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= ANÁLISE FINANCEIRA =
Índice
I. Introdução.......................................................................................................................................................... 2
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Análise Financeira – SUMOL+COMPAL, S.A.
I. INTRODUÇÃO
I.II. OBJECTIVOS
EQUILÍBRIO FINANCEIRO
• Se a entidade tem capacidade de gerar valor que permita satisfazer todos os agentes com
interesses na organização e garantir a sua sobrevivência e expansão a longo prazo
RENDIBILIDADE/ PRODUTIVIDADE
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I.III. ORGANIZAÇÃO
Este trabalho apresenta-se constituído por capítulos, sendo tratado, em cada um, os seguintes
assuntos:
No Capítulo III É feita uma análise do equilíbrio de médio e longo prazo, com ênfase na
solvabilidade da entidade;
I.IV. METODOLOGIA
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ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO
Fluxos das actividades de investimento -1.693.850,65 -51.124.018,87 -12.834,68 2.671.225,30
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Recebimentos provenientes de:
Empréstimos obtidos 11.000.000,00 71.200.000,00 2.000.000,00 30.000.000,00
Aumentos de capital, prestações suplementares e prémios
10.000.000,00
de emissão30.000.000,00
Pagamentos respeitantes a:
Empréstimos obtidos -27.525.528,24 -54.047.025,06 -3.156.726,83 -30.750.000,00
Amortização de contratos de locação financeira -229.996,80 -231.274,56 -386.317,86 -365.461,08
Juros e custos similares -3.976.935,21 -5.690.550,52 -1.463.411,57 -1.202.052,79
Fluxos das actividades de financiamento -17.732.460,25 41.048.106,27 -3.006.456,26 -2.317.539,87
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A economia mundial e a economia portuguesa viveram em 2009 um dos anos mais difíceis das
últimas décadas. A crise económica e financeira, muito agravada a partir de Setembro de 2008,
caracterizou-se pelo significativo decréscimo da actividade económica, forte aumento dos níveis de
desemprego, enorme instabilidade nos mercados financeiros e substancial redução da confiança
dos agentes económicos.
O segmento de Sumos & Néctares cresceu apenas marginalmente em 2009, mas com algumas
alterações de estrutura relevantes.
Com efeito, assistiu-se a um aumento significativo de quota de mercado das marcas de distribuição
(MDD), acompanhado de forte transferência de consumo “fora de casa” para consumo “em casa”.
O impacto combinado destes efeitos com o baixo crescimento do segmento resultou numa
deterioração do valor de mercado, em termos do valor unitário de transacção dos produtos. Sendo
uma categoria de valor por litro acima da média em bebidas não alcoólicas, a agressividade das
MDD encontrou o enquadramento ideal no ambiente de recessão económica que se viveu ao longo
do ano.
O segmento de Bebidas de Fruta Diluídas sem Gás sofreu alguma contracção em 2009, bastante
afectado pelas dinâmicas agressivas de MDD nos segmentos adjacentes de Iced Teas e Sumos &
Néctares. O baixo dinamismo e nível de inovação mantêm-se como característica do segmento,
excepção feita às marcas da SUMOL+COMPAL: Um Bongo e B!, responsáveis quase exclusivas
pela dinâmica de construção e valorização de marca e do segmento. O mercado dos Refrigerantes
apresentou em 2009, uma evolução globalmente positiva, embora pautada por comportamentos
muito distintos, e mesmo assimétricos, quando analisados os diversos segmentos que o compõem.
Desde logo, há a destacar o crescimento assinalável dos Iced Teas que, pela primeira vez
ultrapassaram as Colas, tornando-se assim a categoria líder, em volume de vendas, no conjunto
dos refrigerantes. O crescimento acentuado, na casa dos dois dígitos, do segmento de Iced Teas
foi inquestionavelmente impulsionado pelas propostas de MDD a preços muito agressivos.
As Colas, não obstante terem perdido a liderança, apresentaram crescimentos acima da média
dos refrigerantes, reforçando a sua posição relativa no âmbito dos refrigerantes com gás.
As propostas com sabor a fruta, quer com gás, quer sem gás, foram aquelas que registaram as
maiores perdas de mercado. A este comportamento desinteressante dos chamados Fruit
Flavours, está associada uma migração de consumo, quer para os Iced Teas, quer para a categoria
de Sumos & Néctares, não só por uma percepção de maior naturalidade destes conceitos, mas
também pelo maior desenvolvimento e preponderância, em ano de crise económica, de propostas
de MDD focalizadas em preços baixos, nestas categorias. Lima – limão, depois de em anos
recentes ver a sua dimensão ser reduzida, registou em 2009 uma estabilização face aos volumes
de 2008.
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A SUMOL+COMPAL é líder do sector das bebidas não alcoólicas em Portugal, com uma quota de
mercado uma vez e meia superior à do segundo maior operador e ocupamos o terceiro lugar entre
os operadores de bebidas de alta rotação em Portugal.
