
tem de preparar a solução é uma substância padrão primário, recorre-se à
técnica direta, pesando uma fração definida ou medindo seu volume para
dissolução, normalmente em solvente universal. A solução assim obtida é uma
solução padrão primário. Quando o reagente não é disponível em sua forma mais
pura, como no caso da maioria dos hidróxidos alcalinos, alguns ácidos
inorgânicos e várias substâncias deliquescentes; recorre-se à técnica indireta,
que consiste em preparar inicialmente uma solução com concentração próxima
à desejada e após, padronizá-la, isto é, determinar sua concentração exata em
relação a um padrão primário adequado. A solução assim obtida será então
denominada padrão secundário. As soluções padrões devem ser conservadas
de maneira a manterem-se inalteradas suas concentrações, tanto quanto
possível. Alas não devem ser conservadas nos balões volumétricos usados na
sua preparação. Os frascos utilizados para conservar soluções padrões devem
ter sidos perfeitamente limpos e não devem ser expostos à luz direta. Em
nenhum caso deve fazer-se retornar ao frasco original sobras de soluções
padrões utilizadas nas práticas laboratoriais.

3.6. Ácido Clorídrico (HCl):

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O Ácido clorídrico, HCl, é um ácido inorgânico forte, seu pKa é de -6,3.
Isso significa que, em solução, o H+ dele é facilmente ionizável ficando livre na
solução, fazendo com que o pH desta seja muito baixo. Sua aparência é de um
líquido incolor ou levemente amarelado. Altamente higroscópico, ou seja,
absorve água da atmosfera, por isso o frasco deve permanecer bem vedado para
não variar a sua concentração. Outro motivo pra que o frasco permaneça
fechado é que, em altas concentrações, o ácido exala vapores altamente
irritantes para os olhos e nariz. Sua obtenção pode ser feita de duas maneias:
aquecimento a altas temperaturas do gás hidrogênio com o gás cloro, formando
o HCl em sua forma pura. Ou então com a mistura de ácido sulfúrico (H2SO4)
com cloreto de sódio (NaCl) formando o dito ácido e sulfato de sódio (Na2SO4).
Em indústrias e laboratórios, o ácido clorídrico pode ser utilizado para:

• Hidrólise ácida de madeiras;


• Limpeza de equipamentos, chamada também de decapagem, que é a
remoção das camadas de metal oxidado;
• Utilizado como catalisador em reações orgânicas que precisam ser
realizadas em pH baixo;
• Produção de cloretos metálicos;
• Acidificação de poços de petróleo.
• Regeneração de resina de troca iônica, ele retira os íons trocados retidos na
resina, deixando-a pronta para nova utilização.

3.7. Carbonato de Sódio (Na2CO3):

O Carbonato de sódio (Na2CO3) é um sal branco e translúcido. Ele


endurece e se agrega quando exposto ao ar devido à formação de hidratos, pode
ser produzido por cristalização adequada de seus depósitos naturais (trona;
natro; ranksita; pirsonita e gailussita). O carbonato de sódio é usado em
fotografia, em limpezas, no controle do pH da água, no tratamento têxtil, como
aditivo alimentar, na fabricação de vidros, sabão, tintas, papel, corantes e no
tratamento da água de piscinas. Pode ser obtido na natureza ou artificialmente.
No método Leblanc, a reação do sal comum com o ácido sulfúrico é:

2NaCl + H2SO4  Na2SO4 + HCl

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A reação do Na2SO4 com calcário e carvão:

Na2SO4 + CaCO3 + 3C  Na2CO3 + CaS + 2CO2

Tal método foi substituído pelo método de Ernest Solvay que tornou o sal
mais barato e sem tantos problemas como o anterior. O carbonato de sódio é
também conhecido como barrilha ou soda, e sua principal aplicação é na
fabricação de vidro comum, veja o processo:

Barrilha + Calcário + Areia  Vidro

Os três componentes acima quando passam pelo processo de fusão originam o


vidro.

3.8. Hidróxido de Sódio (NaOH):

O hidróxido de sódio (NaOH), também conhecido como soda cáustica, é


um hidróxido cáustico usado na indústria (principalmente como uma base
química) na fabricação de papel, tecidos, detergentes, alimentos e biodiesel.
Também usado para desobstruir encanamentos e sumidouros pelo fato de ser
corrosivo.
É produzido por eletrólise de uma solução aquosa de cloreto de sódio
(salmoura).
É utilizado em reações químicas por sua alta reatividade. Exemplos: em
degradações, onde é usado para preparar alcanos a fim de diminuir a quantidade
de carbono na cadeia. Usado também, juntamente com o óxido de cálcio (CaO),
para diminuir a reatividade e prevenir a corrosão dos tubos de ensaio.

