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Departamento de Química
Licenciatura em Química Industrial
3º Nível
Tratamento e Controlo de Qualidade da Água para o Consumo Humano
Trabalho No 5
Tema:
Análise de qualidade da água do Poço
Discentes:
Changule, João António
Cossa, Jaime Alfredo Docente:
Tila, Fernandes Alfredo Prof. Doutor Eutilério Chaúque
Índice
CAPÍTULO I.........................................................................................................................................1
1. Introdução......................................................................................................................................1
1.1. Objectivos..............................................................................................................................1
1.2. Metodologia...........................................................................................................................2
CAPÍTULO II........................................................................................................................................3
2. Parte Experimental........................................................................................................................3
2.1.2. Procedimentos................................................................................................................3
2.2.2. Procedimentos................................................................................................................4
2.4.2. Procedimentos................................................................................................................5
2.5.2. Procedimentos......................................................................................................................7
2.6.2. Procedimentos................................................................................................................7
2.7.2. Procedimentos................................................................................................................8
2.8.2. Procedimentos................................................................................................................8
CAPÍTULO III......................................................................................................................................9
3. Resultados e discussão...................................................................................................................9
3.1. Dureza...................................................................................................................................9
3.2. Cloretos................................................................................................................................11
3.3. pH e Condutividade.............................................................................................................12
Os volumes usados para a titulação da água destilada e a amostra foram registados na tabela. 8....14
4. Considerações Finais...................................................................................................................17
Referências Bibliográficas...................................................................................................................18
Anexos.................................................................................................................................................19
CAPÍTULO I.
1. Introdução
A água é um recurso natural indispensável ao ser humano e aos demais seres vivos. É de
total necessidade para a vida e essencial ao ecossistema. A qualidade necessária da água para
o consumo humano é de suma importância, pois a mesma deve ser tratada, limpa e estar livre
de qualquer contaminação, seja de origem microbiológica, química, física ou radioactiva, não
devendo, em hipótese alguma, apresentar riscos à saúde humana (Souza, 2000).
O acesso à água potável e ao saneamento seguro continua a ser um dos maiores desafios
em África e em Moçambique, em particular, aplicam-se esforços para que mais pessoas
tenham acesso á água potável (Costa, 1987).
A qualidade da água indicada para consumo é a aquela que, cujas características físicas,
químicas, microbiológicas e radioactivas estão com o padrão de potabilidade não causando
danos a saúde. As normas que determinam a potabilidade da água em Moçambique foram
estabelecidas pelo Diploma Ministerial n° 180/2004, do Ministério da Saúde de 15 de
setembro de 2004.
1.1. Objectivos
1.2. Metodologia
CAPÍTULO II.
2. Parte Experimental
2.1.2. Procedimentos
A. Aferição de uma solução de EDTA
Titulou-se com a solução de EDTA contida numa bureta até a viragem da cor da solução de
vermelho para azul;
Titulou-se com a solução de EDTA contida numa bureta até a viragem da cor da solução de
vermelho para azul.
Titulou-se com a solução de EDTA contida uma bureta até viragem da cor da solução de
vermelho a azul violeta.
Copos NaHCO3
Erlenmeyer Solução de AgNO3
Buretas Solução de K2CrO4 a 5%
Proveta Tampão CH3COOH-CH3COONa
Espátula Solução de CaCO3
Suporte Universal Fluoresceína a 0.5%
Funil Solução de amido
2.2.2. Procedimentos
A. Método de Mohr
Fez-se o ensaio em branco, adicionando-se uma pequena quantidade de CaCO3 para simular o
precipitado.
B. Método de Fajans
Titulou-se com a solução aferida de AgNO3 até a viragem da cor vermelha a rosa.
B
A
Deixou-se a amostra evaporar, de modo que o volume final seja menor que 50 mL, de
seguida retirou-se o copo do aquecimento e esperou-se até esfriar.
2.5.2. Procedimentos
Colocou-se num Erlenmeyer 100 mL de água destilada, adicionou-se 5 mL de H 2SO4 e uma
gota de KMnO4 e ferveu-se a mistura durante 10 minutos, até o aparecimento da cor
vermelha. De seguida adicionou-se com bureta o H 2C2O4 0,01N, até que a solução
descolorisse.
Materiais Reagentes
Bureta NaOH (0.02 N)
Pipeta volumétrica Fenolftaleína
Erlenmeyer
Fonte: Própria, 2019
2.6.2. Procedimentos
Para a determinação do gás carbónico livre na água do poço, primeiramente mediu-se 100
mL da amostra com o auxílio de uma proveta e introduziu-se em um Erlenmeyer de 250 mL,
posteriormente foram introduzidas exactamente 10 gotas do indicador ácido-base
fenolftaleína e observou-se para analisar se a cor iria mudar ou não, caso não mudasse a
experiência deveria prosseguir, depois que a cor da água não mudou, ela foi titulada com uma
solução de Hidróxido de sódio 0.02 N até ao aparecimento da cor rosa. As titulações foram
feitas em duplicata e registou-se os volumes gastos de NaOH.
