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FABRICAÇÃO DO CIMENTO PORTLAND E CO-PROCESSAMENTO DE

RESÍDUOS INDUSTRIAIS NOS FORNOS DE PRODUÇÃO DE CIMENTO

Vista Geral da Jazida - Holcim (Brasil) S.A. - Unidade Fabril de Cantagalo-RJ


Reservas estimadas: 35,33 M de ton de calcário (45 anos de lavra)

1
Composição característica do minério

2
Desenho esquemático em perspectiva da unidade fabril

3
O Processo de Produção do Cimento Portland

Composição usual das matérias-primas


e da farinha para o cimento

Constituinte Calcário Argila Farinha

Percentagem em peso
SiO2 0,5 – 3 37 – 78 12 – 16
Al2O3 + TiO2 0,1 – 1 7 – 30 2–5
Fe2O3 + Mn2O3 0,1 – 0,5 2 – 15 Mais de 2

CaO 52 – 55 0,5 – 25 40 – 45

MgO 0,5 – 5 Mais de 5 0,3 – 3


SO3 Mais de 0,1 Mais de 3 Mais de 1,2
K2O Mais de 0,3 0,5 – 5 0,2 – 0,4
Na2O Mais de 0,1 0,1 – 0,3 Mais de 0,3
4
Fluxograma simplificado do processo de produção do cimento

Depósito de
Carvão
Britador

Carvão/Coque
Calcário Depósito Pré-aquecedor
Moinho de Carvão

Argila
Moinho de Cru
Óleo
Homogeneização

Resíduos
Silos de Cimento (Total 7 silos) Moinha
Resíduos

Gesso/Calcário

Separador
Clínquer

Depósito de Clínquer
Moagem de Cimento
... Escória

Ensacamento

CPII E 32 RODOVIÁRIO

Classe G
Carregamento

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O Processo de Produção do Cimento Portland

Geração de material particulado ou pó


•Direcionado para as chaminés e retido por coletores (ciclones,
filtros manga ou precipitadores eletrostáticos).
•Representa de 20 a 30% da produção ⇔ retorna ao forno como
matéria-prima.

Energia no processo de fabricação do cimento


•90%: energia térmica gerada pelo combustível (secagem,
aquecimento e calcinação das matérias-primas).
 20 e 25% dos custos de produção do cimento.
•10%: energia elétrica (moagem das matérias-primas: 25% e do
clínquer: 40%, e operações do forno e resfriador: 20%).
 50% dos custos. 6
O Processo de Produção do Cimento Portland
gás
farinha

Equipamentos do
Pré-aquecedor
sistema forno torres de pré-aquecimento de
4 estágios, co-corrente

Resfriador de clínquer (tipo grelha) Forno rotativo


mínima perda de calor através D = 4m, L= 60m
da carcaça do equipamento α = 3º

7
O Processo de Produção do Cimento Portland
As matérias-primas: calcário
argila e óxido de ferro são
alimentadas após uniformização

Os materiais são submetidos a altas


temperaturas para favorecer reações
químicas necessárias para a formação
do clínquer.
O clínquer é resfriado abruptamente para depois ser
misturado com gesso e outros materiais para ser moído,
formando o cimento

Temperatura de 1.450 oC
8
Temperatura de 2.000 oC
O Processo de Produção do Cimento Portland

Unidade fabril: em operação desde 1970


Produção atual: 650.000 ton/ano de cimento
Capacidade nominal: 1.200.000 ton/ano

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O Processo de Produção do Cimento Portland

Forno rotativo: D = 4m, L = 60m e α = 3º


Torres de pré-aquecimento de 4 estágios

10
O Processo de Produção do Cimento Portland

Resfriador de clínquer do tipo grelha

11
O Processo de Produção do Cimento Portland

Maçarico atual em operação no forno rotativo

12
O Processo de Produção do Cimento Portland

T< 700oC 700oC a 900oC


desidroxilação dos calcinação do carbonato de cálcio
argilominerais
C +A = C2(A,F) e C12A7
transformação do quartzo α em
quartzo β C + S = C2S (parcial)
conversão de quartzo β em cristobalita

900oC a 1200oC 1250oC a 1350oC


C + S = C2S (final) fusão de C3A e C4AF
C2(A,F) e C12A7 = C3A e C4AF C2S + C = C3S

