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TOMÁS DE AQUINO

TRATADO DE TOMÁS DE AQUINO SOBRE A ARTE


DA ALQUIMIA DADO A SEU COMPANHEIRO FREI
REGINALDO

Tomás de Aquino nasceu no Castelo de Roccasecca, arredores de Aquino, no norte do reino


de Nápoles, em 1225, e faleceu na Abadia de Fossanova em 1274. Ingressou na Ordem dos
Dominicanos em 1240 ou 1243. Estudou com Alberto Magno, por quem teria sido iniciado no
conhecimento de alquimia.

Muitos estudiosos da obra de Tomás de Aquino não acreditam, que ele tenha escrito livros
de alquimia, por ser esta arte considerada herética; mas é ele próprio que, em uma de suas obras
(Somme Théologique) indaga a si mesmo se é legítima a utilização do ouro alquímico e chega à
conclusão de que não existe motivo para se preferir o ouro natural.

Tomás de Aquino faleceu na Abadia de de Fossanova no dia 7 de março de 1274; no


momento de sua morte, Alberto Magno, que se encontrava em Colônia, anuncia o fato aos outros
frades e chora.

Rendendo-me às tuas contínuas solicitações, queridíssimo irmão, proponho-me


descrever para ti, em oito capítulos, das partes que contém, a nossa Arte, sob a forma de
um breve tratado, contendo certas regras, simples e eficazes operações e tinturas
verdadeiras. Antes, contudo, quero te fazer três pedidos:

- Primeiro, que não dês muita atenção às palavras dos modernos filósofos e dos
antigos que falam nessa Ciência, porque a arte da alquimia tem seu assento e fundamento
na capacidade do entendimento e na demonstração da experiência. Os filósofos, pois,
querendo encobrir a verdade da ciência, falarão quase todas as coisas em linguagem
figurada.

- Segundo, não queiras apreciar a profusão de coisas nem as composições das


diversas espécies, porque a natureza nunca produz senão seu semelhante: porque assim
como do cavalo e da jumenta se engendra o mulo numa produção imperfeita, é como
alguns imitadores da ciência produzem de muitas coisas certa multiplicidade.

- Terceiro, não sejas falador nem fanfarrão, antes vigia a tua boca e, assim como o
filho dos sábios, não jogues pedras preciosas aos porcos. Estando em paz com Deus e
tendo teu objetivo ordenado no teu trabalho, sempre o manterás fixo em tua mente.

Crê, por certo, que, se tivesses diante dos olhos as ditas regras que me deu Alberto
Magno, não terias a necessidade de buscar o favor dos Reis e dos Grandes, senão que, ao
contrário, os Senhores e os Reis te prestariam toda honra. Porque todo aquele que é
reconhecido nessa Arte, servindo a Reis e Prelados, não apenas pode ajudar os antes
mencionados,como também, e de bom grado, todos os necessitados, eis que aquilo que se
recebeu de graça jamais deve ser dado de maneira interessada a alguém.
Estejam, pois, assinaladas e seguramente seladas no âmago do teu coração as
preditas regras, porque, no livro e tratado que escrevi antes deste, falei filosoficamente
para as pessoas do povo, mas para ti, filho de grande estima, escrevo mais claramente,
confiando em teu especial cuidado ao falar.

(...)
II
DA OPERAÇÃO

Segundo Avicena, numa epístola ao Rei Assa: ‘Nós buscamos uma substância
verdadeira para fazê-la fixa, a qual é composta de muitas, e que resista ao fogo sem se
queimar; que será penetrante, geradora, que tingirá o mercúrio e outros corpos com uma
tintura verdadeiríssima e com o peso devido. A nobreza dessa tintura excede o universo
ditoso do mundo. Porque faz uma coisa nossa ser três coisas. As três, duas; as duas,
finalmente, são uma.’

Por derradeiro, como convém que seja uma substância, diz Avicena, assim também
convém ter paciência, calma e instrumentos.

- Paciência porque, segundo Pedro, a rapidez e o arrebatamento provêm do Diabo.


Por isso, quem não tem paciência que se afaste da operação.

- Calma também é necessária em toda ação natural que segue nossa Arte, já que
tem seu modo próprio e tempo determinado.

- Os instrumentos também são necessários, porém não muitos, como parecerá no


que se segue, porque nossa obra se aperfeiçoa em uma coisa, com um vaso, em uma
operação segundo Hermes e por um caminho.

