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Aula 06

Realidades de Goiás p/ PM-GO (Soldado e Cadete)


Professor: Sergio Henrique
A estrutura política e os movimentos sociais no período
militar. Goiás no contexto.

Prof. Sérgio Henrique.

SUMÁRIO
00. Bate papo inicial. Pág. 02
1. O regime militar. Pág. 03
2. Milagre econômico e repressão. Pág. 12
3. Exercícios Resolvidos. Pág. 16
4. Exercícios Propostos. Pág. 23
5. Considerações finais. Pág. 49

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A estrutura política e os movimentos sociais no período
militar. Goiás no contexto.

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00. BATE PAPO INICIAL.

Olá amigo concurseiro. É com muita alegria que o recebo


novamente para falarmos da história recente do estado de Goiás. Nesta
aula estudaremos o estado no contexto da ditatura militar, logo após
o governo Mauro Borges ser cassado. Estudar as aulas anteriores, é
fundamental para que você possa compreender muitas das coisas que
vamos tratar aqui. Leia com atenção seu texto de apoio, releia e
pratique exercícios. Aos poucos o conteúdo básico vai ficar retido na
sua memória. Claro que para isso é muito importante você fazer suas
próprias anotações, ou em forma de resumo ou anotações nos
exercícios, não importa, você escolhe. O importante é estudarmos
bastante e nos concentrarmos nos estudos. Estimule sua disciplina e
procure motivação pensando em seus sonhos. Bons estudos.

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militar. Goiás no contexto.

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1. O REGIME MILITAR.

Em 1º de abril de 1964, foi dado o golpe militar pelo exército.


Contou com apoio de vários setores sociais, como o alto clero da Igreja
Católica, ruralistas e grandes empresários urbanos. Devido a este
apoio, este período atualmente é chamado de Ditadura Civil-Militar
(Ditadura militar com apoio civil). O argumento para o golpe foi afastar
o “risco comunista”. O mesmo motivo alegado por Getúlio Vargas
para instituir a ditadura do Estado Novo.
Diante deste contexto de fortes agitações sociais que o exército
dá o golpe sob o argumento de afastar o risco comunista que rondava
os país.

(UEG – Auxiliar de autópsia – 2003)

Com um golpe, em 1964, os militares implantaram um regime


autoritário depois de depor o governo do presidente João Goulart, que
se caracterizava pela

a) radicalização da luta política com base na luta armada como forma


de implantar o socialismo no Brasil.

Errada. Era um governo esquerdista, que dialogava com os


movimentos sociais, mas era ligado à luta armada.

b) criação de um Estado autoritário que rompeu com as instituições


democráticas, por meio da extinção dos partidos e do apelo às massas.

Errada. A alternativa descreve o que ocorreu após o golpe que


depôs Jango.

c) formação de um pacto político entre trabalhadores e governo,


objetivando a realização de importantes reformas, como a agrária.

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Correta. O governo João Goulart era considerado pelas camadas


mais conservadoras como comunista. Em sua gestão no
parlamentarismo lutou pelo plebiscito que reestabeleceu o
presidencialismo. Em sua campanha para a reeleição propôs as
reformas de base, cujos destaques são a reforma Agrária,
Política e Tributária. Era um governo bastante ligado aos
trabalhadores e dialogava com movimentos camponeses e
grevistas, posturas vistas pelos conservadores como
comunista.

d) rejeição ao capital externo e à influência norte-americana no Brasil,


o que levou ao rompimento das relações diplomáticas entre Brasil e
EUA.

Errada. Havia uma postura na política externa que era


independente dos EUA desde JK e Jânio Quadros. Era um
nacionalista, então sua postura era contraria ao capital dos EUA
em detrimento ao nacional. Era a favor de criação de estatais.
Não rompeu as relações diplomáticas.

Resposta: [C].

Quando iniciou o governo militar, realizam uma grande


perseguição política aos líderes de esquerda, que eram presos na
calada da noite. Os deputados e políticos em geral que tinham
mandatos de partidos de esquerda foram cassados (expulsos). Para
tanto foi criado o SNI (serviço nacional de informação). Era o serviço
secreto do Exército, e haviam agentes em todos os lugares como
jornais, sindicatos e escolas. Bastava o agente do SNI apontar um
suspeito para ele ser preso. Apesar das cassações de mandato o

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congresso nacional foi mantido. Os militares passaram a governar


através de Atos institucionais. Mesmo após a constituição de 67, que
institucionalizava o regime, os militares continuaram governando
através de atos institucionais.

Olha o golpe militar nos concursos de Goiás:

(UEG – Agente de polícia civil – 2004)

O aniversário de 40 anos do golpe militar ensejou inúmeras reflexões.


O golpe de 64 parece, portanto, constituir um divisor de águas na vida
política brasileira, pois

a) a destituição de um presidente eleito, cujo poder na presidência foi


confirmado por meio de um plebiscito, iniciou um regime político
autoritário, que representava os interesses das classes conservadoras
e do capital norte-americano.

Correta. O golpe militar de 64 foi um divisor de águas da vida


política brasileira. Tiraram do poder um presidente
democraticamente eleito e a população só voltou a votar em
1989. O golpe e a ditadura que se seguiu, foram considerados
por muitos historiadores como civil militar. Contou também
com o apoio dos EUA, pois o argumento para o golpe foi conter
a ameaça comunista e estávamos na guerra fria, período de
combate ao comunismo pelos EUA.

b) foi a primeira vez que a intervenção militar fez-se presente nas


disputas políticas do Brasil, uma vez que o exército sempre se manteve
distante da política.

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Errada. O exército sempre foi um grande protagonista na


política Republicana que foi proclamada pelo exército, os
primeiros governos foram militares (Deodoro e Floriano).

c) a queda do presidente Goulart foi fruto de um acordo entre militares


e o poder civil mediado pelo Congresso Brasileiro que aceitou a
renúncia do presidente, evitando, assim, o processo de impeachment
proposto pela União Democrática Nacional (UDN).

Errada. O golpe foi dado pelos militares, com apoio dos setores
mais conservadores e o presidente não renunciou, seu governo
foi tomado.

d) os partidos de esquerda e as instituições nacionalistas reagiram ao


golpe de 1964, principalmente no Rio Grande do Sul, onde, sob a
liderança de Leonel Brizola, organizou-se à Frente da Legalidade.

Errada. Leonel Brizola, político gaúcho do PTB era uma


liderança esquerdista e aliado de Jango. No início da crise
política que antecedeu ao golpe quando Jânio Quadros
renunciou e o parlamentarismo foi implantado, Brizola e Mauro
Borges fizeram uma campanha radiofônica conhecida como
Frente da legalidade. A Frente não foi uma resistência ao golpe
e ocorreu no momento imediatamente anterior.

Resposta: [A].

Viu. Bem tranquilo não é mesmo? Vamos continuar.

Na ditadura o governo era realizado por decretos, os Atos


Institucionais:

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AI- 1: Ampliação dos poderes do presidente, eleição indireta e a


cassação de parlamentares de esquerda. (O início da instalação da
Ditadura). Perseguem lideranças de oposição (lideres camponeses,
estudantis, sindicais, partidários e intelectuais) e são cassados
mandados políticos e cargos públicos.
AI- 2: Instituiu bipartidarismo. Só podiam existir a ARENA e o
MDB. Consolida as eleições indiretas. Os votos dos congressistas para
a presidência eram abertos e declarados, dito no microfone na
assembleia. Além disso, toda a oposição já teve seus mandatos
cassados. Não havia oposição de fato. O congresso aprovava tudo o
que os presidentes militares mandavam.
AI- 3: Estabelecia eleições indiretas para governadores de
estado. Votavam os deputados estaduais por voto aberto e declarado.
AI- 4: convocação urgente da assembleia para a aprovação da
constituição de 67.
AI- 5: Concede poder excepcional ao presidente que pode cassar
mandatos e cargos fechar o congresso, estabelecer estado de sítio.
Eliminou as garantias individuais.

