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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO _ VARA DO

TRABALHO _

Autos nº:

CHUVA DE PRATA LTDA, CNPJ..., endereço..., nos autos da Reclamação


Trabalhista nº …,que lhe foi ajuizada por MARCELO SANTOS, brasileiro,
solteiro, portador da CTPS 2.222 e do CPF 001.001.001-01, residente e
domiciliado na rua X, casa 1, Cidade Nova, vem, por seu advogado, com
procuração em anexo, apresentar CONTESTAÇÃO, com fulcro no artigos 847
da CLT, em face das matérias de fato e de direito a seguir aduzidas, para, ao
final, requerer a TOTAL IMPROCEDÊNCIA dos pedidos.

Se mostra a pretensão aduzida pelo reclamante, o qual busca a sua reintegração


ao emprego, sob o frágil argumento de que era detentor de estabilidade, e, ainda,
o pagamento do adicional noturno retroativo, além da nulidade da alteração de
sua jornada. Ora, nada mais falacioso, Excelência.

O reclamado, no legítimo exercício do seu direito, demitiu, sem justa causa, o


reclamante, em 5 de junho de 2011, sendo totalmente irrelevante, douto
julgador, o fato de o reclamante, à época da rescisão contratual, integrar o
conselho fiscal do sindicato de sua categoria profissional, porquanto membro
do conselho fiscal de sindicato não é detentor da estabilidade prevista no Art.
543, § 3º da CLT e 8º, VIII, da CF, garantia esta exclusiva dos dirigentes
sindicais, pois o membro do conselho fiscal, à luz do artigo 522, § 2º, da CLT,
não representa ou atua na defesa de direitos da categoria, tendo sua
competência limitada à fiscalização da gestão financeira do sindicato. Neste
sentido a jurisprudência da mais alta corte trabalhista, consubstanciada na OJ
365 da SDI-1 do TST. Assim sendo, deve ser julgado IMPROCEDENTE o pedido
de reintegração.

“Art. 543 - O empregado eleito para cargo de


administração sindical ou representação profissional,
inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não
poderá ser impedido do exercício de suas funções, nem
transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou
torne impossível o desempenho das suas atribuições
sindicais. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de
28.2.1967)
§ 3º - Fica vedada a dispensa do empregado
sindicalizado ou associado, a partir do momento do
registro de sua candidatura a cargo de direção ou
representação de entidade sindical ou de associação
profissional, até 1 (um) ano após o final do seu
mandato, caso seja eleito inclusive como suplente,
salvo se cometer falta grave devidamente apurada nos
termos desta Consolidação. (Redação dada pela Lei nº
7.543, de 2.10.1986)”
“Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical,
observado o seguinte:
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado
a partir do registro da candidatura a cargo de direção
ou representação sindical e, se eleito, ainda que
suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se
cometer falta grave nos termos da lei.”

“Art. 522. A administração do sindicato será exercida


por uma diretoria constituída no máximo de sete e no
mínimo de três membros e de um Conselho Fiscal
composto de três membros, eleitos esses órgãos pela
Assembleia Geral.
§ 2º A competência do Conselho Fiscal é limitada à
fiscalização da gestão financeira do sindicato.”

“1 - Orientação Jurisprudencial 365/TST-SDI-I -


20/05/2008. Sindicato. Estabilidade provisória.
Membro de conselho fiscal. Estabilidade não
reconhecida. CLT, art. 522, § 2º e CLT, art. 543, §
3º. CF/88, art. 8º, VIII.
Membro de conselho fiscal de sindicato não tem direito
à estabilidade prevista nos arts. 543, § 3º, da CLT e 8º,
VIII, da CF/88, porquanto não representa ou atua na
defesa de direitos da categoria respectiva, tendo sua
competência limitada à fiscalização da gestão
financeira do sindicato (art. 522, § 2º, da CLT).»”

Quanto à alteração do turno de trabalho e ao adicional noturno, a pretensão


também se encontra fragilizada por total descompasso, porquanto o reclamado,
no dia 20/08/2008, transferiu o reclamante do turno noturno para o diurno,
motivado por uma única preocupação: a saúde do obreiro. Diante Disso, a
alteração contratual se mostrou lícita, trazendo benefícios ao trabalhador. Não
há que se pensar, portanto, em incorporação do adicional noturno, típico
salário-condição, pago apenas enquanto perdurar a situação de maior
penosidade. A jurisprudência trabalhista consagrou a tese de que a
transferência do turno noturno para o diurno importa na perda do respectivo
adicional - argúcia da Súmula 265 do TST. Destarte, sendo lícita a alteração,
não há que se pensar em pagamento de adicional noturno. Merece, também
neste aspecto, ser fulminada a pretensão, alcançando improcedente os pedidos
de nulidade da alteração e pagamento do adicional noturno.

“Súmula nº 265 do TST


ADICIONAL NOTURNO. ALTERAÇÃO DE TURNO DE
TRABALHO. POSSIBILIDADE DE SUPRESSÃO
(mantida) – Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003”

Requer, por extrema cautela, em caso de condenação, a compensação dos


valores já pagos, inclusive das verbas rescisórias, nos termos do artigo 767 da
CLT e Súmula 48 do TST.
“Art. 767 - A compensação, ou retenção, só poderá ser
arguida como matéria de defesa”

“Súmula nº 48 do TST
COMPENSAÇÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19,
20 e 21.11.2003
A compensação só poderá ser arguida com a
contestação.”

