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EDITORA UFMG
DIRETOR Wander Melo Miranda
VICE-DIRETOR Roberto Alexandre do Carmo Said
CONSELHO EDITORIAL
Wander Melo Miranda (presidente)
Ana Maria Caetano de Faria
Danielle Cardoso de Menezes
Flavio de Lemos Carsalade
Heloisa Maria Murgel Starling
Márcio Gomes Soares
Maria Helena Damasceno e Silva Megale
Roberto Alexandre do Carmo Said
EDITORA UFMG
Av. Antônio Carlos, 6.627 CAD II / Bloco III
Campus Pampulha 31270-901 Belo Horizonte-MG Brasil
Tel. +55 31 3409-4650 Fax +55 31 3409-4768
www.editora.ufmg.br editora@ufmg.br
17 D I AGRAM A D O S CA P Í T U LO S
19 LI STA D E V E R B E T ES E R E M I SS Õ ES
23 AP RES E N TAÇ ÃO
2 A R Q U EO L OGI A DO S A B ER
70 LISTAS E INVENTÁRIOS 96 MIRABILIA
75 CLASSIFICAÇÃO 101 JARDIM
78 DICIONÁRIO 105 ARTIFICIALIA
82 GUIAS E MANUAIS 108 CIÊNCIA POÉTICA
92 GABINETES DE CURIOSIDADES 114 BIBLIOTECA
3 O CO L ECION A DOR
127 MUSEU DE PAPEL 159 COLEÇÃO
133 ATLAS 162 CATÁLOGO
139 MUSEU IMAGINÁRIO 167 COLETA
147 ARQUIVO
4 A A RTE D A MEM Ó RI A
182 ALFABETOS VISUAIS 194 LUGARES COMUNS
188 LÍNGUA UNIVERSAL 200 ARS COMBINATORIA
5 A L EGORI A S
219 CORPO 234 MONTAGEM
224 O LIVRO DO MUNDO 243 EDIÇÃO
227 PARÓDIA
6 GR A M A TO L OGI A
257 CALIGRAFIA 273 NOTAÇÃO GRÁFICA
262 TIPOGRAFIA 281 TEXTURA
267 GRAFEMAS 285 IDEOGRAMAS
270 ESTRUTURA 287 LIVRO MUDO
7 O L I V RO P OR V IR
299 ESPAÇO 319 PÁGINAS
LIVRO SOBRE NADA FORMATOS
305 322
PARATEXTOS
309 334 LIVROS SOBRE LIVROS
9 P A L IM P SESTOS
389 APROPRIAÇÃO 407 CONTINUAÇÃO
396 LIVRO ALTERADO 412 PALIMPSESTO
399 TRADUÇÃO 414 COMPILAÇÃO
10 F IC Ç Õ ES
430 MONUMENTO/DOCUMENTO 451 FALSIFICAÇÃO
438 IMAGINAÇÃO 458 PLÁGIO
440 ARTEFATO 462 INVENÇÃO
446 ONDE ESTÁ O ORIGINAL? 467 LIVROS IMAGINÁRIOS
11 O M U NDO NO P A P E L
482 REPRESENTAÇÃO 501 DIAGRAMAS
484 PICTOGRAMAS 512 LIVRO ILUSTRADO
492 CARTOGRAFIA
13 ENCIC L O P É DI A S V IS U A IS
580 DIRETÓRIO 590 REPERTÓRIO
584 LABIRINTO 602 ESPELHO
ARQUEOLOGIA
o colecionador
DO SABER
o mundo ENCICLOPédias
enciclopedismo
No papel visuais
arte da
palimpsestos o livro por vir
memória
tecnologias de
livro de artista gramatologia
reprodução
alegorias da
ficções alegorias
leitura
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PRELI M INAR
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S I S TE M A S
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Não sei se não seria melhor no interesse geral do saber derrubar as divisões
e pôr de novo tudo em comum, sem distinções. Ephraim Chambers
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E n c i c l o p é d i a s t e m á t i c a s
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U M A CERTA
ENCICLOP É DIA CHINE S A
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A e n c i c l o p é d i a v i s u a l
e o l i v r o d e a r t i s t a
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François Rabelais e
Miguel de Cervantes,
com o costume de
“sustentar cada
afirmação de seus
V e r b e t e s
próprios textos e
esclarecer cada uma
Quando escrevemos não é apenas delas pelo recurso às
de outros com alguma
para sermos compreendidos
espécie de comentário
mas também para não o ser (...) Nietzsche ou referência”,
forneceram uma
fonte generosa de
prazer satírico
Para redigir uma enciclopédia, é preciso definir de antemão
(Grafton, 1998, p. 99).
o critério de ordenação — a ordem alfabética pressupõe uma
quantidade maior de entradas, a enciclopédia temática tem
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A descrição etnográfica
é interpretativa, investiga
“a importância não-
aparente das coisas”
(Geertz, 1989, p. 18).
D i s c u r s o e n c i c l o p é d i c o
A função da crítica
deveria ser mostrar
A solução do mistério é sempre inferior ao próprio mistério.
como é que é, até mesmo
O mistério é o que tem a ver diretamente com o divino; que é que é, e não
a solução, com um truque de prestidigitador. Jorge Luis Borges mostrar o que significa”
(Sontag, 1987, p. 23).
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“O pós-modernismo se
diferencia, sobretudo,
por sua perda da fé nos
I d e i a s f r a c a s ideais progressistas
que sustentavam os
modernistas, que haviam
Explorando novas possibilidades de escrita e de reflexão herdado dos Iluministas
teórica a partir das “ideias fracas” do crítico Boris Groys do século XVIII a crença
na possibilidade do
(2010), adotei um método de escrita que se dá como pro-
contínuo progresso
cesso, que ganha forma à medida que se desenvolvem, em humano por meio da
cada capítulo, os argumentos e as reflexões a respeito da razão e da ciência”
enciclopédia visual, suas implicações conceituais e meto- (Poynor, 2010, p. 11).
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Este livro se faz, portanto, mais próximo de um trata- Um sábio não tem
do, pois “o procedimento do tratado refere-se muito mais a ideia. “Não ter ideia
uma interpretação descritiva que uma definição discursiva (...) significa que ele
evita pôr uma ideia à
e determinadora” (Machado, 2004, p. 50). Se existe ainda frente das outras — em
alguma linearidade, ela é dada pela justaposição dos capítu- detrimento das outras:
los, que apresentam o mesmo objeto sob diferentes pontos não há ideia que ele
ponha em primeiro lugar,
de vista. O tratado é uma recusa ao sistema fechado, assim
posta em princípio,
como o ensaio e o exercício crítico. servindo de fundamento
ou simplesmente de
A força da montagem reside nisto, no fato de incluir no proces- início, a partir do qual
seu pensamento poderia
so criativo a razão e o sentimento do espectador. O especta- se deduzir ou, pelo
dor é compelido a passar pela mesma estrada criativa trilhada menos, se desenvolver”
pelo autor para criar a imagem. O espectador não apenas vê (Jullien, 2000, p. 13).
“Uma ideia é individual
os elementos representados na obra terminada, mas também
demais (provindo de
experimenta o processo dinâmico do surgimento e reunião um único ponto de vista
da imagem, exatamente como foi experimentado pelo autor. particular)” (Jullien,
E este é, obviamente, o maior grau possível de aproximação 2000, p. 28).
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VISUAL
VERBO-VISUAL
VERBAL
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i n v e n t á r i o s
A lista, por sua vez, é o princípio constitutivo do inventário e do catálogo,
além de manter um estreito parentesco com a coleção, dado o caráter serial
que a atravessa, podendo ainda ser considerada o ponto de partida para a
configuração da ordem enciclopédica. Maria Esther Maciel
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M a n u a i s
Livros podem voar para onde quiserem quando quiserem.
Assim parece para nós, presos à terra. Eles simbolizam um grau
de liberdade que daríamos tudo para ter. Talvez seja por isso
que a observação de livros tem quase se tornado um hobby nacional ...
