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Uni-BH

Disciplina: Cálculo Diferencial Turma: Engenharia Civil


Prof.: Tatiana Reis Bastos Braga
Funções: Conceito, domínio, imagem e representação gráfica

Introdução

Você esta iniciando um programa de estudos da disciplina Cálculo. É importante


lembrar que é você que precisará estudar; ninguém poderá fazer isso por você. Pense em
uma aula de ginástica: você é quem faz a aula; o professor orienta! Esse programa foi
estruturado para ajudá-lo a estudar; não é um programa fácil porque não existem
caminhos fáceis para se trabalhar com o conhecimento!

Começamos o programa desta disciplina introduzindo um dos mais fundamentais


conceitos da matemática – o de função. O conceito de função refere-se essencialmente à
correspondência entre conjuntos. Em nossos estudos os conjuntos envolvidos sempre
serão subconjuntos de IR. As funções definidas nestes conjuntos são chamadas funções
reais de variável real.

O que é uma função?

Em muitas relações entre duas variáveis, o valor de uma delas depende do valor da
outra. Assim, por exemplo, o preço de uma corrida de táxi depende da distância
percorrida; o imposto de renda a ser pago por uma pessoa física depende de sua receita
líquida; a área de um círculo depende do raio círculo.
Considere a relação entre a área do círculo e seu raio. Esta relação é expressa pela
equação
2
A=π r
Nesta equação, o valor de A depende do valor de r. Por esta razão, dizemos que A é a
variável dependente, e r é a variável independente.

As relações que estudaremos neste curso apresentam a propriedade de que a cada valor
da variável independente, corresponde um e apenas um valor da variável dependente.
Este tipo de relação define o que chamamos de função.

Funções reais de uma variável real

Seja D um subconjunto não vazio de números reais. Uma função f, definida em D, é


uma regra que atribui um único número real y a cada elemento x do conjunto D.

• •
x y

I
D
R
O conjunto D é chamado domínio da função f, e se escreve D(f ) ;
O número real y é o valor da função f no ponto x, e se escreve y=f ( x ) . Nesta
notação, x é a variável independente e y a variável dependente;
O conjunto de todos os valores assumidos por y quando x varia em D é chamado de
imagem ou variação de f, e se escreve Im( f ) .

Exemplo 1
Considere os conjuntos A e B e a função f definida como no diagrama abaixo:
O domínio de f é,D(f )= {1,5,7 } ;
O valor de f em x=1 é 2: f (1 )=2 ;
O valor de f em x=5 é 8: f (5 )=8 ;
O valor de f em x=7 é 8: f (7 )=8 ;
A imagem de f é, Im( f )={ 2,8 } .

Obs.: o conjunto B={ 2,8 , 16 } é denominado contradomínio de f.

Exemplo 2
Considere o conjunto A= {1,3,5,7 } e seja f, definida em A, a função dada pela
sentença f (x )=2 x+1 .
Assim, o conjunto A é o domínio de f e temos:
f (1 )=3 , f (3 )=7 , f (5 )=11 e f (7 )=15

O conjunto imagem é então: Im( f )={ 3,7 ,11 ,15 } .


Obs.: Neste exemplo o domínio de f foi especificado. Se uma função f é definida
apenas pela “regra” considera-se o domínio de f como o conjunto de todos os valores
para x tais que f (x ) seja um número real.

Exemplo 3
Determinar o domínio das seguintes funções:
1
2 f (x )=
a) f (x )=x +1 b) x −2 c) f (x )=√ x+1 d)

f (x )=
√ x−1
x−3

Temos:

a) D(f )=IR , pois para qualquer valor real de x o valor de f (x ) é um número


real.

b) D(f )=IR− {2 } , pois para x=2 o denominador torna-se nulo (a divisão por
zero não está definida).

c) D(f )= { x ∈ IR|x≥−1 }=[−1, ∞ ) , pois para x<2 o radicando é negativo (a


raiz quadrada de um número negativo não é um número real).
d)
{ }
D(f )= x ∈ IR|x≥1 e x≠3 =[1,3 )∪(3 ,∞ )
, pois para x<1 o radicando é
negativo e para x=3 o denominador é nulo.

