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1 O PERFIL DOS ALUNOS DA ERA TECNOLÓGICA

Com o advento da tecnologia, é preciso que se analisem como essas


interferem direta ou indiretamente no aprendizado, ou seja, no processo de ensino.
Como o acesso à tecnologia tem atingido um numero cada vez maior de
pessoas, é impossível não pensar como isso tem alterado o comportamento das
crianças e, até que ponto, isso influencia no processo ensino e aprendizagem e nas
metodologias utilizadas em sala de aula.
Para poder entender como essas mídias podem ser inclusive utilizadas
como ferramenta de ensino, é necessário primeiro analisar como é o perfil do
estudante deste século, onde a tecnologia faz parte do seu cotidiano.
Serres (2013, p. 11) fala que “antes de ensinar o que quer que seja a
alguém, é preciso, no mínimo, conhecer esse alguém”.
Sendo assim, é preciso que se entenda como funciona a mente dos alunos
hoje, para que se possa adaptar as metodologias adequadas e até mesmo usar a
tecnologia a favor da educação.
O perfil dos estudantes vem se alterando ao longo dos anos, antes o acesso
a computadores e celulares era mais restrito. Hoje, porém, pode-se afirmar que
quase todos os alunos têm contato com a internet.
Prensky (2010, p. 73), fala que “os estudantes não estão apenas usando a
tecnologia de maneira diferente hoje em dia, mas abordando suas vidas e atividades
diárias de maneira diferente, por causa da tecnologia”.
Com isso é importante estar atento para o fato de que assim como os alunos
adaptam suas rotinas para o uso das tecnologias, é importante que a escola e os
professores passem pelo mesmo processo, a fim de melhorar a interação entre
professor e aluno, promovendo assim melhoria nas relações em sala de aula e na
aprendizagem.
Serres (2013) faz uma comparação temporal dos alunos de hoje, com os de
antigamente, apresentando características da evolução da humanidade. Segundo
este autor:

Esse novo aluno, essa nova estudante nunca viu bezerro, vaca, porco nem
ninhada. Em 1900, a maioria dos seres humanos, no planeta, cuidava de
lavoura e pecuária; em 2010, a França, como outros países parecidos, não
conta sequer com um por cento de camponeses. Esta é, sem dúvida, uma
das maiores rupturas da história desde o neolítico. Antes referenciada por
práticas geórgicas, a cultura mudou. (SERRES, 2013, p. 13)

Essas falas do autor certamente se referem ao fato de que, muitas crianças


de hoje em dia não tiveram contato pessoal com animais sem ser por meio de fotos
ou vídeos.
Sobre esse fato Steidel et al (2015, p. 35665), atentam para que “Vive-se,
atualmente na era da imagem, ou seja, a imagem produzida e veiculada através de
tecnologia cada vez mais avançada tornou-se preponderante sobre qualquer outra
forma de apreensão do mundo”.
Abreu (2002) corrobora esse assunto falando que:

O desenvolvimento de distintas maneiras de codificação da informação,


aumentam as condições técnicas de construção, armazenamento e
transmissão da informação, em uma época na qual as noções de
espaço/tempo são redimensionadas devido aos novos aportes técnicos para
a elaboração e difusão das informações. (ABREU, 2002, p. 01)

Assim, é preciso se adaptar a esse novo perfil de aluno, acostumado a ter


acesso a tanto e a tão pouco ao mesmo tempo, pois muito conhecimento não sai do
virtual.
Serres (2013) descreve como são as crianças dessa era tecnológica da
seguinte maneira:

Essas crianças, então, habitam o virtual. As ciências cognitivas mostram


que o uso da internet, a leitura ou a escrita de mensagens com o polegar, a
consulta à Wikipédia ou ao Facebook não ativam os mesmos neurônios
nem as mesmas zonas corticais que o uso do livro, do quadro-negro ou do
caderno. Essas crianças podem manipular várias informações ao mesmo
tempo. Não conhecem, não integralizam nem sintetizam da mesma forma
que nós, seus antepassados.

Sendo assim, deve-se buscar maneiras diferenciadas de tratar com esse


novo perfil de alunos, acostumados a ter um acesso diferente às informações.
Prensky (2001) fala do constante contato desses alunos com a tecnologia.
Ele fala que:

Os alunos de hoje – do maternal à faculdade – representam as primeiras


gerações que cresceram com esta nova tecnologia. Eles passaram a vida
inteira cercados e usando computadores, vídeo games, tocadores de
música digitais, câmeras de vídeo, telefones celulares, e todos os outros
brinquedos e ferramentas da era digital. (PRENSKY, 2001, p. 01)
Ainda sobre esse perfil diferenciado dos novos sujeitos da atualidade, Abreu
(2002) afirma que:

Estes novos sujeitos da atualidade que, em interação com a tela, aprendem,


choram, sorriem e acessam distintos horizontes, na mais recente
geoeletrônica, assumem uma nova condição mutante que as gerações
anteriores, as da cultura do impresso, têm dificuldade de entender
caracterizada pela fluidez e transcendência destes novos sujeitos pós-
humano, com os quais dividimos nossas vidas em nossas casas e/ou em
nossas escolas. (ABREU, 2002, p. 05)

