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Mussá Maria Cossa1

ATIVIDADE REFERENTE AO DIA 20.03.20202

1.Comente com suas palavras sobre os “métodos pré-teológicos de análise”.


Segundo Libânio, o método pré-teológico de análise é um trabalho simples, e sem
muitas pretensões teóricas, mas que habitua o aluno desde o início a ter um olhar crítico sobre
sua atividade pastoral sendo capaz de superar o ‘improvisionismo’ e o impressionismo. Este
método leva o aluno a observar criticamente o que acontece na sua pastoral. Ou seja, o
estudante é solicitado a aprender a VER, ser capaz de ter uma visão mediatizada sobretudo
por análises sociais e históricas, que lhe sejam acessíveis nesse estágio cultural (LIBÂNIO, p.
327). Para isso, o autor indica três tipos de análises as quais o estudante deverá toma-las como
base e ponto de partida no seu olhar crítico:

1.1 Análise estrutural dum caso:


O autor explica que esta análise, consiste em escolher um caso pastoral, uma cena
litúrgica, ou um evento de caráter eclesial a gosto do estudante. A partir dela, o estudante
procurará então elencar todos os principais elementos que entram em cena: atores, objetos,
movimentos, gestos, cantos, ritos, símbolos, palavras, ... “Num momento seguinte,
estruturam-se esses elementos, numa forma gráfica de desenho ou esquema, de modo que
apareçam as relações entre eles.” (LIBÂNIO, p. 327). Por último, faz-se uma análise de
poder, ou seja, de interesses políticos ou/e eclesiásticos do objeto em observação. É
importante notar que o autor destaca que dimensão ideológica como merecedora de uma
atenção especial, quer em relação aos aspectos corporativos eclesiásticos, quer em relação ao
todo da sociedade de conflitos em que vivemos.

1
Académico do III semestre [2020] do Curso de Teologia-Bacharelado, na Faculdade Palotina. E-mail:
mussa.cossa@yahoo.com / mussa.cossaa@gmail.com
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Resposta às questões enviadas como chave de reflexão para a disciplina de Estágio Pastoral I durante o período
de suspensão das aulas presenciais na FAPAS. Todas as respostas dadas nas duas questões foram extraídas na
base do artigo “Articulação entre Teologia e Pastoral”, da autoria do de J.B Libâneo. O trabalho foi
desenvolvido sob a orientação do Professor Salvador Leandro Barbosa. E-mail:salvadorleandro@hotmail.
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1.2 Análise histórica e sociológica


Este tipo de análise preocupa-se com os elementos históricos. Nela, o aluno procura
informar-se da origem dos grupos humanos predominantes na sua área de trabalho. Aqui, o
estudante terá de direcionar o seu foco nas origens das pessoas com as quais trabalha, o tipo
de religiosidade que praticam, ou quais os principais traços culturais do grupo humano
preponderante; as pessoas influentes na história da comunidade, e como elas atuaram ou ainda
atuam na vida social e religiosa do povo. Este trabalho pode ser feito a partir dos documentos
históricos, ou mesmo através das entrevistas com pessoas conhecedoras da história da
comunidade ou instituição.

1.3 Análise ideológica e/ou de esquemas mentais


Aqui, o aluno é chamado a concentrar sua atenção crítica nos aspectos mais
diretamente ideológicos ou de esquemas mentais. Ou seja, o aluno deverá perceber as
ideologias marcantes na vida da comunidade e a partir daí, fazer o levantamento dos
principais agentes ideológicos, a relação entre eles, as práticas que desenvolvem, e os efeitos
que produzem. Assim explica Libânio:
Nesse caso, num primeiro momento deve se fazer um levantamento dos
principais atores sociais do campo pastoral. Entende-se por ator social
aquelas pessoas que representam nas suas práticas sociais projetos
eclesiásticos e/ou políticos. Por isso, a análise deve tentar descobrir que papel
essas pessoas representam, que interesses defendem, que projeto eclesiástico
ou/e político possuem e levam a cabo (LIBÂNIO, p. 329).

No final da secção o autor recomenda a obra de ‘Maduro’ como um bom instrumento


para uma análise mais profunda e complexa do campo religioso sob o prisma da estrutura
dialética do conflito.

2. Para o autor, o que seria o “método teológico” aplicado à pastoral?


Para o autor o ‘método teológico’ é o método no qual o estudante deverá ouvir,
registrar pacientemente os dados teológicos que o povo tem, transmite, manifesta, ou revela
nas suas palavras, gestos, ações, ritos, símbolos. Também se torna importante anotar como
falam de Deus, de Cristo, de Nossa Senhora, das realidades religiosas e eclesiais. O autor
insiste que esta primeira faze é momento puramente descritivo, captativo, sem ainda aventar
interpretações. Este é o primeiro momento do método teológico.
O segundo momento consiste em sistematizar, organizar conceitualmente os elementos
que captamos do povo na forma religiosa própria dele. Depois, faz-se uma transposição em
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linguagem da academia. Codifica-se a informação anotada que de antemão era simples,


religiosa, desorganizada, com solecismos gramaticais ou teológicos.
O terceiro momento é o mais importante e é o núcleo central do método. Aqui
instaura-se o ciclo hermenêutico entre a Teologia que o aluno está aprendendo na academia, e
o conceito teológico do povo que ele mesmo sistematizara no momento anterior. No primeiro
instante dentro do ciclo hermenêutico, o acadêmico segundo Libânio, deverá discernir qual é a
percepção teológica profunda do povo que mereça ser ressaltada, valorizada, retida e que
outros elementos presentes nessa concepção teológica mereçam ser negados (dialeticamente)
no seu limite, nos aspectos ideológicos dominantes introjetados, na dimensão alienante, no
tributo pago a tradições superadas, a deformações culturais (LIBÂNIO, p. 331). No segundo
instante, o acadêmico deve também se questionar: “Que elementos, por sua vez, de nossa
concepção teológica se deixam criticar pela percepção popular naquilo que eles são positivos
e naquilo que pagam tributo a uma cultura dominante, elitista, redutora de muitos valores
tradicionais populares?” (LIBÂNIO, p. 331).
Como resultado deste ciclo hermenêutico, um novo posicionamento (teológico-
popular) renascerá, que não será nem o conceito teológico popular inicial nem o do aluno.
Referindo-se a este novo posicionamento, Libânio destaca:

Assim criamos realmente novos conceitos teológicos, novas interpretações da


Escritura, que de um lado correspondam a nossos estudos teológicos, doutro
são provocados pelo contacto pastoral. O positivo da concepção popular
obriga-nos a. ampliar nossa visão teológica. A nossa visão teológica, por sua
vez, ajuda a ampliar, a corrigir equívocos teológicos do povo. Este duplo
movimento é o específico dessa tarefa teologizante a partir da pastoral. Isso
não só vale de conceitos estritamente teológicos sistemáticos, mas também da
interpretação da Escritura, da revalorização de ritos litúrgicos, da
recompreensão de problemas morais, etc. (LIBÂNIO, p. 332).

Por último, o quarto momento é um momento de colocar em prática o novo trabalho


que é o fruto da colaboração da frente teológica académica e da frente teológica popular. É
um momento de verificação e aplicação de novas medidas de abordagem de interpretação e
vivencia da vida cristã. Nas palavras do autor, este momento “consiste em devolver às pessoas
com quem trabalhamos pastoralmente esse produto teológico, isto é, os novos conceitos
teológicos, as novas interpretações da Escritura, as novas compreensões de ritos litúrgicos,
que fizemos no momento anterior” (LIBÂNIO, p. 332).

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