PARECER TÉCNICO

PRÁTICA DE CIRCUITOS ELETRÔNICOS 1

Felipe Rodrigues Sobrinho
Turma A - Faculdade Gama - Universidade de Brası́lia
Matrı́cula: 17/0141764 E-mail: felipe4004@gmail.com
Tópico do roteiro sorteado para o parecer: experimento 09

1. Embasamento Teórico até +16V e GND com -1.5V até -16V, am-
bas as alimentações das entradas devem ser
1.1. Circuitos integrados idênticas com sinais opostos. O arranjo dos
pinos está disposto na figura 1.2.
Temos disponı́veis no repositório 3 modelos de
CI portador de amplificador operacional: uA741,
LM358 e LM324. As peculiaridades de cada um
serão descritas no fio abaixo, respectivamente:
1. O CI uA741 possui apenas um amplifica-
dor operacional. Entretanto, possui entra-
das de ajuste de offset, para eliminar as
variações de tensão entre as entradas inver-
sora e não inversora do amplificador opera-
cional. A alimentação é feita a partir de uma
alimentação Vcc+ e Vcc− , onde ambos os va- Fig. 1.2 – Pinagem do CI LM358
lores devem ser iguais, com o sinal oposto.
A disposição dos pinos do CI estão na figura 3. O terceiro CI, LM324, se dispõe de quatro
1.1. amplificadores operacionais. Também não
possui ajuste de offset. A alimentação é feita
da mesma forma que o CI LM 358. A pina-
gem utilizada é mostrada na figura 1.3.

Fig. 1.1 – Pinagem do CI uA741

2. O LM358 possui dois amplificadores opera-

cionais, A e B. Eles não possuem ajuste de
offset. A alimentação é feita de dois modos:
alimentando V + com 3V até 32V e GND
aterrado, ou alimentando V + com +1.5V Fig. 1.3 – Pinagem do CI LM324

1
1.2. Efeitos limitadores dos amplificadores ope- diferindo do modelo ideal que é zero. Ela é a
racionais responsável pelo comportamento do circuito
em frequências altas.
O conhecimento de uma série de parâmetros
dos amplificadores operacionais reais são deter- • Saturação: A tensão de saı́da é limitada
minı́sticos para a compreensão do seu desempenho. inferior e superiormente por um limiar de
O fio abaixo mostra os principais deles: saturação, que é atingido um pouco antes
dos valores de alimentação do amplifica-
• Ganho Finito: é a relação do ganho de dor operacional. Esse limiar é definido no
tensão na saı́da em relação a entrada, a par- projeto quando configurado as tensões de
tir da variação de tensão nos terminais po- alimentação ?.
sitivo e negativo do amplificador operacio-
nal. Desse modo, nós obtemos a relação • slew-rate: é a taxa em que a tensão de saı́da
A(V + − V − ) = Vo , onde A caracteriza o consegue variar em µs em relação a entrada.
ganho, podendo chegar a casa de dezenas de A imperfeição se deve aos condensadores
milhares de unidades. presentes no componentes, uma vez que a
resposta em frequência da tensão dos capaci-
• Impedância de entrada finita: o modelo tores não é imediata.
ideal de amplificador operacional assume
que temos corrente zero passando pelos ter-
minais. Entretanto, essa impedância de en- 1.3. Cálculo das impedâncias dos circuitos a se-
trada é limitada quando medido a resistência rem montados
de um dos terminais com o outro aterrado,
Nesse experimento serão montados 3 circuitos
ainda que esta seja na casa dos milhões de
básicos: amplificador inversor, amplificador soma-
Ohms.
dor e amplificador subtrator/diferencial ?, ligeira-
• Tensão de offset de entrada: devido as mente chamados de A,B e C, respectivamente.
diferenças mı́nimas de fabricação de cada
componente do amplificador operacional, a
saı́da do amplificador operacional não obede- 1.3.1. Amplificador inversor
cerá o modelo ideal, i.e., terá sua saı́da com
O amplificador inversor está disposto na figura
tensão diferente de zero. Pode-se perceber
1.4.
esse efeito ao aterrar ambas as entradas do
amplificador operacional e medir a sua saı́da.
Geralmente, esse offset é ignorado por ser
quase insignificante em alguns casos.
• Lagura de banda finita: os amplificado-
res operacionais possuem uma resposta em
frequência do tipo passa-baixa. O efeito é
causado principalmente por conta dos capaci-
tores envolvidos no circuito do amplificador, Fig. 1.4 – Amplificador inversor
fazendo com que a amplitude do sinal de
saı́da diminua a partir das faixas mais altas
de frequência. Aplicando a LKC no nó A e considerando que
• Capacitância de entrada: é a capacitância VA = 0, pois a entrada não-inversora está ligada
oferecida pelo amplificador operacional real, no referencial, obtemos simplesmente que

