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TESES PENAIS
Autores
DIREITO MATERIAL:
TESES PENAIS
CEJUS
Salvador – Bahia
2014
Copyright © 2014 CEJUS – Centro de Estudos Jurídicos de Salvador
Revisão:
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Impresso no Brasil
FICHA CATALOGRÁFICA
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SUMÁRIO
PARTE IV – CULPABILIDADE....................................................... 85
TEORIAS DA PENA.................................................... 97
Peças em espécie................................................... 123
O numero restrito de peças (QUE PODEM CAIR) faz com que o leitor
se concentre nas petições mais importantes, com base no histórico da
Banca, e nos temas mais significantes de processo penal e do direito
material.
Os Autores.
PARTE I
PRINCÍPIOS PENAIS
A doutrina, como regra geral, afirma que o direito penal tem como fun-
ção básica proteger os bens jurídicos mais importantes para a sociedade,
seriam os bens jurídicos indispensáveis à proteção e sobrevivência da
mesma. Conforme leciona o professor Nilo Batista1, “a missão do direito
penal é a proteção de bens jurídicos, através da cominação, aplicação e
execução da pena”. Sendo, nas palavras do professor Rogério Greco, “a
pena, portanto, é simplesmente o instrumento de correção de que se vale
o Direito Penal para a proteção dos bens, valores e interesses mais sig-
nificativos da sociedade”. Nesta senda, pode-se destacar diversos bens
jurídicos protegidos pelas normas incriminadoras, tais como: vida, pa-
trimônio, honra, saúde pública, incolumidade pública, moralidade da
administração pública, etc.
1
BATISTA, Nilo. Introdução crítica do direito penal brasileiro. P. 48
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS | Parte I – Princípios Penais
O estado detêm o jus puniendi, entretanto, esse direito de punir deve ser
exercido dentro dos limites impostos pelo direito penal e pelas normas
constitucionais vigentes, no caso de uma pessoa que, com dolo de matar
dispara uma arma de fogo contra outra, verifica-se que o estado pode/
deve puní-la entretanto, essa sanção deve dar-se dentro dos limites pre-
vistos na lei penal. Observe-se que o estado não pode punir como quiser,
se o homicídio for simples, a pena será de 6 a 20 anos de reclusão, e se
houver quaisquer das causas de diminuição de pena previstas no § 1º, a
pena deve ser diminuída de um sexto a um terço, ou seja, o direito penal
impõe regras limitando a sanção estatal a quem pratica um crime, por-
tanto, protegendo a liberdade do criminoso.
Os princípios penais tema que estudaremos a seguir, são normas que va-
lidam as determinações penais, servem como instrumentos para conter a
punição que o estado pode impor a um determinado indivíduo. Vamos
analisar esses princípios, retirando deles as principais teses de defesa que
poderemos usar em uma prova prático-profissional como a prova da OAB,
Defensoria Pública ou outros exames profissionais da advocacia criminal.
1 Princípio da Legalidade
Art. 5º, XXXIX da Constituição Federal de 1988. “Não há crime sem lei
anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal.”
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
defina, nem pena sem prévia cominação legal”. Isso porque a infração
penal é gênero do qual são espécies o crime e a contravenção penal, se
analisarmos apenas a literalidade do que está escrito no postulado tería-
mos a impressão de que as contravenções penais não precisariam respei-
tar o princípio da legalidade, o que não é verdade. Assim, devemos ter
em mente que o princípio da legalidade aplica-se tanto para os crimes
quanto para as contravenções penais.
E é óbvio que tudo aquilo que não está proibido por uma norma penal é
lícito, ou seja, pode ser praticado. Justamente por isso, Von Liszt afirma
que o Código Penal é a carta Magna do delinquente, já o professor Za-
ffaroni, seguindo essa mesma linha de raciocínio, afirma que o Direito
Penal na verdade não é um direito para punir, mas sim, um direito para
evitar a punição. Na verdade o direito penal seria um instrumento para
conter a sanha punitiva do estado, assim, caso alguém mate outra pessoa
dolosamente, e a conduta se enquadre no artigo 121 do Código Penal, ele
terá a certeza de que não poderá ser punido com uma pena além daquela
imposta no dispositivo legal. Ou seja, para o professor Zaffaroni, o Direi-
to Penal funciona como um dique que barra, impede o estado de punir
indiscriminadamente.
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS | Parte I – Princípios Penais
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
ceções que veremos adiante, mas a regra geral é essa. Portanto, indispen-
sável para saber qual a norma aplicável ao fato é identificar qual norma
era vigente e eficaz quando de sua prática. A validade e eficácia da nor-
ma, deverá atender ao que determinado no processo legislativo, assim, a
norma ao ser publicada poderá determinar a imediata eficácia da lei ou
mesmo consignar sua eficácia a um período de vacatio legis, 30 dias, 45
dias ou outro período que o legislador entenda como aceitável para que
a população tome conhecimento e internalize o respeito àquela norma.
Caso não haja determinação expressa na própria lei o período padrão será
de 45 dias.
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS | Parte I – Princípios Penais
No caso o legislador visa punir não cada ato considerado, mas a plurali-
dade deles, a função da norma é punir a habitualidade criminosa, ou seja,
caso o agente pratique uma vez apenas não pode ser considerado crime.
Assim, o crime habitual, quando o agente pratica diversos atos, restará
consumado e a consumação prolonga-se no tempo enquanto o agente
continuar com a prática da conduta.
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
Em todos esses casos o agente começa a prática do crime quando a lei tem
uma pena menor do que a lei vigente na data em que ele conclui a prática
da atividade criminosa. Qual a lei aplicável então? Segundo a súmula 711
do STF a lei penal mais grave será aplicável, já que durante a vigência
dela houve prática de atos de execução do crime.
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS | Parte I – Princípios Penais
Portanto, toda vez que uma norma penal for incriminadora ela não pode-
rá retroagir para abarcar fatos que ocorreram antes de sua entrada em vi-
gor e assim serão consideradas quando aumentarem a pena, impuserem
regime de cumprimento mais severo, criarem causas de aumento de pena
ou qualificadoras, ou até mesmo quando uma lei nova aumenta o prazo
prescricional do crime, como ocorreu com a lei 12.234/2010 que trouxe
circunstâncias consideradas como incriminadoras tais como: aumento
do prazo prescricional para o crime com pena menor que 1 ano, antes
da lei era de 2 anos esse prazo e passou para 3 anos. Outra circunstância
importante é a regra do 1§ 1º do artigo 110 onde, com a publicação da
nova lei, proíbe-se a contagem do prazo prescricional com base na pena
aplicada em período anterior ao recebimento de denuncia ou da queixa.
Por óbvio, são circunstâncias que incriminam, ou seja, é uma lei emi-
nentemente penal e não retroage para ser aplicada a fatos praticados na
vigência da lei anterior.
2
QUEIROZ, Paulo. Direito penal parte geral. p. 40
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A regra de que a lei penal não retroage deverá ser excepcionada pela lei
penal mais benéfica, como pode ser extraído do mandamento constitu-
cional constante do inciso XL do artigo 5º da CF: “a lei penal não re-
troagirá, salvo para beneficiar o réu”. A possibilidade de retroatividade
estará respaldada por questões de política criminal sempre que houver
uma lei penal mais benéfica, seja porque ela abranda alguma circuns-
tância da pena ou mesmo porque ela considera atípico fato que antes era
considerado crime.
Entretanto, a lei nova, mais benigna, por óbvio, é aquela que torna a con-
duta fato atípico, quando ocorre a chamada abolitio criminis. O art. 2º do
Código Penal determina que “Ninguém pode ser punido por fato que
lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a
execução e os efeitos penais da sentença condenatória.”
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS | Parte I – Princípios Penais
MOMENTO PENAL
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Podemos alegar que o Código Penal, no art. 2º § único, afirma que a lei
penal mais nova que, “de qualquer modo favorecer o agente”, deverá re-
troagir para aplicar-se aos fatos passados. Então se o código determina a
retroatividade “de qualquer modo” para beneficiar é óbvio que a combi-
nação de leis deverá ser sim possível.
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3
GRECO, Rogério. Código Penal comentado. p. 630
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vos”. É óbvio que esse entendimento não será adequado numa atuação
defensiva, pois aplicar a uma pessoa que deu um beijo forçado em alguém
a mesma pena que se aplica a alguém que pratica conjunção carnal for-
çada com a vítima fere, seguramente, o princípio da proporcionalidade.