T > 1350oC
Recristalização e desenvolvimento dos cristais de
alita (C3S) e belita (C2S) na presença de fase líquida
13
O Processo de Produção do Cimento Portland

Transformações de fases ao longo do forno rotativo

14
O Processo de Produção do Cimento Portland

Composição típica de um clínquer de cimento portland


67% CaO (C), 22% SiO2 (S), 5% Al2O3 (A), 3% Fe2O3 (F) e 3% de outros
óxidos
fases cristalinas anidras metaestáveis na temperatura ambiente
e estáveis ao serem hidratados
alita (C3S): 50 – 70%
belita (C2S): 15 – 30%
aluminato tricálcico (C3A): 5-10%
ferroaluminato tetracálcico (C4AF): 5- 15%
outros compostos em menor quantidade
Na2O, MnO e K2O, magnésio, enxofre e fósforo
elementos traços: Cr, Pb, Zn, V, Ni e outros, (provenientes das MP e
combustíveis (estes normalmente portando os resíduos)
15
Propriedades conferidas ao cimento

Alita: principal mineral que contribui para a resistência mecânica/


fase que reage mais rapidamente com a água

Belita: reage mais lentamente com a água porém, após períodos


maiores (aproximadamente um ano), atinge a mesma resistência
mecânica que a alita

C3A: reage muito rapidamente com a água, porém sem apresentar


fortes propriedades hidráulicas. Em combinação com os silicatos, o
mesmo eleva a resistência inicial do cimento.

C4AF: apresenta taxas inicialmente altas de reatividade com a água.


Em idades mais avançadas: taxas baixas ou muito baixas ⇔ contribui
pouco para a resistência mecânica
16
Composição típica da mistura de aditivos
para obtenção do cimento CP II E 32

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Caracterização do Cimento

 Difração de Raios –X
A técnica de difração de raios-X é utilizada para a
identificação das fases constituintes do clínquer.
 Microscopia Ótica e Eletrônica de Varredura
Observação morfológica das amostras.
 Ensaio de Lixiviação
O ensaio de lixiviação visa simular as condições de
exposição do cimento ao meio ambiente.
 Ensaio de Solubilização
O ensaio de solubilização visa complementar o ensaio de
lixiviação (resíduo é inerte (Classe III) ou não).
 Ensaio de Resistência Mecânica à Compressão
A resistência à compressão é o controle de qualidade
fundamental do produto. Limites mínimos de resistência à
compressão exigidos para 3, 7 e 28 dias
18
Espectro de difração de Raios-X para uma
amostra de clínquer

19
Fotomicrografia de uma amostra de clínquer
(Microscopia Ótica )
(200X)

20
Fotomicrografia de uma amostra de clínquer
(Microscopia Eletrônica de Varredura)

(500X) (5000X)

1

Detalhe partícula 1

21
EDS da região fotografada
Ensaio de Lixiviação

Metal NBR 10004 Corrida 1 Corrida 2


(mg/L) (mg/L) (mg/L)
Arsênio 5 nd nd

Bário 100 1,086 1,156

Cádmio 0,5 nd nd

Chumbo 5 0,147 0,179

Cromo total 5 0,199 0,236

Mercúrio 0,1 nd nd

Prata 5 nd nd

Selênio 1 nd nd

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Ensaio de Solubilização

Metal NBR 10004 Corrida 1 Corrida 2


(mg/L) (mg/L) (mg/L)
Arsênio 0,05 nd nd

Bário 1,0 0,391 0,825

Cádmio 0,005 nd nd

Chumbo 0,05 0,001 0,043

Cromo total 0,05 nd nd

Mercúrio 0,001 nd nd

Prata 0,05 nd nd

Selênio 0,01 nd nd

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Ensaio de Resistência Mecânica à Compressão
NBR 7215/ NBR 11578

1992 - Branco

1 DIA 3 DIAS 7 DIAS 28 DIAS

45,0
Resistência Mecância (MPa)

40,0
35,0
30,0
25,0
20,0
15,0
10,0
5,0
0,0
AGOSTO
MAIO
JANEIRO

MARÇO

ABRIL

NOVEMBRO

DEZEMBRO
JULHO

SETEMBRO

OUTUBRO
FEVEREIRO

JUNHO

24
Ensaio de Resistência Mecânica à Compressão
NBR 7215/ NBR 11578

2001 - Co-processado

1 DIA 3 DIAS 7 DIAS 28 DIAS

45,0
Resistência Mecância (MPa)