2.8.2. Procedimentos
Mediu-se 50 mL (duplicado) da amostra com o auxílio de uma proveta e introduziu-se em um
Erlenmeyer de 250 mL, de seguida as amostras foram fracamente aciduladas com uma
solução de ácido clorídrico (duas gotas) e posteriormente foram aquecidas até a ebulição com
o auxílio de uma manta eléctrica. Após o aquecimento, adicionou 25 mL da solução de
cloreto de bário e aqueceu-se novamente ate a ebulição, feito isso, esfriou-se a solução em
análise durante 15 minutos. Depois de a solução ter esfriado adicionou-se 25 mL de etanol e
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Análise de Qualidade da Água do Poço
5 mL de hidróxido de amónio e três gotas do indicador NBT. O excesso de bário foi titulado
com EDTA até a mudança de cor do indicador.
Foi feita uma outra análise, mas desta vez, ao envés de se usar água usou a solução de sulfato
de potássio e seguiu-se o procedimento acima descrito.
CAPÍTULO III.
3. Resultados e discussão
3.1. Dureza
Os volumes obtidos nas duas titulações estão listados na tabela 6. Com base nos cálculos vide
anexo A.1.2, o teor de Ca2+ na amostra foi de 88,304 ppm, segundo o Instittuto Nacional de
Normalização e Controle da Qualidade (INNOQ) o valor encontra-se dentro do intervalo
recomendado.
3.2. Cloretos
Os volumes obtidos nas duas titulações utilizando os diferentes métodos tais como Mohr e
Fajans estão listados na tabela abaixo, na mesma tabela também estão presentes a
concentração de AgNO3 e o volume gasto para a titulação do branco.
Quando o pH é superior a 10,5, o ião prata pode reagir com o hidróxido ao invés do
ião cloreto, formando o hidróxido de prata ou o óxido de prata insolúveis.
Os catiões dos metais de transição são interferentes para o método de Mohr porque formam
hidróxidos insolúveis ou sais básicos em meio neutro ou em soluções alcalinas que tendem a
co-precipitar os iões cloreto.
O valor obtido com resurso a este método foi de 48,747 ppm e o mesmo encontra-se dentro
do valor estabelicido pelo MISAU.
Ao passo que com o método de Fajans obteve-se um valor aproximadamente igual a 323,51
ppm, e segundo o MISAU este valor está muito acima do limite máximo recomendado e
consequentemente o seu consumo causa sabor desagradável e corrosão.
3.3. pH e Condutividade
-2.15
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25
-2.2
-2.25
-2.3
Absorvância
-2.45
-2.5
-2.55
Concentração (ppm)
Com base na equação da recta foi possível determinar a concentração de fosforo (vide anexo
A.3). A concentração foi de 0,312 ppm, valor este que é aproxidamente três vezes maior que
o limite máximo admissível pelo MISAU. Podendo aumentar a proliferação dos
microorganismos.
O dados referentes a padronização de KMnO4 e o seu respectivo cálculo vide anexo A.3, cujo
o valor encontra-se ilustrado na tabela abaixo.
Os volumes usados para a titulação da água destilada e a amostra foram registados na tabela.
8.
3ª Titulação 11 5 5 11
A primeira titulação é referente a água destilada e as duas últimas titulações são referentes a
amostra.
O gás carbónico livre, é um componente normal de todas as águas naturais e ocorre na água
sob a forma de um gás dissolvido com as propriedades de um ácido, o ácido carbónico, muito
instável. A concentração do gás carbónico livre em águas superficiais normalmente é menor
que 10 mg/L, enquanto em águas subterrâneas pode existir em maior concentração
(Ohlweiler, & Otto Alcides 1976).
O valor quantificado do gás carbónico na água do poço analisada foi de 12,32 mg/L, valor
este que coincide com o que diz o autor acima citado.
Reacções:
H2O + CO2 ↔ H2CO3
A amostra da água do poço analisada teve um pH igual à 7.55 e mediante o teste qualitativo
feito, não foi detectado a presença de carbonatos e bicarbonatos. A ausência dos carbonatos e
bicarbonatos nessa água pode ser explicada com base no valor do pH obtido. Segundo a
literatura consultada, uma água que apresenta pH no intervalo de 8,3-9,4 é devido a presença
de carbonatos e bicarbonatos.
Reacções:
Tabela 11: Dados da análise para a determinação Sulfatos na água e na solução de sulfato de
potássio
Volume da Volume médio Valor Quantificado Valor estabelecido
amostra (mL) gasto de NaOH (mL) (mg/L) (mg/L)
50 0,1 38,424 250
Volume de Volume Valor Quantificado Valor estabelecido
K2SO4 (mL) gasto de NaOH (mL) (mg/L) (mg/L)
50 0,2 76,845 ---------
Fonte: Própria, 2019
O anião sulfato surge nas águas subterrâneas através da dissolução de solos e rochas como o
gesso (CaSO4) e sulfato de magnésio (MgSO4), bem como pela oxidação da pirita.