Nascemos da integração de duas entidades reconhecidas pela qualidade e naturalidade dos seus
produtos que detinham duas marcas históricas nacionais, entre as mais conhecidas, preferidas e
consumidas pelos portugueses: SUMOL e COMPAL.
Não obstante as difíceis condições verificadas nos mercados internacionais, o valor das
exportações aumentou em 2009. A presença no mesmo portefólio das marcas SUMOL e COMPAL
permitiu potenciar as vendas destas marcas em diversos países. Em Angola, estabeleceu-se uma
parceria com um importante grupo económico local, a qual deverá conduzir à construção de uma
fábrica para bebidas não alcoólicas e ao reforço da penetração das marcas da SUMOL+COMPAL
naquele mercado promissor. Em 2009, as marcas da SUMOL+COMPAL continuaram a inovar. Em
diversas categorias de produtos lançámos novos conceitos ou sabores. Consideramos que a
capacidade de inovar com sucesso é fundamental para consolidarmos a nossa liderança nos
mercados de bebidas não alcoólicas em Portugal e para nos afirmarmos internacionalmente como
uma entidade de referência nos mercados de bebidas de fruta.
Rentabilidade
Solvabilidade Liquidez
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No rácio debt-to-equity, após uma diminuição de 2006 a 2008, aumenta em 2009. O valor muito
inferior à unidade indica uma estrutura financeira com recursos maioritariamente próprios,
gerados internamente.
O Endividamento situa-se, nos quatro anos, estavelmente, por volta dos 30% a 40%.
A entidade apresenta uma autonomia financeira estável ao longo do período em análise, com um
índice muito bom, sempre superior a 60%.
Este grau de autonomia financeira implica que a entidade não está dependente de capitais
externos para o desenvolvimento da sua actividade. Indica ainda uma capacidade creditícia boa,
podendo contrair empréstimos sem pôr em causa a referida autonomia.
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III.II. SOLVABILIDADE
III.III. COBERTURA
Em 2009, a entidade apresenta o mais baixo índice de cobertura dos encargos financeiros dos
últimos quatro anos, em que os fluxos gerados pelas actividades operacionais cobriram apenas
27% dos encargos financeiros. Em 2007, a relação era inversa. Em 2006 e 2008, os fluxos
operacionais foram também inferiores aos encargos financeiros.
A taxa de juro aparente, que traduz o custo médio do capital alheio, ou o custo do recurso ao
crédito, registou valores estáveis entre os 5,03% e os 8,22%, até 2008 o que, tendo em conta as
taxas praticadas no mercado, é razoável, tendo em 2009 uma alteração anormal.
Assim, podemos concluir que, apesar de, estruturalmente, a entidade apresentar uma boa
autonomia financeira e solvabilidade, tem problemas financeiros de curto prazo, com dificuldades
em gerar os fluxos operacionais para fazer face ao custo dos capitais alheios, o que acaba por se
traduzir no aumento das dívidas de curto prazo e dos elementos passivos de equivalentes de Caixa.
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Ainda, pelos níveis de inventários, baixos ou, em 2009, inexistentes, concluímos que o valor dos
inventários não é relevante para a liquidez da entidade.
Por outro lado, a entidade tem Necessidade de Fundo de Maneio negativas, isto é, a duração do
ciclo de exploração é negativa, em virtude de todo o ciclo estar a ser financiado pelos fornecedores.
Isto resulta da sua posição negocial no mercado, que impõe prazos de recebimento cada vez
menores aos seus clientes e exige prazos de pagamento cada vez mais alargados aos seus
fornecedores.
Do exposto, conclui-se que a entidade não tem equilíbrio no curto prazo, sendo o ciclo de
exploração totalmente financiado pelos fornecedores e as suas obrigações de curto prazo a
vencerem, teoricamente, depois dos seus direitos. Se considerarmos como capitais permanentes
os descobertos bancários, que estão, de facto, a financiar activos não correntes, as conclusões
alteram um pouco. Aliás, é uma situação comum nas entidades do sector, sem que a falta de
liquidez geral implique uma situação alarmante.
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A estrutura financeira só estará equilibrada se, por um lado, o montante dos capitais circulantes
for pelo menos igual ao do exigível a curto prazo e, pelo outro, se o montante dos capitais
permanentes for pelo menos igual ao activo fixo (não circulante), ou seja, os capitais utilizados por
uma entidade para financiar um activo fixo, inventário ou outro elemento do activo, devem ficar à
disposição da entidade durante um período de tempo que corresponda, pelo menos, ao da duração
do respectivo activo fixo, inventário ou outro elemento.
Como podemos concluir, os Capitais Permanentes são muito inferiores aos activos fixos, exigindo
que a actividade operacional da entidade financie as decisões de investimento, desviando recursos
de curto prazo para financiar activos de longo prazo.