40,0
35,0
30,0
25,0
20,0
15,0
10,0
5,0
0,0
JANEIRO

JUNHO
ABRIL
MARÇO

JULHO
FEVEREIRO

MAIO

OUTUBRO
AGOSTO

NOVEMBRO

DEZEMBRO
SETEMBRO
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Tipos de cimento Portland Disponíveis no
Mercado Brasileiro e Suas Aplicações
 Cimento Portland Comum (CP I)
Um tipo de cimento portland sem quaisquer adições além do gesso (utilizado
como retardador da pega). Com pequenas adições - CP I-S
Aplicações: É usado em serviços de construção em geral, quando não são
exigidas propriedades especiais do cimento.
 Cimento Portland Composto (CP II)
O Cimento Portland Composto é modificado (com adições - CP II-Z, CP II-E e
CP II-F ).
Aplicações: Recomendado para obras correntes de engenharia civil sob a forma
de argamassa, concreto simples, armado e protendido, elementos pré-
moldados e artefatos de cimento.
 Cimento Portland de Alto-Forno (CP III)
Cimento com adições de escória de Alto-Forno.
Aplicações: Em obras de concreto-massa, tais como barragens, peças de
grandes dimensões, fundações de máquinas, pilares, obras em ambientes
agressivos, tubos e canaletas para condução de líquidos agressivos, esgotos e
efluentes industriais, concretos com agregados reativos, pilares de pontes ou
obras submersas, pavimentação de estradas e pistas de aeroportos. 26
Tipos de Cimento Portland Disponíveis no
Mercado Brasileiro e Suas Aplicações
 Cimento Portland Pozolânico (CP IV)
Um tipo de cimento portland com ad pozolânico.
Aplicações: É especialmente indicado em obras expostas à ação de água
corrente e ambientes agressivos.
 Cimento Portland de Alta Resistência Inicial (CP V-ARI)
Com valores aproximados de resistência à compressão de 26 MPa a 1 dia de
idade e de 53 MPa aos 28 dias. Alterações nas proporções das fases do
clínquer.
Aplicações: Em blocos para alvenaria, blocos para pavimentação, tubos, lajes,
meio-fio, mourões, postes, elementos arquitetônicos pré-moldados e pré-
fabricados.
 Cimento Portland Resistente a Sulfatos (RS)
Alterações nas proporções das fases do clínquer.
Aplicações: Em ambientes submetidos ao ataque de meios agressivos, como
estações de tratamento de água e esgotos, obras em regiões litorâneas,
subterrâneas e marítimas.

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Tipos de Cimento Portland Disponíveis no
Mercado Brasileiro e Suas Aplicações
 Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação (BC)
É o cimento Portland de Alto-Forno com baixo calor de hidratação, determinado
pela sua composição – fases do clínquer.
Aplicações: Este tipo de cimento tem a propriedade de retardar o desprendimento
de calor em peças de grande massa de concreto, evitando o aparecimento de
fissuras de origem térmica, devido ao calor desenvolvido durante a hidratação do
cimento.
 Cimento Portland Branco (CPB).
A cor branca é obtida a partir de matérias-primas com baixos teores de óxido de
ferro e manganês, em condições especiais durante a fabricação, tais como
resfriamento e moagem do produto e, principalmente, utilizando o caulim no lugar
da argila.
Aplicações:
Estrutural: Em concretos brancos para fins arquitetônicos.
Não estrutural: Em rejuntamento de azulejos e em aplicações não estruturais.

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O Co-Processamento de Resíduos
em Fornos Rotativos de Clínquer

Brasil: produção de 2,7 M ton/ano de resíduos

Incineração

1% 4% 17% Utilizado como combustível

Aterros Sanitários
78%

Sem destino conhecido

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O que é resíduo industrial ?
 Resíduo industrial é todo material resultante de um processo
produtivo, cujo gerador rejeita, pretende rejeitar ou é solicitado a
rejeitar. Segundo a ABNT, são classificados em três categorias :

 Classe I - Resíduos perigosos


 Classe II - Residuos não perigosos e não inertes
 Classe III - Residuos inertes

30
A destinação dos resíduos

Fim de reciclagem
vida

aterro

insumos processo produto

Bio-tratamento

resíduo
incineração

qualidade Co-processamento

31
Reciclagem
 Quando viável, é a melhor destinação.
 Vários resíduos industriais dispõem de tecnologia e custo que
permitam sua reciclagem, como as latas de alumínio, caixas de
papelão, garrafas de vidro, produtos plásticos e outros.
 Cumpre notar que a reciclagem nunca será de 100%, pois fatores
econômicos e sociais impedem que isso aconteça.
 Muitos resíduos não são economicamente recicláveis e portanto
precisam de uma outra destinação final.

