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Ministério da educação
Instituto médio técnico 17 de Dezembro
10 DISPOSITIVOS DE EXPANSÃO
10.1 INTRODUÇÃO
Dispositivos de expansão são os componentes do sistema de refrigeração que têm por
finalidades provocar a perda de pressão do refrigerante, que é acompanhada de um
decréscimo de temperatura, desde a pressão de condensação até a pressão de evaporação
e dosar a vazão de refrigerante que circula no evaporador. Os dispositivos de expansão
são basicamente de dois tipos: tubo capilar e válvulas. As válvulas por sua vez podem ser
classificadas em válvulas de expansão automática, válvulas de expansão termostática,
válvulas de expansão eletrônicas e válvulas de boia.
Independentemente do tipo de dispositivo o processo termodinâmico a eles associado
ocorre com entalpia constante (isoentálpico) e na saída do dispositivo o refrigerante é uma
mistura de duas fases:
10.3 VÁLVULAS
ACTIVIDADE 1:
Uma válvula de expansão termostática com equalização interna deve ser instalada em um
sistema de refrigeração que usa R-134a, Opera com temperatura de evaporação de 20oF
(-6.6oC) e deve garantir um superaquecimento de 10oF (5.5oC). Sabendo que o fluido do
bulbo é o mesmo do sistema de refrigeração calcular a pressão da mola na condição de
equilíbrio.
Solução
Cálculo da Pressão de evaporação
PEV = 33.14 psia = 225 kPa
Exemplo 2: Admita que a válvula do exemplo anterior, com a mesma regulagem de mola,
é instalada em um sistema cuja temperatura de evaporação vale – 20oF (- 28,8oC).
Calcular o superaquecimento fornecido pela válvula.
Solução
Cálculo da Pressão de evaporação
pEV = 12.99 psia
Cálculo do Superaquecimento
SA = - 1.41 – (-20) = 18.59oF = 10.3oC
Conclui-se, portanto que se a válvula com a mesma pressão de mola fosse instalada em
um sistema com temperatura de evaporação mais baixa o superaquecimento fornecido
aumentaria de 10oF (5.5oC) para 18.59oF (10.3oC) diminuindo a área interna húmida
diminuindo também a capacidade térmica do evaporador. O uso de outro tipo de carga
termostática previne este tipo de problema como será visto posteriormente.
Teoricamente o superaquecimento excessivo poderia ser diminuído aliviando a tensão da
mola. Entretanto, no início da partida do compressor o alívio da tensão da mola poderia
conduzir ao inundamento do evaporador no início do funcionamento do compressor após
um período de parada possibilitando assim a entrada de líquido no compressor. Este
ACTIVIDADE 2:
Calcular o superaquecimento da válvula da figura 5 admitindo que a pressão da mola é
7.65 psi (52 kPa) e que a perda de carga no evaporador vale 5.28 psi (36 kPa).
Solução
Cálculo da Pressão na saída do evaporador
pSEV = 33.14 – 5.28 = 27.86 psia (189 kPa)
O exemplo mostra que a válvula com equalização externa é imune ao efeito da perda de
carga e o seu superaquecimento é praticamente igual ao de uma válvula com equalização
interna operando com a mesma pressão de evaporação, mesma pressão de mola e perda
de carga desprezível no evaporador como mostrado na actividade 1.
É aconselhável o uso da válvula com equalização externa em sistemas que apresentem
perda de carga elevada e obrigatoriamente quando é usado um distribuidor de líquido.
Um fabricante internacional recomenda que válvulas com equalização interna tenham seu
uso limitado a evaporadores com um único circuito cuja perda de carga não ultrapasse o
equivalente a 1.2oC.
2.2.3 Válvula com pressão máxima de operação
A válvula com pressão máxima de operação é uma válvula de expansão termostática cuja
carga do bulbo termostático é limitada, isto é, a partir de certa temperatura o fluido se
vaporiza totalmente tornando-se um vapor superaquecido. Neste caso como se pode
observar em um diagrama pressão-entalpia na região de superaquecimento, variações de
temperatura ocasionam pequenas variações de pressão devido à pequena inclinação das
linhas de volume constante o que limita o movimento da haste da válvula.
Admitamos que a válvula mostrada na figura 1 tenha que operar com uma pressão
máxima de evaporação de 40 psia (272 kPa).