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS | Parte I – Princípios Penais
O direito penal deve ser a “ultima ratio”, deve ser o último caminho tri-
lhado pelo Estado para tentar pacificar um conflito social, pois existem
à sua disposição diversas outras ferramentas que podem ser usadas para
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8 Princípio da Ofensividade/Lesividade
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Foi com base neste raciocínio que o Supremo Tribunal Federal, julgando
o RHC 81.057/SP, concedeu a ordem afirmando a atipicidade da conduta
do agente que porta arma de fogo desmuniciada, pois a conduta não ofen-
dia o bem jurídico incolumidade pública, identificado como a segurança
da sociedade.
No caso, se a arma não possui munição, a conduta não poderia ser consi-
derada crime por não haver lesão ao bem jurídico.
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9 Princípio da Subsidiariedade
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10 Princípio da Fragmentariedade
11 Princípio da Insignificância
4
QUEIROZ, Paulo. Direito penal parte geral. p. 51.
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS | Parte I – Princípios Penais
Após essa decisão, foi publicada a lei 11.464/07 de 28.03.2007, que modi-
ficou a lei impondo um regime de cumprimento de pena de dois quintos
ou três quintos, para primários e reincidentes, respectivamente, para ob-
ter a progressão de regime, já que com a declaração de inconstituciona-
lidade a progressão de regimes passou a ser possível com o regramento
geral contido no artigo 112 da lei de execuções penais (lei nº 7.210/84).
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS | Parte I – Princípios Penais
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13 Princípio da Proporcionalidade
Impor penas tão distintas (na lesão culposa do Código de Trânsito a pena
mínima é o triplo) a condutas que são exatamente iguais fere o princípio
da proporcionalidade, no caso, a defesa deverá requerer a inconstitucio-
nalidade do artigo 303 do Código de Transito e a aplicação da pena da
lesão corporal culposa do Código Penal do artigo 129, § 6º.
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TEORIA DO CRIME
O estudo da teoria do crime é de vital importância para a nossa prepa-
ração, pois, é com base na dogmática criada ao longo de anos de estudos
que poderemos identificar a presença dos elementos que compõem o cri-
me, ou seja, fato típico, ilicitude ou antijuridicidade e culpabilidade.
5
ZAFFARONI, Eugenio Raul. PIERANGELI, José Henrique. Manual de direito
penal brasileiro, vol. 1. p. 317.
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PARTE II
FATO TÍPICO
1 CONDUTA
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS | Parte II – Fato Típico
Estados de
Coação física Movimentos reflexos
inconsciência
- Coação proveniente - Situações em que o - Casos de total incons-
de terceiro. nosso organismo res- ciência.
Ex.: o agente é empur- ponde automaticamen- Ex.: Embriaguez com-
rado na direção da víti- te a determinados im- pleta involuntária, so-
ma vindo a lesioná-la; pulsos. nambulismo, ataques
Ex.: agente fazendo re- epiléticos, hipnose, etc.
- Coação proveniente paros elétricos toma um
da natureza. choque e no movimen-
to lesiona a vítima.
Ex.: O agente é empur-
rado pelo vento contra
a vítima vindo a lesio-
ná-la.
MOMENTO PENAL
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DOLO e CULPA
A conduta do agente para ser relevante para o direito penal deverá ser
dolosa ou culposa, e a análise deve ser feita no caso concreto.
São divididos ainda o dolo direto em dolo direto de 1º grau e dolo direto
de 2º grau, o indireto em dolo indireto alternativo e dolo indireto even-
tual.
Ex.: Imagine que César quer matar Ex.: O agente atira com o dolo de
Pedro e para tanto coloca uma bom- matar ou de lesionar. Ou ele atira
ba no carro que ele dirige, a bomba com o dolo de matar Pedro ou João,
explode e Pedro morre. Nesse caso o qualquer um que ele conseguir atin-
dolo de matar é direto de 1º grau. gir.
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6
GRECO, Rogério. Curso de direito penal parte geral. p. 189
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS | Parte II – Fato Típico
É crucial identificar essa diferença para a tese de defesa que trabalha com
a desclassificação da conduta dolosa para culposa. Isso importará numa
diminuição drástica da pena imposta, quando não for o caso de atipicida-
de da conduta, já que o crime culposo é a exceção e deverá estar previsto
expressamente na lei.
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
Exemplo 1
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS | Parte II – Fato Típico
Exemplo 2
A tese da defesa será de que não houve dolo eventual mas sim a culpa
consciente, essa tese levará a atipicidade do fato para o crime de aborto,
pois não há previsão expressa para a modalidade culposa. Devendo res-
ponder apenas pelas lesões corporais causadas na mãe, ressalte-se que
analisamos no tópico do princípio da proporcionalidade, a inconstitu-
cionalidade do artigo 303 da lei 9503/97, devendo a defesa requerer a
condenação pela lesão corporal culposa do código penal, artigo 129, § 6º.
MOMENTO PENAL
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
sos (art. 303), da lei 9.503/97, no entanto, tal dispositivo foi objeto do
veto presidencial. Nas razões do veto, o presidente afirmou que o artigo
300 restringia indevidamente a aplicação por determinar que aplicava-se
apenas se houvesse relação de parentesco entre o réu e a vítima.
Exemplo 3
O nosso Código Penal, como regra, tipifica a ação. Na maioria dos casos
o legislador proibiu a ação, ou seja, a conduta positiva. Com isso pode-se
afirmar que a maioria dos nossos crimes são comissivos, ou seja, prati-
cados mediante uma ação. É assim, por exemplo, no crime do artigo 121
onde o legislador tipificou a conduta “matar”; ou no crime do artigo 122
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS | Parte II – Fato Típico
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ITER CRIMINIS
1. Cogitação
2. Preparação
3. Execução
4. Consumação
5. Exaurimento
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS | Parte II – Fato Típico
A execução do crime ocorre quando o agente inicia a prática dos atos que
podem levar a consumação do crime. Quando o agente pratica o primeiro
ato que tem por finalidade lesionar o bem jurídico teremos o início da
execução. Ressalta-se que se houver o início de execução já haverá puni-
bilidade, pois a conduta poderá ser enquadrada no crime consumado ou
mesmo no crime tentado.
O agente com dolo de subtrair entra na casa que estava com a porta aber-
ta e se põe a escolher o que subtrair. Iniciou-se a execução?
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS | Parte II – Fato Típico
A grande questão é sobre o caso onde a vítima morre e o agente não con-
segue realizar a subtração dos bens da vítima. Para a súmula 610 do STF
a morte consuma o crime de latrocínio, independentemente da subtração
dos bens, o que fere seguramente o disposto no artigo 14, I do Código
Penal, quando afirma que o crime consumado deverá reunir TODOS
os elementos da definição legal constante no tipo penal, e não os mais
graves.
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS | Parte II – Fato Típico
Crime Impossível
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O que há em comum entre esses casos é que não era possível ao agente
consumar a infração penal, seja porque o objeto era impróprio, ou porque
ele se valeu de um meio inidôneo para executar o crime, não sendo pos-
sível enquadrar a conduta dele nem mesmo na tentativa, aplicando-se o
disposto no artigo 17.
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS | Parte II – Fato Típico
acordo com aquilo que o legislador incorporou a ele como elemento, ha-
vendo momentos e circunstâncias diferentes para os seguintes tipos:
Tipos Consumação
Materiais
ou Ocorrência do resultado lesivo. Ex. homicídio art. 121 CP.
Culposos
Arrependimento posterior
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
A súmula 554 do STF, traz uma regra específica para o crime previsto
no artigo 171, § 2º, VI do Código Penal, que é o crime de estelionato
praticado na modalidade emissão dolosa de cheque sem fundos. Caso
haja o pagamento do cheque antes do recebimento da denuncia haverá a
extinção da punibilidade, pois se o verbete afirma que “O pagamento do
cheque emitido sem suficiente provisão de fundos, após o recebimento
da denuncia, não obsta ao prosseguimento da ação penal”, é porque esta
querendo dizer, seguramente que o pagamento do cheque antes do re-
cebimento da denuncia obsta ao prosseguimento da ação penal, ou seja,
importará em extinção da punibilidade. Sendo, pois, a tese mais benéfica
para a defesa, é óbvio que num caso concreto de que o agente é acusado
do crime de estelionato na modalidade emissão de cheque sem fundos
e paga o cheque antes do recebimento da denuncia, a acusação poderá
pedir a aplicação da diminuição de pena do artigo 16 do código penal,
mas a defesa, por óbvio, trabalhará com a tese trazida pela súmula 554.