Maneiras de representar uma função

Talvez você esteja acostumado a pensar que uma função é apenas uma fórmula e não
veja nenhuma importância em saber ler tabelas ou gráficos e nem qual o domínio e a
imagem de uma função. É comum que gostemos mais de manipular expressões, de
fazer contas e resolver, de maneira mecânica, as questões que encontramos ou que nos
são postas. Com a evolução das calculadoras e dos computadores, a habilidade de
fazer muitos cálculos passou a ter menos importância; atualmente, mais vale conhecer
bem os conceitos e saber quando e como aplicar esses conceitos.

Por meio de um exemplo, vamos observar as diversas maneiras de estudar uma


função. Tente estudar com detalhes as situações apresentadas neste texto; essa é uma
oportunidade para que você aprenda a ler tabelas e gráficos, melhore sua habilidade
de descrever situações e, sobretudo, desenvolva sua capacidade de pensar, que aqui é
vista como a habilidade de estabelecer relações.

Exemplo 4

No período de 10 a 20 de janeiro de 2004, foram registradas em Poços de Caldas as


seguintes temperaturas máximas:

Temperatura
Data
(ºC)
10 23
11 25
12 25
13 26
14 28
15 25
16 22
17 24
18 26
19 28
20 28
Tabela 1 – Temperaturas máximas em Poços de Caldas

Na tabela acima existe uma relação entre as datas e as temperaturas máximas. A cada
dia, de 10 a 20 de janeiro, está associada uma única temperatura máxima. Podemos
observar que, em um mesmo dia, ocorre apenas uma temperatura máxima. Este é um
exemplo de função.
Embora não exista fórmula para a temperatura (senão não precisaríamos dos institutos
de meteorologia), a temperatura satisfaz a definição de função: cada dia t tem uma
única temperatura máxima M associada a ele. Usando símbolos matemáticos,
escrevemos: M = f(t), onde M é o valor da função ou variável dependente e t é a
variável independente.

O domínio da função é o conjunto dos dias no período de 10 a 20 de janeiro de 2004:


D(f )= {10,11,12,13,14,15,16,17,18,19,20 } ;

A imagem da função é o conjunto dos valores da temperatura máxima registrados no


período de 10 a 20 de janeiro de 2004:
Im( f )={ 22,23 ,24,25 ,26,27,28 } .

Exemplo 5

A função que fornece as temperaturas máximas em Poços de Caldas em função do


tempo, representada por meio de uma tabela no exemplo 4, pode ser representada pelo
gráfico mostrado na figura 1.

Obs.: o gráfico de uma função é o conjunto de todos os pares ordenados ( x, y) do


plano coordenado tais que x∈D e y=f ( x ) .

Figura 1 - Temperaturas máximas em Poços de Caldas

29

28

27

26
Temperatura máxima

25

24

23

22

21

20
10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Dias do mês de janeiro de 2004

No gráfico da figura 1, estão representados os pares ordenados que constituem a


função. O gráfico é formado por pontos separados e cada um deles representa um
elemento da função
 
F={(10,23),(11,25),(12,25),(13,26),(14 ,28),(15,25),(16,22),(17 ,24),(18,26),(19,28),(20,28) }
.

O primeiro termo de cada um desses pares é medido sobre o eixo horizontal onde
normalmente são colocados os valores do domínio da função; o segundo termo de
cada um desses pares é medido sobre o eixo vertical, onde normalmente são
colocados os valores do contradomínio da função.
Nos exemplos seguintes, vamos representar funções por meio de uma tabela, por meio
de um gráfico, por meio de uma fórmula e por meio da descrição verbal. São essas as
quatro maneiras mais usuais de se representar uma função. Em geral, existe a maneira
mais adequada para se representar uma função, dependendo do uso que se precisa
fazer dela. Assim, o padrão dos batimentos cardíacos de uma pessoa é mais
facilmente observado em um eletrocardiograma, que é o gráfico de uma função.

Exemplo 6

Quatro maneiras de Para efeito de manipulação Além disso, uma


representar uma algébrica e de análise função pode ser
função matemática, essa função pode representada por
ser representada por uma meio de descrição
Quando uma bola é fórmula: verbal:
chutada para cima, a javascript:dica5() Quando uma bola é
partir do solo, a altura chutada para o alto,
da bola depende do a sua altura em
tempo decorrido desde relação ao solo é
o momento do chute. função do tempo
Esse fato pode ser decorrido desde o
representado por meio momento do chute,
javascript:dica3()da ou o instante inicial,
javascript:dica4()Representação
seguinte tabela de até o momento em
Gráfica
valores. que toca o solo, ou o
instante final. No
    caso em estudo, a
Tempo Altura altura da bola no
(t) f(t) instante inicial é
(segundo (metro zero, no instante
s) s) t=1,25s é 10,25 e no
0 0 instante t=3s volta a
0,5 6,25 ser zero (a bola
retorna ao solo).
1,0 10,00
 
1,5 10,25
2,0 10,00 javascript:dica5()
2,5 6,25
3,0 0

A representação de
uma função por meio
de uma tabela é muito
utilizada para indicar
as medidas obtidas em
experiências
científicas.