3.9. Aferição:

Comparação entre os valores gerados por um padrão de referência e o


valor efetivamente medido pelo instrumento sob análise.
Para a análise química em questão a aferição consiste num processo de
determinação preciso do fator de correção.

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4. Titulação:

A titulação é um processo físico para determinação da concentração em


valores específicos de uma substância desconhecida podendo ser esta de
natureza ácida ou alcalino-básica. Quando a substancia de concentração
desconhecida é um ácido usamos uma base de concentração conhecida para
determinar a concentração do ácido e vice-versa.

4.1. Ponto de Viragem:

Mudança visível no meio reacional (função do indicador).

4.2. Ponto de Equivalência:

Quando toda a amostra reagir quantitativamente com a solução padrão. É o


ponto final, refere-se ao momento em que o titulado muda de cor, e que o titulado
reagiu completamente com o titulando.

4.3. Indicador:

Substância adicionada (orgânico), um dos reagentes (natural) ou produto


da reação que acusa o ponto final da titulação, através de uma mudança de
coloração, aparecimento de precipitado ou turvação, outros. A indicação pode
ser:
• Emprego de substâncias ditas indicadoras;
• Indicação natural (sem utilizar indicadores externos);
• Por meio de instrumentos

5. Materiais:

• Béquer de Vidro com capacidade de 600 mL;


• Béquer de Vidro com capacidade de 50 mL;
• Bico de Bunsen;
• Tripé de Ferro com Tela com Amianto;
• Pinça Tenaz;
• Pissete Plástico de Polietileno;
• Bastão de Vidro;

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• Espátula de porcelana;
• Vidro de Relógio;
• Pipeta Volumétrica com capacidade de 25,0 mL;
• Balão Volumétrico com capacidade de 100,0 mL;
• Proveta Graduada com capacidade de 25,00 mL;
• Erlenmeyer com capacidade de 250,0 mL;
• Garrafa plástica com capacidade de 510 mL.

5.1. Reagentes:

• Sólido de carbonato de sódio - Na2CO3 99,5% m/m


• Solução concentrada de ácido clorídrico - HCl 37% m/m e d=1,19 kg/L
• Sólido de hidróxido de sódio - NaOH 97% m/m
• Indicador fenolftaleina
• Indicador vermelho de metila

6. Metodologia:

6.1.1. Solução de Na2CO3 0,1 eq/L:

Em um béquer de 50 mL pesou-se, em balança semi-analítica, 1,3320 g


(previamente calculado) do sólido de carbonato de sódio para o preparo de uma
solução de 0,1 eq/L. Posteriormente, dissolveu-se totalmente o sal pesado com
água destilada e o líquido foi transferido quantitativamente, para não haver perda
de massa, para um balão volumétrico de 250,0 mL.

6.1.2. Solução de HCl 0,1 eq/L:

Utilizando-se uma pipeta graduada de 10,00 mL e um béquer como


recipiente mediu-se um volume de HCl concentrado na capela e posteriormente
realizou-se a diluição adicionando o ácido sobre uma quantidade previamente
medida de água. Agitou-se para a total homogeneização da solução.

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6.1.3. Solução de NaOH 0,1 eq/L:

Em um béquer de 50 mL pesou-se, em balança semi-analítica, 0,8667 g


(previamente calculado) do sólido de hidróxido de sódio para o preparo de uma
solução de 0,1 eq/L. Posteriormente, dissolveu-se totalmente o sal pesado com
água destilada e com a ajuda de um bastão de vidro. O líquido resultante
transferido para um béquer de capacidade 400 mL e completado com água em
qsp 400 mL.

6.2. Aferições:

6.2.1. Solução de HCl – 0,1 eq/L

Após a rinsagem da pipeta volumétrica com a solução padrão, transferiu-


se quantitativamente 25,00 mL do padrão para um erlenmeyer de 250 mL. Em
seguida, adicionou-se ao mesmo recipiente 25 mL de água destilada e 7 gotas
do indicador vermelho de metila. Após prévia lavagem e devida rinsagem da
bureta (água destilada e solução ácida), completou-se o volume com solução de
HCl, iniciou-se a titulação.

A titulação aconteceu com agitação constante até a mudança de


coloração de amarelo, passando pelo laranja, até o rosa salmão. Em seguida
aqueceu-se a solução à ebulição por um minuto, e caso retornasse a coloração
laranja o recipiente era resfriado e o processo de titulação retomado. A titulação
acabou quando, após o aquecimento, não houve mudança de coloração na
substância.