2
  
Vo −V1 R2
= →
− Vo = −V1 (1)
R2 R1 R1
A partir dessa equação, podemos calcular o ga-
nho do circuito, a tensão de saı́da e, se necessário,
a tensão de entrada.

1.3.2. Amplificador somador

A figura 1.5 mostra um exemplo de amplificador Fig. 1.6 – Amplificador subtrator/diferencial
somador.
Assim como os anteriores, aplicamos a LKC nos
nós A e B, donde obtemos:


VA − V1 VA − Vo

 + = 0 nó A
R1 R2

(4)
VB − V2 VB
+ =0 nó B



Fig. 1.5 – Amplificador somador R3 R4

Isolamos VB na equação do nó B e Vo no nó A,

Podemos encontrar a tensão de saı́da (Vo ) em respectivamente.
função das tensões de entrada (V1 , V2 e V3 ) e as  
R4
resistências usando a LKC. Desse modo, aplicando VB = V2 (5a)
R3 + R4
a LKC no nó A, temos  
VA VA − V1
Vo = R2 + (5b)
R2 R1
VA − V1 VA − V2 VA − V3 VA − Vo
+ + + =0 Sabendo que VA = VB e substituindo na
R1 R3 R4 R2
(2) equação 5b.
Isolando a saı́da do circuito e considerando que
VA = 0, pois saı́da não inversora está aterrada, 
R4

R1 + R2

R2
obtemos Vo = V2 − V1 (6)
  R3 + R4 R1 R1
V1 V2 V3
Vo = −R2 + + (3) A equação 6 demonstra a caracterı́stica de
R1 R3 R4
subtração do circuito diferencial.
É verificado, portanto, que esse tipo de circuito
realiza a soma das entradas da saı́da inversora com 1.4. Simulações usando o Qucs 0.0.19
o sinal de saı́da invertido. O software Qucs 0.0.19 será usado para a
simulação dos circuitos que serão montados.
1.3.3. Amplificador subtrator/diferencial
Usaremos um amplificador operacional de quais-
A figura 1.6 mostra o modelo de um circuito de quer ganho(A) e os resistores R1 = 100Ω, R2 =
amplificador subtrator. 560Ω, R3 = 220Ω e R4 = 330Ω.

3
1.4.1. Circuito A

A figura 1.7 mostra os resultados obtidos na

simulação do circuito A.

Fig. 1.8 – Simulação circuito B

Foram utilizadas 3 entradas de frequência 100

Hz e 0,25 Va . Incluı́mos os componentes de
simulação AC e DC.
Aplicando os valores de resistência, obtemos
o valor de saı́da teórico Vo = −2, 4606V pela
equação 3, confirmando a simulação.

Fig. 1.7 – Simulação do circuito A 1.5. Circuito C

Foi feita uma onda senoidal com 100 Hz de

frequência e 0,25 Va . É necessário inserir um com-
ponente de simulação DC, para que alimente o
amplificador operacional. A tabela inferior mostra
a frequência da simulação e mostra o valor de saı́da
do circuito.
Se aplicarmos o valor da amplitude de entrada
na equação 1, temos que Vo = −1, 4V , o que con-
firma a veracidade de ambos os meios.

Fig. 1.9 – Circuito C

1.4.2. Circuito B A figura 1.9 mostra a simulação do Circuito C. A

configuração das fontes foi feita de forma análoga
A figura 1.8 mostra os resultados da simulação dos circuitos anteriores, i.e., com 0,25 V de ampli-
do circuito B. tude e 100 Hz de frequência.