Os presidentes eram escolhidos pelos próprios militares em


colégio eleitoral, assim como os governadores de estado e prefeitos de
cidades com mais de 300 mil habitantes. O voto da população em nível
federal limitava-se aos deputados e senadores, que eram ou da ARENA
(partido do sim), ou do MDB (partido do sim senhor). Não havia
oposição real e concreta no congresso. Somente a permitida pelos
militares.

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Foram presidentes militares:


 Castelo Branco (64-67).
 Costa e Silva (67-69).
 Garrastazu Médici (69-74).
 Ernesto Geisel (74-79).
 Figueiredo (79-85).

A ditadura entre 1964 e 1967, durante o governo do Marechal


Castelo Branco, foi um período mais brando dentro do contexto do
regime. Os partidos foram extintos (ficou o bipartidarismo) e a censura
ocorria, mas ainda que pequeno, havia um espaço para os
trabalhadores e estudantes se manifestares, sobretudo os artistas. As
manifestações proliferaram. Ocorreram grandes greves operárias em
Contagem (MG) e São Paulo. O último ato de Castelo Branco foi a
imposição de LSN (lei de segurança nacional), que estabelecia que
certas ações de oposição ao regime seriam consideradas “atentatórias”
à segurança nacional e punidas com rigor. Apesar de uma ditadura
instituída o grupo Castelista, chamado grupo Sorbone: Os intelectuais
da ESG (escola superior de Guerra). Defendiam um golpe militar e a
cassação de políticos associados com as esquerdas socialistas, e após
uma moralização da máquina pública convocar eleições e devolver o
poder aos civis. Castelo sofria a oposição dos chamados linha dura,
liderados por Costa e Silva, favoráveis a uma ditadura duradoura e
mais rígida e repressora. Após enfrentamentos entre os estudantes e
militares em que ocorreram mortes de jovens, contra a repressão,
ocorreu a passeata dos 100 mil. Em dezembro de 1968, sob o
governo do Marechal Costa e Silva, foi instituído o AI-5 o mais duro e
repressor dos atos institucionais. Acabava com as garantias civis (de
ser preso após julgamento por exemplo), enrijecia a censura e a
perseguição. Concedia uma autoridade excepcional para o poder

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executivo. O Presidente poderia fechar o congresso nacional e cassar


mandatos parlamentares, aposentar intelectuais, demitir juízes,
suspender garantias do judiciário e declarar estado de sítio.

(UEG – Auxiliar de autópsia – 2003)

O domínio militar na vida política brasileira, após o golpe de 1964, foi


marcado por distintas visões acerca do papel a ser desempenhado pelo
exército. Esse debate prolongou-se desde o golpe até o momento em
que se decidiu uma forma de transição democrática, ou seja, a
devolução do controle do Estado à sociedade civil.

Acerca dessa conjuntura política, marque a alternativa CORRETA:

a) A concepção do grupo do presidente Castelo Branco era contrária ao


restabelecimento da ordem democrática como projeto político de
médio ou de longo prazo. O que estava em jogo era a permanência de
uma nova ordem política implantada em 1964.

Errada. Castelo Branco foi um dos arquitetos do golpe e não


defendia a longa permanência dos militares no poder. Era do
grupo de intelectuais da Escola Superior de Guerra, o chamado
grupo Sorbone, que defendia o golpe e a abertura de novas
eleições, quanto antes possível.

b) Havia distintas visões quanto ao tipo de intervenção a ser exercida


pelos militares após 1964. O grupo que se organizava em torno do
presidente Castelo Branco acenava para a proposta de
restabelecimento da ordem civil, quando se completasse a reordenação
política defendida pelo agrupamento militar.

Correta. No golpe haviam duas tendências entre os militares: o


grupo Sorbone, ou Castelista que defendiam um golpe, a

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retirada dos acusados de comunismo do Estado e o


restabelecimento da ordem civil. Do outro lado o grupo dos
militares linha dura, liderados pelo General Costa e Silva que
defendiam a longa permanência dos militares e o enrijecimento
do regime.

c) Os conflitos ocorridos no final dos anos 60 exigiram uma abertura


política promovida pelo general Costa e Silva, então na presidência,
confirmando que o regime militar não estava de todo imune às
pressões sociais.

Errada. Costa e Silva era um militar linha dura, inclusive o que


decretou o AI-5, que enrijecia a repressão.

d) A transição democrática só foi discutida quando as reformas


pretendidas pelos militares se completaram (partidária, agrária e
bancária), e o país desfrutava os benefícios do acelerado crescimento
da economia.

Errada. Os militares e setores da sociedade civil foram contra


as reformas de base que incluíam a reforma política e agrária.

Resposta: [B].

Alguns grupos políticos contra a ditadura, passaram a atuar na


clandestinidade. Alguns deles, devido ao AI-5, optaram por partir para
a revolta armada. Surgiram focos de guerrilha urbana (principalmente
São Paulo) e guerrilha rural (na região do rio Araguaia).
A guerrilha nunca representou um grande problema de verdade,
pois eram pequenos e poucos grupos, mas forneceu o argumento que
a ditadura precisava para manter e aumentar a repressão, pois
tínhamos inclusive um inimigo interno comunista. O risco não havia

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passado (lembra-se que o pretexto do golpe era afastar o risco


comunista?).

Fique de olho: Goiás no contexto.

Após o golpe, Otávio Lage sucede a Mauro Borges. Foi eleito pelo voto
direto, mas era um político declaradamente favorável ao golpe e ao
regime militar. Na ditadura os Caiados voltam ao poder político no
governo do estado com Leonino Caiado (71-73) pela Arena.

Irapuã Costa Junior, homem de confiança da ditadura, foi eleito pelo


MBD (75-79). Foi o criador do DAIA. No seu governo tem início a
modernização agrícola, que provocou uma maior concentração de
terras. Há um intenso êxodo rural e o alargamento das periferias. Uma
Modernização excludente.

Ary Valadão do PDS (partido derivado da ARENA) governou em 79-83.


Ocorreram vários escândalos de corrupção, compadrio e clientelismo.
Mais de 10 mil funcionários fantasma nas empresas públicas. Foi o
criador do Projeto alto paraíso, fruticultura no ponto mais “alto”
(latidudinal) de Goiás, na chapada dos veadeiros, e projeto rio
formoso de agricultura irrigada no Araguaia (em suas próprias terras).
A máquina pública passou por uma profunda crise e um déficit. O
funcionalismo público ficou meses sem receber, a Polícia Militar/GO
ficou um ano sem salário.

Goiás na ditadura viveu guerrilhas, a mais famosa e importante delas


foi a guerrilha do Araguaia. Os conflitos entre grileiros e camponeses
foi intenso até o golpe de 64, quando o líder goiano das ligas, José
Porfírio foi preso pela ditadura. Também foi sufocado o movimento
messiânico da Santa Dica. Antes disso ele havia negociado com Mauro
Borges o “Combinado agro urbano de arrais” e cria cooperativas.