Essa Medicina, certamente, ainda que seja o agregado de muitas coisas, é, contudo,
uma só matéria que não necessita de nenhuma outra proeza, a não ser do fermento
branco ou amaralelado, pelo qual é puro, natural, nunca usado em nenhuma outra
operação, e do qual, no regime da obra, aparecerão diversas cores segundo a ocasião.

Convém, ainda, nos primeiros dias, que te levantes de manhã para ver se a vinha
floresceu. Nos dias seguintes ver-se-á o corvo transformado na solidão do cego, e as
múltiplas cores, em cujo conjunto se há de esperar a cor branca; chegada esta,
esperemos, sem qualquer erro, o Nosso Rei: elixir ou pó simples sem tato, pedra que tem
tantos nomes quantas são as coisas do mundo. Mas, para explicar-me brevemente, nossa
matéria, ou magnésio, é nosso argento único mineral, a urina dos rapazes de doze anos
devidamente preparada, que vem logo da veia e nunca foi em nenhuma obra grande que
escrevi para os comuns; nossa terra de Espanha, o antimônio.

Com tudo isso, não notes aqui o argento vivo comum, dos que usam alguns
multiplicadores e sofistas, do qual se algo se faz chama-se somente multiplicação, e com
tudo isso tem pouco respeito pelo Magistério. Ainda que provoque grandes gastos e se
agradar-te trabalhar com ele, nele encontrarás a verdade, mas requer ampla digestão.

Segue, pois, a Santo Alberto Magno, meu Mestre, e trabalha com argento vivo
mineral e ele mesmo é por nossa ação perfectivo pela combustão, salvífico e realizado pela
fusão, porque quando se fixa é tintura de brancura ou de amarelado, de uma composição
abundantíssima, de um esplendor resplandecente e não se separa da mistura, porque é
amigável aos metais e um meio de ajuntar as tinturas, porque se mescla com eles
entrando no profundo e penetrando naturalmente, porque se junta com eles.
III

A COMPOSIÇÃO DO MERCÚRIO E SUA PREPARAÇÃO

Ainda que nossa obra se aperfeiçoe apenas de nosso mercúrio, apesar disso,
necessita de fermento vermelho ou branco, pois mescla-se mais facilmente com o sol e
com a lua e faz-se uma só coisa com ele, sendo assim que estes dois corpos participam
mais de sua natureza, logo são mais perfeitos que os demais.

A razão é porque os corpos são tanto mais perfeitos quanto mais contenham
mercúrio. O sol, pois, e a lua, tendo mais dele, mesclam-se com as cores vermelha e
branca, fixam-se, estando no fogo, porque somente o mercúrio aperfeiçoa a obra, e nele
encontramos todas as coisas de que necessitamos para a Obra, a qual não se deve juntar
coisa estranha.

O sol e a lua não são estranhos a ele, porque os mesmos retornam à sua primeira
natureza no começo da obra, isto é, o mercúrio, porque tomaram dele a sua origem.

Alguns, pois, teimam em fazer a obra só com o Mercúrio ou com a magnesita


simples, lavando-a em vinagre forte, cozinhando-o em azeite, sublimando, assando,
calcinando, destilando a quintessência, sacando os elementos e outros infinitos martírios,
atormentando o mesmo Mercúrio e crendo que com suas operações hão de encontrar algo
grande. Finalmente, encontrarão muito pouco sucesso.

Mas, crê-me, filho, que todo nosso Magistério está e consiste apenas no regime do
fogo com a capacidade da indústria. Porque nós nada obramos, mas a virtude do fogo bem
dirigido faz nossa pedra com pouco trabalho e com poucos gastos.

Crê que, quando nossa pedra fosse solta em sua natureza primordial, a saber: na
primeira água ou leite de virgem, ou cauda de dragão, então a mesma pedra ela se calcina,
sublima, estila, reduz, lava, congela e, pela virtude do fogo proporcionado, a si mesma
aperfeiçoa-se num só vaso, sem manipulação de outro.

Conhece, pois, filho, como os Filósofos falaram alegoricamente das operações


manuais, pois, para que estejas seguro da purgação de nosso Mercúrio, ensinar-te-ei que,
com uma verdadeira operação, nosso mercúrio comum é preparado mui levemente.

Apanha, pois, Mercúrio mineral ou terra hispânica, nosso antimônio, ou terra negra
oculosa - todos as quais coisas são a mesma, não inferiores a seu gênero - ainda não
usado em obra alguma, cinco libras e vinte ou mais, e faze com que passe por um pano de
linho espesso três vezes. Depois faze com que passe pelo couro de lebre. Finalmente, faze
com que passe por um pano de linho espesso, e esta é a verdadeira lavagem. E atenta: se
alguma coisa ficar no corpo de sua espessura, ou algum resto de lixo, ou hediondez, então
esse mesmo mercúrio não vale para nossa obra. Porém, se nada aparecer, é bom para ti.
Fica atento, pois que com esse mercúrio, sem acrescentar-se coisa alguma, pode-se fazer
uma e outra obra.