Como a pressão da mola é 7.65 psi a pressão no bulbo quando é atingida a pressão máxima
de operação é 47.65 psia (40 + 7.65) e nesta condição a temperatura no bulbo é 37.5oF.
A partir desta temperatura qualquer superaquecimento adicional do vapor na saída do
evaporador terá pouco efeito na pressão do bulbo o que impedirá abertura excessiva da
válvula limitando, portanto a vazão de refrigerante que circula no evaporador.
A válvula com pressão máxima de operação previne a entrada excessiva de líquido no
evaporador quando o compressor parte, como explicado nas válvulas de expansão com
Q EV
A (3)
CD ER 2 g c pE ´ ps
Verifica-se, pois da equação acima que para a seleção da válvula de expansão termostática
são necessários os seguintes parâmetros: capacidade frigorífica, diferencial de pressão na
válvula (Δp), temperatura de evaporação, temperatura de condensação, temperatura do
líquido na entrada da válvula e o refrigerante.
Indicando por pE e pS respetivamente as pressões na entrada e na saída a perda de pressão
ΔP é:
ΔP = pE – pS
A perda de pressão na válvula a ser considerada na seleção é a perda líquida de pressão e
não apenas a diferença entre as pressões de condensação e evaporação. Assim da pressão
de condensação devem ser subtraídas as perdas de carga no condensador, na linha de
líquido, nos acidentes, filtros secadores, válvulas solenóide, perdas de carga devido a
linhas de líquido ascendentes, etc. para se obter a pressão na entrada. Da mesma forma à
pressão de evaporação devem ser adicionadas as perdas de carga no distribuidor de
líquido, no evaporador, nos acessórios da linha de sucção e por atrito na linha de sucção.
Uma tabela típica de seleção de válvulas de expansão consta do Anexo 1 que fornece sua
capacidade nominal a uma temperatura de condensação de 38oC e temperatura de
evaporação de 4oC.
Para condições diferentes das tabeladas a capacidade real da válvula pode ser obtida da
equação:
QN = Qo Kt KΔP (4)
Onde QN é a capacidade para efeito de seleção da válvula corrigida para as condições da
tabela, Qo a capacidade da válvula na condição desejada de projeto, Kt a correção devida
à temperatura na entrada da válvula e KΔP a correção devida a diferença de pressão na
válvula.
As correções para condições reais de operação diferentes de 38oC e 4oC constam do
ANEXO 2. O exemplo abaixo esclarece.
ACTIVIDADE 3:
Selecionar a válvula de expansão termostática para as condições abaixo especificadas.
Refrigerante: R-22
Capacidade frigorífica do sistema: 45 kW
Temperatura de evaporação: 5oC
Temperatura mínima de condensação: 30oC
Temperatura do líquido na entrada da válvula: 25oC
Perda de carga no distribuidor de líquido: 1 bar
Perda de carga na linha de líquido incluindo tubulações, válvula solenóide, filtro secador:
0.5 bar.
Solução
Cálculo da Pressão mínima de condensação
pCD = 11.9 bar abs
Válvula selecionada (Tabela 1): TX6- HO6 com capacidade de 61.9 kWt.
Q o
A (6)
CD ERo 2 g c N pE ´ ps o
Para a mesma válvula, isto é, uma mesma área A, pode-se igualar (5) e (6) obtendo-se a
expressão (7) abaixo para o cálculo de QN.
ERN N p N
QN Qo
ERo o p0
ER N N p N
Onde: Corresponde a correcção kt e Corresponde a correcção KP
ERo o p0
EXERCICIO PROPOSTO.
Considere CFC 12 circulando através do sistema ilustrado na figura abaixo e suponha que
a pressão do fluido refrigerante no ponto 2 de 868kPa. O evaporador oferece uma perda
de pressão de 50kPa. A válvula provoca uma perda de pressão de 600kPa. A pressão
imposta pela mola é de 60kPa.
a) Qual o grau de superaquecimento na saída do evaporador quando se utiliza uma válvula
de expansão termostática com equalizador interno de pressão?
b) Qual o grau de superaquecimento na saída do evaporador quando se utiliza uma válvula
de expansão termostática com equalizador externo de pressão?
Bulbo
4
FR
2 3
VET
Evaporador
FR
Condensador