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Atividade “Batismo de Sangue”

Guilherme Rodrigues de Figueiredo - nº 10


Guilherme Rodrigues Nogueira - nº11

O filme-documentário “Batismo de Sangue”, baseado no livro de mesmo nome,


retrada com grande fidelidade os acontecimentos do período ditatorial no Brasil,
o Golpe Militar de 64.

O “país do futebol” atual já se manifestava naquele período; a copa de 1970


distraiu grande parte do povo, ao mesmo tempo em que simbolizava a “vitória”
da ditadura. O Governo se apossou da taça como se fosse sua, como se ela
mostrasse aos outros países e ao próprio Brasil que a ditadura era algo positivo,
que o Brasil estava ganhando com toda essa história. Errado. O futebol foi – e
ainda é – um instrumento de alienação da população, que fechou os olhos para as
contínuas torturas, assassinatos, sequestros e “desaparecimentos”, como eram
descritos aqueles que eram pegos pelo Governo.

O filme descreve também algo que aconteceu no período militar, mas é bastante
presente nos dias atuais: a luta com o povo ou pelo povo. Podem até serem
parecidas, mas são bem diferentes; a luta pelo povo foi é a mais comum
atualmente. “Cidadãos” brasileiros se afundam na alienação enquanto o Brasil se
afunda na corrupção e, com isso, no agravamento dos problemas sociais e
econômicos. Dessa forma, resta aos verdadeiros cidadãos brasileiros, que são
aqueles que praticam realmente da sua cidadania, que é direito e dever individual,
lutar pelos direitos de todos, que deveriam ser reivindicados por todos. Essa é a
árdua e contínua luta pelo povo. A luta com o povo aconteceu, por exemplo, em
1968, na Passeata dos Cem Mil. Naquela ocasião, o povo foi às ruas protestar
contra o regime e suas atrocidades, exercendo, dessa forma, sua cidadania em
plenitude. Entretanto, o sistema ditatorial era desumano e varreu os manifestantes
como se fossem insetos, como se fossem pragas: e era justamente o que eles
representavam ao regime.

O Governo Costa e Silva instituiu o Ato Institucional 5, que fez com que a tortura
fosse consentida e que houvesse a suspensão dos direitos dos cidadãos, tanto
políticos quanto individuais. A partir disso, principalmente no Governo Médici,
tomou-se uma postura violenta e desumana no que se diz respeito ao governo.
Pessoas eram pegas e torturadas ou assassinadas, muitas vezes por engano;
protestos eram reprimidos amplamente por meio da violência física; os jornais,
televisão, jornais e outros eram censurados e não podiam, de qualquer maneira
sequer, criticar o Governo; não havia democracia. Não havia liberdade. As
pessoas que foram pegas e torturadas com o intuito de revelar informações
importantes ou simplesmente por se oporem ao regime nunca mais se
recuperaram das sequelas deixadas pelos torturadores. Frei Tito foi um exemplo
deles. Ele foi pego e brutalmente torturado pelos ditadores, por ser contra a
ditadura. Foi libertado, mas nunca se recuperou; os fantasmas dos torturadores o
seguiam aonde quer que fosse, até que um dia, vivendo em um convento na
França, suicidou-se, tentando fugir de tudo aquilo. Que tipo de sistema de
governo é esse, que age de forma cruel e desumana com seu próprio povo? Que
tipo de governo é esse, que ao ser criticado por seu próprio povo elimina-os
como animais? Essa foi a Ditadura Militar.

A Igreja Católica exerceu uma grande influência na instauração do Golpe Militar,


pelo fato de ser uma instituição conservadora em si e para acabar com o
comunismo no território brasileiro. A “Marcha da Família com Deus pela
Liberdade” , em 1964, levou às ruas mais de 500 mil pessoas, cegas pela opinião
da Igreja de que a “ameaça comunista” deveria ser eliminada do Brasil. Estavam
ajudando a criar um monstro forte o suficiente para silenciar a todos sem muito
esforço. Sob este contexto, o regime ascende ao poder, até que, principalmente
no ano de 1968, a Igreja se vê traída pelo que ela mesma apoiou. As torturas,
assassinatos e a ampla repressão não fazia parte dos seus planos. Com isso, a
Igreja Católica passou a criticar sistematicamente o regime militar, o que fez com
que padres, freis como Tito, Betto e outras figuras religiosas fosses presas,
torturadas e até assassinadas. O conflito tomou proporções maiores com o AI-5,
que tornou possível a tortura livre e aberta deles. A Igreja acabou encontrando
um grande aliado quando seus objetivos se encontraram com os da ALN (Ação
Libertadora Nacional). Ambos contrários ao regime militar e com o anseio
explícito de devolver ao povo sua liberdade, formaram uma clara aliança
criticando o regime. Não é preciso nem comentar que a repressão foi geral.

O regime usou de recursos desumanos, como as torturas e assassinatos, e também


de recursos políticos, como a censura dos meios de comunicação e das artes.
Ambas as estratégias foram extremamente eficazes no que diz respeito à
repressão e ao cessamento das críticas ao Governo. A partir da censura, os meios
de comunicação, principalmente, não puderam mostrar as atrocidades da
ditadura. Os músicos, artistas, escritores, etc. também não puderam falar contra o
regime. Isso acabava com os protestos pacíficos quase que em sua totalidade,
restando os revoltosos que buscavam reivindicar protestando diretamente, nas
ruas, contra a ditadura. A esses o castigo foi a prisão, tortura, assassinato, apesar
de também serem usados contra os que protestavam pacificamente. Dessa forma,
vê-se que as estratégias de repressão dos militares contra os protestos foram
extremamente eficazes, e prova disso está no largo período de permanência deles:
21 cruéis e macabros anos.
Portanto, pode-se dizer que os militares agiram de forma eficiente e rápida, mas
cruel e covarde em prol de conseguir o que queriam há tempo: assumir o poder.
Utilizaram o meio mais sujo que poderia ter, que é maltratar um ser de sua
própria espécie. Torturaram, prenderam, sequestraram, mataram e no final
disseram que não tinham culpa de nada que havia acontecido. A culpa, porém,
não é apenas dos próprios militares. Ela também está no povo, que, como sempre
foi, é vendado principalmente pela Igreja e manipulado por ela a fim de
conseguir interesses próprios, sob o argumento vazio que perdura desde tempos
remotos da vontade divina. O povo, que deveria ter opinião crítica, se acomodou
sob a “asa” da Igreja, se opondo a algo que nem mesmo sabiam do que se tratava
e que inclusive seria vantajoso a eles mesmos. Portanto, conclui-se que a
instauração de regimes totalitários não se deve somente ao grito dos que fazem
tais atos, mas também pelo silêncio dos que não se opõem à situação.

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