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009
Âmbito
A presente instrução estabelece e define o método de realização do ensaio de estanquidade pelo método de
pressão a efetuar em condutas de abastecimento de água.
Objetivo
Verificar e apurar a estanqueidade e a estabilidade das condutas após a sua construção e antes da colocação
das mesmas a serviço.
Segurança
i. Obrigatório o uso dos equipamentos de proteção individual;
ii. Proteger e sinalizar o local de ensaio desde o início até à conclusão dos trabalhos;
iii. Aquando dos ensaios de pressão, é proibida a permanência nas valas, excetuando o operador necessário
à realização dos mesmos;
iv. Os ensaios deverão ser efetuados com todos os dispositivos de purga fechados.
v. As condutas devem despressurizar-se lentamente, estando todos os dispositivos de purga de ar abertos.
Equipamento
o Bomba manual ou mecânica – dispositivo que fornece a pressão hidráulica na secção ou troço a
ensaiar
o Sistema de medição de água – contador que permita medir o volume de água ou recipiente graduado
o Sistemas de tamponamento – Acessórios de conduta ou obturadores, que permitam o
tamponamento eficaz das extremidades da conduta
o Fonte de abastecimento de água – caso não seja possível recorrer a conduta existente no local, deve
recorrer-se a cisterna móvel
o Dispositivo de leitura de pressão – manómetro que permite executar as leituras corretas de frações
de 0,01 MPa (0,1 kg/cm2)
Procedimento
1) Generalidades
Antes de colocar sob pressão, as condutas devem cobrir-se com material de aterro de modo a evitar
deslocamentos e executadas eventuais fixações e/ou maciços.
Os suportes temporários para efeitos de ensaio não devem ser retirados sem que a conduta tenha sido
despressurizada.
Verificar a conduta para que no seu interior não permaneça qualquer corpo estranho, através de uma pré-
lavagem.
As condutas devem ser ensaiadas em todo o seu comprimento, de uma vez só ou, quando necessário, por
frações, sendo estas selecionadas para que:
• a pressão de ensaio possa ser aplicada no ponto mais baixo de cada fração;
• possa aplicar-se uma pressão pelo menos igual à pressão máxima de serviço no ponto mais alto de cada
fração, excetuando quando haja alguma especificação diferente do projetista e/ou fabricante;
• exista disponibilidade de fornecimento de água necessária ao ensaio.
1) Pressão de ensaio
Para todas as condutas, a pressão de ensaio principal a utilizar deve ser calculada da seguinte forma:
Pressão de ensaio em condutas <DN80 e extensão de ensaio > 100m = Pressão de serviço x 1,5
Pressão de ensaio em condutas ≤ DN80 e extensão de ensaio ≤ 100m= Pressão de serviço x 1
O procedimento de ensaio deverá realizar-se em três operações de ensaio distintas, pela seguinte ordem:
Ensaio preliminar
Ensaio de purga
Ensaio principal de pressão
2) Ensaio preliminar
Esta fase permite a estabilização da conduta, criando condições iniciais para as variações de volume
dependentes da pressão, do tempo e da temperatura, através dos seguintes etapas:
incrementar a pressão de uma forma contínua (em menos de 10 min) até á pressão de ensaio do
sistema (STP)
realizar incrementos pontuais de pressão de forma a manter constante a pressão (STP) na conduta
durante 30 min.
NOTA: Durante este tempo, inspecionar as condutas para identificar eventuais fugas.
esperar um período de 60 min sem bombear, permitindo às condutas a sua expansão devido às suas
propriedades viscoelásticas. E registar as pressões de 10 em 10 minutos.
Se o ensaio preliminar for realizado com sucesso, continuar com o processo de ensaio, caso o decréscimo
de pressão diminuir mais que 30% do STP, interromper de imediato o ensaio preliminar e despressurizar a
conduta até à pressão atmosférica. Reavaliar e examinar as condições de ensaio (ex.: influência de
temperatura, fugas). Após deteção e correção do problema retomar o processo de ensaio garantindo um
período de relaxamento de pelo menos 60 min.
3) Ensaio de purga
O resultado da fase de ensaio principal só pode ser tido em conta se o volume restante no sector de ensaio
for suficientemente baixo. Desta forma, aquando do término do ensaio preliminar:
reduzir rapidamente a pressão absoluta restante, extraindo a água do sistema de modo a produzir
uma queda de pressão (Δp) entre os 10 e 15% da pressão de ensaio;
medir com precisão o volume de água extraída, Δv;
calcular a perda de água admissível (Δvmáx), utilizado a seguinte fórmula e verificar se o volume de
água extraído não excede Δvmáx:
1 D
∆ v = 1,2 × V × ∆p × +
E e. E
Em que:
Δvmax : é a perda de água admissível, em litros
1,2: é o fator de correção que considera a quantidade de ar restante admissível durante o ensaio
: é o volume da secção de conduta a ensaiar, em litros.
Δp : é a medida da perda de pressão, em kPa;
: é o módulo de compressão da água em kPa;
: é o diâmetro interno da tubagem, em metros;
: é a espessura do tubo, em metros;
: é o módulo de elasticidade da parede de tubo na direção circunferencial, em kPa;
Se Δv > Δvmax, interromper de imediato o ensaio e purgar de novo, depois de despressurizar a conduta até à
pressão atmosférica.
NOTA: Para uma correta interpretação do resultado, é essencial usar o valor exato de correspondente à temperatura
e duração do ensaio. É também conveniente medir os Δp e Δv o mais precisos possível, especialmente para diâmetros
pequenos e sectores mais curtos.
Decorrido com sucesso os ensaios anteriores, proceder da seguinte forma para a conclusão do procedimento de
ensaio:
Nota: Caso se verifique uma ligeira tendência decrescente da pressão, prolongar o ensaio principal até 90 min,
sendo que neste caso a perda de pressão encontra-se limitada a 25 kPa, a partir do valor máximo obtido na
fase de contração. Caso contrário o ensaio não é aceitável.
Após deteção e respetiva correção da anomalia da conduta, repetir todo o procedimento, assegurando um
período de relaxamento de 60 min para iniciar a fase preliminar.
Elaborado: Aprovado:
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