2 NEXO CAUSAL
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GRECO, Rogério. Curso de direito penal. p. 207.
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS | Parte II – Fato Típico
O nosso código penal adotou a teoria da conditio sine qua non, ou teoria da
equivalência dos antecedentes causais onde será considerada causa, toda
ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. Com a adoção
dessa teoria tem-se que os fatos que antecedem o resultado se equivalem,
desde que, sem eles, o resultado não teria ocorrido.
Para usarmos a teoria, teríamos que fazer uma regressão no tempo, a par-
tir do resultado identificando o que exerceu influência sobre ele, levando
a sua ocorrência da forma como ocorreu.
8
NORONHA, Magalhães. Direito penal parte geral. p. 118
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
Durante essa análise, dos eventos que podem ter sido causa do resul-
tado, divide-se ainda as várias causas em algumas espécies: absoluta-
mente independentes e relativamente independentes, tendo a distin-
ção tem a ver com a relação de dependência, ou não, entre as causas
analisadas.
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS | Parte II – Fato Típico
Nessa análise, das várias causas possíveis para o resultado, deve-se sem-
pre partir da conduta do agente que se quer analisar, e em razão disso, a
outra causa pode ser preexistente, concomitante ou superveniente. Nessa
análise, a condição temporal é que irá determinar o seu enquadramento,
caso ela já exista no momento do tiro, caso tenha relação temporal de
concomitância ou lhe seja posterior.
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
Noutro caso, pode ser que haja relação de dependência entre a conduta
praticada pelo agente e uma outra causa qualquer que se queira analisar,
nesses casos, somente podemos concluir pelo resultado lesivo, se conju-
garmos as causas. Da mesma forma, iremos classificá-las em preexisten-
tes, concomitantes e supervenientes.
Noutro exemplo, o agente atira na vítima que sofre uma parada cardíaca
ao ver que seria atingida pelo disparo, a causa da morte foi a parada car-
díaca e não o disparo que havia acertado na barriga. O agente responderá
pelo homicídio consumado já que este era o seu dolo.
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3 TIPICIDADE
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ERRO DE TIPO
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS | Parte II – Fato Típico
Rogério Greco, “Entende-se por erro de tipo aquele que recai sobre as ele-
mentares, circunstâncias ou qualquer outro dado que se agregue à determinada
figura típica”. Afirmando ainda que, “quando o agente tem a falsa impressão
da realidade, falta-lhe, na verdade, a consciência de que pratica uma infração
penal e, dessa forma, resta afastado o dolo que, como vimos, é a vontade livre e
consciente de praticar a conduta incriminada”.
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS | Parte II – Fato Típico
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS | Parte II – Fato Típico
4 RESULTADO
O artigo 13, caput do Código penal determina que para que exista o cri-
me é indispensável o resultado. Aqui, segundo a posição majoritária de
nossa doutrina, trata-se apenas do crime material, ou seja, aquele que
para consumar depende de um resultado naturalista. O resultado seria a
lesão ou um perigo de lesão ao bem jurídico tutelado pela norma penal,
ou seja, quando o bem jurídico realmente for ferido, lesionado ou mesmo
quando a conduta do agente expuser o bem a um perigo grave de lesão.
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
PARTE III
ILICITUDE OU ANTIJURIDICIDADE
Vamos analisar cada uma delas e as suas aplicações como teses de defesa.
1 ESTADO DE NECESSIDADE
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS | Parte III – Ilicitude ou Antijuridicidade
O artigo 24, ainda, fala em que o agente para alegar a excludente de ili-
citude, não poderá ter criado o perigo por sua vontade. Há discussão na
doutrina acerca da possibilidade de entender no caso concreto a existên-
cia de dolo apenas ou também da culpa na vontade d agente causador do
perigo. O exemplo citado pelo Professor Rogério Greco, é claríssimo, um
agente está fumando um cigarro num cinema e, quando percebe a aproxi-
mação de um fiscal (lanterninha), desfaz-se do cigarro jogando pra longe
de si, com isso vem a causar um incêndio e, durante a fuga de todos que
assistiam ao filme, causa lesões corporais em alguém. É óbvio que ele não
causou o incêndio com dolo, mas sim com culpa. Com isso, para quem
entende que a vontade citada no artigo 24 seria o dolo ou a culpa, ele não
poderia alegar estado de necessidade. É óbvio que esse entendimento é
prejudicial à defesa, portanto, concordando com o citado professor, po-
deríamos alegar sim o estado de necessidade para que ele não responde
pelo fato típico praticado.
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
9
GRECO, Rogério. Curso de direito penal. p. 323.
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS | Parte III – Ilicitude ou Antijuridicidade
2 LEGÍTIMA DEFESA
Para que a agressão seja ilícita precisa ser praticada pelo homem, poden-
do ser inclusive um ilícito civil e não necessariamente um ilícito penal,
assim, não há legítima defesa contra ataques de animais, mas sim estado
de necessidade.
10
ZAFFARONI, Eugenio Raul. PIERANGELI, José Henrique. Manual de direito
penal brasileiro, vol. 1. p. 582.
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
Ou ainda, caso haja uma injusta provocação da vítima, mas ela não tenha
sido tão intensa a ponto de o agente ter agido dominado, mas apenas in-
fluenciado, terá cabimento a atenuante geral constante no artigo 65, III,
c, do Código Penal.
Com isso, o agente se vale dos meios necessários para se defender, obvia-
mente que os meios necessários deverão ser entendidos como o uso do
meios menos lesivo entre aqueles que o agente tinha à sua disposição, e o
usou moderadamente, fazendo apenas com que a agressão cessasse.
11
GRECO, Rogério. Curso de direito penal. p. 337
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS | Parte III – Ilicitude ou Antijuridicidade
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS | Parte III – Ilicitude ou Antijuridicidade
12
COSTA JUNIOR, Paulo José da. Direito Penal objetivo, p. 62
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
O agente ainda poderá praticar outros atos que se enquadrem como tipos
penais exercendo um direito. Imagine que o agente, acusado da prática
de um crime, falsifica uma carteira de identidade modificando seu nome
para evitar uma sanção penal. A conduta dele se enquadra no artigo 297
do Código Penal, podendo ainda, caso ele venha a usar o documento,
configurar o artigo 304 do Código Penal.
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS | Parte III – Ilicitude ou Antijuridicidade
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
DESCRIMINANTE PUTATIVA
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
PARTE IV
CULPABILIDADE
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS | Parte IV – Culpabilidade
1 Imputabilidade
13
GRECO, Rogério. Curso de direito penal. p. 385.
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
Menores de 18 anos
Emoção e paixão
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS | Parte IV – Culpabilidade
Homicídio privilegiado
Está previsto no artigo 121, § 1º que quando o agente pratica o fato sob o
“domínio” de uma violenta emoção logo em seguida a uma injusta pro-
vocação da vítima o homicídio deverá ter a pena diminuída de um a dois
terços. A emoção, em que pese não excluírem a imputabilidade, nesse
caso, terá o condão de reduzir a pena do agente, sendo, portanto, elemen-
to indispensável à defesa no caso concreto.
Ademais, é possível que no caso concreto a emoção não tenha sido forte
o suficiente para privilegiar o crime, mas suficiente para que o agente te-
nha atuado “influenciado” pela emoção e assim, tenha praticado o crime,
aplicaremos a regra do artigo 65, III c do código penal, como causa de
diminuição geral da pena.
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
do código constante no artigo 217-A, mas acredita que no caso deles não
será crime, pois já namoram há dois anos inclusive com o consentimento
dos pais dela e transam.
A conduta praticada por ele é típica para o direito penal, pois o nosso legis-
lador objetivou a impossibilidade de menor de 14 anos praticar ato libidi-
noso. Caso o ministério público ofereça a denúncia pelo crime de Estupro
de Vulnerável, a defesa alegará o erro de proibição, pois o agente incorreu
em erro por achar que a conduta, naquele caso específico não era crime.