Este pequeno livro foi escrito para aqueles que nunca tiveram
um guia de livros antes, mas estão se tornando cientes da multitude
de livros com os quais vivemos. Hans Waanders
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Wellington Cançado
e Renata Marquez,
Domesticidades, 2010
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Lara Almarcegui,
Guia de terrenos baldios
de São Paulo, 2006
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c u r i o s i d a d e s
Gabinetes de curiosidades ou gabinetes maravilhosos em
geral ocupavam salas inteiras para a exposição de coleções
Na arte contemporânea, em palácios privados, o que chamamos hoje de galeria,
observa-se um interesse apesar de algumas vezes ser um simples gabinete ornado
renovado pelos gabinetes para guardar objetos preciosos. Contudo, “uma coleção
de curiosidades
renascentistas (Sheehy,
não é feita nem de obras individuais sem ligação entre si
2006, p. 5). Tal interesse nem de imagens, mas de coisas: a atração que exerce de-
pode ser observado pela pende do fato de ela constituir entre as coisas uma rede
inclusão de uma seção
de relações da qual o visitante não pode ser excluído”
dedicada ao tema na
Bienal de Veneza em 1986 (Perniola, 2009, p. 136). Em um ambiente povoado de
e a mostra no Museu de objetos misteriosos, “o que pode ser chocante para nossos
Arte Moderna de Nova olhos, parecendo uma exibição caótica, é na verdade um
Iorque, Wunderkammer,
a century of curiosities,
complexo sistema de organização baseado em símbolos,
de 30 de julho a 10 de associações, memória e similitude” (Sheehy, 2006, p. 10).
novembro de 2008. Nesse caso, “a vizinhança não é uma relação exterior entre
“A vitrine reforça a noção
as coisas, mas o signo de um parentesco ao menos obscuro”
de obra única, intocável (Foucault, 2000, p. 24).
e inacessível, e talvez, A história natural serve de modelo para a definição
significativamente, tem
do conhecimento científico. Em uma coleção científi-
suas raízes nos relicários
das igrejas medievais” ca, “os objetos não valem por sua singularidade, mas pela
(Putnam, 2001, p. 36). capacidade de amostrar uma série inteira e propriciar o
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PO É TICA
Sou feito motor que, ligado
não tem caminho a ser seguido
e diria, se mais ousado,
palavras sem nenhum sentido.
Atilla Jozef
Não há solução porque não há problema. Marcel Duchamp
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c o l e c i o n a d o r
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“(Seria interessante
estudar o colecionador
de livros como o único
que não necessariamente
desvinculou seus
tesouros de seu contexto
funcional)” (Benjamin,
2006, p. 241).
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DE P A P EL
No início do século XVII, o diplomata italiano Cassiano dal
Pozzo, tendo reunido uma vasta coleção de obras de arte,
antiguidades e peças de história natural que formavam um
gabinete de curiosidades, comissionou artistas para fazer
desenhos de sua coleção. Seu objetivo era formar uma en-
ciclopédia ilustrada, mas que nunca chegou a ser impressa.
O projeto, conhecido como Museo cartaceo, ou Museu de pa-
pel, é uma coleção (hoje dispersa) de mais de 7.000 aquare-
las, desenhos e gravuras. Não existe uma uniformidade de
tratamento das imagens, as folhas individuais apresentam
imagens que vão do mais belo desenho ao traço mais inepto.
Tal conjunto, apesar das diferenças, deve ser visto no contex-
to de uma enciclopédia que utiliza o mesmo procedimento
taxonômico para todos os ramos do conhecimento.
Cassiano dal Pozzo (1588-1657) foi uma figura proemi-
nente na vida intelectual e aristocrática de Roma. Foi patro-
no de diversos artistas, entre eles Nicolas Poussin e Pietro
da Cortona; foi secretário do cardeal Francesco Barberini e
amigo de Galileu Galilei. Sua ligação com cientistas, eruditos
e filósofos o manteve informado a respeito das mais recen-
tes descobertas científicas e arqueológicas. Para enriquecer
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i m a g i n Á RIO
Chamo de museu imaginário a totalidade do que as pessoas conhecem hoje,
mesmo sem ir a um museu, quer dizer, o que conhecem pela reprodução,
o que conhecem pela biblioteca etc. André Malraux
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A fotografia de André
Malraux com as pranchas
do livro Museu imaginário
é reproduzida no livro
On the museum’s ruins,
que Douglas Crimp
publica em 1993.
Dez anos depois, no
livro Design and crime,
and other diatribes
(2003) de Hal Foster,
uma fotografia de André
Malraux, que representa
exatamente a mesma
cena, é reproduzida
inversamente.
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Rosângela Rennó,
2005-510117385-5, 2010
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Cover version começa diretamente com as fotos de livros, Parte integrante de Cover
sem folhas de guarda, folha de título ou colofão. Os crédi- version é a transcrição de
uma conversa telefônica
tos e a ficha catalográfica foram relegadas à capa interna e entre Jonathan Monk
os agradecimentos estão na terceira capa. O livro tem três e Seth Siegelaub, que
versões da capa, com seu valor monetário em euros, dólares se desdobra e discute
sua obsessão mútua em
e libras, uma referência direta ao livro Statements (1968), de
fazer e colecionar livros,
Lawrence Weiner, obra que abre o livro. enquanto especulam
Sendo um livro de capas, parece apropriado que, dentro sobre a natureza do
dele, apenas as páginas da direita sejam impressas, para que objeto livro.
as capas reproduzidas ocupem a mesma posição que ocu- Assim como em alguns
pam em relação ao livro, à direita da lombada. Isso foi enfa- livros de artista de
tizado pelo fato de as imagens serem impressas em um papel Ed Ruscha, o final de cada
seção contém páginas em
que é revestido em apenas um dos lados. O livro fechado pa- branco. Aqui, as páginas
rece conter, metaforicamente, uma pilha de livros, virar suas em branco poderiam
páginas é como desmontá-la. ter sido removidas, já
que as páginas foram
cortadas em folhas
simples ao invés de
cadernos, mas elas
ficaram apenas porque
é esta a quantidade
de papel utilizada para
produzir o livro.
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d a m e m ó r i a
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“A enciclopédia ordenada
alfabeticamente, tal como
se afirmou a partir do A a r t e d a m e m ó r i a
século XVIII, garante a
possibilidade de realizar
e o s l i v r o s d e a r t i s t a
uma combinatória livre
que, sendo compatível A associação entre a arte da memória e os livros de artista
com uma sistemática,
ainda não recebeu a devida atenção da crítica. O artista Dick
exclui o sistema”
(Cazade; Thomas, Higgins publicou uma tradução anotada do livro de Giordano
1984, p. 183). Bruno, On the Composition of Signs and Images (1991), que ele
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v i s u a i s
Frequentemente descritos nos tratados renascentistas so-
bre a memória, os alfabetos visuais são modos de represen-
tar as letras do alfabeto por meio de “imagens de objetos
“As letras animadas que cujas formas se assemelham às das letras em questão”
ornamentam numerosos
(Yates, 2007, p. 156). Os artistas da memória perceberam
manuscritos carolíngeos
nascem de uma dupla que, “liberada de sua função linguística (fazer parte de
tradição: a letra uma palavra singular), uma letra pode dizer absolutamente
iluminada que combina tudo” (Barthes, 1990, p. 95).
influências mediterrâneas
diversas e, em meio
O costume de desenhar letras associadas a formas figu-
aos entrelaçamentos rativas já existia na Idade Média, mas o interesse renovado
ou arabescos abstratos, surge da parte de eruditos interessados em “alfabetos que
sacrifica tudo em nome
propõem um novo tipo de figuração, ligada sobretudo à re-
da figuração geométrica;
de outra parte, presentação de objetos que se revestem de um significado
uma tradição da letra mágico ou esotérico” (Massin, 1982, p. 61).
zoomorfa — composta Robert Fludd (1574-1637), grande cabalista e ocultista
quase exclusivamente
de peixes e pássaros —
inglês, e Johannes Trithemius (1462-1516), abade, lexicó-
que remonta às primeiras grafo e historiador alemão que criou a esteganografia, são
eras cristãs e que Plínio, autores de alfabetos mnemotécnicos, utilizados como mé-
o Jovem, diz ter
todo para fabricar imagens na memória, pois “as imagens
encontrado exemplos
nos escribas romanos” recordam a ‘memória das coisas’, e as inscrições a ‘memória
(Massin, 1982, p. 37). para as palavras’” (Yates, 2007, p. 159).
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Página ao lado:
Peter Blake, An alphabet by
Peter Blake, 2008
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u n i v e r s a l
O ideal de uma língua universal, que facilitasse o enten-
dimento entre os homens, é tão antigo quanto a Torre de
Babel, e se confunde com a “busca dos eruditos por signos e
símbolos para serem empregados com imagens de memória”
(Yates, 2007, p. 469).