32
Aterro
 Aterro é um local para disposição de resíduos sem caracterizar
disposição final.
 Em alguns casos não oferece garantias necessárias para resíduos
classe I e alguns resíduos classe II.
 Podem oferecer soluções muito baratas.
 Exemplos de boas práticas:
 VIVENDI (SASA)
 Essencis (Caieras, CAVO)
 Exemplos de más práticas:
 Formiga ( MG )
 CENTRES ( RJ )
 Mantovani (SP )

33
Biotratamento
 Trata-se do uso de microrganismos para recuperar áreas
degradadas com produtos químicos orgânicos.
 São aplicáveis somente quando o grau de contaminação é
pequeno, caso contrário o tempo necessário torna-se muito longo.
 Tratamento no local.
 Restrito a contaminantes orgânicos.

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Incineração
 O processo de incineração promove a queima dos resíduos
num ambiente fechado, onde os fumos da queima passam
por um sistema de lavagem de gases, que garante que
nenhum subproduto da queima seja liberado para a
atmosfera.
 As cinzas e os produtos usados na lavagem precisam ser
destinados, uma vez que são resíduos deste processo.
Incinerador
Gases Tratados

Alimentação de
Resíduos

Cinzas ‘Água’ da
Lavagem
35
Co-processamento

 O co-processamento é a técnica de destruição térmica a altas


temperaturas em fornos de clínquer devidamente licenciados para
este fim, com aproveitamento de conteúdo energético e/ou
aproveitamento da fração mineral como matéria-prima, sem a
geração de novos resíduos.

36
O que pode ser co-processado ?

Exemplos:
 Substâncias oleosas
 Catalisadores usados
 Resinas, colas e látex
 Pneus e emborrachados
 Madeiras contaminadas
 Solventes
 Borrachas
 Lodos de ETE
 Terras contaminadas
 Papel e outros

37
O que não pode ser co-processado ?

Exemplos:
 Resíduos hospitalares não-tratados
 Lixo doméstico não-classificado
 Explosivos
 Elementos radioativos
 Pesticidas
 Fossas orgânicas
 Materiais com alto teor de metais pesados
 Materiais com alto teor de Cloro
 Materiais com baixo poder calorífico ou sem
contribuição na substituição de matérias-primas

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Como se prepara o material a ser co-processado ?

 Caracterização
 Análise prévia
 Contrato com o gerador do resíduo
 Licenciamento com o órgão ambiental
 Coleta e transporte licenciados
 Preparação prévia ( ‘blending’ )
 Co-processamento
 Emissão de Certificado de Destruição térmica (CDT)

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As vantagens do co-processamento

 Elimina vários resíduos de forma segura e definitiva.


 Não gera passivos ambientais
 Permite controle ‘on line’ das emissões
 Aumenta recolhimento de ISS no município
 Induz as fábricas de cimento a uma produção mais
segura, devido aos investimentos para o licenciamento

 Poupa recursos naturais não-renováveis


 Óleo combustível, coque de petróleo
 Matérias-primas minerais

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Estação de Tratamento de Resíduos
AFR ou Matéria-Prima e Combustível Alternativo
com especificação conhecida de poder calorífico e
máximo de contaminantes, garantida por análise de laboratório

Análises de laboratório de cada resíduo para


assegurar que nada possa afetar o cimento ou
aumentar as emissões
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Pontos de entrada de resíduos na planta

Depósito de
Mix
Combustíveis

Carvão/Coque
Matéria - Prima Moinho de Carvão
Pré-Aquecedor

Óleo Combustível
Moinho de Cru

Homogeneização

Dep. Lodo

Dep. Trapo

líquidos
viscosos
lodos 50 ton/mês
matéria prima
alternativa 800 ton/mês
líquidos baixa
1200 ton/mês
resíduos sólidos viscosidade
trapos
700 ton/mês
650 ton/mês 200 ton/mês
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