Obs.: Como a variável t se refere ao tempo e a altura h define a posição da bola em


relação ao solo, o domínio da função, definido por este contexto, é o intervalo
0≤t≤3 segundos. (Convença-se disto!).

Sugestão: Tente construir o gráfico da função acima. Represente pares ordenados no


plano coordenado (utilize os valores tabelados ou estabeleça outros valores para
f (t ) ) e trace uma curva suave por estes pontos.
Exemplo 7

Quatro maneiras de Uma possível


Representação por gráfico
representar uma função descrição verbal
dessa função é a
Considere um tanque com seguinte:
1200 litros de capacidade
 
e uma torneira que despeja
nele 40 litros de água por O volume de
minuto. O volume de água água despejado
despejada é função do no tanque é
tempo em que a torneira função do
ficar aberta. tempo
decorrido desde
  o instante em
Tempo volume que a torneira
Representação por fórmula:
(t) v(t) foi aberta. A
(minutos) (litros) torneira é
0 0 As variáveis V e t se aberta quando
1 40 relacionam pela igualdade o tanque está
f(t) = 40t, com 0 vazio e despeja
2 80 no tanque 40
t
3 120 Para cada valor atribuído à litros a cada
... ... variável t corresponde um minuto. Como
29 1160 único valor para a variável a capacidade
V. A relação f(t) = 40t é a do tanque é de
30 1200
lei de associação ou a lei de 1200 litros,
Representação por tabela formação da função. serão
necessários 30
minutos para
que essa
torneira encha
o tanque.
Obs.: Como a variável t se refere ao tempo e a variável v se refere ao volume do
tanque cuja capacidade é de 1200 litros, o domínio da função, definido por este
contexto, é o intervalo 0≤t≤30 . (Convença-se disto!).

Sugestão: Construa o gráfico da função acima. Observe que o gráfico é uma reta. Para
traçar o gráfico de uma reta são necessários apenas dois pontos.
Um pouco mais sobre funções

x
Considere o gráfico da figura 2.

d


c
a

y

•b

Figura 2 – Gráfico de uma função polinomial

Interceptos

Os pontos intersecção do gráfico com os eixos coordenados são chamados de


interceptos da função.

O ponto de intersecção do gráfico com o eixo y é denominado intercepto y e tem


coordenadas (0, a).

O ponto de intersecção do gráfico com o eixo x é denominado intercepto x (ou raízes


da função) e tem coordenadas do tipo (x, 0). No gráfico acima os interceptos x são os
pontos de coordenadas (b, 0), (c, 0) e (d, 0).

Estudo de sinal de uma função

Estudar o sinal de uma função significa obter os valores de x para os quais


f (x )> 0 ou f (x )<0 ou f (x )=0 . Desta forma, no gráfico acima temos:

• f (x )> 0 para b< x <c ou para x> d ;

• f (x )< 0 para x<b ou para c < x< d ;


• f (x )=0 para x=b , x=c e para x=d .

Exemplo 9

Dada a função f (x )=x−4 , determinar os interceptos x e y e estudar seu sinal.

O gráfico desta função é uma reta e pode ser obtido determinando-se o valor da
função para, apenas, dois valore de x.

Fazendo, por exemplo, x=1 e x=5 (pode-se estabelecer quaisquer valores para
x dentro do domínio de f), temos: f (1 )=−3 e f (5 )=1 .

O gráfico é então, como o da figura 3.

1 •
1
5

-3 •

Figura 3 – Gráfico da função f (x )=x−4 .

Para se determinar o intercepto y da função fazemos x=0 e determinamos


f (0)=−4 .
Para se determinar o intercepto x da função fazemos y=0 e determinamos
x=4 .

Observando o gráfico da função, verifica-se que f (x )>0 para x> 4 e


f (x )< 0 para x<4 . A função é nula apenas em x=4 .

