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DA LIDERANÇA MILITAR
1. GENERALIDADES
Para iniciar o estudo da liderança militar é preciso conhecer alguns aspectos bási-
cos desta questão. O presente estudo abordará estes aspectos, buscando esclarecer
peculiaridades que possibilitam um melhor entendimento da liderança e a aplicação
dos princípios que regem esta fenomenologia.
a. Compreendendo as palavras
b. Fatores da liderança
c. Teorias da liderança
Uso da autoridade
pelo chefe
Área de liberdade
dos subordinados
1:AI,AII,CI,CII
NÃO
SIM SIM
NÃO 2:GII
O
NÃ
NÃO SIM 3:AII,AII,CI,CII
SIM
SIM SIM NÃO 4:AI,AII,CI,CII
SIM N ÃO
SIM 5:GII
NÃ NÃO NÃO SIM 6a:CII
O NÃO
SIM 6b:CI,CII
SIM NÃO NÃO 7:AII,CI,CII
N SIM 8:AII,CI,CII,GII
ÃO
9:CII
NÃO
NÃO 10:CII,GII
SIM
SIM SIM
SIM
NÃO 11:GII
NÃO 12:CII
O Grid (grade) Gerencial (ver a figura abaixo) proposto por Blake e Mouton indi-
ca que as ações do líder podem se desenvolver em direção à produtividade (tarefa) ou ao
interesse (consideração) pelas pessoas. No desenvolvimento de seu modelo, eles con-
cluem, que dependendo da situação, um tipo será melhor que outro, não sendo o 9-9
considerado como o melhor em todas as situações.
9 1-9 9-9
8
7
Interesse pelas pessoas
5 5-5
4
1 1-1 9-1
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Interesse pela tarefa
Grid Gerencial de Blake e Mouton
4) Corrente integradora
Esta corrente não atribui o surgimento da liderança a alguma fatalidade, seja ori-
unda de ocorrências fortuitas da dinâmica grupal, seja por coincidências ligadas às ca-
racterísticas especiais do líder. Os seus adeptos consideram que os quatro fatores princi-
pais da liderança formam sistemas com múltiplas possibilidades de interação entre seus
elementos constitutivos, devido às características dos grupos, às modificações da situa-
ção e às variações na interação entre o líder e os liderados.
A corrente integradora aceita aspectos das correntes anteriores, levando em consi-
deração tanto os fatores ligados à situação, quanto os componentes de caráter pessoal do
líder e dos liderados. Demonstra também que a liderança surge através do tipo e da qua-
lidade das relações funcionais que se estabelecem dentro do grupo e que as competên-
cias evidenciadas por um indivíduo não têm, por si só, o poder de transformá-lo em lí-
der.
Argumenta que o prestígio do líder é consequência de sua participação ativa nos
trabalhos ou nas postulações de determinado grupo social, aliado à demonstração de sua
capacidade e de suas características pessoais. Acreditam os defensores dessa corrente
que, para liderar, o indivíduo precisa estar integrado ao grupo, participando de seus ide-
ais e da preservação dos seus valores, bem como ciente da situação maior onde o grupo
se insere.
Esta corrente, com profundas raízes na teoria sistêmica, aponta para a importância
da relação entre os diversos fatores que interferem na vida de um grupo e de como eles
cooperam para o estabelecimento e manutenção da liderança de determinado indivíduo.
Abarca também outros estudos, que vêm apontando no sentido de se levar em
consideração outros fatores, externos ao grupo, que podem influir no estabelecimento da
liderança, como a cultura da sociedade em que o grupo está inserido. Contudo, estes
estudos são ainda incipientes, havendo a necessidade de aguardar sua estabilização para
adotá-los.
A Teoria do Campo Social de Kurt Lewin, também um dos autores da Teoria
dos Estilos de Liderança, propõe que os fenômenos que ocorrem no grupo são resultado
da totalidade de fatores coexistentes em determinado momento. Logo, a história de cada
um dos elementos do grupo, o tipo de tarefa, as variáveis culturais, as características do
comandante e dos subordinados, a relação existente entre eles, o ambiente em que o
grupo está inserido, além de outros fatores, irão determinar a existência, ou não, da lide-
rança.