IV

D0 MODO DE AMALGAMAR
Posto que nossa obra pode completar-se a partir apenas do Mercúrio, sem
acréscimo de nenhum produto estranho, deduz-se que se descreva mui brevemente o
modo de compor a amálgama. Em compensação, alguns entendem mal os filósofos porque
crêem que, a partir apenas do mercúrio, sem nenhuma irmã como semelhante, pode-se
terminar a obra. Eu, entretanto, digo-te com segurança que, quando trabalhares com o
mercúrio, não acrescentes nada estranho a ele, e observa que o ouro e a prata não são
estranhos ao mercúrio, antes, porém participam de sua natureza de uma maneira mais
próxima que qualquer outro corpo. Pois que, reduzidos a sua natureza, chamam-se irmãos
semelhantes ao mercúrio, por sua composição e fixação simultânea. Se entenderes isso
com clareza, emanará leite da virgem e se, ao trabalhares com o mercúrio, não
acrescentares coisa alguma estranha, conseguirás o que desejas.

DA COMPOSIÇÃO DO SOL E DO MERCÚRIO

Apanha duas onças do sol comum depuradas, isto é, esquentadas no fogo, porque é
fermento da rubidez, e quebra-as em pedaços pequenos com a tenaz, adicionadas a
quatorze onças de mercúrio, e faze fumegar o mercúrio na botelha e solta meu sol e move-
o com uma vara de madeira, até que este se solte bem e se misture; então, joga tudo na
água clara e numa tigela de vidro ou de pedra e lava muitas vezes, limpando e mudando
por muito tempo, até que o negrume todo se aparte da água. Então, se reparares, a voz da
rolinha será ouvida em nossa terra, a qual, limpa, faz com que a amálgama, ou
composição, passe pelo couro, bem amarrado por cima, espremendo toda a amálgama,
sem duas onças, e ficarão no couro quatorze, as quais estão aptas para nossa operação.

Atenta que devem ser nem mais nem menos que duas onças de toda a matéria que
reste no couro. Se for mais, diminua. E essas duas onças espremidas, que se chamam leite
da virgem, guarda-as para a segunda operação.

Ponha-se, pois, no vidro a matéria que estava no couro, e os vidros no fornilho


acima descrito, e acende um lâmpada debaixo, de maneira que esteja ardendo
continuamente de noite e de dia, que nunca se apague, e a chama incida diretamente no
conteúdo, com tudo isso não toca na panela, e estenda-se igualmente a todas as partes do
fornilho, bem negras.

Mas, se depois de um mês ou dois quiseres olhar, verás flores vivas e cores
principais, como negro, branco, citrino e rubro, então, sem mexer as tuas mãos, com o
regime do fogo apenas, o manifesto será escondido e o escondido se fará manifesto.

Pelo qual nossa matéria leva a si mesma ao perfeito elixir, tornando-se pó


sutilíssimo, que se chama terra morta, ou homem morto no sepulcro, ou magnésia árida,
porque o espírito nele está oculto no sepulcro, e quase se apartou da alma. Permite-a,
pois, estar assim, desde o princípio até vinte e seis semanas, e o grosseiro torna-se sutil; o
leve, pesado; o áspero, suave; e o doce, amargo, pela conversão das naturezas, cumprida
ocultamente pela virtude do fogo.

Quando, pois, observares teus pós secos: ‘et si proban, et expensas desideras
tingent’ (se aprovam, com eles podes tingir). Depois te ensinarei uma ou duas partes,
porque uma parte de nossa obra somente teria sete de mercúrio bem purificado.

VI
DA AMALGAMAÇÃO DO BRANCO

Do mesmo modo procede-se para o branco, isto é, lua, que é fermento da brancura;
quando misturares com sete partes de Mercúrio purificado, procederás como fizeste com o
vermelho. Porque em toda a obra branca nada entra senão branco, e em toda obra em
vermelho nada senão o vermelho deve entrar: porque da mesma água nossa se faz o
vermelho e o branco, porém adicionando fermento distinto, e, passado o tempo antes dito,
pode tingir branco sobre mercúrio, como fizeste para o vermelho.