Com isso, é impossível pensar na educação com os padrões tradicionais de


ensino e que estas atinjam os mesmos objetivos e resultados de antigamente diante
desse novo perfil encontrado nos estudantes depois do advento da internet e do
acesso às novas tecnologias.
Sob este aspecto, este mesmo autor fala o seguinte:

Quando pensamos no modelo de escola e, em especial, de ação


comunicativa docente, que tradicionalmente conhecemos e comparamos
com esta subjetividade pós-moderna, podemos claramente perceber que
existe uma lacuna na maneira de perceber e de processar a informação.
(ABREU, 2002, p. 05)

Portanto, é preciso que se repense a educação com o intuito de preencher


essa lacuna, buscando com isso melhores resultados na aprendizagem.
Quanto à denominação, são várias as encontradas para essa geração,
dentre as mais comuns estão: “Nativos digitais” e “Geração Z”.
Levenfus (2002) citada por Fagundes (), diz que o nome “Geração Z” é
atribuído ao fato dos jovens dessa geração pelo seu comportamento de zapear. Nas
palavras dela:

Chamamos de Geração Z pelo seu comportamento de Zapear, ou seja, ela


muda de um canal para outro na televisão sem deter-se em praticamente
nenhum. Sobrepõe o uso da internet, do vídeo, dos CDs musicais e dos
telefones com maior naturalidade. Essa geração não se tranca no quarto
para se isolar do mundo, mas sim para se plugar nele, tendo acesso a
informações jamais obtidas por jovens de eras passadas, de dentro do
quarto abrem N janelas para o mundo. (LEVENFUS, 2002, apud
FAGUNDES 2011, p. 40)

Nas palavras da autora citada por Fagundes (2011), é possível entender as


inúmeras possibilidades de novas informações existentes através do acesso à
internet. Assim, essa geração tem absorvido por meio dos acessos que realizam,
informações dos mais diferentes campos.
Portanto, como já dito antes, é preciso pensar no papel da escola diante
dessa geração, buscando assim transmitir os conhecimentos necessários, além dos
que eles já buscam diariamente. Neste mesmo sentido, Fagundes (2011) acrescenta
que:

Ainda que o mundo informacional esteja mais complexo para essa nova
geração, o papel das escolas e bibliotecas escolares continua sendo o
mesmo: o de focar em primeiro lugar o seu aluno/usuário. Contudo, uma
das principais preocupações da escola, e aqui está incluído o bibliotecário,
deve passar a ser como encaixar em seu currículo básico o aprendizado e o
desenvolvimento de habilidades para obtenção de conhecimento no
ambiente digital. Os bibliotecários também devem continuar a desempenhar
o papel fundamental, orientando os nativos digitais através do mundo, cada
vez mais complicado, da informação digital. (FAGUNDES, 2011, p. 43)

Analisando, portanto, o que foi estudado, percebe-se que o perfil desta nova
geração de alunos, que fazem uso da tecnologia em seu cotidiano, é capaz de
absorver informações diversas, dos mais variados segmentos, o que pode provocar
um desinteresse nos conteúdos escolares.
Por este motivo, as escolas devem voltar sua atenção para criar maneiras de
se trabalhar esses alunos, proporcionando metodologias adequadas e estudando o
possível uso, de materiais tecnológicos que fazem parte do dia a dia dos alunos.
Ao adequar as aulas, para que esses alunos se sintam mais perto da sua
realidade, acredita-se que, seja possível despertar o interesse dos mesmos para as
aulas, melhorando com isso todo o processo de ensino e aprendizagem.
REFERENCIAS

ABREU, Luiz Cláudio Gomes de. Mediação e emoção: A arte na aprendizagem. In:
CONGRESSO BRASILEIRO DE COMUNICAÇÃO. Salvador, 2002. Anais. Salvador,
2002.

FAGUNDES, Marina Miranda. Competência informacional e geração z: um estudo


de caso em duas escolas de Porto Alegre. Trabalho de conclusão de curso
(Graduação). Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação. Universidade Federal
do Rio Grande do Sul. Orientadora: Martha Eddy Krummenauer Kling Bonotto. Porto
Alegre: 2011.

PRENSKY, Marc. Nativos Digitais, Imigrantes Digitais. De On the Horizon (NCB


University Press, Vol. 9 No. 5, Outubro 2001). Disponível em: <
http://www.Colegiongeracao.com.br/novageracao/2_intencoes/nativos.pdf> Acesso
em: 20 de Nov de 2018.

_______. Não me atrapalhe, mãe – Eu estou aprendendo! Como os videogames


estão preparando nossos filhos para o sucesso no século XXI. Editora: Phorte.
2010.

SERRES, Michel (2013). Polegarzinha. Tradução: Jorge Bastos. Rio de Janeiro, RJ,
Brasil: Bertrand Brasil.

STEIDEL, Rejane. BONNEVIALLE, Claudia Vicentine; LOPES, Fernando Cézar de


Oliveira. Aprendizagem mediada na era digital: um desafio para o professor, uma
nova visão para o aluno. In: XII CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 2015,
Curitiba. Anais do XII Congresso Nacional de Educação. Curitiba - Pr: Editora Universitária
Champagnat, 2015.

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