4
 Aplicando a equação 6, podemos obter o valor
teórico Vo = −0, 415V que verifica a validade da
simulação.
2. Experimento
A execução do experimento terá como baluarte o
roteiro disponibilizado pela docência da disciplina.
Nesse experimento, utilizaremos um gerador de
funções, uma fonte de tensão DC (com um canal
mestre e outro escravo), um osciloscópio, resisto-
res, uma protoboard de quaisquer espécie e CIs
portadores de amplificadores operacionais.
Há dois tipos de geradores de funções dis-
ponı́veis na bancada: o ICEL-GV2002 e o Sigilent
SDG1020. O FG-8002 é mais iterativo, pois tem
uma operação mais limpa, com menos botões e
nenhum código de frequencı́metro a ser analisado.
O SDG1020 tem uma boa performance para o ex-
perimento e funções adicionais que não possuem
no FG-8002, como o ajuste de duty cicle (ciclo
ativo) e a codificação de onda e range pelo fre-
quencı́metro. Entretanto, a configuração desses
parâmetros adicionais podem ocasionar peque-
nos atrasos na execução. Daremos preferência
ao Goldstar FG-8002.
Necessitaremos também de uma fonte de tensão
DC. Temos disponı́vel a fonte Minipa MPL-3305
e a fonte MPL-1303M. Utilizaremos da MPL-
3305M, pois precisamos alimentar o CI de am-
plificador operacional com uma fonte simétrica.
O osciloscópio disponı́vel é o BK Precision
2532. Nele faremos as medições com ambos os
canais para verificar tanto a onda de entrada quanto
a onda de saı́da.
Os resistores serão os mesmos utilizados na
simulação, a saber: R1 = 100Ω, R2 =
560Ω, R3 = 220Ω e R4 = 330Ω.
Os CIs de amplificadores operacionais são os
mesmos discutidos na seção 1.1. As formas de
utilização e caracterı́sticas intrı́nsecas já foram
apresentadas na mesma.
5
2.1. Cuidados antes do inı́cio
Para os equipamentos que utilizam a
alimentação da rede - certifique-se que a chave
de seleção de tensão está em consonância com
a alimentação da rede, para depois ligar a chave
geral da escala de tomadas. Isso deve ser feito
antes de fazer qualquer parte do experimento.
Para os equipamentos que não utilizam energia -
certifique-se de desliga-los ao termino do experi-
mento.
2.2. Instruções gerais sobre o uso e estratégias
com o multı́metro
Não se esqueça de, ao fazer as medições com o
multı́metro Minipa, fazer a comutação da ponteira
vermelha entre as entradas VΩ para medição de
tensão e a entrada mA para a medição de corrente.
Não é necessária a comutação de terminais para o
multı́metro TOZZ. A medição de corrente e tensão
é feita conectando a ponteira vermelha no terminal
VΩmA e a ponteira preta no terminal COM.
Sempre utilize a escala de maior número quando a
corrente ou tensão não é conhecida.
2.3. Montagem da fonte DC para operação
simétrica
Para esse experimento,será necessário o uso do
modo de operação simétrico para obter −10V a
10V . Usando a fonte Minipa MPL-3305, temos o
seguinte procedimento, que está também ilustrado
na Figura 2.1:
a) Desligue a chave OUTPUT da fonte para que
não sofra efeitos da montagem.
b) Conecte um cabo entre o terminal negativo do
CH1 e o terminal positivo do CH2.
c) Selecione a chave seletora de operação para o
modo de operação em série, i.e., a primeira chave
seletora habilitada e a segunda, desabilitada.
d) Habilite a chave OUTPUT e ajuste a tensão
de ambas as fontes simétricas a partir do po-
tenciômetro do CH1.
e) Deixe o potenciômetro de ajuste de corrente
do CH2 no máximo e ajuste somente pelo po- tado, dependendo da arbitrariedade do professor e
tenciômetro do CH1. da disponibilidade no repositório. De preferência,
f) Conecte as cargas nos terminais de saı́da obser- utilize o uA741.
vando a polaridade dos terminais. d) Configure a fonte montada na subseção 2.3 de
forma que tenha −10V e +10V em relação a re-
ferência. Conecte o GND do circuito em conformi-
dade com o terra da fonte.
e) Configure o gerador de funções para forne-
cer uma onda senoidal com 0, 5Vpp (0, 25VA ) e
frequência de f = 100Hz.
f) Para que tenha comparação dos resultados ex-
perimentais com os resultados teóricos, utilize as
seguintes fórmulas para os circuitos A, B e C, res-
pectivamente:
Fig. 2.1 – Esquemático de montagem da fonte
simétrica.