Noutro caso, o agente vai a uma farmácia, compra um remédio que custa-
va R$ 5,00, entrega para o caixa R$ 10,00 e recebe de troco sem verificar o
quanto lhe foi dado. Chegando em casa, quando vai observar o dinheiro
que havia enfiado no bolso sem conferir percebe que havia R$ 45,00, ou
seja, o troco foi entregue a mais e ele aproveita e fica com o dinheiro,
afinal de contas, pensa ele, ele não subtraiu nada, foi o caixa que errou e
lhe entregou a quantia. No entanto, a conduta dele enquadra-se no artigo
171 do código penal como crime de estelionato, pois ele se aproveitou de
um erro cometido por terceiro e obteve uma vantagem indevida.
89
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS | Parte IV – Culpabilidade
90
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
Na coação moral, importante que se frise, pode sim haver a violência fí-
sica, desde que ela seja empregada para forçar terceiro a praticar o crime.
A coação física, que exclui a conduta, é diferente da violência física que
pode ocorrer na coação moral.
Casos de coação são boas teses de defesa e, mesmo que a coação seja resis-
tível, pode ser aplicada ainda a causa atenuante constante no artigo 65,
III c do Código Penal.
O oficial de justiça não responde por crime, porque não era exigível dele
que verificasse se o mandado era verdadeiro ou não. Mas o juiz sim res-
ponderá por ter dado uma ordem ilegal ao oficial de justiça, conforme
está descrito no artigo 22 do Código Penal.
91
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS | Parte IV – Culpabilidade
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
PARTE V
CONCURSO DE PESSOAS
Circunstâncias incomunicáveis
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS | Parte V – Concurso de Pessoas
14
GRECO, Rogério. Curso de direito penal. p. 452.
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
Infanticídio
Peculato
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS | Parte V – Concurso de Pessoas
Da forma como a questão foi montada a única coisa que a defesa poderia
fazer seria requerer a desclassificação do crime de Peculato (art. 312) para
furto simples (art. 155), na modalidade tentada. Isso porque no direito
penal a responsabilidade não pode ser objetiva, mas sim, e sempre, sub-
jetiva, isso em razão do princípio da culpabilidade.
ATENÇÃO
No exemplo do infanticídio, se o pai não sabe que a mãe está sob a in-
fluência do estado puerperal essa condição de caráter pessoal, mesmo
sendo elementar do tipo penal não se comunicará para ele. Mas observe
que no exemplo o pai sabia que a mãe estava sim sob influência do estado
puerperal.
96
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
TEORIA DA PENA
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Teoria da Pena
O artigo 32 do Código Penal traz as espécies de penas que podem ser im-
postas, são elas: “As penas são: I - privativas de liberdade; II - restritivas
de direitos; III - de multa”.
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
1ª Fase
2ª Fase
Agora que o juiz já encontrou a pena-base, ele passará a análise das agra-
vantes (Art. 61 e 62 CP) e as atenuantes (Art. 65 e 66 CP), para poder fixar
a pena intermediária.
Circunstâncias agravantes
I - a reincidência;
99
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Teoria da Pena
100
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
Circunstâncias atenuantes
II - o desconhecimento da lei;
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Teoria da Pena
3ª Fase
3 CONCURSO DE CRIMES
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Teoria da Pena
Crime continuado
104
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
Com isso a aplicação da pena será com base no artigo 71 do Código Pe-
nal que determina a exasperação da pena entre um sexto e dois terços.
Podendo o aumento chegar até o triplo, conforme o parágrafo único do
mesmo artigo.
4 PRESCRIÇÃO
15
REALE JÚNIOR, Miguel. Instituições de Direito Penal, pag. 517.
105
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Teoria da Pena
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Teoria da Pena
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
- Reincidente;
- Pena de 1 a 4 anos;
109
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
É fato que ao longo dos anos, as Bancas que patrocinaram a prova da Or-
dem sempre privilegiaram as peças defensivas para a avaliação de penal.
111
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
Importa observar ainda que a análise desta primeira etapa pode revelar
o juízo competente no caso em tela. Basta, por exemplo, que o acusado
ou ofendido seja funcionário público federal no exercício funcional (SÚ-
MULA 147 STJ) ou tenha o delito sido praticado em razão da função
Este passo também se mostra importante nos casos em que seu cliente ou
querelado for autoridade com prerrogativa de foro (v. arts. 27, X; 102, I
e 105, I, CF88).
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
E a primeira percepção feita pelo leitor será precisar se tal crime não
está sujeito a um rito especial, independentemente da pena em abstrato
prescrita.
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
Nota-se assim, que você apenas encontrará a petição correta a ser rea-
lizada no exame, se conseguir a fácil tarefa (vamos mostrar que não há
complexidade) de localizar-se na fase pré-processual ou no curso do pro-
cedimento penal.
E por todos os motivos elencados, o rito mais adequado e usual para lo-
calizarmos nossa peça profissional (SIM! ela está bem ali e salta aos seus
olhos) é justamente o procedimento comum ordinário.
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
A regra é que os debates sejam ORAIS, mas surge como importante para
sua avaliação, a possibilidade de serem convertidos em MEMORAIS,
com prazo de 05 dias (FGV X EXAME).
Atenção especial deve se destinar ao art. 381 do CPP, ele retrata os ele-
mentos formais da sentença, como INTRODUÇÃO (I), RELATÓRIO
(fatos, II), MOTIVAÇÃO (fundamentos jurídicos) III e IV e DISPOSI-
TIVO. Uma estrutura semelhante a sua peça profissional composta por
endereçamento, introdução, fato, fundamentos e pedido.
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PEÇAS EM ESPÉCIES
1. AGRAVO EM EXECUÇÃO
A lei de execuções penais prevê inúmeros incidentes que vão exigir re-
servam de jurisdição, e essas decisões que ocorrem após a coisa julgada
condenatória serão atacadas pelo agravo em execução.
Esta é uma regra que comporta exceção. Afinal, em que pese a jurispru-
dência dos tribunais superiores afastar a execução antecipada da pena,
admite a execução antecipada dos benefícios penais.
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juiz a proferir nova decisão, sendo imposta pelo Magistrado uma pena
alternativa, a ser fiscalizada pelo juiz da vara de execuções penais.
Pois bem, o art. 66 da lei 7210 de 1984 traz uma série de medidas que
competem ao juiz da execução penal, e que desafiaram a interposição de
agravo em execução. Mas, que sirva apenas de parâmetro para sua ava-
liação, pois, diferentemente do RESE (581 CPP), não temos aqui um rol
taxativo de cabimento de tal recurso. Sendo assim, sempre que for uma
decisão interlocutória no curso do processo de execução, que prejudique
uma das partes, é possível, portanto, a interposição de agravo.
Na mesma linha, reiteramos que alguns dos incisos do art. 581 do CPP,
atualmente admitem a interposição de agravo em execução (XI, XII,
XVII, XIX, XX, XXII), o que consigna a este meio de impugnação a
posição de reitor da fase executória do processo penal, revogando essas
hipóteses legais.
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2. APELAÇÃO
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Sendo assim, a regra é que das sentenças prolatadas pelos juízes de pri-
meiro grau, a apelação seja a medida cabível, ressalva quando essas de-
cisões forem proferidas no julgamento de crimes políticos pelos juízes
Federais (art. 102, II, CF), quando será cabível Recurso Ordinário Cons-
titucional (ROC), denegatórias ou concessivas de habeas corpus (cabi-
mento de RESE, 581, X, CPP) e quando obscura, ambígua, contraditória
ou omissa for a decisão, sendo possível a oposição de embargos de decla-
ração (art. 382 CPP).
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Não existirá menção, nas razões, ao juiz de piso ou julgador a quo, pois
na apelação não há possibilidade do magistrado sentenciante se retratar
de sua decisão, ausente, pois, o juízo iterativo ou regressivo em sede de
apelo, em que pese a posição errônea de alguns autores.
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
Desta forma, a apelação deverá ser interposta no prazo de cinco dias con-
tados da intimação, mediante a petição de interposição endereçada ao
juiz de primeiro grau a quem caberá analisar a existência dos requisitos
de admissibilidade do recurso. Recebido o apelo e intimado o recorrente
para apresentar as razões no prazo de oito dias, estas serão encaminhadas
ao Tribunal de segundo grau competente.
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Aury Lopes (obra citada, p. 1242) entende que, a apelação sempre terá
EFEITO devolutivo, na medida em que devolve a apreciação da matéria
impugnada a um órgão superior ao que proferiu a decisão, cabendo ao
Tribunal apreciar no todo ou em parte (art. 599) a decisão guerreada,
conforme a premissa do tantum devolutum quantum appellatum.
