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Brasil
Indústria da advocacia deveria admitir sua condição de classe
patronal
Obviamente que este dispositivo não tem eficácia para afastar, por si só,
a possibilidade de reconhecimento de existência de trabalho subordinado, até
porque não pode um “regulamento” de uma entidade paraestatal legislar sobre
Direito do Trabalho, sob pena de usurpar a competência do poder legislativo
federal na matéria.
Bem, vamos lembrar que a “lei” (art. 39 do RGOAB) foi feita pela própria
OAB, cuja cúpula é sempre dominada pelos proprietários de grandes
escritórios, os quais, também por serem advogados, deveriam interpretá-la
corretamente e de acordo com a legislação trabalhista (isto não requer nem
especialização em Direito do Trabalho: quem cumpre horário, obedece ordens
e recebe salário fixo é empregado; CLT, art. 3º).