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2. MILAGRE ECONÔMICO E REPRESSÃO.

Durante o Governo do
General Médici, o país viveu
a maior onda de repressões e
torturas da ditadura. O AI-5 era aplicado com toda a força e a censura
era plena. Ao mesmo tempo, o país vivia um período de propaganda
ufanista (nacionalismo de enaltecimento do Brasil) e experimentava
um grande crescimento econômico e urbano em razão do “milagre
econômico”.

Foram contraídos empréstimos, e concedidos créditos ao


consumidor, mas ao mesmo temo os salários foram congelados. Esta
política nos primeiros anos de aplicação gerou um enorme consumo e
consequentemente gerou empregos (cada vez menos remunerados).
Ao final da década de setenta, o país amargava uma grande inflação,
salários cada vez mais defasados e um aumento da desigualdade
social. O período Médici foi o qual viveu maior propaganda ufanista, o
maior crescimento econômico conciliada com a maior repressão do
período.

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(UEG – SECTEC – Nível Superior – 2013)


A conversa mais comprida que tive foi em 1974, quando estava
disputando a vaga na Academia Brasileira de Letras, data em que o
professor Venerando de Freitas Borges levou-me à presença do Dr.
Pedro, a quem pretendia fazer um pedido de recomendação de minha
candidatura não sei a mais quem, mas sei que seria a um membro da
Academia Brasileira que fora seu companheiro no Senado Federal.

Depoimento de Bernardo Élis. In: QUEIROZ, Luiz Alberto de. O


velho cacique. Goiânia: Vieira, 2005. p. 57.

O trecho citado pertence ao depoimento que Bernardo Élis (1915-


1997), autor do romance O tronco, fez acerca de Pedro Ludovico
Teixeira. O foco foi o período no qual o escritor goiano, conhecido por
suas posições comunistas, concorria a uma cadeira na Academia
Brasileira de Letras (ABL). O resultado dessa eleição foi

(A) a derrota de Bernardo Élis, que só conseguiria ocupar a cadeira


número 1 da ABL com a candidatura que apresentou em 1978.
(B) a impugnação de sua candidatura por parte do Governo Militar,
preocupado com a presença de um comunista na ABL.
(C) a vitória de Bernardo Élis, derrotando o futuro presidente José
Sarney, que apresentava sua primeira candidatura à ABL.
(D) a vitória apertada de Bernardo Élis, derrotando o ex-
presidente Juscelino Kubitschek, obtendo 20 votos contra 18.

Resposta certa, alternativa d).

Bernardo Élis Fleury de Campos Curado, Homem letrado e de


família tradicional, foi um dos grandes poetas Goianos. Foi membro da

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Academia Brasileira de letras e foi o quarto ocupante da cadeira


número 1, a que foi ocupada pelo fundador Machado de Assis.

Filho do poeta Érico José Curado e de Marieta Fleury Curado, iniciou o


estudo das primeiras letras com o pai, em casa. Passou o ano de 1923
na casa do avô materno, na capital do Estado, onde se matriculou no
Grupo Escolar. Depois retornou para Corumbá continuando os estudos
com o pai, de quem viria o estímulo para as letras. Aos doze anos
escreveu o primeiro conto, inspirado em “Assombramento”, de Afonso
Arinos. Em 1928, viajou com a família para Goiás, então capital do
Estado, onde fez o curso ginasial no Liceu. Ampliou suas leituras,
principalmente de Machado de Assis, Eça de Queirós e dos autores
modernistas. Após a interrupção dos estudos por dois anos, em 1940
concluiu o curso clássico no Liceu de Goiânia. Em 1945, formou-se na
Faculdade de Direito, sendo orador de sua turma. Iniciando-se na
função pública, em 1936, como escrivão da Delegacia de Polícia em
Anápolis, foi nomeado escrivão do cartório do crime de Corumbá.
Participou, desde 1934, dos acontecimentos literários do Brasil central,
escrevendo poesias e enviando colaborações de cunho modernista para
os jornais de Goiânia. Em 1939 transferiu-se para Goiânia, onde foi
nomeado secretário da Prefeitura Municipal, com exercício das funções
de prefeito por duas vezes.

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http://www.academia.org.br/acadêmicos/bernardo-
elis/biografia

No texto da questão, Bernardo Élis, iminente escritor goiano,


descreve o momento de sua carreira que disputava a eleição para a
Academia Brasileira de Letras. Suas palavras denunciam o caráter
político do cargo. Entre as categorias literárias que compõe o rol de
textos apreciados pela ABL (academia brasileira de letras) estão os
discursos políticos. Representando esta categoria textual disputou em
1975 com Élis a Vaga de acadêmico. A vitória ficou com o Goiano.

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3. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS.

1. (G1 - cftce 2005) Destaque os aspectos políticos do Estado Novo


de Getúlio Vargas, a partir de 1937.

Resposta:
O Estado Novo, período da República entre 1937 e 1945,
instituído por Getúlio Vargas, teve como principais
características políticas:
- A centralização do poder pelo presidente, favorecida pela
Constituição outorgada em 1937, conhecida como "A Polaca";
- A indicação de interventores nos estados;

- A extinção do legislativo e a subordinação do poder judiciário


ao executivo;

- A imposição da censura aos meios de comunicação através do


Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP);

- A criação da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas).

2. (Ufc 2006) A criação e a consolidação de uma política trabalhista,


no governo de Getúlio Vargas (1930-1945), estiveram diretamente
ligadas ao crescimento da classe trabalhadora urbana, a partir das
primeiras décadas do século XX.

a) Nesse contexto, como reagiram os industriais e comerciantes à


implantação da legislação trabalhista? Qual o motivo dessa reação?

b) Identifique os grupos políticos que tiveram forte presença nos


sindicatos, antes de 1930. Aponte a diferença entre os projetos
políticos, presentes nos sindicatos, antes e depois da lei sindical, criada
no governo Vargas.

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Resposta:

a) A princípio, a legislação foi combatida pelas associações de


industriais e comerciantes, pois eram contrários à concessão de
direitos aos trabalhadores, tais como as férias, descanso
semanal remunerado, jornada de 8 horas de trabalho. Muitos
foram os casos de não cumprimento das leis, levando os
trabalhadores a recorrer à Justiça do Trabalho.

b) A origem da organização sindical está ligada à formação da


classe trabalhadora urbana. O sindicato era um espaço
assistencialista e também político. Através dele os
trabalhadores buscavam se organizar a fim de lutar por
melhores condições de vida e de trabalho. Os socialistas, os
anarquistas e, a partir da década de 1920, os comunistas,
tinham grande espaço nos sindicatos. A partir de Vargas, o
sindicato transforma-se numa base de poder do governo. O
rígido controle do Estado esvazia o sindicato de seu antigo
conteúdo político e o transforma num espaço de
disciplinarização do trabalhador. A direção do sindicato fica nas
mãos dos chamados pelegos, que buscam manter a coesão dos
trabalhadores em torno do governo.

3. (Fuvest 2012) No início de 1969, a situação política se modifica. A


repressão endurece e leva à retração do movimento de massas. As
primeiras greves, de Osasco e Contagem, têm seus dirigentes
perseguidos e são suspensas. O movimento estudantil reflui. A
oposição liberal está amordaçada pela censura à imprensa e pela
cassação de mandatos.