6.2.2. Aferição do Padrão Secundário de NaOH:

A partir da solução preparada de NaOH mediu-se 25,00 mL com pipeta


volumétrica, após rinsagem com a solução, e transferiu-se para um erlenmeyer
de 250 mL. Em seguida, adicionou-se ao mesmo recipiente 25 mL de água
destilada, medida em uma proveta, e 4 gotas do indicador fenolftaleína. Após o
preenchimento e a rinsagem da bureta com a solução de HCl e água destilada a
titulação se deu com agitação constante até a mudança de coloração da
substância no erlenmeyer, de róseo para incolor.

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7. Resultados:

7.1. Determinação da massa de Carbonato de Sódio (Na2CO3):

𝑚 𝑚
𝑁= → 0,1 = → 𝑚 = 1,325𝑔
𝐸 .𝑉 53 . 0,25

1,325g  99,5% m/m

X  100% m/m

X = 1,3317g

7.2. Determinação do volume de ácido clorídrico (HCI):

𝑚 𝑚
𝑁= → 0,1 = → 𝑚 = 1,46𝑔
𝐸 .𝑉 36,5 . 0,4

1,46g  37% m/m

X  100% m/m

X = 3,9459g

𝑚 3,9459
𝐷= → 1,19 = → 𝑉 = 3,3159 𝑚𝐿
𝑉 𝑉

𝑉𝑓 = 𝑉 . 0,05𝑉

𝑉𝑓 = 3,3159 + 0,1658 → 𝑉𝑓 = 3,4817 𝑚𝐿

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7.3. Determinação do fator 𝒇 e da Normalidade real da solução de HCl:

V1 = 18,70 mL
V2 = 19,00 mL
V3 = 18,90 mL
Vm = 18,87 mL

➢ Erro:

│18,70 – 18,87 │= │0,17│ 0,17 + 0,13 + 0,03 0,33


𝑥= =
│19,00 – 18,87 │= │0,13│ 3 3
│18,90 – 18,87 │= │0,03│ 𝑥 = 0,11

➢ Precisão:

100 . 0,11
𝑃= = 0,58%
18,87

➢ Fator de Correção:

• Normalidade do Carbonato de Sódio (Na2CO3):

𝑚 1,3320
𝑁= →𝑁= → 𝑁 = 0,1005 𝑒𝑞/𝐿
𝐸 .𝑉 53 . 0,25

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• Fator de correção:

𝑁𝑁𝑎2 𝐶𝑂3 . 𝑉 = 𝑁𝐻𝐶𝑙 . 𝑉𝑚 . 𝑓𝐻𝐶𝑙


0,1005 . 25 = 0,1 . 18,87 . 𝑓𝐻𝐶𝑙
2,5125 = 1,887 . 𝑓𝐻𝐶𝑙
𝑓𝐻𝐶𝑙 = 1,3315

• NReal :

𝑁𝑟 = 𝑁 . 𝑓𝐻𝐶𝑙
𝑁𝑟 = 0,1 . 1,3315
𝑁𝑟 = 0,13315 𝑒𝑞/𝐿

7.4. Determinação da massa de hidróxido de sódio (NaOH):

𝑚 𝑚
𝑁= → 0,1 = → 𝑚 = 0,8𝑔
𝐸 .𝑉 40 . 0,2

0,8g  97% m/m

X  105% m/m

X = 0,8659g

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7.5. Determinação do fator f da solução de NaOH:

V1 = 19,80 mL
V2 = 19,65 mL
V3 = 19,70 mL
Vm = 19,72 mL

➢ Erro:

│19,80 – 19,72│= │0,08│ 0,08 + 0,07 + 0,02 0,17


𝑥= =
│19,65 – 19,72│= │0,07│ 3 3
│19,70 – 19,72│= │0,02│ 𝑥 = 0,06

➢ Precisão:

100 . 0,06
𝑃= = 0,30%
19,72

➢ Fator de Correção:

𝑁 . 𝑉𝑚 . 𝑓𝐻𝐶𝑙 = 𝑁 . 𝑉. 𝑓𝑁𝑎𝑂𝐻
0,1331 . 19,72 . 1,3315 = 0,1 . 25 . 𝑓𝑁𝑎𝑂𝐻
3,4476 = 2,5 . 𝑓𝑁𝑎𝑂𝐻
3,4476
𝑓𝑁𝑎𝑂𝐻 =
2,5
𝑓𝑁𝑎𝑂𝐻 = 1,3790

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• NReal :
𝑁𝑟 = 𝑁 . 𝑓𝑁𝑎𝑂𝐻
𝑁𝑟 = 0,1379 𝑒𝑞/𝐿

7.6. Mecanismos de indicação:

• Solução de HCl – 0,1 eq/L:

Início: Na2CO3  Na2CO3


Durante: Na2CO3 + HCl  NaCl + Na2CO3 + CO2 + H2O (Amarelo)
P.E.: Na2CO3 + NaCl + H2O + HCl  NaCl + CO2 + H2O (Laranja)
Após P.E.: NaCl + H2O + HClexcl gt  NaCl + H2O + HCl (rosa avermelhado)

• Aferição do padrão secundário de NaOH:

Início: NaOH  NaOH (Róseo)


Durante: NaOH + HCl  NaOH + NaCl + H2O (Róseo)
P.E.: NaOH + NaCl + H2O + HCl  NaCl + H2O (Róseo)
Após P.E.: NaCl + H2O + HClexcl gt  NaCl + H2O + HCl(exc) (Incolor)

8. Discussões:

8.1. Indicadores ácido-base:

São substancias naturais ou sintéticas que ao entrarem em contato com


ácido ou base mudam de cor de acordo com o pH. Os indicadores geralmente
são ácidos ou bases fracas, que quando adicionados a uma solução se ligam
aos íons H+ ou OH- e mudam de cor, devido uma alteração em sua configuração
eletrônica.

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A fenoftaleina é um indicador bastante utilizado em titulações, esta se
mantém incolor em soluções ácidas e torna-se cor-de-rosa em soluções básicas.
A sua cor muda a valores de pH entre pH 8,2 e pH 9,8.

O vermelho de metila é um corante indicador de pH que se torna vermelho


em soluções ácidas com pH abaixo de 4,4 , amarelo em pH acima de 6,2 e
laranja entre estes valores.

A escolha do melhor indicador para cada tipo de titulação deve ser feita
com base na faixa de pH em que a substancia muda de cor. No caso das
titulações realizadas experimentalmente foi escolhido o indicador vermelho de
metila na neutralização do padrão carbonato de sódio pelo ácido clorídrico, pois
sendo esse ácido um componente forte o equilíbrio reacional terá um pH baixo,
e portanto será necessário o uso do vermelho de metila para indicar com
precisão o fim da reação. Já para a determinação do fator do hidróxido de sódio
(base forte) com padrão secundário de HCl foi utilizado o indicador fenolftaleína
pois o pH do sistema ao fim da reação se encontra dentro da faixa detectada por
essa substancia.

8.2. Processo inverso na aferição do Ácido Clorídrico com o Carbonato


de Sódio:

Durante o processo titulométrico haverá formação do composto


intermediário HCO3-, conhecido como ânion bicarbonato (de caráter anfótero).
Sendo assim, a titulação irá terminar quanto o CO2 for eliminado
quantitativamente.

Equação Geral: CO32- + H+ ↔ HCO3- + H+ ↔ H2O + CO2 ↑

Reação Intermediária: CO32- + H+ ↔ HCO3-

Reação Quantitativa: HCO3- + H+ ↔ H2O + CO2 ↑

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8.3. Precisão:

A aferição do Hidróxido de Sódio não foi precisa, este fato pode ser
atribuído a um possível erro na preparação da solução aferida, ou por
inexperiência do grupo levando ao erro durante o processo de titulação.

9. Conclusão:

Conclui-se através deste que em analítica quantitativa todas as etapas em


laboratório são importantes e devem ser feitas com atenção, desde o preparo
das soluções até a titulação em si. É importante ressaltar também a importância
dos indicadores ácido-base nas titulações de neutralização, pois são eles quem
indicam seu ponto final. Além disso, faz-se necessário mostrar que o fator de
correção do Hidróxido de Sódio ficou fora do limite estabelecido, a correta
operação dos processos em consequência poderá facilitar em cálculos mais
precisos e fatores mais próximos de 0,970000 – 1,350000, sendo assim preciso
o aperfeiçoamento por parte do grupo para evitar erros analíticos.

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10. Referências:

• http://www.infoescola.com/quimica/substancias-e-solucoes-padroes/
• http://www.infoescola.com/quimica/acido-cloridrico/
• http://www.brasilescola.com/quimica/carbonato-de-sodio.htm
• http://www.brasilescola.com/quimica/hidroxido-de-sodio.htm
• http://www.infoescola.com/quimica/titulacao/
• http://quimica12mp.no.sapo.pt/pdf/Deqacbase4.pdf
• http://pt.wikipedia.org/wiki/Fenolftale%C3%ADna
• http://www.infoescola.com/quimica/indicadores-de-ph/
• http://www.soq.com.br/conteudos/em/indicadores_acido_base/
• http://pt.wikipedia.org/wiki/Vermelho_de_metila

Acessados do dia 18 a 23 de março de 2017.

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