É possível notar a importância para o comandante, que deseja liderar seus ho-
mens, do desenvolvimento da perspicácia, da percepção antecipada, da empatia e das
competências intra e interpessoais para incrementar suas chances de liderar num mo-
mento de crise.
Outros modelos vêm tentando enquadrar o maior número de fatores que concor-
rem para o fenômeno, como o Modelo sistêmico de Bass de Valenzi e o Modelo de
Contingência Multivariado de Heller. Estes modelos, no entanto, acabam pesquisando
um número muito grande de variáveis, com a utilização de longos questionários, e não
conseguem, ao final, tirar conclusões que sejam práticas para a aplicação do conheci-
mento obtido.
A Teoria do Campo Social, que propugna a liderança como fruto da interação dos
quatro fatores principais – líder, liderados, situação e comunicação (interação) - é a que
será utilizada como base para o entendimento do fenômeno da liderança militar e da
formação dos comandantes, na busca do desempenho correto das atividades castrenses.
3. TIPOS DE LIDERANÇA
4. NÍVEIS DE LIDERANÇA
Pode-se distinguir, basicamente, que a liderança ocorre em dois níveis, que carac-
terizam a liderança direta e a liderança indireta.
O ideal é que os níveis de liderança correspondam aos níveis hierárquicos legal-
mente estabelecidos porque, em cada nível hierárquico, ocorrerão determinadas respon-
sabilidades, inerentes aos comandantes no nível considerado.
A liderança direta ocorre em situações, como o próprio nome indica, nas quais o
líder influencia diretamente os liderados, falando a eles com frequência e fornecendo
exemplos pessoais daquilo que prega.
O líder, neste caso, estará na linha de frente, lidando frequentemente com o gru-
po.
Por intermédio da liderança direta, consegue-se estabelecer laços de confiança
mais sólidos e duradouros com os indivíduos, uma vez que o líder pode satisfazer, em
melhores condições, às necessidades de interação com os seus liderados.
Na antiguidade, os comandantes de grandes exércitos estabeleciam a liderança,
principalmente, através de exemplos de coragem, demonstrada nas batalhas travadas
contra inimigos ferozes, quando participavam dos combates, correndo os mesmos peri-
gos dos liderados. Estes homens, sem dúvida, exerciam a liderança direta durante o
combate, embora comandassem dezenas de milhares de soldados.
Bons exemplos desta conduta nos deram Alexandre, o Magno, e Aníbal, o Carta-
ginês, generais que sempre conduziram pessoalmente suas hostes guerreiras, obtendo
vitórias esmagadoras, contra adversários mais numerosos e aparentemente mais fortes,
em virtude de sua extraordinária capacidade de liderança, chamada por alguns historia-
dores de liderança heroica.
Mas a História conta, também, que os dois generais falavam com frequência às
tropas e que eram oradores brilhantes, conseguindo entusiasmar e convencer seus solda-
dos com discursos bem elaborados, proferidos na hora certa, com entusiasmo e sinceri-
dade.
Não se sabe exatamente como conseguiam falar a exércitos tão numerosos. O
mais provável é que escolhessem locais de acústica favorável ou falassem a vários gru-
pos separadamente. O certo é que, com mensagens e exemplos apropriados, conseguiam
estabelecer uma comunicação eficaz com os seus exércitos.
Nos dias atuais, normalmente exercem a liderança direta aqueles comandantes
que têm oportunidade de lidar diariamente com os subordinados, falando com eles fre-
quentemente e sendo observados de perto.
Na liderança direta, o líder militar comanda diretamente o grupo na execução da-
quilo que foi planejado nos níveis superiores. Por exemplo, o capitão comandante da
companhia conduz pessoalmente seus subordinados no adestramento para o combate,
executando as ordens do comandante do batalhão. Neste nível, o comandante deverá
estar sempre junto aos seus subordinados, fornecendo bons exemplos pessoais. Estará
muito próximo aos comandados e esta proximidade exige uma série de cuidados, uma
vez que as falhas ou erros porventura cometidos serão identificados com facilidade pelo
grupo.
O líder militar neste nível será um paradigma, como profissional e como cidadão
e, por isto, deverá:
5. CHAVE DA LIDERANÇA