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Apolônio de Carvalho. Vale a pena sonhar. Rio de Janeiro: Rocco, 1997,


p. 202.

O testemunho, dado por um participante da resistência à ditadura


militar brasileira, sintetiza o panorama político dos últimos anos da
década de 1960, marcados
a) pela adesão total dos grupos oposicionistas à luta armada e pela
subordinação dos sindicatos e centrais operárias aos partidos de
extrema esquerda.
b) pelo bipartidarismo implantado por meio do Ato Institucional nº 2,
que eliminou toda forma de oposição institucional ao regime militar.
c) pela desmobilização do movimento estudantil, que foi bastante
combativo nos anos imediatamente posteriores ao golpe de 64, mas
depois passou a defender o regime.
d) pelo apoio da maioria das organizações da sociedade civil ao
governo militar, empenhadas em combater a subversão e afastar, do
Brasil, o perigo comunista.
e) pela decretação do Ato Institucional nº 5, que limitou drasticamente
a liberdade de expressão e instituiu medidas que ampliaram a
repressão aos opositores do regime.

Resposta:
[E]

Poucos grupos políticos, mesmo de esquerda, fizeram a


opção pela luta armada, que teve pequena expressão no país,
principalmente se comparada com outras nações da América
Latina. O bipartidarismo permitiu a existência de um partido de
oposição.

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O movimento estudantil foi desmobilizado, mas nunca


apoiou o regime militar.
O endurecimento do regime iniciou-se em dezembro de
1968 com a decretação do Ato Institucional Nº. 5 (AI-5) que
centralizou ainda mais o poder a abriu caminho para uma
política de maior repressão à sociedade civil.

4. (Pucrj 2013)

É CORRETO afirmar que o evento caracterizado na capa da Revista


Veja é a expressão:
a) do contexto político do Governo Médici, com a instituição da ditadura
e a proibição de qualquer manifestação política de oposição.
b) do clima libertário, relacionado ao movimento hippie internacional,
que era compartilhado pelos estudantes brasileiros, compreendido
como desregramento moral pelo governo brasileiro.

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c) de manifestações violentas de estudantes, vinculados à União


Nacional dos Estudantes, posta na ilegalidade desde o governo João
Goulart, em 1962.
d) do acirramento das tensões políticas que gerou mobilização da
sociedade contra as medidas autoritárias do governo e que culminou,
no final de 1968, no decreto do AI-5.
e) da intolerância do regime militar a qualquer manifestação política,
razão pela qual o Congresso Nacional ficou fechado desde 1964.

Resposta:
[D]

A alternativa [A] está incorreta, pois o Governo Médici


iniciou-se em 1969, posteriormente ao acontecimento em foco.
A alternativa [B] está incorreta, pois a prisão dos
estudantes está relacionada a motivações políticas. A UNE era
ilegal e os estudantes se manifestaram pelo fim do governo
militar.
A alternativa [C] está incorreta, pois a UNE foi colocada na
ilegalidade em 1964, no governo militar do presidente Castelo
Branco.
A alternativa [E] está incorreta, pois o Congresso Nacional
não foi fechado em 1964.

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5. (Vunesp 2014)

A charge caracteriza o Ato Institucional n.º 5, de dezembro de 1968,


como
a) uma forma de estimular o aumento dos protestos da classe média
contra o regime militar.
b) uma medida dura, mas necessária para o restabelecimento da
ordem e da tranquilidade no país.
c) um instrumento de coersão, que limitava os direitos e a capacidade
de defesa dos cidadãos.
d) uma tentativa de frear o avanço dos militares, que haviam assumido
o controle do governo federal.
e) um esforço de democratização e reformas sociais, num momento de
crise e instabilidade econômica.

Resposta:
[C]

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Somente a proposição [C] está correta. O AI-5, Ato


Institucional Número 5, criado no dia 13 de dezembro de 1968
no governo de Costa e Silva, pode ser considerado um golpe
dentro do golpe. Caracteriza o auge da ditadura militar
fechando o congresso por tempo indeterminado, cassou
mandatos de políticos, lideranças políticas e estudantis foram
exiladas, foi abolido o Estado de Direito. São os “anos de
chumbo” caracterizado pelo “ame-o ou deixe-o”. O governo de
Médici, 1969-1974, foi, sem dúvida, o período de maior
truculência praticado pelo governo militar.
As demais alternativas estão incorretas. O AI-5 não visava
estimular o aumento de protestos contra o regime e não foi uma
tentativa de frear o avanço dos militares e sim de aumentar seu
poder.

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4. EXERCÍCIOS PROPOSTOS.

1. (Uece 2014) Com Getúlio Vargas, o modelo populista ganhou força


e o Estado passou a atuar como mediador, reconhecendo novos grupos
sociais. Em relação a esse modelo, assinale a afirmação FALSA.
a) O governo inaugurado por Getúlio, em 1930, atendeu às
reivindicações de alguns grupos sociais; contudo, promoveu uma
forte tutela sobre eles.
b) No contexto de atendimento às reivindicações dos trabalhadores,
destacou-se a criação de leis trabalhistas.
c) No âmbito das conquistas femininas, ocorreu a concessão do voto
feminino.
d) O governo getulista restituiu a democracia em 1937, após o estado
de exceção iniciado em 1930.

2. (G1 - cftce 2005) Em agosto de 2004, entrou em cartaz, nos


cinemas brasileiros, o filme Olga, de Jayme Monjardim. O enredo
retrata o relacionamento entre Luís Carlos Prestes e a militante
comunista Olga Benário, tendo como "pano de fundo" a era Vargas,
um período da História do Brasil recheado de contradições, e sobre o
qual se afirma que:

I. As massas urbanas brasileiras encontravam-se ideologicamente


divididas entre o nacional-comunismo da ANL - Aliança Nacional
Libertadora e o fascismo da AIB - Ação Integralista Brasileira, fato
habilmente manipulado pelo Estado como sendo uma ameaça à
integridade da nação.

II. Assumiu características intervencionistas, paternalistas e


nacionalistas, favorecendo a expansão da indústria.
III. Instituiu a CLT - Consolidação das Leis do Trabalho - que refletiu a

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aproximação do Estado com os trabalhadores e o controle daquele


sobre o movimento operário.

IV. A extradição de Olga Prestes atendia aos interesses dos governos


da Alemanha e do Brasil, preocupados com o avanço político de judeus
e dos comunistas, o que se constituía uma séria ameaça aos regimes
liberais existentes nos dois países.

São CORRETOS os itens:

a) I e III, somente
b) II e IV, somente
c) I, II e III
d) I, III e IV
e) III somente

3. (G1 - cftce 2004) A Ação Integralista Brasileira (AIB), chefiada por


Plínio Salgado, era de caráter:

a) socialista
b) anarquista
c) liberal
d) democrático
e) fascista

4. (G1 - cftce 2007) Em relação ao Estado Novo de Vargas, é


COERENTE afirmar que:

a) foram criados os Ministérios da Educação e Saúde Pública e do


Trabalho, Indústria e Comércio
b) a política cafeeira foi marcada pela criação do Conselho Nacional do
Café (CNC) em 1931, que foi substituído, em 1933, pelo
Departamento Nacional do Café (DNC). Este órgão mantinha a
Política de Valorização do Café

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c) a Revolução Constitucionalista durou três meses e foi um fracasso


do ponto de vista militar, porém um sucesso do ponto de vista
político. Getúlio nomeou um ministério composto por paulistas e
entregou o Governo de São Paulo aos cafeicultores
d) caracterizou-se por amplo debate político e ideológico, em que o
Partido Comunista e a Aliança Nacional Libertadora tinham total
liberdade de ação
e) nele ocorreu a dissolução do Congresso Nacional; demissão de
governadores estaduais e extinção das bandeiras, armas, hinos e
escudos estaduais; além da proibição das greves

5. (G1 - cftce 2004) Entre as principais características da Constituição


de 1937, destaca(m)-se:

a) centralização política e fortalecimento do poder do Presidente da


República.
b) total subordinação do Poder Executivo ao Judiciário.
c) fortalecimento do Poder Legislativo.
d) descentralização política.
e) instituição do AI-5.