Um livro que atualiza a tradição das escritas secretas foi
escrito e ilustrado pelo artista, arquiteto e designer italiano
Luigi Serafini. Durante trinta meses, Serafini dedicou-se in-
tegralmente a dar forma ao Codex Seraphinianus (1981), um
livro de quase 400 páginas que, de maneira fantástica e vi-
sionária, reinterpreta a zoologia, a botânica, a mineralogia,
a etnografia, a arquitetura, em uma espécie de enciclopédia
A primeira edição do visual de um mundo desconhecido, redigida em uma de suas
livro foi publicada em línguas, com uma escrita que ainda não foi decifrada.
dois volumes em 1981 São mais de mil desenhos realizados durante dois
por Franco Maria Ricci.
Em 2006, o livro foi
longos anos em um pequeno apartamento de Roma, en-
relançado na Itália pela tre 1976 e 1978, uma grande coleção de páginas ilustradas
editora Rizzoli numa representando vários objetos estranhos e operações deta-
edição mais econômica,
lhadas, porém bizarras, todas com legendas numa escrita
em um volume apenas,
porém com excelente que ninguém conhecia, destinavam-se a explicar a com-
qualidade de impressão. plexidade das ilustrações (Manguel, 1997).
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necessariamente o
explicado no texto. Serafini
contava com a capacidade
criativa de seus leitores”
(Manguel, 1997, p. 115).
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- c o m u n s
Os lugares-comuns são anotações em cadernos, para pos-
terior utilização em textos ou na preparação de discursos.
A leitura no séc. XVIII não se dissociava dessa prática, um
modo de ordenar o conhecimento que “ajudava os escritores
a produzir novos textos e os leitores a assimilá-los com o mí-
nimo de esforço” (Burke, 2003, p. 162). Um lugar para cada
coisa como forma de organizar um discurso está claramente
vinculado à arte da memória.
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c o m b i n a t o r i a
A obra de arte reside na máquina ou no que
a máquina produz? Janet Zweig
Existem três tipos A ars combinatoria é uma das partes da arte da memória dos
específicos de sistema
antigos oradores, e consiste na utilização de um número li-
combinatório, chamado,
em matemática, de mitado de imagens ou argumentos que poderiam ser com-
permuta, combinação binados para produzir um discurso sobre qualquer assunto.
e variação. Cada um Os artistas que se interessaram por processos de com-
começa com um número
binatória investigaram a materialidade do livro como uma
limitado de itens, um
conjunto de elementos. forma de permitir uma leitura ampliada, por vezes vertigi-
Na permuta, a posição nosa, a partir de um número restrito de páginas. “O próprio
das coisas é trocada conceito de livro aqui já começa a se transformar: o livro
dentro do conjunto
inteiro, como em um
aparece agora como um objeto inconcluso, sem forma de-
anagrama. Para fazer finitiva, (quase) infinitamente manipulável, incorporando
uma combinação, o movimento e a permutação como elementos estruturais”
podemos escolher
(Machado, 1993, p. 179).
qualquer número de
elementos do conjunto As páginas intercambiáveis “se deixariam permutar em
e colocá-los juntos todas as direções e sentidos” (Machado, 1993, p. 165), resul-
em um grupo menor. tando em uma combinatória em movimento (como as rodas
Variações são permutas
em que é permitido fazer
de Raimundo Lúlio), um dispositivo, um objeto tridimen-
repetições dos elementos. sional “em que a coordenada de profundidade funcionaria
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a l e g o r i a s
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O i m p u l s o a l e g ó r i c o
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Com o uso dos tipos móveis no início do século XVI, surgiu “Onde reside então
a necessidade de aperfeiçoamento do desenho individual minha esperança de
alcançar o que rejeito?
das letras que seriam exatamente repetidas. Os antigos tra- Na materialidade da
tados do arquiteto Vitrúvio sobre a proporção dos templos linguagem, no fato de que
gregos, que deveria se basear nas medidas do corpo hu- as palavras também são
coisas, uma natureza,
mano, serviram de inspiração para os desenhos de letras
o que me é dado e me dá
de Luca Pacioli e Albert Dürer. As letras do nosso alfabe- mais que compreendo.
to foram então desenhadas com as proporções utilizadas Ainda há pouco,
na arquitetura. a realidade das palavras
era um obstáculo.
Palavra e imagem não são dois códigos, mas dois com- Agora ela é minha única
plexos sistemas de signos. A alegoria é útil para o estudo dos chance. O nome deixa de
dois sistemas, pela “reciprocidade que (...) propõe entre o ser a passagem efêmera
da não-existência para se
visual e o verbal: palavras são frequentemente tratadas como
tornar um bolo concreto,
fenômeno puramente visual, enquanto as imagens visuais um maciço de existência;
são oferecidas como texto a ser decifrado” (Owens, 2004, a linguagem, deixando
p. 117). Walter Benjamin afirma que, entre os autores de esse sentido que ela
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Na terminologia usada
nas oficinas tipográficas,
encontramos diversos
nomes que relacionam
o livro com o corpo
humano: o próprio texto,
em sua unidade, é o corpo
do livro; a primeira página
é a folha de rosto; a parte
de baixo é o pé e a parte
de cima a cabeça (assim
é possível referirmo-nos
ao cabeçalho e às notas
de rodapé); alguns livros
têm orelhas, que são as
abas laterais da capa; a
mancha tipográfica, que
é a área impressa definida
pelas margens, também
é chamada de olho; nos
antigos manuscritos,
as letras ornamentadas
que iniciam o texto são
chamadas capitulares,
palavra de origem
latina que quer dizer
“cabeça”. Bigode é o filete
ornamental, mais grosso
no centro e afinado nas
extremidades, utilizado no
final das páginas. A divisão
vertical das páginas é
chamada de coluna.
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d o m u n d o
Nesse período pitoresco, a concepção da história é determinada pela
justaposição de todos os objetos memoráveis. Walter Benjamin
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George Gessert,
Dust and light, 1987
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Guillermo Gómez-Peña,
Enrique Chagoya e Felicia
Rice, Codex espangliensis:
from Columbus to the
Border Patrol, 2002
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g r a m a t o l o g i a
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Sem a possibilidade
de repetição de um Compilar um catálogo da micro-mecânica da editoração —
experimento, e sem indíces e folhas de rosto, legendas e colofão, folios e notas
o registro do experimento de rodapé, margens e marginália, espacejamento e pontua-
não pode haver ciência
— é preciso que qualquer
ção — pode contribuir para o campo que Derrida chamou de
outro cientista possa gramatologia, o estudo da escrita como um modo distintivo
entender o que o outro de representação (Lupton; Miller, 1999, p. 15).
fez, e ainda, que ele
possa comprovar, repetir
as etapas e chegar “Um sistema de escrita consiste em um conjunto de
no mesmo resultado. símbolos, um grupo de definições para os símbolos (isto é,
Gramatologia é a um léxico gráfico) e regras para sua utilização (uma sintaxe
“ciência da possibilidade
da ciência” (Derrida,
gráfica)” (Bringhurst, 2006, p. 27).
1999, p. 34). O linguista suíço Ferdinand de Saussure (1857-1913)
aceita a visão de que a escrita apenas representa a lingua-
“ao escrever um
idioma falado, pode-se
gem, mesma opinião de Sapir, Hockett e outros linguistas.
transcrever significados Em oposição, alguns especialistas ligados ao Círculo Lin-
ou sons” (Bringhurst, guístico de Praga, como Vachek, escrevem sobre a “co-
2006, p. 63).
-existência, em uma mesma linguagem, de duas normas,
Toth “tornou-se não só uma falada e outra escrita” (Goody, 1977, p. 77). A escrita
o inventor da linguagem é um além da linguagem, um modo próprio de produ-
e da escrita, mas também
zir representações (e conhecimento) que não podem ser
o patrono dos escribas,
o deus da medicina transmitidos verbalmente. “Saussure culpava a escritura
e da magia: divindade de não ser um meio transparente para transmitir a fala,
semiótica como tantas Derrida mudou esta desvalorização, colocando em primei-
outras, sabia que ler os
sinais entalhados numa
ro plano a materialidade e a retórica tipográfica da escrita”
pedra e ler sintomas (Sesma, 2004, p. 54).
num corpo humano, “Um estudo da tipografia e da escrita informado pela
assim como rastrear
desconstrução deve examinar as estruturas que dramatizam
sinais para dirigir
o curso da natureza, a intrusão de formas visuais em conteúdos verbais, a inva-
é tudo a mesma coisa. são de ‘ideias’ por sinais gráficos, intervalos e diferenças”
Não é por acaso (Lupton; Miller, 1999, p. 17).
que o deus Toth
é frequentemente
representado como
um macaco: escrever,
como falar, é imitar,
através de sinais,
a realidade”
(Eco, 1989, p. 66).