Numa abordagem Custo – Volume - Resultado, podemos verificar a situação dos réditos da
entidade face a uma situação de equilíbrio operacional:
Entre 2006 e 2008, a margem de segurança era positiva, mas com níveis baixos. A evolução foi
negativa, corolando com um nível de proveitos, em 2009, abaixo do ponto morto, ou seja, a
margem conquistada não foi suficiente para cobrir sequer os custos fixos.
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Ao nível da rentabilidade das vendas apesar de uma margem bruta a rondar os 50%, detêm uma
rentabilidade operacional decrescente desde 2006 até 2009, com grande ênfase negativo no
último período.
Os capitais próprios têm uma rentabilidade negativa, com auge em 2008, apresentando melhoria
em 2009.
Ao nível de activos, os mesmos apresentam valores negativos, o que demonstra uma utilização
ineficiente dos activos, com tendência de inversão.
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VII. CONCLUSÕES
A entidade apresenta uma autonomia financeira estável ao longo do período em análise, com um
índice muito bom, sempre superior a 60%.
O Endividamento é estável, por volta dos 30% a 40%, indicia uma estrutura financeira com
recursos maioritariamente próprios, gerados internamente, devido desequilíbrio dos Capitais
Próprios e Alheios (Debt-to-equit).
Verificamos que a solvabilidade aumentou dos 254% em 2006 para os 266% em 2009. Mantém
bons níveis, demonstrando a independência da entidade e a sua capacidade de solver os
compromissos assumidos no curto, médio e longo prazo.
Nos últimos quatro anos, os fluxos gerados pelas actividades operacionais cobriram apenas 27%
dos encargos financeiros. Se à cobertura dos encargos financeiros juntarmos a cobertura dos
reembolsos de empréstimos, observamos que a Cobertura do Serviço de Dívida denota a
incapacidade de a entidade gerar fluxos operacionais para fazer face a fluxos de financiamento.
Assim, apesar de, estruturalmente, a entidade apresentar uma boa autonomia financeira e
solvabilidade, tem problemas financeiros de curto prazo, com dificuldades em gerar os fluxos
operacionais para fazer face ao custo dos capitais alheios, o que acaba por se traduzir no aumento
das dívidas de curto prazo e dos elementos passivos de equivalentes de Caixa.
Do exposto, depreende-se que a entidade não tem equilíbrio no curto prazo, sendo o ciclo de
exploração totalmente financiado pelos fornecedores e as suas obrigações de curto prazo a
vencerem, teoricamente, depois dos seus direitos. Se considerarmos como capitais permanentes
os descobertos bancários, que estão, de facto, a financiar activos não correntes, as conclusões
alteram um pouco. Aliás, é uma situação comum nas entidades do sector, sem que a falta de
liquidez geral implique uma situação alarmante.
Os capitais próprios têm uma rentabilidade negativa, com auge em 2008, apresentando melhoria
em 2009.
As vendas, apesar da margem bruta a rondar os 50%, detêm uma rentabilidade operacional
decrescente desde 2006 até 2009, com grande ênfase negativo no último período.
Ao nível de activos, os mesmos apresentam valores negativos, o que demonstra uma utilização
ineficiente dos activos, com tendência de inversão.
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Os Capitais Permanentes são muito inferiores aos activos fixos, exigindo que a actividade
operacional da entidade financie as decisões de investimento, desviando recursos de curto prazo
para financiar activos de longo prazo.
Rentabilidade
Solvabilidade Liquidez
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VIII. BIBLIOGRAFIA
Páginas Web
www.sumolcompal.pt
www.cmvm.pt
www.icep.pt
Livros
Gomes, João e Pires, Jorge – “Sistema de Normalização Contabilística – Teoria e Prática”, Editora
VidaEconómica, 2010
Silva, Eduardo Sá – Gestão Financeira, “Análise de Investimentos” – Editora Vida Económica, 2010
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IX. ANEXOS
Demonstrações Financeiras
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Balanço
Activo
ACTIVO CORRENTE
CAPITAL PRÓPRIO
PASSIVO
PASSIVO CORRENTE
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Demonstração de Resultados
Rendimentos e Gastos
RENDIMENTOS OPERACIONAIS
GASTOS OPERACIONAIS
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Fluxos de Caixa
DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA
ACTIVIDADES OPERACIONAIS
Recebimento (pagamento) do imposto sobre o valor acrescentado -607.824,80 -636.942,29 -596.279,61 -1.064.739,24
Recebimento (pagamento) do imposto sobre o rendimento 355.267,29 53.780,18 277.704,45 381.021,05
Outros recebimentos (pagamentos) relativos à actividade operacional -708.082,50 186.979,24 -1.131.781,99 -316.866,57
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO
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