6. (Ufc 2008) Leia o texto a seguir.

"Permita Va. Excia. que uma pobre e humilde funcionária postal


suba, diretamente, à presença de Va. Excia. para solicitar sua decisiva
protecção para um acto que é também de justiça. (...)Aliás, não faço
senão cumprir os desejos de Va. Excia. que já declarou que no Estado
Novo não existem intermediários entre o governo e o povo."

Citado em FERREIRA, Jorge. "Trabalhadores do Brasil: o


imaginário popular (1930-1945)". Rio de Janeiro: FGV, 1997, p. 26.

Na carta supracitada, enviada em 1938 ao Presidente da República,

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Amerida de Mattos Diniz, uma agente postal, solicita audiência, a fim


de obter nomeação para cargo concursado. A partir do trecho
reproduzido, é correto afirmar que:

a) os trabalhadores foram co-construtores do trabalhismo, obtendo,


assim, parte de suas reinvidicações.
b) a completa subordinação ideológica das massas, fenômeno típico do
populismo, fazia-se notar no Estado Novo.
c) a remetente se mostra possuidora de uma cultura política em tudo
oposta à do restante dos trabalhadores.
d) o governo e os trabalhadores não eram cúmplices, o que obrigava
o primeiro a recorrer a pelegos para controlar os segundos.
e) a ideologia do Estado Novo relevava o papel do Congresso Nacional
e dos partidos, instrumentos fundamentais numa democracia.

7. (Uece 1997) "Meu chapéu de lado


Tamanco arrastado
Lenço no pescoço
Navalha no bolso
Eu passo gingando
Provoco e desafio
Eu tenho orgulho
De ser tão vadio"

(Lenço no Pescoço, 1933)

"Quem trabalha é quem tem razão


Eu digo e não tenho medo de errar
O bonde São Januário
Leva mais um operário

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Sou eu que vou trabalhar"

(Bonde São Januário, 1940, com Ataulfo Alves)

Com base nas letras destas canções de Wilson Batista, assinale a


alternativa que expressa corretamente uma das faces da política
cultural no período do Estado Novo:

a) o ambiente democrático do período getulista favorecia a livre


manifestação artística e o governo não se preocupava com a
proliferação da vadiagem nos grandes centros urbanos
b) toda atividade cultural deveria ser autorizada e financiada pelo
governo, o que garantiu a livre manifestação artística de todos os
segmentos sociais, desde os mais pobres até os mais ricos
c) os órgãos governamentais divulgavam permanentemente as
diretrizes para todas as atividades culturais, não intervindo, porém,
na criação artística nem na escolha dos temas a serem abordados
pelos artistas
d) através do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), o
governo reprimia a malandragem e estimulava a ideia de trabalho
árduo como alavanca para o progresso individual e coletivo

8. (Uece 2007) " A Filinto Müller


23/12/1939

Prezado amigo capitão


Filinto Müller

Havendo o Sr. Samuel Wainer, diretor da revista Diretrizes, solicitado


a colaboração deste ministério para um número especial sobre os

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problemas brasileiros da educação, desejo em caráter confidencial,


consultar o prezado amigo sobre o que consta a respeito da referida
publicação na Chefia de Polícia, a fim de melhor poder resolver o caso
em questão".

Fonte: SCHWARTZMAN, Simon; BOMENY, Helana e COSTA,


Vanda Maria Ribeiro. "Tempos de Capanema". São Paulo: Paz e Terra.
Fundação Getúlio Vargas, 2000. p. 330.

Com base no fragmento acima, aponte que notória autoridade do


Estado Novo enviou a Filinto Müller o documento acima e que motivos
o teriam levado a fazê-lo.

a) Getúlio Vargas - por ser um ditador e por necessitar ter o controle


absoluto de todos os discursos políticos que pudessem ser publicados
no país.
b) Francisco Campos - por exercer a função de auxiliar direto de Filinto
Müller e coordenar pessoalmente todos os órgãos de censura do
Estado Novo.
c) Gustavo Capanema - por ter sido um dos maiores colaboradores do
Estado Novo e ministro da saúde e da educação entre 1934 e 1945.
d) Belisário Penna - por ter sido colaborador direto de Vargas de 1930
a 1945, e durante longo tempo responsabilizar-se por um
departamento especial do Estado Novo, denominado "Cultura".

9. (Ufc 2001) Leia o texto abaixo.

"O par de interlocutores legítimos estava formado: de um lado o povo,


a quem se apelava como fonte e base do governo e que era identificado
na população de trabalhadores corporativamente hierarquizada; de
outro, o Estado, corporificado funcional e pessoalmente na figura do
presidente Getúlio Vargas."

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(GOMES, Ângela de C. "A política brasileira em busca da


modernidade: na fronteira entre o público e o privado". ln SCHWARCZ,
Lilia M. (org.) "História da Vida Privada no Brasil". Vol. 4: Contrastes
da intimidade contemporânea. São Paulo: Companhia das Letras,
1998, p.525.)

A partir da citação acima, assinale a alternativa que indica


corretamente as relações mantidas, no contexto do trabalhismo, entre
a população trabalhadora no Brasil e o presidente Vargas.

a) As campanhas destinadas aos trabalhadores enfatizavam a


necessidade de organização em torno dos sindicatos e partidos
políticos, principais interlocutores do Presidente.
b) As liberdades políticas permitiam o estabelecimento, durante o
Estado Novo, de uma permanente negociação entre os trabalhadores
e o governo através do Parlamento.
c) O sindicalismo corporativo era combatido pelo governo, pois
permitia a livre expressão das lutas de classes e dos conflitos no
interior da sociedade brasileira.
d) A ideologia do Estado Novo pretendia estabelecer uma ligação direta
entre o governante e o povo, através de cartas, programas de rádio
e outros mecanismos de comunicação.
e) Getúlio Vargas fazia chegar até a população, através dos programas
"A Voz do Brasil", mensagens de estímulo à organização sindical livre,
combatendo assim o comunismo.

10. (Ufc 2002) O período do governo de Getúlio Vargas de 1937 a


1945 é conhecido na história do Brasil como "Estado Novo", em que:

a) os movimentos sociais contra o nazi-fascismo ganharam as ruas,


com o apoio do governo.

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b) os comunistas ocuparam vários cargos burocráticos e assumiram


órgãos de propaganda política.
c) os partidos políticos foram fechados e as bandeiras estaduais,
queimadas, como símbolo do centralismo do poder.
d) o sistema parlamentarista foi fortalecido pelo fechamento do
Congresso Nacional e pela intervenção nos Estados.
e) a elite industrial brasileira tornou-se hegemônica, pondo fim, dessa
forma, à política do "café com leite" da aristocracia rural.