R2
− · (A)


R1

2.4. Montagem do circuito 

  

 V1 V2 V3
Nesse processo, vamos montar os circuitos 1.4, Vo = − + + R2 (B)
R 1 R 3 R 4
1.5 e 1.6, para obter os dados dos resultados. Os re- 

   
sultados obtidos são segundo a exigência do roteiro

 R 1 + R2 R3 R4 R2 R2

 V2 − V1 (C)
R1 R2 R3 + R4 R3 R1

experimental [?].
(7)
2.5. Caracterização de circuitos com resistores g) Usando jumpers, faça com que as entradas
e Amplificador Operacional V1 , V2 e V3 permutem para a alimentação de en-
trada dos amplificadores operacionais, conforme
a) Monte os circuitos C, B, e A (nessa ordem) solicitado na folha de dados.
atentando-se ao modelo do CI portador do ampli- O ganho (K) a ser calculado pode ser obtido por
ficador operacional, sendo 3 possı́veis tipos, mas Vo
com ganhos idênticos. OBS:Como observado na K= .
Vi
1.1, apenas um dos modelos possuem um ajuste
de offset. Devido a pouca diferença entre os va-
lores com ou sem offset, optaremos por deixar 2.5.1. Slew-rate
esses terminais sem uso. a) Para este procedimento, aproveite o circuito A
b) Faça com que o CH1 do osciloscópio leia os va- montado e faça o ajuste do gerador de funções para
lores de Vin . Para isso, conecte um BNC do tipo T fornecer uma onda quadrada de grande amplitude
na saı́da do gerador de funções; conecte um BNC- e uma alta frequência.
BNC entre uma das saı́das do BNC-T e o CH1 do b) Usando os cursores do osciloscópio, faça a
osciloscópio. Ulteriormente, faça com que o CH2 medição do tempo de subida do amplificador ope-
do osciloscópio leia Vo . Desse modo, interligue racional. Observe o a voltagem máxima atingida
a saı́da do circuito com o CH2 do osciloscópio V
usando um cabo BNC com pontas de prova. nesse intervalo e calcule os obtidos. Essa
µs
c) O esquemático de cada CI é dado pelas Figuras frequência é em média entre 12 kHz e 18 kHz
1.2, 1.3 e 1.1. Apenas um desses CIs será solici- dependendo do modelo de amplificador.

6
2.5.2. Saturação delo uA741 da Texas Instruments. Os resultados
estão elencados na tabela 3.2 abaixo:
a) Ainda com o circuito A, configure o gerador
de funções para fornecer uma frequência menor
que 1kHz e uma alta amplitude. A onda pode ser Tabela 3.2 – Valores de ganho obtidos com o
senoidal ou quadrada. circuito A.
b) Determine o valor máximo obtido na saı́da pelo
osciloscópio. Onde Vo é constante, é o valor de Ganho
Tensão de Saı́da Ganho % de
saturação. experi-
entrada Vopp Teórico erro
mental
V1 =
2.6. Resposta em frequência 2,92V -5,71 -5,6 1,96%
0, 5Vpp
a) Com o mesmo circuito A montado, faça com
que o gerador de funções forneça 1Vpp em uma
onda senoidal.
b) Varie a frequência da onda conforme solicitado Ulteriormente, temos a montagem do circuito
na tabela da folha de dados e anote o valor de Vo pp, B, o qual teve 3 variações em suas entradas, para
Vo verificação do princı́pio somador do circuito. Os
assim como seu ganho, dado por K = . valores estão dispostos na tabela 3.3 abaixo:
Vin