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3. CARTA TESTEMUNHÁVEL
É cabível nas duas hipóteses do art. 639 do código de processo penal, da de-
cisão que denegar o recurso ou da que o recebendo, obstar seu seguimento.
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4. DEFESA PRELIMINAR
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
Nos termos do parágrafo único, do art. 514 do CPP, a aludida petição te-
ria um caráter de imprescindibilidade, obrigando a nomeação de defen-
sor dativo caso não seja ofertada no prazo de lei. Este também tem sido o
entendimento da maioria dos precedentes do Supremo Tribunal Federal,
afastando a idéia deitada no sumulado 330 do STJ.
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
Temos uma peça una, endereçada ao juízo processante, para qual a de-
núncia ou queixa foi distribuída, mas ainda não recebida, sem esquecer
o passo processual a sua frente, evitando a sua concretização, que seria
justamente um despacho liminar positivo recebendo a exordial.
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
5. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
O escopo é sanar a falha, ainda que o juiz ou tribunal tenha que alterar o
dispositivo da decisão.
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Tal impugnação será realizada em sua avaliação por uma simples petição,
numa peça única, e no mesmo momento processual.
6. EMBARGOS INFRINGENTES
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
cidir contra o acusado, oponível serão tais embargos, com base no voto
favorável.
Mais uma clara manifestação do favor rei no processo penal, que tem
abrigo no art. 609, parágrafo único do CPP, pois tal meio de impugnação,
apenas pode ser manejado em favor do imputado.
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A defesa vai ter que passar antes pelos embargos infringentes, pois o
RESPE e o recurso extraordinário exigem esgotamento das instâncias
ordinárias, consoante a súmula 207 do STJ.
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7. HABEAS CORPUS
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A inexistência de justa causa para ação penal (art. 395, III), desprezada
no recebimento da denúncia ou queixa, pode ser discutida em prelimi-
nar na resposta à acusação (art. 396 CPP) e por meio da aludida ação
impugnativa (FGV VII EXAME), tendo em vista a irrecorribilidade do
despacho que recebe a petição inicial acusatória.
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O art. 652 exige a renovação dos atos processuais se a ordem for concedi-
da em virtude de nulidade do processo.
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Segue....
O art. 654 do CPP estabelece que o HC pode ser impetrado por qualquer
pessoa. Ação verdadeiramente popular, não se exigindo qualquer requi-
sito especial. Pode, inclusive, existir a substituição processual quando as
pessoas do paciente e impetrante não se confundirem, o primeiro estará
em juízo requerendo em nome próprio direito alheio.
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
Dessa forma, o juiz ou tribunal não pode conhecer de habeas corpus con-
tra ato que praticou ou confirmou, sendo admissível a revogação do ato
ilegal, que consistiria numa reconsideração de decisão.
Com estrutura de uma única petição, o habeas corpus admite pleito li-
minar, em caráter excepcional, sempre que presentes fumus boni iuris e
periculum in mora. A título de exemplo, pode-se requerer liminarmente
a suspensão dos atos processuais, num habeas corpus em que o mérito
consiste no trancamento do processo.
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8. LIBERDADE PROVISÁRIA
O Remédio para atacar uma prisão em flagrante legal, mas que se apre-
senta como desnecessária, é a liberdade provisória (ART. 5º, LXVI, da
CF88, art. 310, III e parágrafo único e art. 321 do CPP).
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Nesse caso, o acusado ou indiciado está preso de fato, logo se faz necessá-
rio o requerimento de concessão de liberdade provisória com a imediata
expedição de alvará de soltura. É o pedido.
9 - MANDADO DE SEGURANÇA
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Mais uma das medidas processuais que possuem natureza de ação man-
damental e não recursal, com o intuito de cessar suposta ilegalidade.
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10. MEMORIAIS
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Vale ressaltar que, se não estiverem presentes todos os requisitos dos ar-
tigos acima referidos, a Queixa Crime se apresentará de forma ambígua,
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
Afinal, alguns dos incisos previstos no art. 581 do CPP não admitem
mais a interposição do RESE, estão revogados, a impugnação será me-
diante agravo em execução, prescrito no art. 197 da Lei 7210/1984, ou até
apelação, com fulcro no art. 593 do CPP.
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
Pelo quanto disposto no art. 109 do CPP, o juiz pode declinar da com-
petência absoluta ou relativa em qualquer fase do processo, mesmo sem
provocação das partes, ou seja, de forma oficiosa. É uma peculiaridade
do processo penal frente à seara processual civil. A possibilidade de o
juiz penal reconhecer a incompetência relativa de ofício, em nome do
preceito do juiz natural.
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soante o art. 426, parágrafo primeiro do CPP, o que torna inaplicável este
dispositivo.
Se o RESE também não for admitido, tal decisão será agora impugnada
por carta testemunhável, art. 639, I, CPP.
Afinal, o juiz dará ao feito destino diverso do previsto em lei, sem prejuí-
zo, inclusive, de eventual HC para sanar constrangimento ilegal, tendo
em vista estar processado da maneira diversa da prevista, numa clara
violação do devido processo legal.
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
Cuida da unificação das penas – vai desafiar agravo em execução, art. 197
da LEP. São os casos em que o juiz da execução penal aplica o concurso
formal próprio e a continuidade delitiva.
No CTB, lei 9503 de 1997, em seu art. 294, parágrafo único, há uma pre-
visão de RESE, da decisão que decreta a suspensão da carteira ou proibi-
ção de obter a carteira de habilitação.
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
Vale dizer que, em sua interposição, essencialmente nos casos a ser co-
brados pelo Exame de Ordem, basta requerer que os autos sejam enca-
minhados ao Tribunal com as inclusas razões, haja vista o IV, do art.
581, quando o RESE terá efeito suspensivo para obstar o julgamento pelo
Tribunal do Júri (art. 584, §2º, do CPP).
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
O recurso especial com relevância penal está tipificado no artigo 105, III,
a da Constituição Federal e tem como finalidade impugnar as decisões
que contrariarem tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência.
Tal recurso tem como finalidade a defesa do direito objetivo federal e não
o direito subjetivo das partes.
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
Com efeito, é essencial o conhecimento das súmulas 126, 203 e 207 do STJ.
Assim como o recurso especial será composto por duas peças, uma peti-
ção de interposição e as razões do inconformismo. A interposição deve
se inclinar ao Juízo a quo (em regra, um Tribunal de segundo grau) e as
razões devem ser endereçadas ao Supremo Tribunal Federal.
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Este lapso também se configura para que seja entregue a nota de culpa ao
custodiado, propiciando o conhecimento do motivo de sua prisão.
Na lei 11343 de 2006, o parágrafo primeiro do art. 50, ainda exige a ela-
boração de laudo de constatação provisório da substância entorpecente,
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Com efeito, ainda que superado in albis o prazo para apresentação de tal
resposta, não se configura uma confissão ficta do acusado, inexistindo
preclusão defensiva (salvo quanto à prova testemunhal) ou presunção de
veracidade das alegações Ministeriais.
Por óbvio, para sua avaliação profissional este prazo deve ser considerado
peremptório, determinando a apresentação de sua peça no termo exigido
pelo examinador.
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
Sendo assim, deve-se apresentar, sempre num prazo de 10 dias, uma pe-
tição única endereçada ao juiz processante, discutindo causas de nulida-
des, provas ilícitas, inépcia da inicial e ausência de justa causa. No méri-
to recomenda-se inclinar a petição no interesse de comprovar o quanto é
manifesta a atipicidade do fato, a licitude, excludentes de culpabilidade
e causas extintivas de punibilidade.
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
Contrariedade à evidencia dos autos deve ser manifesta para ensejar a ne-
cessidade de desconstituição da coisa julgada, é o entendimento do STF.
O caderno probatório não pode dar margem a outra interpretação, em
que pese ser instituto de privilégio do réu, no processamento da revisão,
o ônus da prova é do condenado, já que não mais impera a presunção de
não-culpabilidade.
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
Esta é mais uma das ações autônomas de impugnação com peça una,
endereçada diretamente ao Presidente do Tribunal competente, cuja fun-
damentação jurídica do pedido deve se limitar a hipótese de cabimento
no caso concreto (art. 621 CPP).
Nos arts. 319 e 320 do CPP, o legislador consignou diversos meios para
proteção da instrução processual, assegurando ao mesmo tempo, a liber-
dade de locomoção.