Exercícios

1 – Determinar o domínio, a imagem e o contradomínio das funções definidas pelos


diagramas abaixo.
D(f )=
f
-
1 4 Im( f )=
a) 0
2 Contradomínio =
2
5 3

-5
-
1 f
-3 D(f )=
0
1
- Im( f )=
b) 1
2 Contradomínio =
0

2 – Determinar os valores das funções para os valores indicados de x.

a) f (x )=4−3 x f (−2) f (x−2) f (1−a )

2
b) f (x )=2 x −1 f ( √3) f (x 2 +1) f (x +a )

c) f (x )=1/ x f (1/2) f (x +a ) f (x +b )−f ( x )

d) f (x )=√ x 2
f (1 /b ) f (x +a ) f (x +b )−f ( x )

3 – Determinar o domínio das seguintes funções.

a) f (x )=3−2 x e) f (x )=√ 4−x 2

x √ x−2
f (x )= 2 f (x )=
b) x −1 f) x−5

2 x g)
f (x )= +
c) x x−1 f (x )=√ x−1−√ x+4
d)
2
x f (x )=√ 2 x +1−
f (x )= 2 h) x
x + 2 x +1

4 – Esboce o gráfico das funções abaixo. Determine os interceptos x e y e faça um


estudo do sinal destas funções.

a) y=2 x+4

2
b) y=9−x

2
c) y=x −3 x

d)
y=¿{−1 se x≤0¿ {x−1 se 0<x<2¿ ¿
Funções usuais: lineares e quadráticas.

Introdução
Muitas funções são utilizadas para descrever fenômenos físicos ou situações que
acontecem no dia-a-dia. Essas funções são chamadas de modelos matemáticos porque
servem para representar com bastante precisão o comportamento das grandezas que
interferem numa dada situação. Existem vários tipos diferentes de funções, as quais
podem ser usadas para modelar fenômenos observados no mundo real.

Neste material, discutiremos o comportamento e os gráficos de algumas funções


usuais, em especial, as funções lineares, quadráticas, polinomiais e racionais.

Funções Lineares

Uma função linear (ou função polinomial do 1º grau) tem a forma:

y=f ( x )=ax+b

Seu gráfico é uma reta tal que:

• a é a inclinação ou coeficiente angular da reta, ou taxa de variação de y em


relação à x;
• b é o intercepto y (ponto o gráfico intercepta o eixo y).


Figura 1 – Gráfico de uma função linear

O coeficiente angular a pode ser calculado com valores da função em dois pontos
distintos A e B, usando a fórmula:

Δy y1 − y 0
a= =
Δx x1 −x 0

Resumindo: O gráfico de uma função linear é uma reta no plano cartesiano (a equação
y=ax+b é denominada equação da reta na foram reduzida). A raiz da função
linear (ou intercepto x: ponto onde o gráfico intercepta o eixo x) é dada por
x=−b/a . A reta intercepta o eixo y no ponto de coordenadas (0, b).

Exemplo 1

Determinar a equação da reta ( y=ax+b ) que passa pelo ponto A(2, 3) com
inclinação a=5/3 .

Cálculo de b (intercepto y)  Gráfico da reta que passa


pelos pontos A(2,3) e B(-4,-7)
Sendo a=5/3 , a equação da reta é:
5  
y= x +b
3
Como o ponto A(2, 3) pertence a essa reta,
temos, (substituindo, na equação da reta, x
por 2 e y por 3)
5
3= ×2+b
3
Dessa igualdade, concluímos que b=−1/3 .
5 1
y= x−
Equação da reta: 3 3
Para construir o gráfico da reta determinamos,
a partir da equação acima, as coordenadas de
um outro ponto qualquer da reta. Fazendo, por
exemplo, x=−4 temos f (−4)=−7 .

Estudo do sinal da função: 


Consiste em se determinar para quais valores de x a função é positiva, negativa ou
nula. Observe que a função muda de sinal no ponto onde o gráfico intercepta o
eixo x.

Intercepto x:
5 1
0= x−
Fazendo y=0 na função, tem-se 3 3 . Efetuando os cálculos, obtém-
1
x=
se 5 (observe que x = -b/a).

Sinal da função:
+
• f (x )>0 no intervalo x>1/5 ; _ 1
x

• f (x )<0 no intervalo x<1/5 ;


/
5
• f (x )=0 para x=1/5 ;

Exemplo 2

Determinar a equação da reta ( y=ax+b ) que passa pelos pontos A(-2, 7) e B(1,
-4).