Após adição de cloreto de bário a solução, verificou-se que a mesma ficou esbranquiçada, e
formou-se um precipitado como ilustram as equações a cima.
O teor de sulfatos em águas naturais varia em geral na faixa de 2 a 80 mg/L, embora possam
exceder a 1000 mg/L em áreas próximas a descargas industrias ou em regiões áridas onde
sulfatos minerais estão presentes. O teor de sulfatos na água para o abastecimento humano
não pode exceder 250 mg/L (Andrade et., 2004). Contudo, o valor quantificado na nossa
amostra foi de 38,424 mg/L, valor este que esta muito abaixo do limite máximo, estando
dentro dos Padrões de potabilidade ora em vigor.
4. Considerações Finais
Terminadas as aulas laboratoriais de análise da qualidade da água do poço, pode-se verificar
que os níveis de dióxido de carbono livre na água subterrânea são considerados altos, como
cita Ohlweiler, & Otto Alcides (1976). Quanto ao parâmetro de Dureza, a amostra de água
analisada foi classificada como sendo uma água moderadamente dura e esta dentro dos
padrões permitidos pelo Ministério da Saúde (MISAU).
Quanto aos iões cloretos, utilizando o método de Mohr, a água analisada foi classificada
como própria para o consumo humano devido a concentração dos mesmos estar dentro dos
padrões estabelecidos pela INNOQ, tendo sido quantificado uma concentração igual a 48,747
mg/L de Cl-.
O fosforo determinado para a amostra foi o único parâmetro que ficou fora dos padrões
estabelecidos pela legislação que é de 0,1 mg/L.
Diante dos resultados, percebe-se que a água do poço colectada no distrito municipal Ka
Mabucuana, no bairro 25 de Junho (Choupal), Av. de Moçambique – Maputo esta dentro dos
padrões permitidos por lei e não periga a vida dos que a consomem.
Referências Bibliográficas
1. Andrade, I.C., Baccan, N., Godinho, O.E et al. (2004). Quimica Analitica Quantitativa
Elementar. 3 edicao São Paulo: Blucher LTDA.
Anexos
Dados Formula/Resolução
m = 29,247 g
m
g C=
Mr[EDTA] = 292,2 Mr EDTA × v solu çã o
mol
29,247
Vsolução = 1000 mL C=
292,2× 1
Cesperada = ?
C = 0,1M
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Análise de Qualidade da Água do Poço
VCaCO3 = 20 mL
mol
n(Ca2+) = 0.1 x 20 x 10-3 L = 2 x 10-3 mol
L
Vmédio = 24,5 mL
n
C=
V
0.002mol mol
C= = 0,0816
0,0245 L L
Vamostra = 100.10-3 L
g
Mr[Ca 2+] = 40,08
mol
A.2. Expressão usada para o cálculo do teor de cloretos aplicados diferentes
métodos.
( A−B ) × M × MrCl ×1000
mgCl-/L =
V amostra
Onde:
A = Volume médio da solução de AgNO3 gasto para titular a amostra, em mL
B = Volume da solução de AgNO3 gasto para titular o branco, em mL
M = Concentração molar da solução de AgNO3
g
MrCl = Massa relativa de Cloro (35,453 )
mol
Vamostra = Volume utilizado na amostra, em mL
A.2.1 . Cálculo do teor de cloretos usado o método de Mohr.
Dados Resolução
( A−B ) × M × MrCl ×1000
Vmédio = 3,25 mL mgCl-/L =
V amostra
Vbranco = 2,7 mL
mgCl-/L =
mol
[AgNO3] = 0,05 ( 3,25−2,7 ) × 0,05× 35,453× 1000
L
20
g
MrCl = 35,453
mol
Vamostra = 20 mL
A.2.2. Cálculo do teor de cloretos usado o método de Fajans.
Dados Resolução
Absamostra = -2,2149
CP =?
Onde:
Cp = Concentracao de Fosforo
Y = Absorvância
A.4. Padronização de KMnO4
mol
neq(EDTA) = 0.1 x 1.10-4 L = 1.10-5 mol
L
g
1.10−5 mol x 96,06 x 1000
2
[SO4 ] = mol = 38,424 mg/L
2 5 x 10−3 L
A.6. Quantificação de sulfatos na solução de sulfato de potássio
neq(SO42-) = neq(EDTA) = CEDTA x VEDTA
mol
neq(EDTA) = 0.1 x 2.10-4 L = 2.10-5 mol
L
g
2.10−5 mol x 96,06 x 1000
2
[SO4 ] = mol = 76,845 mg/L
2 5 x 10−3 L
A.7. Dterminação de DQO na água
Para a determinação de DQO usou-se a seguinte expressão:
A =[(V +10) × f -10] ×C
Onde: Dados
V = Volume total de KMnO4 gsto na titulação da amostra V = 5,2
A partir dos procedimentos e cálculos dos parâmetros analisados foi possível comparar os
valores encontrados, como pode ser observado na tabela 2.