3. Resultados Tabela 3.3 – Valores de ganho obtidos com o

circuito B.
3.1. Medição de resistores
Ganho
As resistências foram medidas antes para Tensão de Saı́da Ganho % de
experi-
verificação da sua funcionalidade. Estabelecendo entrada Vopp Teórico erro
mental
então os resultados satisfatórios mostrados na ta- V1 = V2 =
bela 3.1. - -
V3 = -3.28 4.03%
5,12V 3.4133
0, 5Vpp
Tabela 3.1 – Valores dos resistores utilizados.
V1 = V2 =
-
Resistências Valor medido Erro (%) 0, 5Vpp , V3 = -4.48 -4.07 10%
4,48V
R1 102 2% 0Vpp
R2 570 1.75% V1 =
-
R3 220 0% 0, 5Vpp , V2 = -5.92 -5.6 5.71%
2,96V
R4 330 0% V3 = 0Vpp

3.2. Caracterı́sticas dos circuitos com amplifi-

cador operacional
Como previsto pelo experimento, inciamos a
montagem dos circuitos a serem verificados. O
primeiro a ser montado foi o circuito A. Todos os
casos foram feitos com 100 Hz de frequência e
usando 1 CI de amplificador operacional do mo-
Copiosamente, foi montado o circuito C e, como
anteriormente, feitas 3 variações de entrada para
verificação do princı́pio subtrator desse circuito.
Houve uma discrepância quanto ao primeiro e ter-
ceiro valor; discutiremos em momento oportuno.
Os valores obtidos estão catalogados na tabela 3.5
abaixo:

7
 Tabela 3.4 – Valores de ganho obtidos com o limitação do ganho, o qual foi observado o pico
circuito C. máximo do valor de saı́da.
Ganho
Tensão de Saı́da Ganho % de
experi-
entrada Vopp Teórico erro
mental 3.5. Resposta em frequência
V1 = V2 =
-0,2V -0.2 -0.82 310%
0, 5Vpp Variando a frequência da onda senoidal nos pas-
V1 = sos descritos pela folha de dados, obtemos, com
- o circuito A e uma entrada de V1 (t) = 1Vpp , os
0, 5Vpp , V2 = -5.76 -5.6 2.78%
2,88V valores descritos pela tabela abaixo:
0Vpp
V1 =
0Vpp , V2 = 0,8V 1.6 3.9600 147.5%
0, 5Vpp Tabela 3.5 – Resposta em frequência do circuito
A.
3.3. Slew-Rate Ganho
Saı́da
Frequência experi-
Para esse procedimento, fornecemos uma onda Vopp
mental
quadrada com amplitude de 7, 8Vpp e, para
visualização do tempo de subida, uma frequência 10 Hz 5,92 5,92
de 17,81 kHz. Esta obtida empiricamente a par- 100 Hz 5,92 5,92
tir de testes. O circuito A (inversor) foi utilizado 500 Hz 5,68 5,68
para a métrica. Com isso, usando os cursores, obte- 1 kHz 5,92 5,92
mos 6, 60V em 26, 4µs. Portanto, a partir de uma 10 kHz 5,84 5,84
divisão simples, temos que 20 kHz 4,88 4,88
30 kHz 3,44 3,44
δV (t) V 40 kHz 2,08 2,08
= 0, 25 µs (8)
dt 50 kHz 1,36 1,36
Os resultados estão em conformidade ao rela- 75 kHz 1,06 1,06
tado pela fabricante, o qual tem um slew-rate tı́pico 100 kHz 1,06 1,06
V
de 0, 5 µs . 500 kHz 0,896 0,896
1 MHz 0,896 0,896
3.4. Saturação 5 MHz - -
10 MHz - -
Ainda utilizando-se do circuito A, foi feita a 20 MHz - -
aferição da saturação. Com uma onda senoidal
com frequência de 196,9 KHz e amplitude de
3, 44Vpp . Este encontrado experimentalmente. Ti-
vemos uma saı́da máxima (Vo (t)) de 16, 6Vpp . Para Observe que, como esperado, o circuito se com-
encontrar o valor mı́nimo, foi atenuado em gran- porta como um passa baixa, atenuando a saı́da con-
des escalas a tensão de entrada, não estando de- forme fornecido uma maior frequência de entrada.
vidamente expresso esse parâmetro pelo descri- Devido a uma limitação do gerador de funções da
tor. Desse modo, o valor mı́nimo observado foi bancada, não há dados para frequências tabeladas
de 12, 8mVpp . Devido ao desalinhamento do ge- acima de 1 MHz. A frequência máxima obtida foi
rador de funções, houve uma assimetria quanto a de 2,43 MHz, 0, 632Vpp e um ganho de 0,632.