11. (Enem 2013)

A imagem foi publicada no jornal Correio da Manhã, no dia de Finados


de 1965. Sua relação com os direitos políticos existentes no período
revela a
a) extinção dos partidos nanicos.
b) retomada dos partidos estaduais.
c) adoção do bipartidarismo regulado.
d) superação do fisiologismo tradicional.
e) valorização da representação parlamentar.

12. (Uerj 2013) Entre a posse do presidente João Goulart, em 1961,


e a abertura política, iniciada em 1979-1980, a economia brasileira
enfrentou conjunturas de crise e de prosperidade, perceptíveis nas
variações dos índices econômicos apresentados na tabela a seguir.

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As particularidades do período conhecido como “Milagre Econômico”


foram caracterizadas por:
a) redução das taxas de inflação e crescimento do PIB
b) incremento da dívida externa e retração das importações
c) estagnação das exportações e manutenção das taxas de inflação
d) estabilização da balança comercial e diminuição da dívida externa

13. (Enem 2006) Os textos a seguir foram extraídos de duas crônicas


publicadas no ano em que a seleção brasileira conquistou o
tricampeonato mundial de futebol.

O General Médici falou em consistência moral. Sem isso, talvez


a vitória nos escapasse, pois a disciplina consciente, livremente aceita,
é vital na preparação espartana para o rude teste do campeonato. Os
brasileiros portaram-se não apenas como técnicos ou profissionais,
mas como brasileiros, como cidadãos deste grande país, cônscios de
seu papel de representantes de seu povo. Foi a própria afirmação do
valor do homem brasileiro, como salientou bem o presidente da
República. Que o chefe do governo aproveite essa pausa, esse minuto
de euforia e de efusão patriótica, para meditar sobre a situação do
país. (...) A realidade do Brasil é a explosão patriótica do povo ante a
vitória na Copa.

Danton Jobim. Última Hora, 23/6/1970 (com adaptações).

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O que explodiu mesmo foi a alma, foi a paixão do povo: uma


explosão incomparável de alegria, de entusiasmo, de orgulho. (...)
Debruçado em minha varanda de Ipanema, [um velho amigo]
perguntava: - Será que algum terrorista se aproveitou do delírio
coletivo para adiantar um plano seu qualquer, agindo com frieza e
precisão? Será que, de outro lado, algum carrasco policial teve ânimo
para voltar a torturar sua vítima logo que o alemão apitou o fim do
jogo?

Rubem Braga. Última Hora, 25/6/1970 (com adaptações).

Avalie as seguintes afirmações a respeito dos dois textos e do período


histórico em que foram escritos.

I. Para os dois autores, a conquista do tricampeonato mundial de


futebol provocou uma explosão de alegria popular.
II. Os dois textos salientam o momento político que o país atravessava
ao mesmo tempo em que conquistava o tricampeonato.
III. À época da conquista do tricampeonato mundial de futebol, o Brasil
vivia sob regime militar, que, embora politicamente autoritário, não
chegou a fazer uso de métodos violentos contra seus opositores.

É correto apenas o que se afirma em


a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.

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14. (Vunesp 2013) Durante o regime militar brasileiro (1964-1985),


ocorreram:
a) fim do intervencionismo estatal na economia, ampliação da
autonomia dos estados e controle militar do sistema de informações.
b) ampliação dos programas sociais voltados à saúde e à educação,
crescimento industrial e saneamento completo das contas públicas.
c) limitação dos investimentos estrangeiros no país, erradicação da
inflação e pagamento da dívida externa brasileira.
d) fortalecimento do poder executivo, relativo esvaziamento do
legislativo e do judiciário e aumento da participação estatal na
economia.
e) modernização tecnológica nas comunicações, incremento dos
transportes aéreo e ferroviário e maior equilíbrio na distribuição de
renda.

15. (Uerj 2012)

A expansão do consumo de eletrodomésticos, como o televisor, foi uma


das características do processo de modernização da sociedade
brasileira nas décadas de 1960 e 1970. Havia, no entanto, contradições

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relacionadas ao exercício dos direitos políticos.


Uma dessas contradições estava associada ao seguinte aspecto:
a) restrição do voto feminino
b) supressão do poder legislativo
c) proibição das associações sindicais
d) cerceamento da representação partidária

16. (Vunesp 2013) Eu acho que a anistia foi a solução, mas ela não
foi completa. Quer dizer, não podiam ser anistiados aqueles que
mataram torturando, porque esse é um crime inafiançável. Quem mata
calmamente, friamente, tem de sofrer um processo e tem de sofrer
também as consequências do seu ato. Isso nunca foi executado no
Brasil como foi executado na Argentina com todos os generais. O Brasil
fez uma anistia pela metade, mas nós ficamos contentes porque não
houve derramamento de sangue.

(D. Paulo Evaristo Arns. Cult, março de 2004.)

Segundo a declaração de D. Paulo Evaristo Arns, Arcebispo de São


Paulo entre 1970 e 1998, a Lei da Anistia no Brasil, de 1979,
a) perdoou opositores e defensores do regime militar e, a despeito de
suas imperfeições, impediu confrontos e mortes entre setores
políticos rivais.
b) inspirou-se na lei de anistia argentina, que julgou e condenou
militares que mataram e torturaram durante o regime militar.
c) foi inútil, uma vez que não puniu aqueles que atuaram, durante o
regime militar, nos órgãos de repressão política e policial.

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d) foi equivocada, pois determinou o posterior levantamento, análise e


julgamento dos crimes cometidos durante o período do regime
militar.
e) beneficiou os opositores do regime militar e condenou aqueles que
os reprimiram por meio da violência e da tortura.

17. (G1 - cps 2011) No decorrer da história, futebol e política sempre


se encontraram. Um exemplo disso foram os esforços do governo da
África do Sul em sediar a Copa de 2010 e reafirmar a superação do
Apartheid.
No Brasil, o momento mais significativo da ditadura, em que futebol e
política andaram lado a lado, coincidiu com o tricampeonato mundial
da Seleção Brasileira, no México em 1970. O governo do general Emílio
Garrastazu Médici fez de tudo para associar a vitória de Pelé e de seus
companheiros, na Copa, com a boa fase econômica do país e o furor
patriótico que os militares tanto prezavam e incentivavam na
população.

(Revista Carta Fundamental, junho/julho de 2010. Adaptado)

Sobre o período do governo Médici, é valido afirmar que


a) a vitória futebolística no tricampeonato foi acompanhada, na
política, por um processo de abertura democrática gradual, lento e
seguro, sob a direção do próprio presidente.
b) o Ato Institucional nº 5 foi decretado e restringiu os poderes do
presidente da república, ampliando os poderes do Congresso
Nacional.
c) a boa fase econômica vivida pelo país traduziu-se no “milagre
econômico brasileiro”, havendo a construção da Transamazônica e
de uma nova capital, Brasília.

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d) o acelerado crescimento econômico resultou em baixa inflação,


causando recessão, ampliando o desemprego e diminuindo salários.
e) o país vivenciou o chamado “Anos de Chumbo”, pois houve o
endurecimento do regime e a ampliação da censura, apesar do
“milagre econômico brasileiro”.

18. (Uerj 2010) Para nós, operários, milagre é conseguir sobreviver


com os baixos salários que recebemos. Para isso, somos obrigados a
trabalhar 12 a 13 horas por dia, e muitos trabalham aos domingos, o
que significa, na prática, o fim de uma das maiores conquistas da
classe operária: a jornada de 8 horas e o descanso semanal.
Manifesto da Oposição Metalúrgica de São Paulo, 1975.