Gráfico da reta que passa Cálculo de m (inclinação)


pelos pontos A(-2,7) e B(1,-4) Conhecidos os pontos A e B pode-se calcular
  a:
−4−7 −11
a= =
1−(−2) 3
Cálculo de b (intercepto y) 
Sendo a=−11/3 , a equação da reta é:
11
y=− x +b
3
Como o ponto B(1, -4) pertence a essa reta,
11
−4=− ×1+b
temos: 3
(obtida substituindo-se, na equação da reta, x
por 1 e y por – 4)

Dessa igualdade, concluímos que b=−1/3


.
11 1
y=− x−
 Equação da reta: 3 3
Obs.: Se ao invés do ponto B(1, -4), utilizarmos as coordenadas de A(-2,7) e
11
7=− (−2)+b
a=−11/3 , chegaremos à equação 3 de onde b=−1/3 . A
11 1
y=− x −
equação da reta obtida seria, evidentemente, 3 3 .

Intercepto x:
11 1
0=− x−
Fazendo y=0 na função, temo 3 3 . Efetuando os cálculos,
1
x=−
obtemos 11 (observe que x = -b/a).

Sinal da função:

• f (x )>0 no intervalo x<−1/11 ; +


_ x
• f (x )<0 no intervalo x>−1/11 ; -
1/
• f (x )=0 para x=−1/11 ; 11

Exemplo 3

Funções lineares são usadas para descrever situações, nas quais o crescimento ou o
decrescimento da variável dependente é proporcional ao crescimento da variável
independente. Assim, dizemos que uma função é linear se qualquer variação na
variável independente provoca uma variação proporcional na variável dependente.
A tabela abaixo mostra a evolução da altura de certo adolescente dos 13 aos 18 anos.

Evolução da altura de certo Gráfico da evolução da altura em função


adolescente dos 13 aos 18 da idade do adolescente
anos
 
Idade Altura
  (cm)
13 131
14 140
15 149
16 158
17 167
18 176
 
Como, a cada ano, a altura
aumentou 9 cm, podemos
afirmar que a altura desse
adolescente é uma função
linear de sua idade, na fase dos
13 aos 18 anos

Como achar uma fórmula para o crescimento do adolescente?

Podemos estabelecer uma fórmula que nos dá a altura h, em centímetros, como


função da idade t, em anos, no intervalo de 13≤t≤18 anos.

h=at+b

Cálculo de m (inclinação): Considerando dois pontos quaisquer da tabela, por


149−140
a= =9
exemplo, A(14, 140) e B(15, 149) calculamos: 15−14

Cálculo de b (intercepto h): Sendo a=9 , a equação da reta é: h=9 t+b .


Como o ponto A(14, 140) pertence a essa reta, temos: 140=9×14+b .
Dessa igualdade, concluímos que b=14 .

Equação da reta: h=9 t+14 (definida no intervalo 13≤t≤18 anos).

Exemplo 4
O custo de uma caixa de uvas frescas, numa vinicultura, é de R$15,00, mas o preço
cai R$0,30 a cada dia, em virtude da perda de qualidade do produto. Obtenha o custo
da caixa do produto que já foi colhido a t dias.

Considerando o dia em Podemos estabelecer um modelo que nos dá o


que as uvas foram custo C, em reais, como função do tempo t, em
colhidas como t = 0, dias.
construímos a seguinte
tabela do custo do
C=at + b
produto ao longo do
tempo.
Cálculo de m (inclinação): Considerando dois
pontos quaisquer da tabela, por exemplo, A(0, 15)
e B(1; 14,7) calculamos:
Depreciação das uvas
14 , 7−15
t C a= =−0 ,30
1−0
(dias) (reais)
0 15,00 Cálculo de b (intercepto C): Sendo a=−0,30
1 14,70 , a equação da reta é:
2 14,40 C=−0,30t+b .
3 14,10
... ... Como o ponto B(1, 14,7) pertence a essa reta,
? 0,30 temos:
? 0
 
14,7=−0,30×1+b .

Dessa igualdade, concluímos que b=15 .


Essa é uma função linear
porque o custo do Equação da reta: C=−0,30t+15 .
produto diminui a uma
taxa constante.