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
Esta necessidade deve ser verificada à luz do art. 282 do CPP, que traz a
proporcionalidade como preceito reitor do novo tratamento das prisões
cautelares.
Ademais, revele que a mera existência dos requisitos do art. 312 do CPP,
não tem eficácia cautelar se possível for, substituir tal custódia por medi-
das constritivas mais benéficas e menos gravosas à liberdade individual.
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
Por fim, em seu pleito, que seja revogada a prisão preventiva, com a
imediata expedição de alvará de soltura e/ou recolhimento do mandado
de prisão e, subsidiariamente, que seja imposta medida cautelar autô-
noma.
Frise-se por oportuno, que, como tópico de seu recurso pode ser neces-
sário requerer a revogação da prisão preventiva. Basta que, em sede de
pronúncia ou sentença condenatória recorrível, o juiz não conceda ao
réu, o direito de recorrer em liberdade. Que tal pedido esteja presente
então, no seu recurso em sentido estrito ou em apelação (e não como
peça autônoma, nesse caso), sem prejuízo da impetração de habeas cor-
pus.
200
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
PEÇAS
MODELOS:
AGRAVO EM EXECUÇÃO
Advogado...
201
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
Agravante: Márcio
Processo nº ...
Egrégio Tribunal,
Colenda Câmara,
DOS FATOS
202
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
Entretanto, tal pleito fora rechaçado pelo juízo de piso, por conta de su-
posta tentativa de fuga, que teria como um dos protagonistas o recorren-
te, conforme afirma o relatório carcerário.
Nessa linha, urge salientar que mesmo a existência de uma falta grave no
processo de execução penal, não tem o condão de interromper o prazo
para a concessão de livramento condicional, conforme prescreve a súmu-
la 441 do Superior Tribunal de Justiça.
203
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
DO PEDIDO
Ante o exposto, que seja dado provimento ao presente recurso, para con-
ceder o benefício do livramento condicional ao recorrente, reformando a
decisão denegatória, nos termos do art. 135 da lei 7210 de 1984.
Nestes termos,
Pede Deferimento,
Advogado...
APELAÇAO
Eliete, devidamente qualificada nos autos, vem, por seu advogado in-
frafirmado, com procuração em anexo, perante Vossa Excelência, com
fulcro no Art. 593 I do CPP, apresentar:
RECURSO DE APELAÇÃO
Local, data
Advogado
204
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
Recorrente: Eliete
Processo n.
1. Dos Fatos
Depreende-se dos autos que no dia 10 de janeiro de 2007, Eliete, fora de-
nunciada por ter, supostamente, cometido o crime tipificado no art. 155,
§2º, inciso IV do Código Penal, qual seja, furto qualificado por abuso de
confiança, vez que havia se valido da qualidade de empregada doméstica
para subtrair, em 20 de Dezembro de 2006, a quantia de 50,00 reais de
seu patrão.
205
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
2. Das Preliminares
206
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
3. Do Direito
Está claro nos autos que a Apelante trabalhava na casa da suposta vítima
apenas três vezes por semana, sendo que o fato descrito na inicial ocorreu
no terceiro dia de trabalho da mesma, inexistindo uma relação de con-
fiança no fato penalmente relevante.
207
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
4. Do Pedido
208
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
Local, data
Advogado...
209
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
Processo n.
MARIO, já qualificado nos autos, por conduto do seu patrono que esta
subscreve, vem, com fulcro no art. 600 do CPP, apresentar RAZOES da
APELACAO já interposta, requerendo que as mesmas sejam recebidas,
anexadas aos autos e encaminhadas ao Tribunal competente, no intento
de que, finalmente, seja feita a mais salutar Justiça.
Nestes termos.
Pede deferimento.
210
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
RAZÕES DE APELAÇÃO
RECORRENTE – ADOLFO
RECORRIDO – MINISTÉRIO PÚBLICO
PROCESSO N...
EGRÉGIO TRIBUNAL,
COLENDA CÂMARA
DOUTA PROCURADORIA
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
DA MANIFESTA CONTRARIEDADE
A PROVA DOS AUTOS
212
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
DO PEDIDO
Nestes termos.
Pede deferimento.
ADVOGADO...
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
Processo n...
Pede deferimento.
Local. Data.
ADVOGADO...
OAB ...
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
Recorrente: HENRIQUIEL
Egrégio Tribunal,
Colenda Câmara,
Douta Procuradoria,
Muito embora ficasse clarividente que o desenrolar dos fatos não ocor-
reram da forma como alega o presentante do Ministério Público, tais
argumentos não foram acatados pelo Magistrado de piso.
215
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
Este dado foi tão desprezado pelos órgãos da persecução penal que a me-
dida investigatória desaguou num decreto de prisão preventiva executa-
do contra pessoa diversa do mandado.
216
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
Abraçar uma prorrogação de tal medida sem decreto judicial, mas do que
viola o art. 5º da mencionada lei e, o mesmo dispositivo da Carta Magna,
que no XII, assegurou o sigilo da conversa telefônica.
217
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
São 18 verbos desse tipo penal misto alternativo, deitado no art. 33 da lei
11343 de 2006, que fecha um campo de condutas que podem sofre uma
subsunção neste delito, mas, na sentença atacada, não se encontra uma
conjugação probatória idônea com qualquer ação praticada pelo impu-
tado.
218
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
Ainda que houvesse uma confissão técnica nos autos, o que não se reve-
lou no interrogatório do apelante, a verdade processual revela a manifes-
ta improcedência de tal capitulação condenatória.
219
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
220
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
221
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DO PEDIDO
Termos em que
Pede deferimento.
Local. Data.
ADVOGADO…
222
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CONTRARRAZÕES
PROCESSO Nº...
P. deferimento.
ADVOGADO...
223
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PROCESSO N...
CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO
EGRÉGIO TRIBUNAL,
COLENDA CÂMARA,
NOBRES JULGADORES E
DOUTO PROCURADOR,
224
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Observem que, mesmo quanto aos trechos que não têm relação com o me-
ritum causae, o art. 9, caput e parágrafo único da lei 9296 de 1996 exige um
incidente de inutilização que deve ser de conhecimento dos integrantes
da lide, até por ser passível de impugnação pela interposição de apelação.
Sabe-se que a atipicidade de qualquer ato processual apenas pode ser ar-
güida por quem não lhe deu causa, seja com uma conduta procedimental
comissiva ou omissiva.
225
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
226
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
Essa, aliás, a teleologia do artigo 593, inciso III, alínea “d”, do Código de
Processo Penal, e o que a jurisprudência dos Tribunais pátrios há muito
sedimentou.
Além disso, observe-se ainda que o laudo pericial NÃO AFIRMOU que
o raiamento encontrado nos projéteis é o mesmo que seriam produzidos
pelas armas apreendidas, e sem essa comprovação, considerando que não
ou outras provas robustas e idôneas, não se pode afirmar que as armas
apreendidas foram as mesmas utilizadas para a prática dos crimes em
comento.
227
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
DOS PEDIDOS
Termos em que,
Pede deferimento.
ADVOGADO ...
228
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
Processo. nº...
229
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
230
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
DO PEDIDO
Pelo exposto requer a V.Exa. que se digne de, dar improvimento aos em-
bargos de declaração, para manter a ABSOLVIÇÃO, na forma do melhor
direito, por ser medida de justiça.
Termos em que
Pede deferimento.
ADVOGADO…
231
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
DEFESA PRELIMINAR
Processo N...
232
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
233
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
De tal sorte, é com clareza solar que a suposta vítima não se encontrava
no local no momento da diligência, visto que tinha conhecimento do
mandado de prisão expedido, e por certo, não pretendia se apresentar à
Justiça Pública, o que de fato não fez após cinco anos foragido.
Na mesma trilha, urge salientar que não houve qualquer subtração ca-
paz de caracterizar os elementos objetivos e subjetivos do peculato furto,
como pretende o Órgão Ministerial. Os depoimentos são contraditórios,
e não há comprovação da materialidade, consoante exige o tipo descrito
no art. 312 do CP.
234
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
Ante o exposto, com fulcro no art. 516 do CPP, requer que seja rechaçada
a denúncia, com o arquivamento dos atos de investigação, pela inexistên-
cia do fato penalmente relevante deitado na mesma e pela improcedência
da pretensão punitiva contra os acusados, sendo medida da mais impe-
rativa JUSTIÇA.