Apud PAES, Maria Helena Simões. Em nome da segurança nacional: do


golpe de 64 ao início da abertura. São Paulo: Atual, 1995.

Entre 1969 e 1973, em função das taxas de crescimento então


alcançadas, o momento econômico do país ficou conhecido como o do
“milagre brasileiro”.

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Com base no testemunho do movimento operário e na publicidade,


pode-se concluir que os principais efeitos do “milagre brasileiro” foram:

a) elevação do PIB – expansão dos sindicatos


b) nacionalização da indústria – revisão das leis trabalhistas
c) modernização da tecnologia – qualificação da mão de obra
d) internacionalização da economia – concentração de renda

19. (G1 - cftsc 2010) Durante o período do governo militar (1964 a


1985), era comum a utilização dos chamados Atos Institucionais,
impostos pela repressão aos que fossem contrários ao regime. Sobre
os Atos Institucionais, é correto afirmar que:
a) os Atos Institucionais representaram o que houve de mais
democrático na República Brasileira.
b) os Atos Institucionais eram aprovados pelo Congresso Nacional.
c) os Atos Institucionais pregavam a maior participação da população
na vida política do país.
d) os Atos Institucionais tiveram apoio total de todas as classes
políticas do país.
e) o mais famoso foi AI-5 (Ato Institucional nº 5), decretado no
governo do Presidente Costa e Silva, que dava amplos poderes ao
presidente da República de governar, bem como, de suspender várias
garantias individuais.

20. (Ufrgs 2011) Observe a imagem abaixo.

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Essa imagem fazia parte da propaganda oficial durante o regime militar


e está associada ao governo do presidente
a) Humberto Castelo Branco (1964-1967).
b) Arthur da Costa e Silva (1967-1969).
c) Emílio Medici (1969-1974).
d) Ernesto Geisel (1974-1979).
e) João Figueiredo (1979-1985).

21. (Uerj 2015) A vontade de mudar o nome do antigo Colégio


Estadual Presidente Emílio Garrastazu Médici, em Salvador, não
aconteceu por conta da efeméride dos 50 anos do golpe militar.
Segundo a diretora Aldair Almeida Dantas, essa era uma insatisfação
antiga da comunidade. “A novidade foi a convergência de intenções e
a coincidência com esse período de resgate histórico”, disse a diretora
do, agora, Colégio Estadual do Stiep Carlos Marighella. Um colegiado
escolar, formado pelos funcionários, professores, pais de alunos e pela
comunidade, entendeu que o lançamento de muitos candidatos ao
novo nome criaria confusão. Por isso surgiu a ideia de encontrar apenas
dois que fossem baianos e representassem o combate ao regime

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militar. Os nomes do guerrilheiro Carlos Marighella e do geógrafo


Milton Santos foram os escolhidos. “Ambos são da Bahia. Cada um
tentou lutar contra a imposição do regime”, analisa Aldair.

Adaptado de educacao.uol.com.br, 15/04/2014.

A escolha de nomes de logradouros e de edificações pode representar


uma homenagem em determinada época, assim como a mudança
desses nomes pode indicar transformações históricas, simbolizando
novas demandas da sociedade.

A situação apresentada na reportagem exemplifica, para a sociedade


brasileira atual, um contexto político associado a:
a) crítica da opinião pública às heranças autoritárias
b) revalorização da memória dos governos ditatoriais
c) reforço da gestão democrática de empresas estatais
d) renovação de critérios de escolha de heróis nacionais

22. (Upf 2012) Em 1970 o Brasil tornou-se tricampeão mundial de


futebol na Copa do Mundo, realizada no México. Sobre esta conquista,
pode-se afirmar:
a) Propiciou uma operação de propaganda do governo Médici, tentando
associar a conquista ao regime autoritário.
b) Não teve qualquer repercussão no campo político, por se tratar de
um acontecimento estritamente esportivo.
c) Alentou o trabalho das oposições, que deram destaque à capacidade
do povo brasileiro de realizar grandes proezas.
d) Favoreceu o projeto de abertura do general Geisel ao criar um clima
de otimismo pelas realizações do governo.

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e) Alcançou repercussão muito limitada, pois os meios de comunicação


não tinham a eficiência que têm hoje.

23. (G1 - cftmg 2012) O regime militar vigente no país entre 1964 e
1984 fez ampla utilização dos Atos Institucionais, instrumentos
jurídicos que
a) objetivavam corrigir o funcionamento do sistema político partidário
brasileiro.
b) promoviam políticas sociais para conter os efeitos da crise
econômica do período.
c) reforçavam o caráter autoritário do regime ao restringir os direitos
legais instituídos.
d) garantiam os princípios do liberalismo em um país marcado pelas
desigualdades sociais.

24. (Vunesp 2010) Um editorial do jornal Folha de S.Paulo gerou


polêmica e protestos no início de 2009. No entender do editorialista
(...) as chamadas “ditabrandas” – caso do Brasil entre 1964 e 1985 –
partiam de uma ruptura institucional e depois preservavam ou
instituíam formas controladas de disputa política e acesso à Justiça
(...).
(Folha de S.Paulo, 17.02.2009.)

O termo “ditabranda” reporta-se ao

a) golpe político aplicado por Getúlio Vargas; encerramento da


chamada República Velha; repressão ao Partido Comunista; políticas
econômicas de cunho nacionalista; suicídio de Vargas e divulgação
da carta-testamento.

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b) período do coronelismo na política brasileira; ocorrência de fraudes


nas eleições, através do chamado voto de cabresto; polícia política
constituída por capangas e jagunços.
c) período de Juscelino Kubitschek; imposição do crescimento
econômico através da industrialização; slogan governamental “50
anos em 5”; tempo de democracia restrita, com voto censitário.
d) golpe político-militar que instalou a ditadura; imposição de Atos
Institucionais; extinção dos partidos existentes; instituição do
bipartidarismo – ARENA e MDB; repressão à oposição e censura à
imprensa.
e) período de redemocratização; eleições diretas para o executivo,
legislativo e judiciário; urbanização acelerada e enfraquecimento do
poder dos presidentes da república.

25. (Unicamp 2015) O historiador Daniel Aarão Reis tem defendido


que o regime instaurado em 1964 não seja conhecido apenas como
“ditadura militar”, mas como “ditadura civil-militar”, pois contou com
a participação civil.
Para exemplificar o envolvimento civil, é possível citar
a) manifestações populares como a “passeata dos 100 mil”, a
campanha pela anistia e as “Marchas da família com Deus e pela
liberdade”.
b) a atuação homogênea do clero brasileiro e da Associação Brasileira
de Imprensa (ABI), que temiam a instauração do comunismo no país.
c) a participação da população nas eleições parlamentares, legitimando
as decisões políticas por meio de referendos.
d) o apoio de empresários, grupos midiáticos, políticos civis e classes
médias urbanas que davam sustentação aos militares.

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Gabarito:

Resposta da questão 1:
[D]

Após o Golpe de 1930, Vargas deu início a um governo de fato e,


após a outorgação da Constituição de 1934, passou a exercer um
governo de direito. Porém, as vésperas da eleição de 1937, Vargas
promoveu um novo golpe, e instaurou um regime ditatorial que ficou
conhecido como Estado Novo.