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“Um gravador, um
escultor ou um fotógrafo
produz um objeto que
servirá de matriz em
um processo mecânico
de execução, múltiplo
ou não; um músico
ou um arquiteto (e eu
acrescentaria: ou um
escritor) produz um
objeto que servirá de
sinal em um processo
intelectual de execução
que supõe uma leitura
interpretativa com
referência a um código”
(Genette, 2001, p. 29).
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Colin Sackett,
Speakers, 2002
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Alex Hamburger,
Grafemas, 1992
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g r á f i c a
Um texto escrito é capaz de transmitir uma mensagem fa-
lada de maneira objetiva, mas não consegue registrar as-
pectos comunicativos como a entonação, o timbre da voz, a
inflexão. “Os sistemas de notação representam uma expe-
riência tridimensional em duas dimensões e, portanto, os
livros são o meio mais óbvio para sua reprodução” (Haslam,
2007, p. 139). Escritores, tipógrafos e artistas recorrem a di-
versos recursos gráficos como ferramenta auxiliar na cons-
tituição do sentido, como guia de leitura, indicando como o
texto deve ser lido.
A invenção de recursos gráficos e léxicos para indicar
“não só o que foi dito mas também a respectiva interpre-
tação” tinha como objetivo inicial a autonomia do texto,
de modo que a escrita pudesse representar a intenção do
autor, indicada no texto e recuperada pela leitura, “sem
a necessidade de consultar o autor ou um especialista” Outras formas de notação
(Olson, 1997, p. 198). são as notas musicais,
Um tipo de texto literário que exige uma quantidade os atlas, as fórmulas de
química, a álgebra para
maior de indicações de leitura é o texto teatral, em que a ma-
a física e a matemática
neira como é dita uma frase é tão importante quanto a própria e o desenho ortográfico
frase: uma afirmação em tom irônico muda completamente da arquitetura.
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Eugenio Carmi,
Stripsody, 1966
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Em 1920, são
introduzidos nas histórias
em quadrinhos os
signos convencionais
destinados a expressar
todos os estados anímicos
e cinemáticos, como
trajetória e deslocamento.
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Te x t u r a
O sentido é aquilo que emitem as palavras e que está além delas, aquilo que
foge entre as malhas das palavras e que elas quiseram deter ou capturar.
O sentido não está no texto, mas fora dele. Estas palavras que escrevo andam
em busca de seu sentido e nisto consiste todo seu sentido. Octavio Paz
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p o r v i r
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L i v r o s d e a r t i s t a
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“A estrutura de um livro
comum compreende
uma divisão em quatro
partes, de acordo com a
A e n c i c l o p é d i a função de cada elemento
e o s p a r a t e x t o s em relação ao corpo
principal do livro, que
geralmente é o texto:
A recepção de um livro pode se modificar completamen- a parte pré-textual,
te, graças a mudanças em sua forma de apresentação. Um formada pela folha
exemplo é o Livro do Cortesão, de Baldassare Castiglione, de rosto, dedicatória,
epígrafe, sumário,
romance cuja edição original publicada em 1528 não era prefácio, introdução;
dividida em capítulos. Era difícil encontrar qualquer coisa a parte textual, que
com rapidez, mas o livro se tornou um sucesso de vendas, é o corpo do livro e
compreende sua divisão
e alcançou 125 edições em várias línguas no século que se
em capítulos, o fólio,
seguiu à sua publicação, graças à intervenção dos editores. a iconografia; a parte
Cópias subsistentes mostram que alguns leitores usa- pós-textual, formada
vam o livro como fonte de informações sobre bom compor- pelo posfácio, apêndice,
glossário, bibliografia,
tamento ou mesmo de anedotas para contar socialmente. índice, colofão e errata;
Alguns impressores exploraram essa possibilidade de uso e finalmente, os elementos
facilitaram a consulta às informações dividindo o livro em extra-textuais, como
a capa, sobrecapa,
capítulos e fornecendo-lhe um aparato de marginália, índi-
lombada, as folhas de
ce remissivo detalhado e sumário, transformando-o numa guarda, a encadernação”
espécie de obra de referência (Burke, 2003). (Araújo, 1986, p. 430).
297
A forma de apresentação
quer ponto, e dele saltar para qualquer outro ponto, de modo a
do livro pode ser descobrir apenas aquilo que no momento estamos procurando
decisiva na sua recepção, (Machado, 1997, p. 180).
na transmissão de
informação (textual ou
não) e no sucesso da obra. Em uma enciclopédia, o caráter fragmentário do texto
e a brevidade dos verbetes contribui para estabelecer uma
Protocolos de leitura:
rede de relações de um capítulo a outro, além de facilitar a
o autor que indica a justa
compreensão do texto; consulta a um verbete específico, independente dos outros.
o impressor que compõe É preciso “dividir o texto em pequenos parágrafos fáceis de
as formas tipográficas. encontrar, a fim de tornar possível o uso de um sistema de
Por outro lado, “cada
leitor, a partir de suas
referências” (Febvre; Martin, 1992, p. 135).
próprias referências (...)
dá um sentido (...) aos
textos de que se apropria”
(Chartier, 1996, p. 20).
“O índice é um
complemento essencial
ao texto de qualquer
boa enciclopédia”
(Collison, 1964, p. 15).
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s o b r e
n a d a
(...) o poema perfeito é uma folha de papel em branco. Mallarmé
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Todo livro de artista, de certo modo, chama a atenção para “O texto raramente se
o livro como objeto editorial. Nesse sentido, todo livro de apresenta em estado
nu, sem o reforço e
artista é um livro sobre fazer livros, destacando as inúme- o acompanhamento
ras transformações que acontecem com o texto até chegar de certo número de
ao leitor: a escolha do papel, o formato e o acabamento, a produções, verbais
ou não, como um nome
diagramação em colunas, a folha de rosto, enfim, o paratexto
de autor, um título,
editorial como elemento que influencia na recepção do texto. um prefácio, ilustrações,
“Essas alterações costumam funcionar como formalizações que nunca sabemos
auto-reflexivas de elementos estruturais do livro, como in- se devemos ou não
considerar parte dele,
vestigações sobre sua natureza e os usos e suportes contem- mas que em todo caso
porâneos da escrita” (Sussekind, 2004, p. 456). o cercam e o prolongam,
O paratexto é “aquilo por meio de que um texto se exatamente para
apresentá-lo, no sentido
torna livro” (Genette, 2009, p. 9). São elementos que
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A palavra “recusado”
Outro elemento paratextual muito importante em ar-
aparece como um
carimbo na capa, em uma tigos, teses, tratados e outros textos científicos são as notas.
antecipação ao conteúdo: É possivel escrever um livro sem texto, só com o paratexto?
o livro parece feito com Appendices, illustrations & notes for the black box (1999) é um
material descartado
pelas editoras.
livro sem centro, feito de margens apenas: tudo é paratexto,
e o texto está em outro lugar, fora do livro. É “um aparato
A prática de produzir de notas para um texto inexistente” (Genette, 2009, p. 283).
uma obra utilizando
apenas o paratexto não é
Surgido de uma colaboração entre o artista conceitual
tão recente. Notas sem um Terence Gower e a escritora Mónica de la Torre, Appendices...
texto, de Rabener, é de é uma antologia de sinopses sem sentido de livros, resenhas
1743 (Grafton, 1998).
de exposições duvidosas, notas maldosas dos editores, e car-
Foi, sem dúvida, Jorge tas obsessivas dirigidas a um psiquiatra. Apresentado como
Luis Borges quem material auxiliar de um livro fictício, os textos levam a refe-
levou esta prática de
rencialidade ao nível absurdo. O humor é seco e discreto, e é
escrever resenhas de
livros inexistentes à sua somente com a releitura do livro que o fio misterioso que une
máxima expressão. Em os fragmentos aparentemente desconexos se torna aparente.
um alarde metaliterário Como sugere o título, o livro tem três seções, os apêndi-
sem precedentes, se
ces, ilustrações e notas. Cada seção é dividida em itens agru-
permitiu até mesmo
fazer crítica de livros e pados por temas. Os apêndices incluem cartas a um psiquiatra,
resenhas de autores que com sonhos e confissões de seus pacientes; um convite
nunca existiram, como
para participar de uma exposição no Japão; uma proposta
ocorre em “Exame da
obra de Herbert Quain” de exposição (que foi recusada); um panorama das ques-
ou no conto “O Aleph”. tões de estilo nas resenhas de arte e literatura, divididas em
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A unidade básica do livro é a página, definida pela mancha “Uma página é uma
imagem. Ela produz
gráfica e as margens, formada por cabeçalhos e rodapés, fó-
uma impressão global,
lios, colunas. O livro como o conhecemos hoje é resultado apresenta um bloco
das técnicas de editoração, responsáveis pela transformação ou um sistema de blocos
do texto verbal em um objeto que tem uma forma concreta. e estratos, pretos e
brancos, uma mancha
Artistas e escritores utilizam cada vez com mais frequência com figura e intensidade
recursos tipográficos de forma expressiva, colocando a pági- mais ou menos bem
na em evidência. O livro deixa de ser um mero suporte para resolvidas. Essa segunda
maneira de ver, não
a escrita para se tornar parte fundamental da experiência de
mais sucessiva e linear
leitura, de modo que o texto ou a imagem são produzidos e progressiva como a
considerando o lugar que ocupam na estrutura do livro. leitura, mas imediata
O livro On the self-reflexive page (2010), de Louis Lüthi, e simultânea, permite
aproximar a tipografia
parece um livro teórico à primeira vista, um estudo sobre da arquitetura, assim
a inserção de páginas auto-reflexivas em obras literárias. como, há pouco, a leitura
Chama a atenção a capa, sem a identificação do autor ou poderia ter lembrado a
música melódica e todas
título, informação que aparece apenas na lombada.
as artes que esposam
Uma prière d’insérer avisa que o assunto desse livro é o tempo” (Valéry,
a página, e as páginas ali reproduzidas foram tiradas de 2002, p. 31).