8
4. Discussão e conclusões
A maior discrepância analisada foi quanto aos
valores obtidos na saı́da do circuito C, subtrator.
Provavelmente devido ao apressamento, passou de-
sapercebido enorme heterogeneidade entre os valo-
res, na ordem de dezenas de porcento. Em grandes
probabilidades, podemos ter cometido duas faltas:
arranjar os resistores de forma errônea, confun-
dindo os resistores ou deixando que estes se tocas-
sem - causando circuitos paralelos não desejados;
não conectar ou conectar de maneira inapropriada
os resistores e/ou o CI na protoboard.
Por conta de uma má gestão das tarefas da dupla,
não conseguimos completar todas os espaços da
folha de dados que compete ao ganho experimen-
tal, ganho teórico e porcentagem de erro no ganho.
Devido estes serem valores determinı́sticos, que
não se alteram após termos obtido as saı́das - por
sua vez estocásticas e não modificadas durante este
documento por conta de sua própria natureza não
determinı́stica -, foi feito o recalculo desses valores
utilizando o MATLAB, de forma que a fidedigni-
dade dos valores experimentais foram conservados.
Os erros desenvolvidos nessa parte da folha de da-
dos se devem, portanto, ao fato de ter expressões
grandes e pouco tempo para o cálculo.
Tivemos, entretanto, sucesso quanto a
observação dos valores de saı́da do circuito so-
mador e inversor. Com uma faixa de erro pequena,
atestamos as condições de inversão e soma das
entradas desses circuitos, ao passo que as pequenas
discrepâncias estão previstas pelo fabricante e não
influenciam tanto no resultado final.
O slew-rate teve não só sucesso na sua aferição
como também na efetividade do CI frente ao des-
crito como tı́pico pelo datasheet. Observamos um
valor que é duas vezes mais rápido do que o dado
V
pelo fabricante, a saber: 0,25 µV . Desse modo,
a taxa de inflexão superior acarreta num funci-
onamento normal do amplificador ao ritmo que
frequências mais altas são aplicadas em suas entra-
das.
A instrumentação teve seus desvios quanto a
esfera do ideal ou do eficazmente real. Esse fato
pode ser comprovado ao medir-se a saturação. Afe-
rindo o corte da onda senoidal, notamos que a
parte inferior da onda atingia o estado de saturação
sem antes mesmo de o topo da onda indicar si-
nais de degradação ou de corte. O fato gerado por
um sem número de meios paralelos prejudicou a
análise distanciando-se em grandes passos da vol-
tagem de corte de pico prevista, na ordem de 6 V
a mais do que esperado (10 V). Em graus de alta
evidência, podemos enumerar dois eventos não de-
terminı́sticos: a falta de precisão da fonte DC que,
por mais que bem ajustada em seu modo simétrico,
teve uma variação quanto a alimentação do CI; o
deslocamento da onda fornecida pelo gerador de
funções, fato presenciado também em outras ban-
cadas.
Podemos assim, a partir das analises e reflexões
sobre o experimento, utilizar largamente os CIs por-
tadores de amplificadores operacionais, levando
em consideração as suas limitações e peculiari-
dades. Abrindo-se o leque de possibilidades da
eletrônica para a engenharia, é bem claro que os
amplificadores operacionais são um dos grandes
responsáveis para a facilidade e suporte ao pro-
cesso criativo do projetista.
5. Referências