Nestes termos.
Pede deferimento.
Local. Data.
Advogado...
235
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
ProcESSO nº...
M. M. Julgador(a):
236
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DO PEDIDO
Termos em que
Pede deferimento.
Advogado…
237
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
EMBARGOS INFRINGENTES
Processo nº...
EMBARGOS INFRINGENTES
Pede Deferimento.
ADVOGADO...
238
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
Embargante:
MATOSUEL LOPPEZ
Egrégio Tribunal,
Colenda Câmara,
239
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
Por fim, vale lembrar que a oposição dos embargos infringentes devolve
ao órgão competente o conhecimento da matéria nos mesmos efeitos da
apelação, logo, data vênia, deverá ser recebido no seu duplo efeito (devo-
lutivo e suspensivo).
A sentença proferida pelo juízo “a quo”, data máxima vênia, como bem as-
severou o Desembargador Relator na sessão de julgamento da Apelação,
é nula, pois houve flagrante erro na dosimetria da pena do increpado.
Com efeito, a pena para o delito de homicídio com a existência das quali-
ficadoras, esculpidas nos incs. III a IV, do § 2º, do art. 121 se perfaz numa
faixa de 12 a 30 anos. Todavia, os doutrinadores nacionais orientam, o
que é acompanhado pelos Tribunais Brasileiros, que a pena não deve se
aproximar tanto do máximo, em se tratando de réu primário e de bons
antecedentes, mesmo em se tratando de delito de
240
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
Ora, Insignes Julgadores, sabemos que o dolo integra o fato típico, é in-
trínseco ao crime e extremamente subjetivo, não devendo ser novamente
visitado na imposição da pena.
241
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
Por fim, importa mencionar que todas as circunstâncias judiciais são fa-
voráveis ao recorrente, motivo pelo qual, a pena imposta, que alcançou
o patamar exorbitante em decorrência da atuação do Magistrado na 1ª
fase de aplicação, não possui abrigo nos princípios consagrados em nosso
sistema penal e sequer no quantum disposto no art. 59 do CP.
DO PEDIDO
Local...data...
ADVOGADO...
242
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
HABEAS CORPUS
Processo de origem…
HC N…
243
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
O paciente foi preso em flagrante delito por suposta infração ao art. 121
do Código Penal. Manejando o art. 310 do Código de Processo Penal, o
Juízo de plantão apenas homologou o auto de prisão em flagrante, abrin-
do vistas ao órgão Ministerial.
244
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
245
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
Por ora, data máxima vênia, a custódia não se faz necessária, tendo em
vista que o réu possui bons antecedentes, residência fixa, sendo discente
em curso Superior, exercendo atividade laboral nessa comarca, como se
atesta pelas anotações da CNTPS, todos documentos acostados ao pleito.
246
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
Por ora, data máxima vênia, urge ainda salientar que a custódia não se faz
necessária, tendo em vista a inexistência dos requisitos da prisão preven-
tiva. Sabe-se que a prisão antes de uma sentença condenatória transitada
em julgado é medida de exceção, que apenas se justifica quando presen-
tes elementos concretos capazes de legitimar uma medida instrumental,
o que inexiste no caso em tela. Afinal, não há qualquer elemento fático e
concreto capaz de tornar necessária tal medida extrema.
DO PEDIDO
Pede deferimento.
Local. Data.
ADVOGADO...
247
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
LIVRAMENTO CONDICIONAL
ProcESSO...
248
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
249
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
MEMORIAIS
Processo nº...
DOS FATOS
DO DIREITO
A referida medida ainda violou o art. 5 da lei 9296 de 96, visto que fora
decretada pelo lapso de 30 dias, e sem fundamentação concreta, em
afronta ao art. 93, IX da Carta Magna. Frise-se ainda, que a confissão
250
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
251
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
exame de corpo de delito, nos termos do art. 158 e 167 do CPP, não há
justa causa para a pronúncia do acusado.
DO PEDIDO
Por fim, que seja impronunciado o acusado nos termos do artigo 414 do
Código de Processo Penal, por ser medida de JUSTIÇA.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Advogado...
252
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
NOTÍCIA CRIME
(requerimento de instauração de IP)
253
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
254
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
Pede deferimento.
Local. Data.
ADVOGADO…
256
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
QUEIXA CRIME
I. DOS FATOS
Frise-se que o móvel das ofensas surgiu com a utilização do elevador so-
cial pela querelante, no shopping em que a mesma labora como faxineira,
enquanto estava fechado ao público, e que tal fato foi presenciado por
Rafael Souza e Ricardo Silva, além de ter sido flagrado pelas câmaras de
segurança do estabelecimento.
Após tal conduta delituosa, a querelante efetivou notícia crime que cul-
minou com a lavratura do termo circunstanciado e, apesar de designada
audiência preliminar, o réu não compareceu.
257
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
II. DO DIREITO
Nestes termos,
Pede deferimento.
Advogado...
Rol de Testemunhas
258
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
RELAXAMENTO
Processo n° ...
DOS FATOS
259
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
260
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
Por fim, cumpre salientar que o suplicante é primário, tem bons ante-
cedentes, trabalho e residência fixa, ou seja, todas as circunstâncias pes-
soais são favoráveis e, se a prisão não for relaxada, a liberdade provisória
é medida que se impera, com fulcro no art. 310, III do CPP.
DO PEDIDO
Pede deferimento.
Recife, data.
ADVOGADO...
261
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
RESPOSTA À ACUSAÇÃO
Processo n...
CAIO, já qualificado nos autos, vem, por conduto do seu patrono que
esta subscreve, vem apresentar RESPOSTA À ACUSAÇÃO, com fulcro
nos artigos 396 e 396-A do Código de Ritos Penais, pelos fatos e funda-
mentos jurídicos que a seguir aduz:
262
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
263
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
REVISÃO CRIMINAL
...(nome com qualificação), vem por conduto do seu patrono abaixo assi-
nado, com procuração anexa, à presença de Vossa Excelência, com fun-
damento no art. 621, I do Código de Processo Penal, impetrar R E V I S
à O C R I M I N A L, pelos motivos abaixo alinhados:
(DOS FATOS)
(DO DIREITO)
(DO PEDIDO)
Termos em que,
Pede Deferimento,
(local), (data)
ADVOGADO...
264
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
ProcESSO n...
Até a presente data, os autos ainda não foram objeto de decisão final, ten-
do em vista que a fase dos memoriais foi superada sem a (im)procedência
da pretensão punitiva.
265
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
O art. 580 do CPP traz um efeito extensivo dos recursos, capaz de consig-
nar as circunstâncias objetivas de determinada decisão, aos demais réus,
com fulcro também no art. 30 do CP.
Não há, nos despachos que revogaram as custódias dos outros réus, qual-
quer elemento pessoal que não possa ser consignado ao paciente, tendo
em vista que a decisão cautelar foi una, para todos os imputados.
Por ora, data máxima vênia, urge ainda salientar que a custódia não se
faz mais necessária, tendo em vista a inexistência dos requisitos da prisão
preventiva.
266
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
Pede deferimento.
ADVOGADO...
267
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
HC n...
João Silva, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, por seu ad-
vogado que esta subscreve, irresignado com o acórdão denegatório da
ordem de habeas corpus, vem, tempestivamente, com fundamento no
art.105, II, a da Constituição Federal e art. 30 da lei 8038 de 1990, in-
terpor RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL, pelos fatos e
fundamentos jurídicos que a seguir aduz, requerendo que seja o mesmo
recebido, autuado, processado e encaminhado com as inclusas razões ao
Superior Tribunal de Justiça.
Nestes termos;
Pede deferimento;
Advogado...
268
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
Recorrente: João
Colenda Turma,
DOS FATOS
269
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
270
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
Nestes termos
Pede deferimento.
Advogado...
271
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
ProcESSO N...
Nestes termos.
Pede deferimento.
Local... data...
ADVOGADO...
272
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
EGRÉGIO TRIBUNAL
COLENDA CAMARA,
DOUTA PROCURADORIA,
M.M JUIZ,
273
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
Ocorre que, essa justa causa não pode ser construída com atos de in-
vestigação divorciados do contraditório e da ampla defesa, sob pena de
consignar à competência dos jurados um causa injusta em afronta aos
preceitos constitucionais.