319
Se examinarmos
cuidadosamente a página obras da literatura, ou de livros de artista que derivam de
169 do vol. III na edição obras literárias. A capa reproduz um papel marmorizado,
original de Tristam com o cabeçalho “VOLUME III” e a numeração de página
Shandy, quatro marcas
alinhada à direita da margem externa. É uma das páginas
de dobra definem as
bordas da marmorização mais famosas da literatura, que apareceu pela primeira vez
e também criam as em 1761, no terceiro volume do livro A vida e as opiniões
margens adjacentes.
do cavalheiro Tristam Shandy (1761), de Laurence Sterne.
A seção central da
página 169 foi colocada A homenagem ao escritor, nos 250 anos de publicação de
sobre a mistura de seu romance, justifica-se: ele foi o primeiro a incorporar
marmorização, para de modo sistemático no texto literário recursos gráficos e
que a impressão colorida
visuais que modificam a narrativa.
fosse a mais limpa
possível. Foi deixada O artista escolheu apresentar as páginas agrupadas te-
secar e, em seguida, maticamente, em uma tipologia das páginas auto-reflexivas:
dobrada de modo que
páginas negras, páginas em branco, páginas desenhadas,
o outro lado do papel
pudesse também receber páginas fotográficas, páginas de texto, páginas de números
uma impressão. Este lado e páginas de pontuação.
do papel tornou-se a Todas as obras citadas são listadas na bibliografia,
página 170. Assim,
como em qualquer estudo teórico, mas o que parece mais
a página marmorizada
em cada cópia do vol. interessante é a relação que Lüthi estabelece entre as ima-
III é diferente — sendo gens (as páginas reproduzidas na primeira parte do livro)
cada impressão uma
e o texto (um ensaio que ocupa o final do livro, em páginas
imagem única feita à
mão. A página em papel brancas que contrastam com as páginas cor de areia do
marmorizado contida restante do livro).
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O livro de Sterne
“muito deve à
Enciclopédia Chambers de
1728 e, sobretudo,
à Anatomy of Melancholy
de Burton (1621)”
(Schneider, 1990,
p. 92). Por outro lado,
“um dos saqueadores
mais célebres de Sterne
foi Diderot, cujo Jacques
le fataliste desapropria
o Tristam nas primeiras
páginas” (p. 93).
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l i v r o s
A literatura não fala de outra coisa
senão de literatura. Antoine Compagnon
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d a l e i t u r a
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“A natureza peculiar da
comunicação simbólica é
de ser passível de diversos
graus de interpretação,
A p r e n d e n d o a l e r a r t e : segundo o nível daquele
que interroga o texto”
o s l i v r o s d e a r t i s t a (Busi e Loewenthal apud
Almeida, 2005, p. 47).
Em qualquer livro de artista, existe um primeiro nível de
“A recepção de uma obra
leitura, que é o reconhecimento do código. Mas “ler não é é, em cada ocorrência,
jamais apenas decifrar ou reconhecer os signos” (Mœglin- sempre parcial, pois
-Delcroix, 1997, p. 179). nenhuma contemplação,
nenhuma leitura,
O livro de artista “confronta o leitor com uma situação
nenhuma audição
enigmática que requer muito mais atenção do que passar por é suficientemente
um mural, ou mesmo ler um romance” (Hoffberg, 1993, p. 9). prolongada ou atenta
Diferentemente de uma pintura, o livro tem como uma de para esgotar as
propriedades dessa obra”
suas características a facilidade de ser levado para qualquer (Genette, 2001, p. 217).
lugar, de retomar a leitura, o que permite pensar a respeito
da obra mais detidamente.
Ora, ler toma tempo, não somente para decifrar, mas ain-
da para meditar. Ler verdadeiramente é reler. Mas a arte
contemporânea, colocando fim na necessidade de con-
templar as obras por elas mesmas, nos faz perder o hábito
de lhes consagrar o tempo que algumas pedem (Mœglin-
Delcroix, 1997, p. 77-78).
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i l e g í v e l
Feche os olhos e verás. Joubert
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Jaroslaw Kozlowski,
Propositions, 1973
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p a l i m p s e s t o s
Uma história da apropriação nas artes visuais pode ser escri- “Certas imagens,
ta de muitas maneiras. A versão mais curta poderia começar objetos, sons, textos ou
pensamentos poderiam
com a Pictures Generation, surgida em Nova Iorque no final
estar dentro da área do
da década de 1970; uma versão intermediária começa com que é apropriação,
Duchamp e o ready-made no início do século XX; e uma se fossem mais explícitos,
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A e n c i c l o p é d i a v i s u a l
c o m o u m p a l i m p s e s t o
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“A maioria das
gravuras que ilustram
a Encyclopédie de
Diderot foram produzidas
por Réaumur para a
Académie des Sciences,
Arts et Métiers, por
encomenda do ministro
de Louis XIV, Colbert,
em 1675. O material,
que permanecia inédito
por receio de tornar
público o conhecimento
que beneficiasse nações
inimigas, foi apropriado
por Diderot, que também
utilizou as gravuras de
anatomia de Andreas
Vesalius, gravuras
de zoologia e ciências
naturais de Buffon,
e toda a parte sobre
desenho e arquitetura
foi copiada de Anibale
Carracci. As ilustrações
foram redesenhadas
e re-gravadas, totalizando
2.500 pranchas
distribuídas em
11 volumes”
(Blom, 2005, p. 256).
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Waltercio Caldas,
Velázquez, 1996
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Na página ao lado:
Waltercio Caldas.
Velázquez, 1996
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a l t e r a d o
Existe uma categoria de livros de artista chamada de livro
alterado, que utiliza a estrutura de um livro existente — texto
e imagem, paginação, sequência — para fazer intervenções
gráficas na página e assim alterar o sentido do livro.
“Artistas pós-modernos, Com o objetivo de “tornar palavra e imagem uma unida-
leitores e críticos radicais,
mostram predileção por
de, entrelaçados como em uma miniatura medieval” (Phillips,
citações, seja uma única 2005, s.p.), o britânico Tom Phillips comprou algumas edições
linha ou uma obra de de A human document, um romance obscuro do século XIX es-
|arte completa, seja de
crito por W.H. Mallock, e iniciou o processo de alteração das
um texto ou uma
imagem” (Hubert; páginas do livro, apagando alguns trechos e deixando frases,
Hubert, 1999, p. 73). palavras ou sílabas que pudessem formar um novo texto.
Tom Phillips reencanta o livro, e demonstra que um
O livro alterado “revela
a natureza derivativa romance medíocre pode se tornar uma fonte inesgotável de
da arte e da literatura, significados inéditos. A ideia surgiu após a leitura de uma
na medida em que, entrevista de William Burroughs na Paris Review em 1965,
ao se basear em uma
origem específica,
em que o escritor beat explicava o método cut-up na litera-
nega a originalidade tura, que consiste em rearranjar as palavras de uma página
e assim reduz toda impressa buscando novos significados.
arte e literatura a
Com o novo título, obtido pela supressão de algumas le-
recontextualizar e
reescrever” (Hubert; tras, A humument tornou-se uma referência no gênero, uma
Hubert, 1999, p. 10). grande obra de invenção. Como em um palimpsesto,
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A humument também
é uma enciclopédia
do livro ilustrado,
uma demonstração de
procedimentos (colagem,
pintura), técnicas
(guache, hidrocor),
gêneros (quadrinhos,
romances) e estilos
(iluminuras medievais,
pinturas pop).