Porém, nota que o argento foliado nesta matéria é mais útil que o argento na
massa, porque tem em si mistura de algumas vezes de mercúrio, e se deve amalgamar
com mercúrio frio e não quente. De outra sorte, algumas pessoas erram gravissimamente,
fazendo isto, dissolvendo a amálgama na água forte para purgá-la, e se querem olhar a
natureza da composição da água forte, a mesma por isto mais se destruirá.

Alguns também querem operar com sol ou lua mineral, segundo as regras deste
livro, e erram dizendo que o sol não tem umidade e é manifestamente quente e, por isto,
muito bom. Mais corretamente, extrai-se a quintessência com o engenho sutil do fogo e o
vaso de circulação que se chama pelicano. Todavia, o sol mineral e a lua têm em si
misturada tanta sujeira de sedimento que a purificação deles, potente ao nosso, não seria
obra de mulheres e brinquedo de crianças, sendo antes trabalhos muito duros de homem
velho, desatando, calcinando, insistindo em outras operações da grande arte.

VII

DAS OPERAÇÕES SEGUNDA E TERCEIRA

Acabada essa primeira obra, procedamos à segunda prática. Logo que se fez o
corpo de nossa primeira obra com a cauda do Dragão, isto é, o leite da virgem, adicionadas
sete partes de mercúrio novo sobre a matéria que resta, segundo o peso dos pós -
Mercúrio, digo, purificado e limpo - faze passar pelo couro e retém sete partes do todo;
lava-o e põe-no no vidro e no fornilho como fizeste na primeira obra, controlando por todo
o tempo, ou estando perto até que tenhas visto os pós feitos outra vez, os quais, pela
segunda vez, toma ou retira, e se queres tinge, e estes pós são muito mais sutis que os
primeiros porque estão mais digeridos, porque uma parte tinge quarenta e nove em elixir.

Então, procede à terceira prática, como fizestes com a primeira e a segunda


operações e põe, sobre o peso dos pós da segunda obra, sete partes de mercúrio purgado
e põe no corpo, de tal maneira que as sete partes tornem-se no todo como antes. E,
cozinha pela segunda vez , e faze pós, os quais de verdade são pós sutilíssimos, os quais
uma onça tinge sete vezes quarenta e nove, que são trezentos e quarenta e três e isto
sobre mercúrio. A razão é porque quanto mais se digere nosso remédio tanto mais sutil se
faz, e, quanto mais sutil for, tanto mais penetrável, e, quanto mais penetrável, tanto mais
profundo tinge.

Por fim, disso se entenda, que se não tens argento vivo mineral, seguramente
poderás trabalhar com mercúrio comum, porque ainda que não valha tanto quanto este,
com tudo isso dá grandes gastos.

VIII
DO MODO DE OPERAR NA MATÉRIA OU MERCÚRIO

Mas, quando quiseres tingir o mercúrio, toma a botelha de ouro dos ourives e unta-
a um pouco por dentro com sebo e coloca-o nela, segundo a proporção da medicina, sobre
fogo lentíssimo e quando o Mercúrio começar a fumegar, lança-o dentro de tua medicina
envolto em cera limpa ou em papel e tem carvão aceso fortemente e preparado para isto e
põe sobre a boca da botelha. Faz forte o fogo e, quando tudo se liquefizer, joga-o segundo
as regras, untada com sebo, e terás sol ou lua finíssima, segundo a adição do fermento.

Mas, se queres multiplicar teu remédio no estrume de cavalo, faze isto como de
boca a boca te ensinei, como sabes, o qual não te escrevo, porque seria pecado revelar
esse segredo a homens seculares que buscam essa ciência mais por vaidade que pelo
devido fim e pela honra de Deus, ao qual seja a honra e a glória pelos séculos dos séculos.
Amém.

Mas, aquela obra que escrevi para os vulgares com estilo bastante físico, vi ocupar-
se uma vez para sempre Santo Alberto, de Antimônio e de terra espanhola a ti conhecida.
Mas para que ganhes tempo e para não me exceder, oxalá procures fazer mais rápido
aquela breve obra que escrevi, na qual nenhum erro há, com os gastos moderados, leveza
da obra, brevidade de tempo e o fim verdadeiramente desejado, do qual tu e todos os teus
percebereis sem falsidade.

Não queiras, pois, queridíssimo, ocupar-te com maior obra, porque, pela saúde e
ofício da pregação de Cristo, e ganhando o tempo, deseja mais atender às riquezas
espirituais que ansiar pelos ganhos temporais.

FIM DO TRATADO

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