Estatísticas de Medição

Desvios estáticos de tensão disruptiva podem ocorrer devido a:

 Rugosidade de superfície, sujidade, partículas no gás entre outras;

 Mecanismos de condução que depende da pressão de electrões e estes por sua
vez do campo eléctrico;
 Determinação das características de tensão de vida (Voltage Life
Characteristics).

Definições:

 Valor médio aritmético:

 Distribuição com k classes:
 Valor esperado (esperança):
 Desvio médio quadrático:
 Variância:
 Frequência relativa:

Onde:

D: evento que ocorre Vezes em n ensaios realizados sob mesmas condições

Nb: Quanto maior o número de ensaios realizados a frequência relativa aproxima-se

para um valor fixo.

 Probabilidade estática p(D):

Cujo valor é estimado a partir da frequência relativa.

 Tensão de Ruptura de 50% ():

 Classes:
 Largura e frequência relativa da classe:
 Distribuição de frequência acumulada:
 Exercício

Construa o histograma em função das tensões de ruptura para uma série de 20

ensaios e uma tensão de investigação entre 690 e 740 kV.

Classe (kV) Número de Rupturas Frequência Relativa (h)

690 – 700 2 0,1
700 – 710 4 0,2
710 – 720 6 0,3
720 – 730 4 0,2
730 - 740 4 0,2

Distribuição Normal

Para um número infinito de ensaios tem-se que:

Na prática o número de ensaios é finito e os parâmetros Estimam-se em:

E, podem assumir vários valores distintos (varias possibilidades da distribuição de

Gauss).

Distribuição Normal Normalizada

Condições iniciais:

 Inicialmente adapta-se ;
 Substitui-se:
 f(0)=0,4
Na prática as medições são finitas, ou seja, pode se determinar o intervalo de
confiança com que um valor é medido (segurança estatística).

Onde:

: desvio padrão da distribuição dos k valores medidos de

: desvio padrão de todos valores medidos

n: número de experiencias em cada série (classe).

O valor esperado “E” encontra-se no intervalo:

Numa série finita de experiencias não são conhecidos. Para uma distribuição normal é
possível calcular o valor esperado a partir da distribuição de “Student”:

Que é o desvio em relação a distribuição normal, cujo intervalo de confiança é:

Onde depende da segurança estatística.

Para intervalos de confiança para a frequência de rupturas é dada por:

Onde m representa o número de classes.

Exercício
Foram feitas 100 medições com a mesma amplitude de tensão de impulso. Os valores
das frequências são dadas na tabela abaixo. Calcular o intervalo de confiança da
distribuição de frequências para uma segurança estatística de 95%.

i 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0,4 0,7 0,5 0,4 0,4 0,6 0,3 0,5 0,6 0,1

Método “Up and Down”

É possível Estimar o valor da tensão de 50% e o desvio padrão, partindo da tensão

estimada incrementando-se em , o valor da amplitude da tensão depois de cada
impulso.

Em caso de ruptura o valor é baixado em e em caso de não ruptura o valor és

aumentado em .

Procedimentos:

1) Contar as rupturas e não rupturas. Então:

2) Registar o número de ruptura e tensão correspondentes.
3) Calcular os coeficientes A e B:
4) A tensão de 50% será aproximadamente:
5) Se o desvio padrão é apreciável, pode-se usar o método simplificado:

: número total dos impulsos com amplitude (rupturas + não rupturas).

Exercício

Numa série de 20 ensaios com obtém-se cinco (5) rupturas. As rupturas ocorreram
duas (2) vezes na tensão . Duas vezes na tensão e uma (1) vez na tensão .
Calcular e o desvio padrão da distribuição.