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O plágio formal é mais o fotógrafo reproduz cem vezes o retrato de uma criança vie-
facilmente identificado,
tnamita (na verdade são cinco fotos obtidas em intervalos de
pela semelhança
com o seu modelo. cinco segundos). O enquadramento é de um busto simples
O plágio estilístico (cabeça e ombros) com fundo absolutamente neutro ou ini-
imita um procedimento,
dentificável, a menina fotografada olhando diretamente para
uma ideia, e pode
chegar a um resultado a câmera. As diferenças entre as cinco fotos são mínimas)
completamente diferente. (Silveira, 2008, p. 154).
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f i c ç õ e s
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A u t o r i a / o b r a
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d o c u m e n t o
Por que nos inquieta que Dom Quixote seja leitor do Quixote
e Hamlet espectador do Hamlet? Creio haver descoberto a causa:
tais inversões sugerem que se os caracteres de uma ficção
podem ser leitores ou espectadores, nós, seus leitores e espectadores,
podemos ser fictícios. Jorge Luis Borges
Eu é um outro. Rimbaud
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cia convincente” (Bahia, 2006, p. 86). Do mesmo modo que o “O público não vê uma
catálogo oficial da mostra, a publicação de Marcelo do Campo exposição, assiste a um
“discute como as obras poderiam assumir forma material ou acontecimento, ou vai
a um jogo de futebol,
permanecerem imateriais” (Obrist, 2010, p. 113).
mas vê as imagens do
As obras de Marcelo do Campo são efêmeras — ações e evento na mídia. (...)
intervenções artísticas que sobrevivem graças aos registros Para os consumidores
(precários) em fotografia e vídeo. Por se tratar de documen- de informação, não
faz diferença se uma
tos produzidos recentemente mas que remetem a uma época exposição aconteceu
anterior, colocam em evidência a relação entre presença e ou não, o que importa
ausência que existe em toda obra de arte: a representação é a imagem do evento
artístico construída pela
no sentido de substituição de algo ausente e ao mesmo tem-
mídia” (Jacoby apud
po re-apresentação, atualização do passado. Desse modo, a Alberro, 1999, p. 140).
artista questiona “a importância do contexto de produção
da obra de arte para sua interpretação e a necessidade de “Não mais a história
dos grandes homens,
existência do objeto para a experiência de arte se concretizar” dos acontecimentos,
(Bahia, 2006, p. 79). Uma curiosa inversão de papéis acon- a história que avança
tece: a artista Dora Longo se torna personagem de um dos depressa” (Le Goff,
2003, p. 531).
filmes de Marcelo do Campo, registrado no livro-biografia-
-dissertação sobre Marcelo, escrito por Dora Longo Bahia. “Qualquer documento
Considerado como resultado do esforço das sociedades é, ao mesmo tempo,
verdadeiro — incluindo
históricas para impor ao futuro uma determinada imagem
talvez sobretudo os
de si próprias, “todo o documento é mentira” (Le Goff, falsos — e falso, porque
2003, p. 538). Diferente dos registros de performances, um monumento é em
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o o r i g i n a l ?
Uma singular coleção de arte contemporânea é a do cole-
cionador Duda Miranda, um colecionador que executa obras
de arte de outros artistas que ele classifica como reprodutí-
“Talvez tenhamos em veis por ele mesmo. As obras que fazem parte de seu acervo
Marcel Broodthaers
contrariam a ideia de que “a obra de arte é única, irrepetí-
a mais próxima das
intenções de Duda vel, inimitável, isto é, não se deixa retomar, prosseguir, ou
Miranda. Além do uso continuar, e a atividade artística tem sempre um caráter de
da ficção (Duda é um novidade e originalidade” (Pareyson, 1984, p. 106).
colecionador fictício que
constrói uma coleção
Tal colecionador é um personagem conceitual, ou seja, a
real, Broodthaers é uma “invenção de modos de existência ou possibilidades de vida”
pessoa real que cria (Deleuze; Guattari, 1992, p. 96). “Sem uma biografia defi-
um museu fictício),
nida, sem mesmo uma identidade ou gênero definidos, Duda
da relação com a literatura,
ambos realizam suas nunca é a priori — ele se torna; ele devém quando é entrevis-
diferentes estratégias tado; ele é construído na e a partir da sua fala” (Carneiro,
tendo como alvo principal 2003, p. 5). O livro utiliza o aparato crítico para comprovar
a mercantilização da arte.
Ambos queriam começar
a existência de Duda Miranda: ele dá depoimentos, concede
uma coleção mas, uma entrevista a Marilá Dardot e Matheus Rocha Pitta, tro-
sem meios financeiros ca correspondências com os críticos de arte Lisette Lagnado,
para tal, acabam criando
Rodrigo Moura e a documentarista Clarice Alvarenga. Como
uma coleção que
denuncia sua condição” todo personagem conceitual, ele “deve sempre ser reconsti-
(Carneiro, 2003, p. 47). tuído pelo leitor” (Deleuze; Guattari, 1992, p. 85).
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O apropriado ou
adequado segundo
certos critérios toma
o lugar do autêntico:
“as cortes inglesas do
século XIII rejeitaram
alvarás anglo-saxões
verdadeiros porque
pareciam muito
estranhos, e aceitaram
falsificações que se
adequavam às noções
de como um antigo alvará
deveria ser” (Lowenthal,
1992, p. 185). O valor de objetos antigos “reside em sua unicidade,
que as cópias e as falsificações dissipam” (Lowenthal, 1992,
“Sabe-se que os falsários
falsificam sempre os
p. 185). A fama e a raridade tornam as obras, além de úni-
objetos que têm um valor cas, insubstituíveis, o que não é o caso quando se trata de
necessariamere elevado, um múltiplo, que são “objetos de duas ou mais dimensões,
devido aos materiais e
projetados justamente para serem reproduzidos em muitos
à técnica com que são
feitos. Habitualmente, exemplares”. Como não existe diferença entre dois exempla-
falsificam-se objetos res, “a tendência é para que a sua tiragem seja em número
feitos à mão: quadros, ilimitado de exemplares” (Munari, 1979, p. 82). Muitos dos
esculturas, móveis
antigos, moedas”
objetos produzidos por Duda são obras que utilizam mate-
(Munari, 1979, p. 70). riais produzidos industrialmente, e seus componentes po-
dem ser facilmente substituídos.
“As falsificações
falsificam também a
Diferente da réplica e da cópia, que exigem um ori-
assinatura do autor do ginal, um modelo a ser copiado, o múltiplo pode ter um
original, escondendo protótipo, uma maquete, uma peça que não tem auto-
o seu efetivo executor.
nomia estética, e pode ser destruída após o término da
As cópias não se
assinam, não têm autoria. edição. Muitas vezes, a obra só existe quando é fabricada:
As réplicas são feitas por como um livro, projetado no computador, que só passa a
outrem, que em geral ter existência material quando impresso e, por isso, não
não está identificado,
e que permanece um
faz sentido falar de obra original, pois todos os exempla-
desconhecido artesão. res são idênticos e nenhum serviu de modelo para os ou-
As apropriações tros (esta é a acepção de original em dicionários de artes
reconhecem o original,
gráficas: o que se destina à reprodução ou, em sentido
mas afirmam a segunda
autoria, como se os estrito, o que é passível de reprodução, cf. Guilherme,
colocasse num mesmo 1996, p. 88).
448
nível de importância.
No catálogo,
Duda assina as peças
de sua coleção assim:
de (nome do autor) por
Duda Miranda. Ele se
inclui na assinatura,
como um intérprete.