Gráfico da função
Funções Quadráticas
Uma função quadrática (ou função
polinomial do 2º grau) tem a forma:

 
Onde a, b e c são números reais com
a≠0 .

O gráfico de uma função quadrática é


sempre uma parábola, côncava para Figura 2 – Parábolas
cima ou côncava para baixo.

Interceptos x (raízes ou os zeros de uma função quadrática)

Uma raiz ou um zero de uma função é o valor de x para o qual f (x )=0 . As raízes
2
de y=ax +bx+c são dadas pela fórmula:

2
Onde b −4 ac=Δ . Dependendo dos valores de a e de Δ tem-se as seguintes
situações:

duas raízes reais uma raiz Sem raízes reais


distintas real dupla
A parábola cruza A parábola toca A parábola não toca
 o eixo x  o eixo x  o eixo x
Sem raízes reais
duas raízes reais uma raiz
distintas real dupla
A parábola não
A parábola cruza A parábola toca
toca
 o eixo x  o eixo x
 o eixo x
Figura 2 – Raízes ou zeros da função quadrática

Vértice de uma parábola

Em uma parábola, o ponto mais alto (se a parábola é côncava para baixo) ou o ponto
mais baixo (se a parábola é côncava para cima) é denominado vértice da parábola e
suas coordenadas podem ser determinadas como mostrado a seguir.

Fórmulas para
determinação
das coordenadas
do vértice da
parábola:
Figura 3 – Coordenadas do vértice de uma parábola.

Estudo do sinal da função quadrática.

+
_ _ _ _ _ _ _ _

+ + + +
_ + + +
+

Figura 4 – Sinal da função quadrática.


Exemplo 4
2
Construir o gráfico da função quadrática y=−x +3 x +10 .
Cálculo das raízes (interceptos x):

2 2
Δ=b +4 ac=3 −4 (−1 )( 10 ) =49 ; como Δ> 0 a função tem duas raízes reais
distintas;

−b± √ Δ −3± √ 49 −3±7


x= = =
2a 2(−1 ) −2 . Desta forma encontramos as raízes x=−2 e
x=5 .

Cálculo das coordenadas do vértice:


−b −3 −3 3 −Δ −49 −49 49
xv = = = = =1,5 yv= = = = =12 , 25
2a 2(−1 ) −2 2 4 a 4 (−1) −4 4
Intercepto y (ponto onde o gráfico intercepta o eixo y):
Fazendo x=0 na função obtemos y=10 .
2
Gráfico da função: y=−x +3 x +10 .
Vértice
15
(1,5; 12,25)
10

5

0
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8

-5

-10

-15

-20

Sinal da função:
• f (x )>0 no intervalo −2< x< 5 ;
• f (x )<0 no intervalo x<−2 ou x>5 ;
• f (x )=0 para x=−2 ou x=5 ;

Exemplo 5
Uma bola é atirada para cima do  Gráfico da altura versus tempo
topo de um edifício com 96 pés h(pés) x t (segundos)
de altura, com velocidade
inicial de 16 pés por segundo.
Sua altura após ser atirada é
dada pela função:
h = 96 +16t -16t2
 

Como o domínio da função é de 0 a 3 segundos, o


gráfico da função h(t) corresponde à parte azul da
Vértice: curva acima.
(-b/24, -a(1/2,  javascript:dicaex32()
100)
2
Raízes: 96+16 t−16 t =0
t = -2   (-2,0)   t =  3   (3,0)
Exemplo 6
Um gráfico, uma fórmula Toda função y = ax2 +bx + c pode ser escrita
Determine uma possível fórmula como um produto de fatores (forma fatorada):
para a função quadrática cujo
gráfico é:
 
onde x1 e x2 são as raízes da equação e a é o
coeficiente do termo x2

O gráfico representa a função: y = a(x - (-1))


(x-3)

y = a(x +1)(x-3)
  Como a parábola é côncava para baixo, a é
Pelo gráfico, negativo.
as raízes são x=-1 e x=3 Não há como calcular o valor de a porque não
  foram dadas as coordenadas de nenhum ponto
fora do eixo x. Assim o problema tem muitas
respostas.
Estimando que o gráfico corte o eixo y no
ponto de coordenadas (0, 4), podemos
determinar o valor de a, fazendo Y(0) = 4.
Então, temos:
4 = a (0+1)(0-3) a 
Substituindo os valores de a e das raízes em y
= a(x +1)(x-3) a  fórmula procurada é

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