Requer, ainda, apenas por amor ao debate, quando da liquidação da sentença,


em caso de condenação, o que custa a acreditar, seja determinada a retenção,
do crédito do reclamante, dos valores do Imposto de Renda e das Contribuições
Previdenciárias, à luz da legislação vigente, tomando por base a previsão contida
na OJ 363 da SDI-1 e na Súmula 368 do TST

“OJ-SDI1-363 DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS E


FISCAIS. CONDENAÇÃO DO EMPREGADOR EM
RAZÃO DO INADIMPLEMENTO DE VERBAS
REMUNERATÓRIAS. RESPONSABILIDADE DO
EMPREGADO PELO PAGAMENTO. ABRANGÊNCIA (DJ
20, 21 E 23.05.2008) (cancelada em decorrência da
aglutinação da sua parte final ao item II da Súmula nº
368 do TST)”

“Súmula nº 368 do TST


DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS. IMPOSTO DE
RENDA. COMPETÊNCIA. RESPONSABILIDADE
PELO RECOLHIMENTO. FORMA DE CÁLCULO.
FATO GERADOR (aglutinada a parte final da
Orientação Jurisprudencial nº 363 da SBDI-I à redação
do item II e incluídos os itens IV, V e VI em sessão do
Tribunal Pleno realizada em 26.06.2017) - Res.
219/2017, republicada em razão de erro material –
DEJT divulgado em 12, 13 e 14.07.2017
I - A Justiça do Trabalho é competente para determinar
o recolhimento das contribuições fiscais. A
competência da Justiça do Trabalho, quanto à
execução das contribuições previdenciárias, limita-se
às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e
aos valores, objeto de acordo homologado, que
integrem o salário de contribuição. (ex-OJ nº 141 da
SBDI-1 - inserida em 27.11.1998).
II - É do empregador a responsabilidade pelo
recolhimento das contribuições previdenciárias e
fiscais, resultantes de crédito do empregado oriundo de
condenação judicial. A culpa do empregador pelo
inadimplemento das verbas remuneratórias, contudo,
não exime a responsabilidade do empregado pelos
pagamentos do imposto de renda devido e da
contribuição previdenciária que recaia sobre sua
quota-parte. (ex-OJ nº 363 da SBDI-1, parte final)
III – Os descontos previdenciários relativos à
contribuição do empregado, no caso de ações
trabalhistas, devem ser calculados mês a mês, de
conformidade com o art. 276, § 4º, do Decreto n º
3.048/1999 que regulamentou a Lei nº 8.212/1991,
aplicando-se as alíquotas previstas no art. 198,
observado o limite máximo do salário de contribuição
(ex-OJs nºs 32 e 228 da SBDI-1 – inseridas,
respectivamente, em 14.03.1994 e 20.06.2001).
IV - Considera-se fato gerador das contribuições
previdenciárias decorrentes de créditos trabalhistas
reconhecidos ou homologados em juízo, para os
serviços prestados até 4.3.2009, inclusive, o efetivo
pagamento das verbas, configurando-se a mora a partir
do dia dois do mês seguinte ao da liquidação (art. 276,
“caput”, do Decreto nº 3.048/1999). Eficácia não
retroativa da alteração legislativa promovida pela
Medida Provisória nº 449/2008, posteriormente
convertida na Lei nº 11.941/2009, que deu nova
redação ao art. 43 da Lei nº 8.212/91.
V - Para o labor realizado a partir de 5.3.2009,
considera-se fato gerador das contribuições
previdenciárias decorrentes de créditos trabalhistas
reconhecidos ou homologados em juízo a data da
efetiva prestação dos serviços. Sobre as contribuições
previdenciárias não recolhidas a partir da prestação
dos serviços incidem juros de mora e, uma vez
apurados os créditos previdenciários, aplica-se multa a
partir do exaurimento do prazo de citação para
pagamento, se descumprida a obrigação, observado o
limite legal de 20% (art. 61, § 2º, da Lei nº 9.430/96).
VI – O imposto de renda decorrente de crédito do
empregado recebido acumuladamente deve ser
calculado sobre o montante dos rendimentos pagos,
mediante a utilização de tabela progressiva resultante
da multiplicação da quantidade de meses a que se
refiram os rendimentos pelos valores constantes da
tabela progressiva mensal correspondente ao mês do
recebimento ou crédito, nos termos do art. 12-A da Lei
nº 7.713, de 22/12/1988, com a redação conferida
pela Lei nº 13.149/2015, observado o procedimento
previsto nas Instruções Normativas da Receita Federal
do Brasil.”

Requer, por fim, que os pedidos de reintegração e adicional noturno sejam


julgados improcedentes, sendo o reclamante condenado nas custas e demais
despesas processuais cabíveis, protestando provar o alegado por todos os meios
de prova em direito admitidos

Pede deferimento.
Município..., data…
Advogado..., OAB...

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