Essa inclusão de seu
nome serve para deixar
claro que aquilo não
é nem pretende ser
uma obra autêntica
— é uma réplica não
As obras foram criadas para fazer parte da dissertação, autorizada, mas também
foram produzidas e depois fotografadas, existindo, a princí- uma interpretação”
(Carneiro, 2003, p. 28).
pio, apenas como reproduções. Reproduzidas na página, as
diferenças mínimas que poderiam existir entre a cópia e o “A execução da pintura
original desaparecem. Apesar de não considerar suas obras e do desenho, em
sua concepção mais
como falsificações, pois não pretende confundi-las com seus
tradicional, depende de
originais, Duda é um falsário, pois “suscita as alternativas in- uma habilidade manual,
decidíveis” entre o original e o falso (Deleuze, 1990, p. 162). de um apuro cromático,
de uma educação do
A exposição é um desdobramento do volume da disser-
olhar que Duda Miranda
tação chamado A de Arte — A coleção Duda Miranda, formada não tem. Ele poderia
inicialmente por 14 obras. Após o encerramento da exposição, pagar um falsificador
a coleção subsiste apenas sob a forma de um catálogo, que para refazê-las,
poderíamos argumentar.
reúne 34 obras, incluindo registros de ações e performances
Mas é exatamente esta
reencenadas, como Zona de sensibilidade pictórica imaterial, de a questão impedida por
Yves Klein, que consiste em jogar folhas de ouro no rio Sena. sua ética: a refeitura
de uma pintura ou de
O livro é dividido em três seções. Uma delas, chamada
um desenho seria uma
“A exposição”, abre com uma imagem da fachada do prédio, falsificação ou uma
e mostra as obras no espaço expositivo, que é a residência do cópia. Não há réplicas
colecionador Duda Miranda. Um olhar mais atento percebe de pinturas ou desenhos:
os originais são sempre
a encenação que acontece nessa moradia: na sala, a Peça de
mantidos sob todos os
canto com brita, de Robert Smithson, e a obra de Barrio, TV cuidados climáticos
coberta por um lençol; o relógio de parede da cozinha é uma e luminosos, com todos
os dispositivos de
obra de Felix Gonzales-Torres, e as camisetas com os truís-
segurança para que
mos de Jenny Holzer são as únicas peças de vestuário visíveis não sejam danificados”
no quarto; na cozinha encontra-se o prato com elástico de (Carneiro, 2003, p. 57).
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A ideia de plágio não existe: estabeleceu-se que todas as obras são a obra de
um único autor, que é intemporal e anônimo. Jorge Luis Borges
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“Remonta ao começo
do século dezenove, por
volta de 1810-1830, a
passagem do ‘plágio’ em
sentido amplo, prática
difundida (comunidade
de temas, obrigatoriedade
de formas, legado da
tradição), ao plágio
em sentido estrito
(roubo de um texto) (...)
Os plágios se multiplicam
ao mesmo tempo em
que surge uma reflexão
teórica e que legisladores
e juristas tentam definir
a propriedade literária”
(Schneider, 1990, p. 42).
Em cima e ao lado:
Eric Doeringer, The xeroxed
book, 2010
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i m a g i n á r i o s
Quando se faz poesia, o certo
é tudo, menos ela:
em vez de terra, o mar aberto;
em vez de rodas, vela.
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n o p a p e l
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I m a g e m e c o n h e c i m e n t o
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Borges, em um texto Assim como outros símbolos culturais, os mapas podem ser
chamado “Do rigor na interpretados como uma forma de discurso, formado por um
ciência” (1993, p. 95), sistema de signos cujos códigos podem ser icônicos, linguísti-
atribui a Suárez Miranda
a narrativa de um
cos ou numéricos. “Um mapa é uma forma de conhecimento
império em que a arte temporal e espacial. Tanto o conteúdo como o modo de repre-
da cartografia “atingiu sentação são permeados pela ideologia” (Harley, 1988, p. 300).
uma tal Perfeição
Diversos artistas se apropriaram de mapas com finali-
que o Mapa duma só
província ocupava toda dades artísticas, e não pretendo discutir a mera inclusão de
uma Cidade, e o Mapa mapas em livros de artista, o que configura um corpus por de-
do Império, toda uma mais extenso. Apresentarei, contudo, um conjunto de obras
Província. Com o tempo,
esses Mapas Desmedidos
formadas exclusivamente por mapas, destacando alguns as-
não satisfizeram e os pectos de sua forma específica de abordar a cartografia como
Colégios de Cartógrafos sistema de representação, pois
levantaram um Mapa
do Império, que tinha
o tamanho do Império um mapa, de fato, pode ser visto como um tipo complexo de
e coincidia ponto por texto semiótico com muitos quadros de referência possíveis
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Marcel Broodthaers,
La conquête de l’espace.
Atlas à l’usage des artistes
et des militaires, 1975
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Os mapas são
“um elemento
necessário tanto para
o planejamento e
documentação de
muitas das peças de
[Douglas] Huebler”
(Wollen, 1999, p. 40).
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Um diagrama é um
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i l u s t r a d o
No início do século XV, o livro ilustrado, herdeiro e suces-
sor da xilografia, das estampas populares com imagens de
santos,
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dos sob a forma de uma frase escrita em uma placa, um car- O que distingue o livro de
taz, como um diagrama explicativo ou simplesmente como artista do livro ilustrado
se a palavra estivesse escrita ou desenhada diretamente na comum é a “maestria
total que reivindica o
página. Erros (propositais) de tradução também fazem par- artista sobre sua obra”,
te da obra: gomme élastique, traduzido como eraser (elastic), ou seja, sobre cada um
vira uma tecla com a palavra delete, o equivalente, no mundo dos elementos e cada
etapa de sua realização,
eletrônico, da borracha (de apagar).
da concepção do livro
Pela justaposição de conceitos e estilos, a articulação à sua difusão (Mœglin-
dos elementos verbais e visuais produz efeitos inusitados. -Delcroix, 2006, p. 104).
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d e
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r e p r o d u ç ã o
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cultura informada pela fotografia” (Lütticken, 2009 p. 223). Andy Warhol e Robert
Os recursos técnicos têm um impacto na produção dos ar- Rauschenberg, graças aos
processos fotomecânicos
tistas, pois torna possível o que antes era inviável pelo custo, de reprodução de
pelo tempo necessário ou pela incerteza do resultado. imagens, introduziram
Alguns artistas que se tornaram conhecidos por usarem no discurso da pintura
imagens mecanicamente
estratégias de apropriação de imagens tiveram formação ou
produzidas, imagens
experiência profissional em design gráfico, como é o caso “achadas”, tiradas
de Barbara Kruger, que iniciou sua carreira como dire- diretamente da mídia.
tora de arte de revistas femininas publicadas pela Condé A marca do pincel,
sinal da expressão e
Nast (Vanity Fair, Vogue). George Maciunas também trouxe individualidade do
para suas publicações Fluxus o conhecimento adquirido na artista, valorizada pela
área editorial. Richard Prince trabalhou para a Time Life em geração dos pintores
expressionistas abstratos,
meados dos anos 1970, e considera o seu período conviven-
é desvalorizada. A
do com os anúncios fundamental para o seu trabalho — ele ideia de originalidade
passava o dia em uma sala cercado por revistas, com a tarefa e autoria deixa de ter
de separar as matérias assinadas para serem enviadas para o importância para artistas
como Warhol, que chega
autor, deixando nas revistas apenas as páginas de anúncios, a declarar que se todos
chamadas de “authorless pages”. usassem a técnica de
Nos anos 1960 e 1970, artistas pop, minimalistas e con- serigrafia, “ninguém
saberia se uma pintura
ceituais utilizaram processos industriais, em que a obra não
é minha ou de outra
possui nenhuma marca da mão do artista, nenhum vestí- pessoa” (Warhol, 1963
gio de virtuosismo técnico. Ao mesmo tempo, a produção apud Evans, 2009, p. 42).
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g r á f i c o s
A humanidade não consegue suportar muita realidade. T. S. Eliot
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José Resende,
José Resende, 1970
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João Loureiro,
sequência de páginas
de Revista, 2008
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V I s u ais
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E nciclopedis m o e m
liv r os de a r t is t a
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Ao contrário do
dicionário, a enciclopédia
tende ao aproveitamento
semântico dos recursos
diagramáticos da
linguagem pondo-os
ao serviço da referência
e da descrição -
imagética, icónica,
cartográfica - do mundo
para que ela remete e
que nela se espelha”
(Pombo, 2006b, s.p.).
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Wlademir Dias-Pino,
Escritas arcaicas, coleção
Enciclopédia Visual,
vol. 447, 1991
As letras no corpo de um
tigre, copiado de uma
pintura mural dervixe
turca do século XIX,
perfazem uma inscrição
que significa, em parte:
“Em nome do leão de
Deus, do vitorioso Ali,
o filho de Ebu Talet”.
600
A enciclopédia de
Wlademir também
se destaca por sua
perícia técnica.
O artista imprimiu
simultaneamente as
páginas de volumes
diferentes, utilizando
as mesmas cores, de
modo a reduzir o custo
de impressão. Utilizando
cores especiais no lugar
da quadricromia,
o mesmo conjunto
limitado de tintas
foi utilizado em
todos os livros.
O formato também foi
definido para melhor
aproveitamento do papel.
Além disso, permitiu
um lance de mestre:
algumas pranchas foram
impressas com cores
diferentes (a mesma
imagem com outra cor de
fundo, ou uma imagem
diferente utilizada como
fundo, o que aconteceu
no volume 447, Escritas
arcaicas). Comparando
os exemplares,
percebemos que não
existem dois livros
exatamente idênticos.