De fato, data máxima vênia Excelência, não há justa causa para a pronún-
cia efetivada, e sua mantença privilegiaria um estado inquisitório, num
modelo processual linear, sem as garantias processuais consagrados no
texto constitucional.
274
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
275
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Direito Processual Penal
DO PEDIDO:
Caso a tese de impronúncia, por absurdo não seja acolhida, requer que
seja afastada a qualificadora, TIPIFICANDO A CONDUTA nos termos
do art. 121, caput, do CP, REVOGANDO A PRISÃO PREVENTIVA
DO REQUERENTE, sob o manto da presunção de inocência.
Nestes termos.
Pede Deferimento.
Local...data...
ADVOGADO...
276
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
Luiz da Silva, acusado pelo crime de estupro contra Maria dos Santos,
entra furtivamente na casa de uma amiga da vítima e subtrai de sua es-
crivaninha uma carta assinada pela própria Maria, admitindo que as
acusações contra ele formuladas eram falsas, e que foram motivadas por
vingança, já que a vítima era em verdade apaixonada pelo réu e foi por
ele desprezada.
Pergunta-se:
277
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Questões OAB e Concursos
278
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Questões OAB e Concursos
Ricardo, depois de descobrir que vinha sendo traído por sua namora-
da, Marta, aproveitando-se do momento em que ela dormia, asfixiou-a
até a morte e esquartejou o corpo. O crime chocou toda a população da
comarca de Cabo Frio – RJ, que passou a clamar por justiça e a exigir
punição exemplar para Ricardo. A denúncia foi recebida, a fase de preli-
bação transcorreu de forma regular e Ricardo foi pronunciado. Durante
o curso de toda a instrução preliminar, tanto a família de Ricardo quanto
o juiz presidente da vara do tribunal do júri foram, por diversas vezes,
alertados, por intermédio de cartas, bilhetes e mensagens eletrônicas, de
que os jurados que poderiam vir a compor o conselho de sentença não
seriam isentos para julgar o caso, sob a alegação de que vários deles in-
tegravam grupo de extermínio que havia decidido dar cabo à vida de
Ricardo no dia designado para a realização do julgamento em plenário.
Todas as mensagens foram devidamente juntadas aos autos, tendo sido os
fatos amplamente divulgados pela imprensa.
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Questões OAB e Concursos
tra determinada empresa aérea nacional, por ter perdido conexão inter-
nacional em virtude do atraso de um voo doméstico.
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Questões OAB e Concursos
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
João praticou crime de lesão corporal contra sua progenitora, com quem
residia havia 4 anos, tendo sido regularmente processado por tal fato. Ao
final, João foi condenado a detenção de 2 anos, tendo o magistrado feito
incidir, sobre a pena, a agravante do parentesco (art. 61, II, e, do Código
Penal) e a referente às relações domésticas (art. 61, II, f, do Código Penal).
285
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Questões OAB e Concursos
286
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Questões OAB e Concursos
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Questões OAB e Concursos
nos autos de que algumas mães recebiam dinheiro ou drogas para per-
mitir que as vítimas se encontrassem com o acusado. Durante a oitiva de
Júlia, testemunha compromissada, o promotor de justiça fez perguntas
acerca de seu possível conhecimento e consentimento em relação aos fa-
tos narrados na denúncia.
290
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Questões OAB e Concursos
Maria, primária e com bons antecedentes, após encontrar na rua uma fo-
lha de cheque em branco pertencente a Joaquim, dirigiu-se a uma loja de
eletrodomésticos, onde, mediante falsificação da assinatura no cheque,
adquiriu diversos aparelhos eletroeletrônicos no valor de R$ 3.000,00,
tendo retirado os objetos no momento da compra.
292
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
293
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Questões OAB e Concursos
davia, foi pronunciado como incurso nas sanções do art. 121, caput, c/c
o art. 14, inciso II, todos do Código Penal. O promotor de justiça, em
plenário do tribunal do júri, pediu a absolvição de Roberto.
294
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
Responde por crime contra a honra o servidor público que, por dever
de ofício e em razão do simples exercício de suas funções, participou de
processo administrativo – promovendo a sua instauração, colhendo pro-
vas, elaborando relatórios, fazendo encaminhamentos e dando pareceres
técnicos – que, ao final, importou a demissão de outro servidor público,
por abandono de cargo? Fundamente sua resposta.
295
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Questões OAB e Concursos
296
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
A prática de crime hediondo, por si só, basta para que seja determinada
a segregação cautelar? Fundamente sua resposta abordando o princípio
da presunção de inocência e os requisitos da prisão preventiva à luz da
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça.
Considere que Júlio tenha subtraído, para si, de uma loja de um shopping,
um boné no valor de R$ 42,00. Diante dessa situação, redija um texto, de
forma fundamentada, discutindo se a conduta de Júlio constitui crime de
furto. Aborde, em seu texto, o conceito de tipicidade conglobante.
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DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Questões OAB e Concursos
298
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
Diante dos fatos descritos nessa situação hipotética, redija, de forma jus-
tificada, um texto esclarecendo se foi correta a decisão do tribunal ao
agravar a situação do réu e se caberia recurso em favor de Marcelo.
Diante dos fatos descritos, redija um texto esclarecendo se, por ocasião
do julgamento pelo tribunal do júri, a tese da inexigibilidade de conduta
diversa poderia ter sido apresentada como causa de exclusão da culpa-
bilidade, mesmo que inexista expressa previsão legal sobre tal tese nos
dispositivos do Código Penal, e se, considerando-se a jurisprudência do
Superior Tribunal de Justiça, agiu corretamente o magistrado ao indefe-
rir o quesito correspondente à tese defensiva de exclusão da culpabilida-
de pela inexigibilidade de conduta diversa.
299
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Questões OAB e Concursos
300
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
301
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Questões OAB e Concursos
Com base nos fatos narrados no enunciado, responda aos itens a seguir,
empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação
legal pertinente ao caso.
302
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
a) Caio pode ser punido pela conduta praticada e provada? (Valor: 0,4)
303
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
CÓDIGO PENAL
Art. 44 – súmula 171 STJ Art. 116 parágrafo único – art. 366
CP e 89 da lei 9099 parágrafo 6
Art. 44 I – “não for com violência
ou grave ameaça” – art. 129, 146, Art. 117 VI – súmula 220 STJ
147 CP e lei 9099.
Art. 121 – art. 71 cp e súmula 605
Art. 59 – súmula 440 STJ STF
Art. 83 – art. 112 LEP e art. 77 cp Art. 129 – art. 167 CPP, 158 CPP,
168 CPP e 564 III b CPP
Art. 83 III – art. 39 LEP
Art. 138 – art. 143 cp
Art. 83 V – marcar a palavra “es-
pecífico” e fazer remissão a lei Art 139 – art. 141 cp e art. 7 da lei
8072/90 8906/94 e 143 cp
305
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Parâmetros para Remissões
Art. 217 – art 225 CP, art. 20 CP e Art. 320 – 514 CPP
Art. 2º do ECA (idade de criança
Art 321 – 514 CPP
= 12, então pode usar como tese
de defesa)
Art. 322 – 514 CPP
Art. 224 – art 9 da lei 8072/90
Art. 323 – 514 CPP
Art. 225 – súmula 608 STF
Art. 324 – 514 CPP
Art. 288 – art. 8 da lei 8072/90
Art. 325 – 514 CPP
Art. 312 – art. 514 CPP, art 327 cp,
art 19 CP, art. 513 CPP Art. 326 – 514 CPP
306
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
307
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Súmulas Importantes alé das que foram remidas nos artigos
Art. 581 XII – art. 197 LEP Art. 619 – art. 382 CPP
Art 581 XVII – art. 197 LEP Art. 639 – art. 581 XV CPP
Art. 581 XIX – art. 197 LEP Art. 648 V – súmula 697 STF
308
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS
S. 554
SÚMULAS VINCULANTES
S. 603
S. 11
S. 396 S. 705
S. 451 S. 711
S. 522 S. 712
S. 523 S. 719
309
DIREITO MATERIAL: TESES PENAIS - Súmulas Importantes alé das que foram remidas nos artigos
S. 721 S. 440
S. 723 S. 441
STJ S. 442
S. 96 S. 443
S. 140 S. 444
S. 171 S. 455
S. 220 S. 471
S. 241 S. 491
S.244 S. 492
S. 347 S.493
S. 415 S. 500
S. 439 S. 501
S. 438 S.502
310