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5 Classificações Citológicas
As classificações foram criadas como o objetivo de poder indicar o grau
de alteração celular presente nas células cervicais. Em 1945, a primeira
classificação a ser padronizada foi a proposta por George Nicholas
Papanicolaou.
Com a necessidade de confirmação dos graus de diferenciação de lesão
e principalmente de verificação do desenvolvimento de hiperplasia atípica,
Reagan et al (1953) verificaram a necessidade de um melhor detalhamento para
o diagnóstico de citologias sugestivas e não conclusivas para neoplasia (CL III).
Richart et al (1967) criaram uma melhor classificação para as amostras
consideradas como suspeitas para neoplasia.
Em 1988, uma nova classificação foi criada para padronizar a
interpretação e a conduta clínica a partir de exames citológicos. O Sistema
Bethesda permite a classificação da amostra citológica desde o momento da
colheita de material até o diagnóstico citológico final da lesão.
6 Agentes Infecciosos
O trato genital feminino inferior pode sofre agressões endógenas, como
alteração do pH vaginal em virtude da mudança do ciclo hormonal, e exógenas,
decorrentes das infecções por agentes biológicos sexualmente transmissíveis.
As infecções bacterianas normalmente são causadas por via sexual.
As principais bactérias infecciosas estão presentes na microbiota do trato
genital feminino como Gardnerella vaginalis, Mobilluncus ssp. e Chlamydia ssp..
Uma outra infecção bactéria, dessa vez filamentosa, pode ser observada em
mulheres que fazem o uso de DIU (dispositivo intrauterino).
Outras infecções comumente observadas no trato geniturinário são as
causadas por fungos, comumente por Candida ssp., e protozoários, como o
Trichomonas vaginalis.
As infecções virais também são comuns no colo uterino causadas pelo
herpesvírus e o papilomavírus humano (HPV).
7 Papilomavírus Humano
Os HPVs estão divididos em dois grandes grupos. Os tipos mais comuns,
classificados como vírus de baixo risco para o desenvolvimento de neoplasias.
O segundo grupo são os HPVs de alto risco oncogênico, representados pelos
tipos 16, 18, 31 e 45.
O ciclo viral inicia-se com a infecção das células da camada basal do
epitélio em decorrência da abrasão ou de microlesões da pele e da mucosa.
Após a maturação nas células parabasais, a replicação viral efetiva inicia-se
quando a célula-filha que contém o vírus sofre maturação. O DNA-HPV é
replicado num grande número de cópias, e posteriormente ocorre sua inserção
no DNA celular. Após a transcrição e a tradução do DNA-HPV inserido no DNA
celular, ocorre a formação de partículas virais maduras. A região tardia (L1/L2)
sintetiza as proteínas do capsídeo viral, que são direcionadas aos núcleos das
células hospedeiras, onde ocorre a formação da partícula viral completa.
11 Atipias Glandulares
As atipias glandulares são classificadas em benignas e malignas,
decorrentes normalmente de processos como hiperplasia microglandular, pólipo
endocervical, uso de anticoncepcionais orais e de DIU.
Atipia de células glandulares (AGC): pode-se observar discariose leve,
com aumento da relação N/C de duas a cinco vezes, hipercromia nuclear,
nucléolo aumentado em tamanho, porém único, e membrana nuclear que
começa mostrar graus de irregularidade. O citoplasma aparece pouco
preservado, e os grupamentos celulares são mais frequentes.