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nome de uma nova árvore imaginária, que não pode ser en-
contrada em qualquer dicionário. A palavra-chave para este
volume vem da árvore mítica “Yggdrasil”. Conta-se que nas
frutas de Yggdrasil estão as respostas das grandes perguntas
da humanidade, e o volume pode ser visto como uma metá-
fora da enciclopédia.
Outra metáfora para a enciclopédia, e que aparece
com frequência nos textos de Borges, o tema labirinto e a
ideia do livro (e do mundo) como um labirinto são tratados
em Labyrinth (2006). Com colagens feitas a partir de xilo-
gravuras do século XIX, todas as páginas do volume, assim
como a capa e a contracapa, têm no seu centro um retângulo
vazado. Ele forma o centro de um labirinto duplo impresso
na capa e a contracapa. A única saída de um labirinto para o
outro é através do livro. Não há nenhuma outra saída.
606
f inais
O estudo não só não pode ter fim, como também não o quer ter.
Giorgio Agamben
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Esta lista seletiva inclui apenas os livros Anselmo, Giovanni. Lire. Gent: Imschoot, 1990.
mencionados nesta obra. Publicações coletivas (cla)
foram indexadas pelo título. As informações que
Arias, Eduardo. Plastilina. Barcelona: Kitschic,
não constam no próprio livro, mas que foram
2009. 16,5 x 11,5 cm. (cla)
recuperadas em outras fontes, estão entre colchetes.
Na ausência de menções particulares, o editor é Aspen: the magazine in a box. Johnson, Phyllis.
o próprio artista. A sigla cla indica as obras que New York: Aspen Communications Inc.,
Escola de Belas Artes da UFMG. Bahia, Dora Longo. Marcelo do Campo 1969-1975.
AARSMAN, Hans; CLEEN, Claudie de; GERMAIN, São Paulo: Itaú Cultural, 2006. 20 x 20 cm. 100 p.
der. Useful photography #009. [Amsterdam]: Bakhtin, Mikhail. The Bildungsroman and its
Kesselskramer, 2009. 30 x 21 cm. [170] p. (cla) Significance in the History of Realism [Novel of
Agrafica. São Paulo: Entretempo Edições Education] (1936-38). Toronto: Parasitic Ventures
Serigráficas, 1987. 47 x 32 cm. (cla) Press, 2007. 23 x 15 cm. 236 p. edição ilimitada.
Allen, Roberta. Pointless arrows: Baldessari, John. Prima facie: Marilyn’s dress: a
12 situations or any sequence from 1-10 therein. poem (in four parts). Köln: Verlag der Buchandlung
New York, 1976. 17,8 x 13,1 cm. [20] p. Walther König, 2007. 16,5 x 13,5 cm. 44 p. (cla)
Almarcegui, Lara. Guia de terrenos baldios Baldessari, John. Throwing three balls in the air
de São Paulo: uma seleção dos lugares vazios to get a straight line (best of thirty-six attempts).
mais interessantes da cidade. São Paulo: Milan: Edizioni Giampaolo Prearo / Galleria
Fundação Bienal de São Paulo, 2006. 24 x 15 cm. 36 Toselli, 1973. 24,5 x 32,5 cm. [14] p. 2000 ex.
Andrade, Jonathas de; Parente, Yana. Amor e malformation in toads and frogs: an Art/Science/
felicidade no casamento. [Recife], 2008. caixa com 5 Ecology investigation. London: The Arts Catalyst,
615
Barcellos, Vera Chaves. Momento vital. [Porto BOETTI, Alighiero; Sauzeau-Boetti, Anne-Marie.
Alegre], 1979. [32] f. (cla) Classifying the thousand longest rivers in the world.
Roma: 1977. 21,5 x 15,3 cm. 1013 p. 500 ex.
Barrio, Artur. Fac-Símile. João Pessoa: MEC/
Funarte/UFPb, 1979. 20,5 x 15,5 cm. Boltanski, Christian. List of exhibits belonging to
a woman of Baden-Baden followed by an explanatory
Base V. Arty. [São Paulo]: Base-V, 2007. 10 x 8 cm.
note. Oxford: Museum of Modern Art, 1973. 18 x 11
[64] p. 10 ex. (cla)
cm. 4 p.
Base V. Besta. [São Paulo]: Base-V, 2007. 10 x 8
Boltanski, Christian. Inventory of objects that
cm. [64] p. 10 ex. (cla)
belonged to a woman of Bois-Colombes. Paris: CNAC,
BATISTA, Ana Luiza Dias; ANDREATO, Laura 1974.
Huzak; LOUREIRO, João. Revista. São Paulo, 2008.
Boltanski, Christian. Inventory of the objects
30 x 21 cm. [46] p. (cla)
that belonged to a resident of Oxford. Münster:
BECHER, Bernhard; BECHER, Hilla. Anonyme Westfälischer Kunstverein, 1973.
Skulpturen: Eine Typologie technischer Bauten.
Boltanski, Christian. Archives. Arles: Actes Sud,
Düsseldorf: Art-Press, 1970. 28,5 x 22,5 cm. [136] p.
1989. [42] p. (cla)
BECHER, Bernhard; BECHER, Hilla. Water towers.
Boltanski, Christian; Roubaud, Jacques.
Cambridge: MIT Press, 2005. 29,8 x 24 cm. 240
Ensembles. Paris: 9 Février, 1997. 23,9 x 18 cm.
p. (cla)
[102] p. 3000 ex.
BECK, Kim. A field guide to weeds. New York:
Bonilla, Milena. El Capital: Manuscrito Siniestro.
Printed Matter, 2008. 12 x 17,5 cm. [96] p. 1500
Bogotá, 2008.
ex. (cla)
Braga, Edgard. Tatuagens: poemas. São Paulo:
Ben [Benjamin Vautier]. Ben, Dieu, art total, sa
Invenção, 1976. 22 x 27 cm. (cla)
revue. Nice, 1963. 31 x 21 cm. 100 ex.
Broodthaers, Marcel. A voyage on the North
Blake, Peter. An alphabet. London: Paul Stolper/
Sea. London: Peterburg Press.1973.15 x 18 cm.38
Coriander Studio, 2008. 64 p. (cla)
p. 1100 ex.
Bochner, Mel. Working drawings and other
Broodthaers, Marcel. La conquête de
visible things on paper not necessarily meant to be
l’espace. Atlas à l’usage des artistes et des militaires.
viewed as art. Geneva; Köln; Paris: Cabinet des
Bruxelles: Lebeer Hossmann, 1975. 3,8 x 2,4 cm.
estampes du Musée d’art et d’historie; Verlag der
[38] p. 50 ex.
Buchhandlung Walther König; Picaron Editions,
1997. 29 x 27,7 cm. 4 vol. [182] p. cada; 1 vol. 34 p. Broodthaers, Marcel. Museum-Museum. Der
450 ex. (cla) Adler vom Oligozän bis heute: Marcel Broodthaers
zeigt eine experimentelle Ausstellung seines
Boehme, Doro; Baskauskas, Eric. Various
616
617
DARDOT, Marilá; MORAIS, Fabio. Arquivo. (Sob Dias-Pino, Wlademir. Escritas arcaicas, coleção
neblina: [em segredo]; Sob neblina: [2004-2007]; Enciclopédia Visual, vol. 447. Rio de Janeiro:
Sebo). São Paulo: Centro Cultural Banco Brasil, Europa, 1990. 21 x 21 cm. [36] f. (cla)
2007. 18,5 x 11 cm. 3 vol. (cla)
Dias-Pino, Wlademir. Naquele flutuar das
Derdyk, Edith. Cópia: dia um. São Paulo, 2010. escritas: caligramas, coleção Enciclopédia Visual,
21,7 x 16 x 1,2 cm. [16] f. (cla) vol. 437. Rio de Janeiro: Europa, 1990. 21 x 21 cm.
[36] f. (cla)
Derdyk, Edith. Fiação. São Paulo, 2002. 10,5 x 23
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Koyama Press, 2009. 19,5 x 14,5 cm. 24 p. (cla)
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Argentina: Ediciones del Cíclope, 2009.21 x 15 x 1 Dion, Mark. Bureau of the centre for the study
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Di Pascuale, Lucas. Ali/Lai Lau/Zip. Córdoba,
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Funarte, 1980. você pensa que ela é?, Rio de Janeiro: Editora 34,
1995. 25 x 21 cm. [80] p. 3000 ex. (cla)
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Lavater, Warja. Le petit chaperon rouge: une
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