Resposta da questão 2:
[C]

Resposta da questão 3:
[E]

Resposta da questão 4:
[E]

Resposta da questão 5:
[A]

Resposta da questão 6:
[A]

Resposta da questão 7:
[D]

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Resposta da questão 8:
[C]

Resposta da questão 9:
[D]

Resposta da questão 10:


[C]

Resposta da questão 11:


[C]

A ditadura militar, iniciada em 1964 no Brasil, instituiu o


bipartidarismo no país, ou seja, a regulamentação da existência e
atuação de apenas dois partidos políticos no Brasil, um de situação e
outro de oposição.

Resposta da questão 12:


[A]

“Milagre econômico” foi uma expressão criada para designar o


período entre 1969 e 1973, apogeu da ditadura militar, durante o
governo Médici, que criou uma ideia de prosperidade econômica devido
à redução da inflação, elevação dos níveis de emprego, aumento do
consumo por meio de crédito a longo prazo e juros baixos. Foi a época
de grande ingresso de empresas e capitais estrangeiros, com
acentuado aumento da dívida externa.

Resposta da questão 13:


[D]

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militar. Goiás no contexto.

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A afirmação III está errada, pois a época foi marcada por forte
repressão, que pode ser considerada como uma das características
históricas daquele momento ou percebida no segundo texto, que cita
explicitamente a tortura.

Resposta da questão 14:


[D]

O regime militar brasileiro foi, para muitos, uma “ditadura


disfarçada”, pois manteve o funcionamento do Legislativo por quase
todo o período; no entanto, o Poder Executivo se sobrepôs aos demais,
na medida em que o presidente passou a governar por decretos leis e
por medidas de exceção, como os Atos Institucionais. Além disso, a
participação no Legislativo era limitada, pois centenas de cidadãos
perderam seus direitos políticos, foram presos ou exilados.

Resposta da questão 15:


[D]

Desde 1964 o Brasil viveu sob um regime ditatorial, no entanto


a ditadura brasileira teve alguns aspectos peculiares, levando muitos a
considerá-la como uma “ditadura disfarçada”. O Poder Legislativo foi
mantido, apesar da falta de liberdade e de fechado por pequenos
períodos, eleito pelo voto direto, inclusive das mulheres. Os sindicatos
também existiam, porém, grande parte deles sofreu intervenção ou
teve sua ação limitada por novas leis de exceção. A organização
partidária existente foi alterada pelo AI-2, que instituiu no país o
bipartidarismo, com a ARENA e o MDB.

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Resposta da questão 16:


[A]

O Arcebispo de São Paulo faz críticas ao processo de Anistia,


considerando-o imperfeito, pois tratou torturadores e torturados da
mesma maneira, fazendo ainda uma comparação com situação
semelhante na Argentina, mas que teve desfecho diferente, uma vez
que no país vizinho os responsáveis pela tortura em nome do Estado
foram punidos. No entanto, o religioso vê um elemento positivo nesse
desfecho, que foi o de evitar novos conflitos.

Resposta da questão 17:


[E]

O governo de Médici corresponde ao período de maior repressão


na época da ditadura militar. Durante esse período criou-se a ideia de
“milagre econômico”, pois a inflação estava sob controle, a indústria
crescia com o ingresso de capital estrangeiro e o índice de emprego
estava em alta. O governo procurou estimular o nacionalismo,
valorizando as conquistas esportivas do país, notadamente da seleção
de futebol.

Resposta da questão 18:


[D]

Entre as consequências do “Milagre Econômico” (crescimento do


PIB associado à queda dos índices de inflação) vivido pelo Brasil entre
1969 e 1973, podemos apontar o aumento da dependência do país ao
capital internacional em razão das concessões do governo militar aos
investimentos estrangeiros e o aumento da concentração de renda

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devido o “arrocho salarial”, fruto do declínio do salário mínimo real.


Apenas os profissionais mais especializados foram beneficiados graças
a desvinculação dos seus salários do salário mínimo real, o que deu a
parte da classe operária a possibilidade de ter algum benefício com o
crescimento econômico.

Resposta da questão 19:


[E]

O AI 5 foi instalado no Brasil durante o governo de Arthur da


Costa e Silva, publicado em 13/12/1968, que lhe concedia o direito de
pôr em recesso o Congresso Nacional, decretar intervenção em Estados
e municípios, suspender direitos políticos, proibir manifestações sobre
assuntos políticos e suspender a garantia do Habeas-corpus. Este ato
deu à Costa e Silva e a seus sucessores, durante os dez anos de sua
vigência, poderes absolutos. A censura à imprensa tornou-se
implacável.

Resposta da questão 20:


[C]

As duas expressões fizeram parte da campanha nacionalista


produzida pelo governo Médici que procurou reforçar a ideia de
“milagre econômico” com o desenvolvimento do país e a
impossibilidade de contestar a forma política do Estado naquele
momento, marcado pelo auge da repressão, apesar de que grande
parcela da sociedade não tinha conhecimento do que ocorria nos
“porões da ditadura”.

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Resposta da questão 21:


[A]

A situação claramente faz referência a Ditadura Militar (em


especial ao presidente Garrastazu Médici). E a Ditadura configura uma
herança autoritária brasileira.

Resposta da questão 22:


[A]

O governo Médici é considerado como o mais autoritário e


repressor do período da ditadura militar. Ao mesmo tempo em que
promoveu perseguições, execuções e censura, utilizou a propaganda
para promover o ufanismo nacionalista na população e usou as
conquistas esportivas para esse intento, destacando-se a conquista do
tricampeonato de futebol no México.

Resposta da questão 23:


[C]

A alternativa [C] é a mais indicada porque foi durante o período


da Ditadura que o regime político reprimiu os direitos constitucionais.

Resposta da questão 24:


[D]

Como sintetiza muito bem a alternativa correta, o regime militar


no Brasil entre 1964 e 1985 foi na prática um regime autoritário que
impôs severas restrições aos direitos dos cidadãos, se utilizou da
violência na repressão aos opositores, estimulou o exílio de

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importantes figuras do meio artístico e intelectual e impôs a censura,


entre outras medidas de exceção.

Resposta da questão 25:


[D]

Somente a alternativa [D] está correta. A questão remete ao


golpe militar de 1964 ocorrido no Brasil. Muitos historiadores e
estudiosos (entre eles Daniel Aarão Reis) entendem que o golpe militar
de 31 de março de 1964 pode ser denominado de “Golpe Civil-Militar”
considerando que os militares não tomaram o poder sem o apoio de
muitos segmentos sociais como a Igreja através da Marcha pela Família
e a Propriedade, empresários preocupados com o destino do país que
era governado pelo presidente populista Jango, a incipiente classe
média urbana com viés conservador. O cenário da Guerra Fria é tenso,
ocorreu a implantação do comunismo na ilha de Cuba e o assassinato
do presidente dos EUA, JFK. As demais alternativas estão incorretas.

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militar. Goiás no contexto.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS.
Muito bem, querido amigo concurseiro. Se chegou até aqui é um
bom sinal: o de que tentou praticar todos os exercícios. Não se esqueça
da importância de ler a teoria completa e sempre consultá-la. Não
esqueça dos seus objetivos e dedique-se com toda a força para
alcança-los. Sonhe alto, pois “quem sente o impulso de voar, nunca
mais se contentará em rastejar”. Te encontro na nossa próxima aula.

Bons estudos, um grande abraço e foco no sucesso.

Até logo...

Prof. Sérgio Henrique Lima Reis.

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